24/03/2022

Projecto de alterações e demolição Convento de Santa Joana – novo e-mail a arq. Bruno Pereira (Saraiva & Associados)

Exmo. Sr. Arq. Bruno Pereira


C.C. CML, DGPC, JF e Agência Lusa

Constatando a destruição completa do edifício central do antigo convento de Santa Joana, importa esclarecer os seguintes pontos:

Na informação constante no site do projecto Lx Conventos (http://patrimoniocultural.cm-lisboa.pt/lxconventos/ficha.aspx?t=i&id=592) coordenado pelo Instituto de História da Arte, pode ler-se: "na continuidade da igreja, um edifício de três pisos aloja duas salas que conservam elementos de interesse patrimonial. Localizavam-se no piso intermédio e davam acesso ao coro da igreja através de dois portais da segunda metade do séc. XVIII, um dos quais ricamente decorado por trabalho escultórico rocócó." Ainda com base na mesma fonte: "pilastras e capitéis jónicos da área do presbitério de grande erudição e rigor tratadístico, bem como tribunas de arcaria tripla que abriam para a capela-mor."

Importa, pois, saber:

Qual o destino dado a estes importantes elementos de uma das grandes casas monásticas de Lisboa?
Qual o paradeiro dos excelentes painéis azulejados barrocos que existiam na portaria?
Muito nos interessaria saber quem deu a autorização para a demolição integral do corpo central do convento, do corpo em “L”, que delimitaria um segundo pátio. Demolição que implicou a completa adulteração da pré-existência.
Tal como gostaríamos de saber que destino foi dado à antiga pedra de armas de D. José I, que apoiou a reconversão do convento masculino para feminino.

De frisar, ainda, a frase que consta no vosso site e que gostaríamos que nos explicassem: "as soluções apontadas pela contemporaneidade."

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Luís Carvalho e Rêgo, Eurico de Barros, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Gonçalo Cornélio da Silva, Gustavo da Cunha, Fernando Jorge, Rui Martins, Helena Espvall, Beatriz Empis, Miguel Atanásio Carvalho, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Pedro Cassiano Neves, António Araújo

Sem comentários: