13/04/2012

Toque de arquitecto no Museu da Moeda




Já foi aqui publicada, há dias, o cunhal envidraçado do futuro Museu da Moeda, em frente à Praça do Município. Agora aqui, sem os andaimes, para se ter melhor noção deste "toque de arquitecto", neste caso Gonçalo Byrne. Seguem-se as imagens do projecto, publicadas neste blogue em 2008.







8 comentários:

Anónimo disse...

Isto é das coisas mais pirosas que vi nos últimos tempos!
sem palavras.

Paulo Soares

Anónimo disse...

Um verdadeiro despotismo arquitectónico em nome do progresso, centralizador, estatizante, burocrático falseado e subsidiado por “um espéctaculo sofisticado e organizado, suportado por enganos e ignorância” como diz Guy Debord.

Estas intervenções falsamente tecnológicas consumidoras de elevados recursos na construção e manutenção inscrevem-se claramente em ruptura com o Homem, com a História e com o seu legado.
De facto quando a comunidade perde o seu próprio bem comum ou a sua verdade, ficará perdido na história e no labirinto do tempo, devido à falta de referências, e a uma total ausência de valores e objectivos.

Muito provavelmente a maior fraqueza da arquitectura e do urbanismo de hoje, é o falhanço da sua legitimidade na prática profissional. O facto de não partilhar os standards da beleza universal, que fazem parte dos sentimentos e sensações do ser humano, fazendo parte da sua memória colectiva em busca do bem comum.

Infelizmente a minha profissão segue um caminho autocrático, olhando com sobrancearia sobre a comunidade, impondo uma nova visão e valores idiossincráticos suportados por uma elite intelectual, vêem o homem comum e a toda a comunidade como ignorantes. Estes ego-arquitectos impõe a sua força bestial, de forma autoritária, ignorando completamente a opinião pública.
E quando se questionam estes valores em vez de uma explicação de “…em Ordem de formar uma perfeita união, com Justiça, que assegure a Tranquilidade domestica, na defesa do bem comum, que promova o Bem-estar geral, e que assegure as virtudes da Liberdade para nós e para a posteridade…”, promovem uma falsa imagem de progresso, uma camuflagem intelectual, um status quo que muito poucos ousam contestar. Este novo status quo representa nada mais que o velho conflito entre tradição e o presente, a verdadeira expressão da Crise.

Gonçalo Cornelio da Silva

Anónimo disse...

tirando a caixa de betao monstruosa perto do campanario, que nestas fotografias nao se vê. Até náo está a ficar nada mau! ao menos ficou limpo e espero que este museu possa dinamizar um pouco mais a baixa

Anónimo disse...

Isto é verdadeiramente escandaloso. Há que fazer alguma coisa em relação a esta vergonha de IGESPAR e a esta vergonha de arquitectos.

Anónimo disse...

Muito lindo.

Já vi casas-de-banho com coisas assim parecidas.

Julio Amorim disse...

Bem....o arquitecto Byrne tem demonstrado alguns problemas entre imagens e realidade que, de "acidente", nada devem ter. Parece-me contudo que aquela aresta poderá ter sido material reaproveitado daquela borrada que ele inventou para o Estoril ?

Dr Matthew Hardy disse...

I can't believe that this church has been vandalised like this by the insertion of such a blatantly contrasting element as this corner window, which detracts from both the principle facade and side elevation. Can one imagine such a thing happening to another equivalent 17th century church facade in Europe? No, this is a disgrace, pure and simple.

LuísR disse...

Deixem-se de mesquinhices, este bolg as vezes irrita por tanto incentivar à critica negativa de tudo aquilo que em Lisboa se faz e, o que deveriam postar muitas vezes é posto de lado, não lhes interessa... É prematuro criticar esta intervenção quando ela ainda não esta terminada e para os demais comentários que vejo, só tenho a dizer lhes que o edificio onde está o tal canto de vidro que tanto incomoda não faz parte da igreja, é algo que foi aumentado posterioremnte, ou seja, nada afecta à estrutura nem à linguagem arqutectónica do edificio, assim sendo sugiro que antes de se acharem no direito de dizerem do que quer que seja se informem relativamente ao que estão a dizer. Quem não conhece a cidade e a história do seu edificado não é digno de comentar o que que que seja a estes relativo.