18/09/2006

Palácio Pombal: apelo a Carmona Rodrigues


(Foto: IPPAR)


Ex.mo Sr.Presidente da CML

Está agendada para a reunião de CML da próxima 4ª Feira, dia 20, a discussão e aprovação da venda em hasta pública do Palácio Pombal, sito na Rua do Século, que recentemente foi alvo de trabalhos de restauro importantes (a nível dos estuques, da estrutura, etc.), obras orientadas e pagas pela Câmara (segundo estimativas, cerca de 800 mil €), e que inclusive permitiram a descoberta de vários elementos patrimoniais. Ultimamente verificou-se um escandaloso roubo de azulejos.

O Palácio Pombal está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 1993, e foi mandado construir pelo avô de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, que nele nasceu e habitou. O palácio é um dos mais valiosos de Lisboa (azulejos, estuques, escadaria, jardim interior) e foi por isso que foi comprado pela CML nos anos 60, com vista a nele instalar um museu, o que nunca sucedeu.

A sua venda representará um grave atentado ao património sabidas que são as consequências práticas dessas vendas, desprestigia a cidade e empobrece-nos a todos. Chegamos a duvidar se valeu a pena o Marquês de Pombal recuperar, redesenhar e relançar a Lisboa destruída em 1755.

Por isso, apelamos ao Sr.Presidente da CML para que retire esta proposta da agenda, e que, em vez disso, a CML incremente os trabalhos de conservação e restauro do Palácio Pombal, desacelerados nos últimpos tempos por razões desconhecidas, e proceda convenientemente de modo a que sejam evitados novos roubos e pilhagens.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Miguel Soromenho e Vítor Serrão (Fórum Cidadania Lx), Filipe Lopes (OPRURB), e Ana Alves de Sousa e Edgar Piló (Com.Moradores Bº Azul)

1 comentário:

Diogo Moura disse...

A proposta acabou de ser retirada. O que dizer mais...

http://muchisushi.blogspot.com/2006/09/cmara-de-lisboa-abusa-da-histria.html