09/06/2016

Estado lastimável do torreão poente do Terreiro do Paço - Pedido ao PCML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina
Exmos. Senhores Vereadores
Arq. Manuel Salgado
Dra. Catarina Vaz Pinto


C.c. AML, DGP, JF, media

Como é do conhecimento de V. Exas., o torreão poente do Terreiro do Paço encontra-se em muito mau estado de conservação, independentemente das boas iniciativas que a CML tem desenvolvido esporadicamente em termos culturais, dando a conhecer ao grande público parte do seu interior.

Conforme é visível na foto em anexo, o estado geral do torreão é incompatível com a boa imagem que a cidade deseja manter junto de quem a visita. Sobretudo se tivermos em conta as intervenções de fundo a nível de espaço público que a CML desenvolveu, e genericamente bem, no Terreiro do Paço e na Ribeira das Naus.

Contudo, uma intervenção da CML, que não será muito dispendiosa, pode obviar a esse facto, antes mesmo de avançar o programa de utilização definitiva do resto do torreão (restaurante? centro de estudos?) que não é utilizado pelas exposições temporárias.

Solicitamos, por isso, a V. Exas. que atentem no pormenor dos emaranhados de cabos pendurados na fachada, nas janelas com os caixilhos estalados e os vidros partidos, adivinhando autênticos pombais no interior, e, não de somenos, a recomposição que tarda do murete e das namoradeiras junto ao rio, ainda por completar, sem que se vislumbre até a data em que regressarão as colunas de iluminação.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Martim Galamba, Carlos Leite de Sousa, Inês Beleza Barreiros, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Jorge Santos Silva, Jorge Pinto, Alexandra Carvalho Antunes, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Fernando Jorge, Nuno Vasco Franco e João Mineiro

Foto: Paulo Ruivo e Silva

Pedido de esclarecimentos sobre demora na obra de reconstrução do lago do Largo de D. Estefânia


​Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


C.c. PCML, AML, JF Arrroios, Media

Desde há mais de 2 meses que o lago do Largo D. Estefânia se encontra com o muro de protecção conforme a foto documenta, em resultado de um aparatoso desastre de viação.

Solicitamos a V. Exa. que nos informe quando é que os serviços da Câmara Municipal de Lisboa vão poder recuperar o mesmo.

Numa cidade como Lisboa, onde se tornou uma raridade termos um lago ou uma fonte operacional e limpa, como era o caso da presente, só podemos lamentar o que agora também este lago com a escultura barroca de Machado de Castro.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, ​Fernando Jorge, Júlio Amorim, Irina Gomes, Jorge Santos Silva, António Branco Almeida, Beatriz Empis, António Araújo, Jorge Pinto, Maria Ramalho e Nuno Vasco Franco

Foto: LMS

Finalmente uma boa notícia sobre esse deserto de cotos e amontoado de sucata


In Corvo (9.6.2016)
Texto: Fernanda Ribeiro

«Obras de reabilitação do Largo do Leão deverão começar no terceiro trimestre

Tem sido muito maltratado, ao longo dos últimos anos. Desde ser ocupado por estacionamento selvagem até parecer agora um deserto rodeado por dezenas de pilaretes. Em 2014, surgiu a promessa de que o Largo do Leão, em Arroios, seria reabilitado, até ao final do actual mandato camarário (Setembro de 2017), no âmbito do programa Uma Praça em Cada Bairro, integrando um conjunto de três dezenas de praças lisboetas consideradas “prioritárias”.

A apresentação pública do projecto deixou satisfeitos os moradores, que há muito sonham ver aquele espaço público enfim ordenado. Tal regeneração urbana deverá começar em breve, diz a Câmara Municipal de Lisboa, que aponta o início dos trabalhos para o terceiro trimestre deste ano. A Junta de Freguesia de Arroios, contudo, esperava que os mesmos se iniciassem este mês.

Por agora, o espaço público continua mal tratado e sem uso, apesar de já terem sido cortadas pela base grande parte das árvores que nele existiam. O estado lastimável em que se encontra o Largo do Leão e a Rua Visconde de Santarém, que nele desemboca, contrasta, aliás, com o que se está a passar nas imediações. Obras de vulto têm vindo a ser realizadas nas ruas próximas, melhorando o espaço público das mesmas, como sucede na Avenida Duque de Ávila. [...]»

Festa da Cerveja (antiga Festa de Santo António) vai começar: Praça do Comércio














E a DGPC aprovou este placo e toda esta publicidade descarada num Monumento Nacional? A avaliar pelos exemplos do passado, raramente estas estruturas foram aprovadas pela tutela da Cultura. Mas vamos perguntar.

07/06/2016

BARCELONA: "Los barrios más visitados por los cruceristas, como el Gótico, se transforman cada vez más en parques temáticos"
















Barcelona continua a questionar o modelo de Turismo que a tem vindo a destruir:

ccaa.elpais.com

Barcelona es el puerto base del Harmony of the seas, el crucero más grande del mundo y símbolo del debate entre beneficios económicos e impacto medioambiental para la ciudad.


http://ccaa.elpais.com/ccaa/2016/06/05/catalunya/1465138803_922939.html

DEMOLINDO Lisboa: gaveto da Rua Andrade Corvo / Rua Sousa Martins














Gaveto da Rua Andrade Corvo 22 / Rua Sousa Martins 18. Aqui temos mais um palacete da Lisboa Entre Séculos (LES) a ser demolido - integralmente - desde a semana passada. Estava em bom estado de conservação e podia ser reabilitado.

Estas obras de demolição fazem parte integrante de um mega projecto que anexa os 2 prédios de rendimento adjacentes, também do mesmo periodo. Era um conjunto urbano ainda original da LES. Muito provavelmente dos 2 prédios ficam apenas as fachadas como é cada vez mais corrente em Lisboa: Rua Sousa Martins 20 e Rua Andrade Corvo 16 (com fachada de azulejo). Ambos eram igualmente recuperáveis pois estiveram habitados até recentemente. 

Lisboa, Capital Europeia da demolição?

06/06/2016

Doenças das árvores de Lisboa (fonte: Regulamento Municipal do Arvoredo)


Fachadas do MNAA


Exmo. Senhor Ministro da Cultura
Dr. Luís Castro Mendes


C.c. MNAA

No seguimento do que temos feito desde há já alguns anos a esta parte, serve o presente para alertarmos Vossa Excelência, para o estado lastimável das fachadas do Museu Nacional de Arte Antiga, que não são objecto de obras de restauro e conservação desde há demasiado tempo.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Fernando Jorge

...

Resposta da DGPC:

Exmos. Senhores,


Encarrega-me a Senhora Diretora-Geral do Património Cultural de vos enviar a resposta à questão formulada, por email, pela vossa Associação Fórum Cidadania, relativa às fachadas do Museu Nacional de Arte Antiga, informando que teve inicio no presente mês a empreitada de “Recuperação das fachadas Sul e Este do corpo do antigo “Palácio Alvor”, com o apoio do Fundo de Reabilitação e Conservação patrimonial, estando em preparação o caderno de encargos para a recuperação da fachada Norte do corpo do Antigo Palácio do Alvor”.

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Correia Martins
Assessoria Imprensa
Direção-Geral do Património Cultural / DGPC

Lojas históricas - Resolução da AR


ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Resolução da Assembleia da República n.º 100/2016
Classificação e valorização das lojas históricas
https://dre.pt/application/conteudo/74612736

03/06/2016

Novo S.O.S. ao MD sobre Paço Real de Caxias


Exmo. Senhor Ministro da Defesa
Prof. José Alberto Azeredo Lopes


C.c Presidência da República, Primeiro-Ministro, MC/SEC, CMO​ e Media

No seguimento do alerta/s.o.s. que fizemos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, a 21 de Dezembro de 2015 (http://cidadanialx.blogspot.pt/2015/12/sos-paco-real-de-caxias-ac-ministerio.html), sobre o estado calamitoso e o grave perigo em que se encontra o Paço Real de Caxias, sem que até ao momento nada tenha sido efectivamente feito em prol da sua salvaguarda, e uma vez que constatámos ontem mesmo que o edifício está completamente “escancarado”, podendo-se nele entrar sem qualquer problema pela porta principal (!);

Voltamos a alertar Vossa Excelência para a necessidade urgente em pôr cobro a esta situação vedando, desde já, todo e qualquer acesso ao interior ao Paço Real de Caxias de modo a que os seus interiores ainda possam ser preservados e recuperáveis, especialmente o salão e o “quarto da imperatriz” D. Amélia de Leuchtenberg.

Voltamos, ainda, a enviar fotos recentes e elucidativas do estado do edifício onde, reafirmamos, ainda nada foi feito para impedir o acesso por estranhos.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Jorge Santos Silva, Alexandra de Carvalho Antunes, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Maria do Rosário Reiche, António Araújo, Mariana Ferreira de Carvalho, José Amador, Jorge Pinto, Rui Martins, Fernando Jorge, Gonçalo Cornélio da Silva, Beatriz Empis, Pedro Janarra, Pedro de Sousa e Maria Ramalho

Que nojo!!!!!!!!!!!!


Chegado por e-mail: «Aqui começa a Avenida. Apartamentos exclusivos com rentabilidade garantida [...], in Cobertura»

Sobre casas senhoriais e palácios, um estudo-levantamento precioso:


A CASA SENHORIAL - ENTRE LISBOA & O RIO DE JANEIRO * ANATOMIA DOS INTERIORES
Aqui: http://www.casaruibarbosa.gov.br/acasasenhorial/index.php/home

02/06/2016

Palestra "Eco Restauração e Revitalização Económica de Áreas Industriais. O caso de estudo do complexo da Lusalite e Gist-Brocades na Cruz Quebrada


Palestra "Eco Restauração e Revitalização Económica de Áreas Industriais. O caso de estudo do complexo da Lusalite e Gist-Brocades na Cruz Quebrada". Arq. Matteo De Angelis 15 de junho de 2016 - 21:00 - Agradece-se a inscrição até ao dia 14 de junho através do email: salvarjamor.mob@gmail.com. Fonte: http://www.archiprix.pt/national/index.php?project=3669

Azulejos em risco de desaparecimento no convento de São Pedro de Alcântara

As obras de fundo que estão para começar no convento de São Pedro de Alcântara (pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa) - e cujas maquetas estiveram expostas no átrio de entrada - prevêem uma espécie de centro comercial de charme com lojas de roupa, esplanadas e escritórios (?), e evidenciam que os azulejos de várias paredes interiores serão removidos em algumas salas.





Ora, estes azulejos são relativamente antigos e actualmente muito valorizados em antiquários e afins. A sua remoção afigura-se-nos, pelo menos, um crime patrimonial, senão um roubo.

De acordo o projecto que esteve publicamente exposto (projecto do Arq. Luís Almeida e que aguarda licenciamento na CML), pode ver-se que está prevista a remoção de azulejos em determinados locais, a saber:

1. salão com paredes de azulejos pombalinos


2. corredor com paredes de azulejos


3. salão com friso de azulejos acima do rodapé de madeira 


4. refeitório com paredes de azulejos pombalinos 


5. sala com paredes de azulejos pombalinos 



Ora, estes azulejos pombalinos, vistos em ampliação,




  são semelhantes aos da entrada exterior da igreja,


que são muito parecidos com este padrão pombalino referenciado na Az - Rede de Investigação em Azulejo.


Este outro padrão do mesmo género



não é muito diferente, por exemplo, deste outro padrão também referenciado como pombalino.



Os azulejos de flor amarela do convento de São Pedro de Alcântara são ainda semelhantes a este "Azulejo séc. XVIII, decorado com flor amarela e argolas azuis" vendido individualmente por 17,25€ neste leilão,


e ainda aparentados deste "Painel de 4 azulejos séc. XVIII, decorado com flor ao centro e enrolamentos" vendido por 34,50€ noutro leilão.


Mesmo ali ao lado, num dos antiquários da Rua D. Pedro V, podemos ver azulejos do género à venda,



e nas casas indianas de bugigangas encontramos os mesmos padrões que fazem as delícias dos turistas em forma de íman.


Tememos ainda pelo destino dos azulejos da cozinha, possivelmente tão gastos quanto idosos e tanto mais valiosos.


Com tudo isto, cabe perguntar: pensa a Santa Casa da Misericórdia que é assim que se protege o património histórico? E onde pretende a SCML vender as relíquias removidas das paredes, nas boutiques que vão abrir no convento?


 
Em Março de 2014, a descrição do projecto de renovação dizia:
«É um edifício que se encontra num estado razoável de conservação sofrendo, porém, de algumas patologias e necessitando, por isso, de obras de recuperação e de conservação em algumas áreas. Antes de uma intervenção mais profunda, que será também a mais demorada e que carece de um projecto de reconversão em desenvolvimento, estão a ser executadas ações para a preservação do edificado, bem como para a eliminação de alguns elementos dissonantes.» 
Dissonantes, disse? Dissonante será a pretensa requalificação (já antes aqui comentada) que vai transformar o aprazível claustro no novo-riquismo de uma piscina para turista ver...
 

Esperamos não ter que reportar este caso ao SOS Azulejo, pois as práticas de protecção do azulejo não se aplicam só aos mais antigos, mas também às imitações mais recentes bem como aos azulejos industriais para revestimento de prédios dos séculos XIX e XX. Todos eles fazem parte do nosso património arquitectónico e, se forem salvaguardados, um dia chegarão à bela idade de duzentos anos.

Para quem quiser conhecer melhor o assunto, aqui podem ver-se outras fotos da parte faustosa do convento e de outros padrões de azulejo interiores: http://mariomarzagaoalfacinha.blogspot.pt/2011/03/sao-pedro-de-alcantara-por-dentro.html

E aqui encontramos a ficha arquitectónica do edifício no site de informação sobre o património arquitectónico com a história toda e diversas fotos: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5077

E ainda dois vídeos:
 


01/06/2016

Património Nacional e de Interesse Público - Apelo ao PR para o tomar como causa Nacional


Excelentíssimo Senhor
Presidente da República Portuguesa
Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa


Senhor Presidente da República Portuguesa

Excelência


Vimos pelo presente apelar ao Senhor Presidente da República para que tome como sua e causa maior a defesa e a promoção do Património de Portugal, designadamente dos Monumentos Nacionais e de Interesse Público que necessitam de recuperação urgente, uns, de serem promovidos internacionalmente, outros, de serem usufruídos convenientemente, todos.

Esses Monumentos, que estimamos sejam cerca de 400, estão de norte a sul do país, vão do litoral ao interior e da arquitectura civil à militar, passando pela religiosa e pela industrial, cobrindo épocas tão diversas como o período romano, o barroco ou o modernismo.

Todos eles são Património que uma vez recuperado, divulgado e utilizado de forma capaz, será, estamos certos, uma mais-valia cultural, social e económica para o país, assim sejam criadas, implementadas e exploradas as respectivas rotas, algumas já existentes mas incipientes, a maior parte inexistente.

Estimamos que neste universo haja um conjunto de 30 edifícios em claro subaproveitamento, mau estado de conservação ou mesmo em estado de abandono e pré-ruína, em relação aos quais Vossa Excelência, Senhor Presidente, pode protagonizar a mudança, fazendo deles uma causa Nacional.

Em Lisboa e nas suas redondezas, área geográfica objecto de atenção especial deste Fórum, citaremos a título de exemplo o Palácio Pombal (Rua do Século), o Aqueduto e os Chafarizes das Águas Livres, a Estação Fluvial Sul-Sueste (Terreiro do Paço), o Jardim Botânico da UL, o Jardim Tropical de Belém, o Farol do Bugio, o Paço Real de Caxias, a Casa da Pesca da Quinta do Marquês (Oeiras), o Palácio dos Duques de Aveiro (Azeitão) ou o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel.

Mais sugerimos a Vossa Excelência, que se recupere uma ideia do antigo Secretário de Estado da Cultura, que em princípios de 2012 pensou a figura de “patrono do património”, através da qual dezenas de individualidades dos mais variados sectores da sociedade (da Música ao Desporto, das Artes às Letras, do mundo empresarial ao jornalismo) ficariam encarregues de exercerem, pro bono, as funções de “agente facilitador” em prol do respectivo monumento, desenvolvendo as acções adequadas ao seu resgate e promoção, envolvendo a comunidade, criando grupos de missão, angariando mecenas, etc. Essa iniciativa contaria com parcerias estratégicas com a comunicação social.

Agradecendo a atenção, apresentamos os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Cristiana Rodrigues, Alexandra de Carvalho Antunes, Júlio Amorim, Maria de Morais, Fernando Jorge, Pedro Henrique Aparício, João Mineiro, Nuno Franco Caiado, Ana Alves de Sousa, Jorge Pinto, Irene Santos, Jorge Santos Silva, Nuno Vasco Franco, Miguel Velloso