15/03/2011

Lisboa vai de novo fazer render o peixe no Pátio da Galé

É um regresso às origens. O evento gastronómico Peixe em Lisboa, cuja quarta edição se realiza de 7 a 17 de Abril, vai voltar aoPátio da Galé, na Baixa lisboeta, onde decorreu a primeira edição.

Após dois anos no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, devido às obras de requalificação daquele pátio de características pombalinas, a Associação de Turismo de Lisboa decidiu, com o patrocínio da empresa Essência do Vinho, levar de novo o Peixe em Lisboa para o centro histórico da capital. O que beneficia tanto o festival - porque o pátio fica num circuito que passa pelo Terreiro do Paço, obrigatório para os turistas - e ajuda a própria cidade, como salienta o coordenador do evento, já que atrai pessoas para uma zona que anda sempre nas bocas dos lisboetas quando se fala da necessidade de revitalizar a Baixa. A localização central, com parques de estacionamento periféricos, pretende ser "mais uma forma de atrair muitos visitantes nesta quarta edição", acrescenta Duarte Calvão.

Este ano, oPeixe em Lisboaalarga a sua duração de nove para 11 dias. Participam 13 restaurantes e 23 chefs, entre os quais o espanhol Sergi Arola, referência mundial que lançou diversos espaços em Espanha, no Brasil e também em Portugal (o Arola, no Ritz Carlton Penha Longa, em Sintra) e Gennaro Esposito, um dos maiores especialistas italianos de "cozinha do mar", ambos detentores de duas estrelas Michelin.

O festival que elege o peixe como "rei" irá também levar à capital portuguesa três jovens chefs de origem portuguesa que trabalham no mundo da alta cozinha: Nuno Mendes, recentemente distinguido com uma estrela Michelin com o restaurante Viajante (Londres); George Mendes (que abriu o Aldea, em Nova Iorque, e também detentor de uma estrela) e Serge Vieira, cujo restaurante em seu nome fica em Auvergne, Centro-Sul de França, e também tem lugar no Michelin.

Outras novidades são o número elevado de novos restaurantes, oriundos de Sintra e Peniche, que se juntam a outros repetentes de Lisboa, Cascais e Sesimbra, bem como a desmistificação das conservas como um produto menor e a homenagem ao brasileiro Dias Lopes "peladivulgação da gastronomia portuguesa", salienta Duarte Calvão.

O acesso ao festival será gratuito para alunos e docentes das escolas de Hotelaria. Para os restantes,os bilhetes custam 15 euros por dia, como na primeira edição.
In Público

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