17/06/2008

Costa garante que «alguém vai pagar» falta de pintura de passadeira junto a escola

«Considero absolutamente intolerável que esta instrução do executivo não tenha sido cumprida. Alguém não cumpriu esta ordem [pintura da passadeira junto à escola] e alguém vai pagar por não a ter cumprido», disse o presidente da Câmara, António Costa (PS).
O autarca falava na Assembleia recordando a promessa eleitoral de pintar as passadeiras junto aos estabelecimentos de ensino da capital, que se traduziu na «Acção para as Escolas em Segurança 2007/2008», de melhoria da sinalização e pintura de passadeiras, cuja primeira fase incluiu a escola 2+3 D. José I, na Azinhaga da Musgueira.
Uma aluna de 12 anos desta escola da Freguesia do Lumiar foi mortalmente atropela a 4 de Junho por um autocarro da Carris quando atravessava a Avenida Carlos Paredes, que liga o centro do Lumiar à Alta de Lisboa.
A autarquia mandou abrir um inquérito urgente, que ainda não produziu conclusões.Os deputados municipais aprovaram hoje, com os votos contra do PS e os votos favoráveis das restantes forças políticas, uma recomendação subscrita pelo CDS-PP para que a Câmara efectue «um levantamento exaustivo sobre a necessidade de colocação de passadeiras e sinalização luminosa junto às escolas da cidade».
A Assembleia Municipal recomenda que o levantamento «seja efectuado no prazo de 30 dias» e o seu resultado seja apresentado àquele órgão autárquico.
Lusa/SOL


Este executivo camarário é de bradar aos céus. Já não é a primeira vez que António Costa atira as culpas para cima dos serviços camarários. No início do mandato, em conjunto com o Vice-Presidente Marcos Perestrello, apresentaram a medida de pintar ou repintar todas as passadeiras junto às escolas públicas, facto que dizem ter sido concluído com sucesso.
Agora morre uma jovem em frente a uma escola onde nem sequer havia passadeira e Costa diz que investigará se a culpa é da empresa a quem adjudicou a obra ou dos serviços.
Sempre pensei que o vereador era o responsável máximo pelo seu vereador e, consecutivamente, o presidente da edilidade.
Para esta executivo não é assim. Afinal, as chefias (que eles nomearam) é que não prestam...

11 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

O Costa ainda vai descobrir que foi por falta de verbas que a ordem não foi cumprida. É o que dá prometer aquilo que não se consegue fazer, e depois culpa-se os subordinados de não sair do sitio, quando se lhes deu um carro sem gasolina.

Anónimo disse...

Precisamente...

Anónimo disse...

concordo com o que foi dito.

mas o subordinado ao ver que não tem meios para efectuar a tarefa que lhe foi pedida deve informar o seu superior. para que a informação não se perca.

quem trabalha numa grande empresa (desorganizada) entende o que eu quero dizer

Anónimo disse...

Alguém tem que pgar a alguém um curso de gestão de equipas e liderança...

daniel costa-lourenço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
daniel costa-lourenço disse...

Há que averiguar se, sendo a Alta de Lisboa um empreendimento privado, embora com participação pública, se os arruamentos e a sua manutenção, são da responsabilidade pública.

Ainda assim, as entidades públicas são responsáveis pelo risco e pela falta de manutenção e pela culpa in vigilando.

Se há um buraco ou outra "anormalidade" numa via de circulação e se acontece algo a um peão ou a uma viatura e essa anormalidade não estava devidamente assinalada ou não estava devidamente acautelada, a entidade pública deverá ser responsabilizada.

Obviamente, se o cidadão contribuiu para o resultado ou para o dano, a responsabilidade deverá ser devidamente atenuada.

De qualquer modo, existem sedes próprias para resolver a situação.

Não fica bem ao líder de uma equipa, seja de que equipa for, seja de que partido por, crucificá-la, na praça pública.

Acresce ainda que se trata de uma assumpção de culpa.

Para a vítima vai ser óptimo se a questão chegar a tribunal. Não vai dar muito trabalho ao seu advogado.

Anónimo disse...

Este Presidente tem muita habilidade a sacudir a agua do capote. Deve ser da experiencia governamental.

Anónimo disse...

Querem o quê? Que o Presidente da Câmara se deite no mesmo sítio da passadeira e mande passar um camião por cima dele? Há que averiguar responsabilidades, naruralmente. E que a Junta de Freguesia não sacada a água do capote. As juntas têm que ser responsabilizadas pelas falhas nas suas zonas. Não basta pedir que seja pintada uma passadeira. É preciso fazer com que ela seja pintada! as juntas servem apenas para passarem atestados de residências. São, dum modo geral órgãos incompetentes que só acordam depois dos problemas acontecerem. São elas - deviam ser - os órgãos mais directamente ligados aos fregueses. E não são. Lamentavelmente!

Diogo Moura disse...

Caro V. Marques,

Ninguém quer que o Presidente se mutile! Calma!
E a responsabilidade da Junta do Lumiar não pode ser vista desta forma. Para além de não ter responsabilidade na repintura da passadeira, fez aquilo que está sob sua jurisdição: a Escola queixou-se à Junta e, consecutivamente e há mais de um ano atrás, a Junta solicitou à CML, por variadas vezes, a repintura daquela e outras passadeiras junto a escolas (informação dada pelo presidente da junta na sessão de AML de ontem).
Portanto, a CML tem de apurar responsabilidades, mas não me parece de bom tom um "chefe" colocar a culpa nos seus subordinados"
A meu ver, e para fora de uma organização, o chefe máximo de uma equipa é sempre o responsável, seja por factores positivos seja pelos negativos.

Diogo Moura disse...

E aqui levantam-se várias questões:

Deve a CML passar mais competências e obviamente verbas para as JF?

Deve a CML retirar competências (espaço público, verdes, limpeza) e fazer ela mesmo um engolamento geral da cidade?

Anónimo disse...

Houve eleições intercalares por questões de $$$ mas relativamente à segurança dos cidadãos ZERO.
É uma questão de prioridades.
Será que o autocarro que passa no local várias vezes não sabe que há uma escola?
Será que as infraestruturas do empreendimento não deviam estar prontas?
As prioridades dos nossos governantes são a sua ascenção na vida politica, e o Costa é candidato ao lugar do engenheiro, senhor engenheiro.