31/01/2009

Parque Urbano do Alto do Duque

Digo-lhes que «o Parque Urbano do Alto do Duque encontra-se classificado como Área Verde de lazer e recreio no Plano Director Municipal de Lisboa. Mas está inacessível à população, que não pode usufruir deste equipamento, apesar da falta de espaços verdes.»
Pode ler aqui, se lhe interessar.

30/01/2009

«Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada» - R. do Arco a S. Mamede

...e os passeios da Rua do Arco a S. Mamede - onde moradores já sugeriram à CML uma alteração toponímica: «Rua do estacionamento selvagem a S. Mamede».

Conseguem imaginar, neste cenário hostil, cidadãos com mobilidade reduzida, idosos, pais com carrinhos de bébé? E conseguem imaginá-los, a circular na estrada pois não têm alternativa, terem de se desviar para um espaço entre dois carros mal estacionados porque uma viatura a descer a rua lhes apita (com toda a razão!) para sairem da faixa de rodagem?

"Agora já nem repara, mas antes «achava uma tortura» ter de serpentear passeios estreitíssimos pejados de carros mal estacionados: «Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada. Isso nunca me aconteceria na Rússia." Anna Sokolova (34 anos Russa, Médica) in Notícias Magazine, 26 de Outubro de 2008 (pág. 51)

Foto: Proibida a circulação de peões na Rua do Arco a S. Mamede? O FCLX agradece a imagem

«Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada» - R. Gustavo de Matos Sequeira

Os passeios da Rua Gustavo de Matos Sequeira - onde os moradores tentam, em vão, circular a pé nos passeios. Para quando a inversão do estilo de vida insustentável «uma pessoa, um carro»? Para quando intervenções municipais que devolvam os passeios, de uma vez por todas, ao seu uso original: para as pessoas andarem a pé. Parece que muitos munícipes já se esqueceram que andar é um "meio de transporte". Os cidadãos com mobilidade reduzida, idosos, pais com carrinhos de bébé, são obrigados a circular no meio das faixas de rodagem.

"Agora já nem repara, mas antes «achava uma tortura» ter de serpentear passeios estreitíssimos pejados de carros mal estacionados: «Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada. Isso nunca me aconteceria na Rússia." Anna Sokolova (34 anos Russa, Médica) in Notícias Magazine, 26 de Outubro de 2008 (pág. 51)

Foto: Proibida a circulação de peões na Rua Gustavo de Matos Sequeira? O FCLX agradece a imagem

«Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada» - Rua Cecílio de Sousa


Moradores das freguesias de S. Mamede e das Mercês pediram para divulgar no nosso blogue imagens do estacionamento selvagem nos arruamentos onde vivem (onde tentam viver!). Apesar das juntas de freguesia e da CML terem já procedido à colocação de pilaretes em alguns passeios, a situação continua longe do aceitável. Nenhum autarca se atreve a realizar intervenções mais corajosas que devolvam os passeios, de uma vez por todas, ao seu uso original: para as pessoas andarem a pé. Parece que muitos municipes já se esqueceram que andar é um "meio de transporte".

A situação é particularmente difícil para moradores com mobilidade reduzida, idosos, pais com carrinhos de bébé, pois são obrigados a circular no meio das faixas de rodagem. Curiosamente, foi uma cidadã estrangeira que alertou para o absurdo desta situação lisboeta como se pode ler num depoimento publicado recentemente numa revista:

"Agora já nem repara, mas antes «achava uma tortura» ter de serpentear passeios estreitíssimos pejados de carros mal estacionados: «Queria passar com o carrinho de bebé e tinha de ir para o meio da estrada. Isso nunca me aconteceria na Rússia." Anna Sokolova (34 anos Russa, Médica)

in Notícias Magazine, 26 de Outubro de 2008 (pág. 51)
Fotos: Proibida a circulação de peões na Rua Cecílio de Sousa? O FCLX agradece as imagens.

Câmara quer Marquês de Pombal, T.Paço e Rossio livres de propaganda eleitoral

A Câmara de Lisboa quer garantir a não colocação de propaganda eleitoral no Marquês de Pombal, Terreiro do Paço, Rossio, Praça do Município e Restauradores e limitar o tamanho dos cartazes noutras zonas da cidade.

Segundo disse à Lusa o vereador com o pelouro do Espaço Público, Sá Fernandes, a ideia é "ser totalmente respeitador das regras quanto à protecção de vistas e não ocupação de passeios e ao mesmo garantir que algumas zonas ficam livres de propaganda".

"Isto era um bocado desordenado", afirmou Sá Fernandes, frisando que a proposta que hoje apresentou numa primeira reunião com os maiores partidos "é totalmente aberta".

"É uma primeira sugestão. Agora vamos continuar a discutir esta matéria", afirmou o vereador, lembrando que vai igualmente chamar os pequenos partidos para discutir o assunto.

"Alguma coisa tinha de se fazer. É que mesmo as proibições que resultam da legislação muitas vezes não eram cumpridas", disse, no final de uma reunião com representantes do PS, PSD, PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP.

De acordo com a proposta da autarquia deverão ficar igualmente livre de cartazes de propaganda eleitoral algumas zonas que entrarão em obras, como o Martim Moniz, a Alameda das Universidades e o Cais do Sodré.

A proposta da Câmara sugere igualmente que os maiores cartazes (mupi) sejam apenas colocados nas avenidas Norton de Matos, Marechal Craveiro Lopes, General Correio Barreto, Marechal António Spínola e na Infante D. Henrique.

Para os de restantes dimensões a câmara propõem um mapa que será ainda apresentado aos partidos para que possa ser acertado.

"A proibição de propaganda no Marquês de Pombal foi muito bem recebida e a do Martim Moniz consensual. No Cais do Sodré foi sugerido que se encontrassem alternativas, que é o que vamos ainda analisar", explicou.

"O desejo é que seja consensual para que todos cumpram. Hoje tivemos uma primeira reunião e todos foram muito receptivos às propostas da autarquia", disse Sá Fernandes, lembrando que o objectivo é definir princípios que tenham continuidade em futuras campanhas eleitorais.

In RTP.pt

A impunidade que sai barata

Creio já ter escrito aqui sobre os golpistas, vulgo chicos espertos, os que andam por aí nas laterais de emergência. Como sempre, no pasa nada... Ou melhor, lá passar, passam. E a toda a velocidade.
Nem de propósito, encontrei esta reportagem no programa Nós por cá. Isto quer dizer que eu já vi e os espectadores também viram. Parece que quem devia ver, não vê.
Ora vejam o video do que se passa no Eixo Norte-Sul
E um post que escrevi recentemente:
Aproxima-se pela direita, pela esquerda ou pela rectaguarda, sempre que seja possível o golpe, passar os outros ou chegar-se mais à frente nas saídas protegidas por traços contínuos duplos. Desconfio que se ria das manobras que julga inteligentes, de alto gabarito, do fantástico desempenho que o há-de levar mais longe, mais rápido, mais cedo que os outros, os tolos alinhados à espera de vez. Tipos a quem chamam "assertivos", penso eu. Também os vejo muito nas laterais de emergência, certos de que vale a pena arricar, não há lei nem ordem, nem ambulância à vista que os impeça de mais uma esperteza ardilosa, da golpada bem sucedida. A sorte protege os temerários, enquanto avança corajoso, sozinho ou mesmo acompanhado pelo kit da felicidade, deixando para trás os tipos que não arriscam, logo não petiscam. Devem ser os mesmos anjinhos que ele vê sair dos parques de estacionamento a preços milionários, gente pouco preparada para galgar a calçada portuguesa ou objectores de consciência da 2ª fila, cobardolas, havia de ser com ele, um profissional da escalada nos passeios públicos à borla.
E quando nas fila cansadas de esperar, alguém toma a ousadia do primeiro golpe, da fuga para a frente ou pelos lados, é vê-los sair, um ou dois a medo, logo seguidos de muitos, que não querem ficar para trás, não hão-de querer ser toscos, os panhonhas que se deixem ficar, quem não arrisca não petisca, tempo é dinheiro, não são menos que os outros, candeia que vai à frente é que alumia.
São assim as viagens pelas vias urbanas, ninguém mas contou: vejo-os todos os dias de manhã ou ao final da tarde, os tipos muito mais espertos que eu, os gajos ou as gajas das golpadas. Os que se safam melhor, mais cedo, mais rápido, limpinho.
Também se podem ver nas filas únicas com uma única caixa aberta. Assim que outra entra ao serviço, saltam todos dos últimos lugares para a frente do Plutão, indiferentes a quem chegou mais cedo. Mexam as pernas, os parolos.
E que dizer dos incautos que, por desconhecimento ou falta de informação, não tiram de imediato as senhas de atendimento?? Nada a fazer, tarde demais: tornam-se invisíveis aos olhos de quem chega depois, que ninguém tem culpa que não puxassem logo do papelinho com número. A lei é a lei e a ordem é muito bonita, basta olhar fixamente para os dígitos no écran.
Se virem uma madura condenada a esperar por vez ou a ficar para trás na filas de trânsito, da farmácia ou das bomba de gasolina, posso ser eu.
(Post já editado)
.
ADENDA
Curiosamente, escrevi este post tanto a pensar no eixo Norte-sul como na entrada de Pina Manique da CREL.
Passando as saídas para Monsanto e zona comercial, existe a informação da saída para Lisboa pela direita. Para mim e para milhares de "tansos", isso significa que temos que nos encostar à direita.
Mas lá vêm os fura-vidas à espera de um espaço no pára-arranca, colocando-se bem à frente de nós, que penámos pela nossa vez para entrar. Os mais ousados, fantásticos, nem tentam sequer enfiar-se na fila: seguem em frente e, na saída (com duplo traço contínuo), ZÁS! Lá estão eles no plutão da frente sem sequer terem passado pela fila.
Perdi a conta às vezes que liguei escandalizada para a polícia, assim como perdi a conta às horas que perdi naquele local à espera da minha vez para entrar. A polícia nunca apareceu. Eles andam por lá todos os dias a fazer dos outros parvos, como eu.

Câmara cria ciclovias e parques para 'biclas'

In Diário de Notícias (30/1/2009)
LUÍSA BOTINAS

«Lisboa. As colinas da cidade não parecem ser obstáculo para a autarquia, que aposta na criação de infra-estruturas para os utilizadores de velocípedes. Pedalar diariamente em bicicleta própria ou de uso partilhado (projecto lançado pela CML), em vez de usar o carro, são realidades que aí vêm

A Câmara Municipal de Lisboa quer incrementar o uso da bicicleta na capital e, além de 45 quilómetros de pistas cicláveis, em obra ou em projecto, a autarquia vai criar igualmente 95 parques de estacionamento para os velocípedes. No total serão investidos 5,2 milhões de euros na construção de infra-estruturas destinadas às "biclas".

Ontem, o vereador responsável pelo Ambiente e Espaços Verdes informou que o Parque Florestal de Monsanto deverá estar ligado ao Parque Eduardo VII através de pistas cicláveis e pedonais até ao final de Março. José Sá Fernandes anunciou a novidade durante a visita às obras, em fase de conclusão, de uma das pistas cicláveis, na Radial de Benfica. Até Março, deverá estar concluída a ligação de Monsanto aos jardins de Campolide, entre a Universidade Nova e as instalações da Polícia Municipal, através de uma ponte, e até ao Palácio da Justiça, junto ao Parque Eduardo VII. As obras de construção da ponte pedonal e ciclável sobre a Avenida Gulbenkian, que ligará os jardins de Campolide à Polícia Municipal, arrancam dentro de 15 dias. De entre as novas ciclovias a criar, José Sá Fernandes anunciou ainda a que estabelece a ligação de Monsanto à Quinta da Granja, em Benfica, cujas obras deverão começar em Abril próximo. Quanto à ligação entre a Quinta da Granja e Carnide, está adjudicada a obra e "só falta consignar", o que deverá acontecer dentro de 15 dias, acrescentou o responsável autárquico. O financiamento destas obras é assegurado através do investimento municipal e também de parcerias (Metropolitano, Rock in Rio e APL) e de comparticipações de fundos europeus (QREN, num total de 2,4 milhões de euros ). A ciclovia Carnide-Monsanto conta com dinheiros do casino; a Refer paga a ligação entre o Campo Pequeno e a Avenida Gago Coutinho, e a ligação entre as Olaias e o Parque da Bela Vista (Sul) será financiada pela organização do Rock in Rio. Além das pistas, a câmara tem ainda a decorrer o concurso público para o fornecimento de 2500 bicicletas de uso partilhado.|»

Gabo a paciência a quem ainda lhe dá tempo de antena.

Colégio Moderno ergueu vedação em terrenos do Estado sem pedir autorização

In Público (30/1/2009)

«O Colégio Moderno, propriedade do ex-Presidente da República Mário Soares, da mulher e dos filhos, construiu no fim do ano passado uma vedação metálica, de cerca de cem metros de comprimento, num terreno pertencente ao Estado, sob jurisdição da Universidade de Lisboa.
A estrutura metálica, composta por perfis chumbados no chão e por uma grossa rede de arame, com cerca de dois metros de altura, foi montada a 60 centímetros do muro que delimita uma das propriedades do colégio situado na Rua Dr. João Soares, no Campo Grande. Antes de erguerem a vedação, os proprietários do estabelecimento mandaram plantar uma fila de arbustos, nos mesmos terrenos públicos que integram um espaço marginal à Alameda da Universidade, do lado oposto à Torre do Tombo, habitualmente ocupado com estacionamento selvagem.
Solicitada em meados de Dezembro a esclarecer se alguém lhe tinha pedido autorização para montar aquela estrutura, a Reitoria da Universidade de Lisboa, através do seu porta-voz oficial, respondeu, após muitas insistências, cerca de um mês depois. "A Reitoria não tem conhecimento de nenhum pedido de autorização e confirma que aquele terreno é da Universidade", informou António Sobral, assessor de imprensa da Universidade de Lisboa.
As instalações do Colégio Moderno paralelamente às quais foi montada a rede correspondem à última moradia da Rua Dr. João Soares, na qual tem a sua entrada, e é nelas que funciona o infantário da sociedade. Há cerca de três anos a moradia foi alvo de grandes obras de ampliação e adaptação às suas actuais funções, tendo sido usada como estaleiro uma extensa parcela de terreno da Universidade, que incluía a faixa de 60 centímetros agora ocupada pela vedação.
Terminadas as obras no Verão de 2007, os tapumes metálicos do estaleiro foram ali mantidos durante mais de um ano, sem que no seu interior tivessem ficado quaisquer materiais de construção. No final do ano passado, os tapumes foram retirados e a sebe foi plantada junto ao muro do infantário, que também tem cerca de dois metros de altura e por cima do qual existe uma outra rede metálica.
Pouco depois foi construída a vedação metálica cuja função se desconhece, visto que nada acresce em termos de segurança do estabelecimento. Construído há muitos anos, existe também um portão de ferro no muro do colégio que abre directamente para os terrenos da Universidade, mas não tem qualquer uso.
O PÚBLICO contactou na semana passada o gabinete da gerente do colégio, Isabel Soares, mas até agora não conseguiu obter qualquer resposta sobre o assunto. José António Cerejo»

LISBOA: FEIA, PORCA E MÁ - 4

Antigo Teatro Vasco Santana, depois das apressadas demolições efectuadas pela Bragaparques, ávida e ansiosa por ali abrir um mega-parque de estacionamento. Em pleno eixo de entrada na capital. Um buraco com ruínas e destroços dignos de um cenário de guerra.
Nota: reparar na mega-tela publicitária na empena do prédio ao lado.

29/01/2009

O Porto de Lisboa

O Jornal de Negócios de hoje publica um artigo de opinião, da autoria do senhor Dieter Dellinger, "gestor, jornalista livre e ex-deputado à AR". Comecei a sublinhar os pontos que queria contestar, e acabei com o artigo totalmente sublinhado. Por isso restrinjo-me a dois ou três pontos conceptuais:

a) "...a funcionalidade do porto de Lisboa, um dos melhores do Mundo ... os reis da 1ª dinastia fizeram de Lisboa a capital do reino ... o rei D. Manuel I não se importava de ter o seu palácio junto aos estaleiros ... Ninguém deve esquecer o muito que a cidade e a região de Lisboa e Vale do Tejo já perdeu em termos de indústrias, principalmente as orientadas para o mar... "

O Senhor Dieter Dellinger parece não integrar no seu raciocínio que a economia evoluiu bastante, desde os reis da 1ª dinastia, e que as características que fizeram de Lisboa um dos melhores do mundo de então talvez não sejam as que se exigem para um porto de contentores moderno (essa afirmação de a capital ser devida ao porto também merece algum debate, mas fica para outra ocasião). Além de que ser vizinho de um estaleiro do séc. XVI - ou mesmo de um porto de há 50 anos - não é a mesma coisa do que sê-lo de um terminal de contentores do séc. XXI.

b) "... pode fazer de Lisboa um porto para servir também o interior da Península, nomeadamente a região da Estremadura espanhola ... sistema de transportes e ligações com o exterior que abandonou o mar, permitindo assim que uma greve de camionistas TIR tenha podido quase desferir um golpe mortal na economia nacional, na liberdade de circulação e no abastecimento dos portugueses..."

A justaposição destas duas frases, afastadas no texto, dispensa comentários.

c) "...são restaurantes e “boites”, para pessoas que do rio e do mar mais não querem do que seja local de passeio e lazer..."

Este argumento, a puxar para o moralista, é infelizmente capcioso. O que está em causa é justamente a utilização daquela área por uma actividade muito mais racional de um ponto de vista económico, da qual o lazer - que também é uma actividade económica, repare-se - é apenas uma componente.

Para além destes pontos há outros, mas alguns são tão flagrantemente falsos que penso tratar-se de lapsos ("...Esta obra, que pode ser feita sem despesa para o contribuinte...", ou "...um comando com elevado sentido de organização e energia conseguiu num ápice juntar 10 mil assinaturas..."). Outro é uma questão de Hamburgo e A 380, que não comento pois não conheço.

Os peões-esses grandes empecilhos (título meu)

VIDEO SIC

Aqui.

.Andar a pé
A tormenta dos peões em Lisboa

Nós Por Cá 28-01-2009
Publicação: 29-01-2009 10:06 Última actualização: 29-01-2009 10:08
Perigo de morte
Peões sem condições de segurança na Av. das Forças Armadas
No passado dia 6 de Janeiro, mostrámos o percurso que uma cidadã faz a pé, entre casa e o trabalho, em Lisboa. No trajecto, detectámos várias situações complicadas para o peão. A situação mais perigosa acontece na Av. das Forças Armadas. Pedimos explicações à Câmara MunicipalNem o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nem o Director Municipal de Tráfego deram entrevista. A autarquia enviou apenas uma nota escrita em que reconhece a gravidade da situação mostrada por nós. Quem segue pela Av. das Forças Armadas, no sentido Sete Rios – Entrecampos, junto ao cruzamento com a Av. dos Combatentes, vê-se de repente numa ilha sem condições de segurança para atravessar a rua e prosseguir caminho.
Documento: NotaCML.doc
A CML admite que no local não existe uma ligação segura entre zonas pedonais. Contudo, entende que a pintura de uma passadeira no local teria o inconveniente de dar uma falsa sensação de segurança ao peão, colocando-o em maior risco, devido à saída dos peões situar-se no final de uma curva a descer, sem grande visibilidade.
Ora qual a solução apresentada pela CML? O impedimento da circulação pedonal, até à realização de obra que permita o atravessamento em segurança.
A CML não explica como vai impedir a passagem, nem quando começará a obra, nem para quando está prevista a conclusão dos trabalhos.
As pessoas que passam todos os dias pelo local reclamam mais segurança e que lhes seja dada uma alternativa de circulação, se a passagem for mesmo encerrada.
Nós por cá também esperamos que a anunciada obra não se fique pelo papel e que os peões possam circular na cidade sem pôr em risco a própria vida.
Carla Castelo


A Câmara Municipal de Lisboa informa que se encontra a decorrer, até 5 de Fevereiro de 2009, o concurso para atribuição do direito de exploração do estabelecimento de restauração no Eucaliptal de Benfica.

O edifício existente no Jardim do Eucaliptal de Benfica encontra-se encerrado há mais de um ano e este Executivo, através do Pelouro do Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde, pretende recuperá-lo, promovendo a sua requalificação, possibilitando desta forma um apoio de restauração aos utentes do Jardim.

Para tal, a Câmara pretende conceder, através de concurso público sem publicidade internacional, a atribuição do Direito de Exploração desse estabelecimento de restauração e de bebidas com esplanada, pelo período de 5 anos, prorrogáveis pelo período de um ano, até ao limite máximo de 9 anos, de forma a dinamizar e potenciar uma maior vivência do referido Jardim pela população de Benfica e pelos cidadãos de Lisboa.

A referida concessão irá ser atribuída pelo Vereador do Pelouro do Ambiente e Espaços Verdes, Dr. José Sá Fernandes (encontrando-se o Programa do Procedimento e o respectivo Caderno de Encargos em anexo nesta página do site).
Mais se informa que o processo se encontra patente para consulta na Direcção Municipal de Serviços Centrais - Divisão de Informação e Atendimento, sita no Campo Grande nº. 25, piso 0, Bloco E, em Lisboa, no horário compreendido entre as 9 h ás 17h30 até ao dia da abertura do acto público.

Os concorrentes poderão apresentar as respectivas propostas até as 16.00 horas de dia 5 de Fevereiro de 2009, estando o acto público marcado para o dia 6 de Fevereiro de 2009, pelas 10 horas, no Edifício Central do Campo Grande.

(...)
In CM-Lisboa.pt

Actas do IV Colóquio: As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades

Actas IV Colóquio Temático
“As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades”

As Actas do IV Colóquio Temático "As escalas de Lisboa, Morfologia, população e identidades", apresentam escalas de observação sobre a cidade, bairros e ruas, o espaço urbano, a persistência de ruralidade nalguns bairros antigos, a heráldica autárquica, a preservação do património e a concepção e concretização de novos modelos urbanísticos. As actas do IV Colóquio Temático remetem-nos para a população e identidades, para os bairros, para a história e património de Lisboa, uma cidade em que as formas urbanas atingem outras escalas e outros valores.

Já se encontra disponível para download gratuito na loja do site do Arquivo Municipal de Lisboa: http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/

Obras no Porto ameaçam Jardim das Cerejeiras

In Diário de Notícias (29/1/2009)
KÁTIA CATULO
JOÃO GIRÃO

«Lisboa. Escavações estão a danificar o espaço verde recuperado há um mês
O Jardim das Cerejeiras Japonesas, junto ao Museu de Arte Popular, em Belém (Lisboa), está mais uma vez ameaçado - primeiro foi a falta de verbas da câmara municipal que obrigou a Associação de Amizade Portugal-Japão (AAPJ) a retirar as 181 árvores, que secaram por falta de manutenção; agora são as obras da Administração do Porto de Lisboa (APL), que estão a danificar o espaço verde, inaugurado em 2005. [...]»

A APL à solta. A CML desnorteada. As cerejeiras nunca pegaram, porque nunca sa regaram. Este caso é motivo de anedota juntos dos nossos amigos japoneses. Pérolas a porcos.

Plano para o Parque Mayer vai abri-lo à cidade

In Diário de Notícias (29/1/2009)
LUÍSA BOTINAS

«Operação urbanística. No Verão a proposta de Plano de Pormenor para o Parque Mayer e edifícios da Universidade de Lisboa na Rua da Escola Politécnica deverá entrar em fase de discussão pública. Ontem a sua elaboração foi aprovada pelo executivo municipal. Oposição questionou a viabilidade financeira
O tempo começou a contar. Ontem a Câmara de Lisboa aprovou os termos de referência (as linhas com que o arquitecto se cose) para a elaboração do Plano de Pormenor do Parque Mayer. Manuel Aires Mateus, o arquitecto vencedor do concurso de ideias promovido no ano passado pela autarquia da capital, tem agora 180 dias para elaborar uma proposta preliminar e posteriormente o plano de pormenor na sua versão definitiva. "Vamos abrir o Parque Mayer à cidade", disse ao DN. [...]»

Idem em relação ao Palacete Ribeiro da Cunha, estufa do JB e edifício do Colégio dos Nobres.

Lisboa recua na demolição de piscinas de valor arquitectónico

In Público (29/1/2009)
Ana Henriques

«Actividades de bem-estar, como spa e massagens, podem passar a fazer parte das futuras atribuições. Preservação não contempla Areeiro

A Câmara de Lisboa quer salvar do camartelo as piscinas dos Olivais e do Campo Grande, obras de reconhecido valor arquitectónico que o anterior executivo tinha condenado por se terem tornado, no seu entender, equipamentos desportivos obsoletos. A piscina do Areeiro é a única que continua com sentença de morte marcada.

Os planos de reabilitação das três piscinas, que estão encerradas por falta de condições, foram ontem apresentados na reunião de câmara. Sem dinheiro para levar as obras por diante, a autarquia tenciona concessionar à mesma empresa ou entidade privada os três equipamentos desportivos por um período de 40 anos, ficando esta obrigada a pagar as obras e a manter as actuais funções sociais a preços reduzidos - como é o caso da natação para crianças e para idosos. Poderá, no entanto, alargar o leque de actividades praticadas. Spa, massagens, ginásios e restaurantes a preços de mercado são algumas das novas valências previstas para que o concessionário recupere os 30 milhões de euros que a câmara calcula que sejam necessários para as empreitadas. Seja como for, os frequentadores destas piscinas não deverão poder voltar a utilizá-las antes de 2011, uma vez que ainda não foi lançado o concurso público internacional para a construção e para a exploração que marcará o arranque do processo. O júri que avaliará as propostas terá representantes quer da área desportiva quer da área da arquitectura, assegurou o vice-presidente da câmara, Marcos Perestrello.
Foram vários os protestos que se levantaram quando, em 2006, o executivo camarário liderado por Carmona Rodrigues anunciou a demolição dos três equipamentos dos anos 60. A então presidente da Ordem dos Arquitectos e hoje vereadora, Helena Roseta, escreveu ao presidente da câmara chamando a atenção para a importância destas peças arquitectónicas. A piscina do Campo Grande foi desenhada por uma das grande figuras da arquitectura portuguesa, Keil do Amaral. Projectados por nomes menos sonantes - Alberto José Pessoa, no caso do Areeiro, e Aníbal Barros da Fonseca e Eduardo Paiva Lopes, no dos Olivais -, os outros dois equipamentos nem por isso deixam de suscitar admiração entre os arquitectos que defendem a preservação do património do séc. XX.
Já como vereadora, Roseta defendeu no Verão passado que a sua reabilitação respeitasse os projectos originais e ficasse pronta até ao final deste mandato. A sua proposta nunca seria discutida na reunião de câmara, uma vez que o executivo camarário tinha já um grupo de trabalho a estudar o assunto.
O actual executivo camarário não explicou ontem por que razão mantém a intenção de demolir a piscina do Areeiro, por sinal a única das três, segundo Helena Roseta, a constar do inventário municipal do património.A autarca quer que as outras duas sejam unidades igualmente integradas na lista.
Segundo o director do departamento do desporto, Mário Guimarães, será no Campo Grande que os cuidados com a preservação do património serão maiores: apenas está prevista a demolição de um chapinheiro, um tanque de pequenas dimensões.
Já nos Olivais as demolições serão apenas de interiores, mantendo-se os edifícios existentes. Não será permitida a construção de novos imóveis no recinto desportivo, assegurou este responsável. Do seu programa funcional mínimo faz parte a requalificação da piscina de 50 metros e do tanque de saltos, que poderão vir a ser cobertos por uma estrutura fixa ou telescópica. A recuperação da piscina infantil também está prevista. Quanto ao novo edifício planeado para o Areeiro, não parecerá, à vista desarmada, maior do que o existente, mas será parcialmente enterrado.

30 milhões de euros é quanto a CML estima como valor das empreitadas para a recuperação das três piscinas»

Nesta coisa das piscinas é preciso estar atento, não vá alguém enfiar uma amona a alguém. Demolir a piscina do Areeiro? Vamos à guerra.

28/01/2009

CRITÉRIOS DA BAIXA: Praça da Figueira, 6B-6C


De acordo com a informação que me foi enviada pela CML no dia 30 de Dezembro de 2008, estes equipamentos de publicidade foram instalados ilegalmente, pelo que os serviços municipais procederão em conformidade, promovendo a instauração do respectivo processo contra ordenacional e notificando os responsáveis para procederem à respectiva remoção.
Também o IGESPAR em resposta datada de hoje, dia 28 de Janeiro, confirmou a ilegalidade destes equipamentos e informou que foram pedidos esclarecimentos à Câmara Municipal de Lisboa, através do ofício nº 149/2009, de 15 do corrente.

Ontem ao final da tarde, e quase 6 meses após a sua aparição ilegal, os reclames ainda iluminavam... Em Lisboa o crime compensa? O que diriam os técnicos da UNESCO soube esta ocorrência (nada inédita!) em pleno coração da zona a classificar como Património Mundial da Humanidade?

Nota: para ver o nosso primeiro alerta clik no título

LISBOA É...

...um buraco da largura de um passeio. Que seja possível aparecerem - e perdurarem durante meses - buracos em arruamentos de grande tráfego pedonal, como é o caso deste exemplo na Rua Augusto Rosa, é sintomático da incapacidade de Lisboa garantir a manutenção do espaço público. Pagamos os impostos e é isto que recebemos em troca: armadilhas que nos podem encaminhar num minuto para a maca de um hospital. Vivemos numa urbe com riscos de acidente em cada esquina. Um buraco que já ocupa a totalidade da largura do passeio! É um perigo inaceitável para os milhares de peões (muitos deles turistas) que semanalmente percorrem esta importantíssima rua do centro histórico da nossa cidade pois liga a Sé ao Miradouro de Santa Luzia / Portas do Sol. [no dia 30 de Janeiro este buraco foi finalmente tapado]










Regulamento para Alienação de Imóveis Municipais

Aviso n.º 2563/2009. D.R. n.º 19, Série II de 2009-01-28
Câmara Municipal de Lisboa
Aviso referente ao Regulamento para Alienação de Imóveis Municipais

LISBOA: FEIA, PORCA E MÁ - 3

Enquanto se espera pela demolição integral (já aprovada pela CML) dos interiores deste prédio do Arquitecto Ventura Terra, aproveita-se para o vestir de umas roupagens de publicidade que rendem uns bons trocos aos proprietários, e à CML. Entretanto as últimas vestes de prostituta forçada foram violentamente esfarrapadas pela mãe natureza no passado fim de semana... As mega telas publicitárias que cobrem dezenas de fachadas de edifícios da Avenida da República são uma das maiores provas de terceiro mundismo da nossa capital.

27/01/2009

Lisboa com shopping de 90 milhões

A Redland, empresa de investimentos imobiliários, vai construir um centro comercial em Lisboa em 2009, disse Jorge Bellon, administrador da empresada, citado pela Lusa.

O gestor não adianta o local, mas afirma que o investimento será de 90 milhões de euros. Disse ainda que 'Lisboa tem um potencial que outras cidades não têm', mas não concretizou.

Bellon afirmou à Lusa que 'o centro comercial irá situar-se em Lisboa e não na periferia', terá uma área de 40 mil m2, e um hipermercado como loja-âncora. Disse ainda que 'há espaço para crescer no sector imobiliário em Portugal'. Sublinhou que em alturas de crise 'há oportunidades, nichos de mercado, situações que vale a pena explorar com o objectivo de fechar negócios'.

A empresa tem previsto investir 100 milhões de euros até 2011 em Portugal, sendo que Lisboa consome praticamente todo o valor previsto.

(...)

In Oje (26/01/09)

Mais centros comercias gigantes dentro de Lisboa, não nos basta o maior da Península Ibérica?

Portagens dentro da cidade

Segundo o Correio da Manhã, «entrar de automóvel nos bairros históricos de Lisboa poderá passar a ser possível apenas mediante pagamento. Trata-se de um projecto-piloto que a EMEL – Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa – está a desenvolver e que visa reduzir o tráfego em zonas como Alfama, Bica e Castelo». Esta mania de tratar alguns bairros como condomínios privados está a tornar-se perigosa e discriminatória.
Perigosa, porque qualquer dia achar-se-á normal - com a desculpa do trânsito e bem estar dos residentes - vedar o acesso de mais partes da cidade e do território a trânsito e pessoas "forasteiras".
Discriminatória, porque apenas permite o livre acesso a parte do território nacional a uma "casta" escolhida. Que diriam as alminhas bem pensantes que se lembraram desta genialidade caso se vedasse uma zona "rica" tipo Quinta da Marinha ou Lapa com portagens exorbitantes para afastar os pobres horrorosos?
p.s. - Estas portagens significam que vou ter redução no Imposto Único de Circulação que pago?

Descubra as diferenças:


Hoje



Amanhã?

Se amanhã a CML aprovar, este prédio da autoria (oficiosa) de Cassiano Branco será convertido em hotel (não digo de charme, pois a cadeia que o vai gerir não me inspira essa classificação). O projecto tem sido corrigido, tentativa a tentativa e a versão final da coisa é menos má, embora com 2 pontos maus: a substituição da porta de entrada e a construção de terraços no topo do prédio. Será que não podem corrigir isso?

Proposta alternativa para a Baixa prevê mais espaços pedonais sem cortes "penalizantes"

In Público (27/1/2009)
Inês Boaventura

«A Parque Expo defende a manutenção do trânsito no Terreiro do Paço, mas com metade das vias e a aproximação da praça ao passeio ribeirinho


A Parque Expo desenvolveu para a Sociedade Frente Tejo uma proposta de circulação para a zona entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré que não introduz restrições "tão penalizantes" ao tráfego automóvel como a solução apresentada pela Câmara de Lisboa, mas proporciona "um considerável alargamento e melhoria dos espaços pedonais" e "uma melhoria das condições de operação dos transportes colectivos". A conclusão é do especialista em transportes Fernando Nunes da Silva, que comparou as duas propostas.
Segundo o catedrático do Instituto Superior Técnico (IST), a principal diferença entre as duas soluções é a supressão da circulação nas vias laterais do Terreiro do Paço, que é defendida apenas pela autarquia. Por sua vez, a sociedade Parque Expo propõe que continue a ser permitido o atravessamento da praça pelo transporte individual, mas com a redução "para menos de metade" da largura dos corredores viários de sentido único existentes já que, explica Nunes da Silva, passaria a haver apenas "duas vias por sentido, ao contrário das quatro vias e do estacionamento marginais actuais".
Para o corredor formado pelas avenidas Ribeira das Naus e Infante D. Henrique o estudo encomendado pela Sociedade Frente Tejo prevê a manutenção de duas vias por sentido a nascente da Praça do Comércio e para poente desse ponto a restrição a um total de três vias, "com distribuição variável pelos dois sentidos de circulação, no sentido de mitigar o efeito de barreira criado por este corredor face ao rio". Deste modo, resume Nunes da Silva, "a separação entre a Praça do Comércio e o passeio ribeirinho é fortemente reduzida para uns escassos 10,5 metros, ao invés da faixa asfaltada com mais de 20 metros que hoje ocupa esse espaço".
O especialista alerta ainda, no estudo comparativo que desenvolveu para o Automóvel Clube de Portugal, para o facto de a proposta da Câmara de Lisboa acarretar a necessidade de eliminar parte do estacionamento lateral nas ruas da Alfândega e da Madalena e de reduzir alguns passeios. Por exemplo na Rua da Madalena os passeios passariam a ter "apenas um metro de largura", o que Nunes da Silva sublinha ser "manifestamente insuficiente" para "uma via com estabelecimentos comerciais e um importante percurso pedonal de ligação à Praça do Comércio e à Baixa", além de constituir "uma forte penalização (tanto em conforto, como em segurança) para o tráfego de peões".
O especialista do IST concluiu ainda que o cenário proposto pela Parque Expo "é o que apresenta maior capacidade de acomodação do tráfego que circulará na zona após a introdução das medidas de reordenamento". Se a solução da autarquia avançar, avisa, "é previsível que se venha a verificar uma redução dos utentes totais da Baixa", além de ser expectável um impacto negativo na qualidade dos transportes colectivos»

Nesta coisa dos estudos é preciso ter cuidado. Cada estudo é um estudo, isto é, tem um autor e uma encomenda. Ao executivo da CML compete a decisão política, com base num só critério: interesse público. Neste caso, o objectivo deve ser só um: diminuir o trânsito automóvel nesta zona da cidade, que é como quem diz, a poluição, o estacionamento selvagem, o barulho, os obstáculos à circulação pedonal, os obstáculos à fruição da frente-rio pela população. Decidir inequivocamente. Contra os lóbis, sejam eles quais forem, que sempre os haverá.

Deputados municipais tentam impedir António Costa de vender palácios

In Público (27/1/2009)
Ana Henriques

«Assunto já tinha sido discutido em privado entre sociais-democratas e socialistas. Gabinete do presidente da autarquia lisboeta diz que PSD tem de "honrar o acordo feito" em segredo


O projecto da Câmara de Lisboa de vender seis palácios para que privados os transformem em hotéis de charme, encaixando as respectivas receitas, pode estar comprometido: a comissão de habitação e reabilitação urbana da Assembleia Municipal de Lisboa está contra esta intenção. Tendo em conta que neste órgão o PSD tem maioria, poderá não ser fácil ao presidente da autarquia, António Costa, concretizar a alienação do património, que iria à praça por 12,7 milhões de euros.

Na actual conjuntura económico-financeira, vender poderá não ser a melhor opção, uma vez que não haverá ofertas suficientemente boas, argumentam os deputados que compõem a comissão, da qual fazem parte duas representantes do PS.
Foi só ontem, depois de saber do problema, que o gabinete de António Costa reagiu desvendando um segredo até aqui bem guardado: a maioria socialista que governa a câmara reuniu-se há algum tempo com os dirigentes autárquicos sociais-democratas para chegar a um entendimento sobre o assunto. Sobre o que terá acontecido no encontro, as versões divergem: segundo os socialistas, alcançou-se, de facto, um acordo relativamente aos palácios que poderiam ser vendidos e o PSD tem de o honrar; de acordo com os sociais-democratas, da lista faziam parte vários outros imóveis, e apenas houve consenso acerca daqueles que deveriam continuar nas mãos da autarquia, tendo sido remetida para mais tarde uma decisão sobre os seis palácios em questão.
Critérios díspares
A discussão do caso estava marcada para hoje, para a assembleia municipal, mas pode vir a ser adiada. O líder da bancada do PSD, Saldanha Serra, que partilha de algumas das objecções da comissão de reabilitação urbana, salienta que ainda faltam os pareceres de mais três comissões, não sendo certo que tenham ficado prontos até hoje. Também na comissão das finanças poderá haver objecções, acrescenta, uma vez que foram usados critérios díspares na avaliação dos imóveis.
A comissão de reabilitação urbana, dirigida por Pedro Portugal Gaspar (PSD), sugere que se analisem "outras opções políticas, designadamente o arrendamento dos palácios a outras instituições, ou mecanismos de parceria e mecenato, pelos quais a autarquia não prescinda da propriedade dos mesmos".
Em causa estão os palácios Braam-camp, Pancas Palha, Machadinho, Visconde do Rio Seco, Benagazil e o edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça. A comissão só admite a alienação do Benagazil, por causa do seu estado degradado. Mas também aqui parece haver um problema: Saldanha Serra diz que há uma associação de pilotos a queixar-se de que o edifício lhe foi prometido. No caso do Palácio Visconde Rio Seco, no Bairro Alto, a comissão quer saber por que motivo quer a câmara levar à praça um imóvel que comprou há uma década, quando poderia transformá-lo numa residência universitária, por exemplo.
O Palácio Pancas Palha, em Santa Apolónia, esteve dez anos em reabilitação, e por isso os deputados questionam a venda, exigindo ao mesmo tempo saber se o valor-base da hasta pública, cerca de quatro milhões, cobre o custo das obras. Saldanha Serra recusa-se a avançar o sentido de voto da sua bancada: "Decidiremos palácio a palácio".
a Depois de ver aprovado o seu orçamento para 2009 viabilizado pelos sociais-democratas na primeira reunião da assembleia municipal do ano, António Costa acabou por sair disparado porta fora com a sua equipa, por entender que não tinha de ceder ao aumento do controlo da actividade camarária pretendido, como contrapartida da viabilização, pela bancada "laranja". O abandono intempestivo da reunião foi pretexto para os deputados do PSD enveredarem por uma greve de zelo que lhe poderá sair cara: o esquadrinhamento minucioso de toda e qualquer proposta de António Costa que lhes chegue às mãos. Com as eleições a aproximar-se, o presidente da câmara precisa de ver aprovados os seus projectos para poder mostrar obra. Mas depois de ter deixado de contar com o beneplácito da presidente da assembleia municipal, a social-democrata Paula Teixeira da Cruz, com quem mantinha excelentes relações no início do mandato, começou há pouco tempo a ter de se confrontar precocemente com o seu rival nas autárquicas. É que os autarcas do PSD já pedem orientações a Santana Lopes sobre as votações mais relevantes, sendo que algumas delas têm por objectivo alterar projectos lançados por ele próprio enquanto presidente da câmara. A transferência do Museu da Moda e do Design de Santa Catarina para a Baixa, a ser apreciada em breve pela assembleia, é um desses casos. Compreende-se o fair play de Santana ao permitir a Costa ter um orçamento. Afinal, sabe que tem os socialistas na mão.»

O que está aqui em causa é que a proposta tem que ser reformulada, pois cada caso é um caso. Como é óbvio. E há, a meu ver, um caso grave, que é o da casa de São João de Brito, no Largo Rodrigues de Freitas. E um estranho, que é o do Pancas Palha.

Por outro lado, a experiência da CML em vender património deste gabarito tem-se saldado pelo fracasso, quando não pelo escândalo (basta recordar o Palácio da Rosa, que já devia ser um hotel a esta hora e que o promotor nunca cumpriu o acordo, exigindo ainda à CML pequenos lotes próximos como medida compensatória).

Por princípio, ainda, a venda de património é um acto extremo e não deve ser uma regra. Além de que a maior parte desses imóveis pode ser transformado em hotéis, e continuarem na posse da CML como senhorio, ou não?

RUA AUGUSTA: «Molinhas Felicio - Hand Made in Portugal»

LEGENDA: «Molinhas Felicio - Hand Made in Portugal», «Por favor Não Puxar / Don't Pull Please»

URGENTE: URBANISMO COMERCIAL PARA O CENTRO HISTÓRICO DE LISBOA!

LISBOA: FEIA, PORCA E MÁ - 2


Não há dúvida alguma, estas imagens só podem ser mesmo da «Alameda da Universidade DE LISBOA»! Canteiros ilegalmente transformados em estacionamento, pilaretes arrancados para permitir a invasão dos espaços verdes de enquadramento da Alameda da Universidade, enfim, viva a selvajaria, viva o terceiro mundo numa capital há mais de 20 anos na União Europeia!

26/01/2009

Historial das OGME em Belém:



«Instalações do Ministério da Cultura, Avenida da Índia, 136
Antigas Cocheiras Reais (século XVIII)
Antigas Oficinas Gerais de Material de Engenharia (Século XX)


O início das Oficinas Gerais de Material de Engenharia remonta ao ano de 1916 a 1 de Novembro, com outra nomenclatura, o P.A.M. Parque Automóvel Militar, instalado no prédio Militar N.º 23 de Lisboa, situado em Belém com entrada pela Av. da Índia N º 136, frente a Estação da C.P.
Convém no entanto relembrar que nesse local estiveram instaladas as Cocheiras Reais que serviam o Palácio que remonta ao reinado de D. João V [1706-1750].
Posteriormente o Estado tomou posse por acto de entrega pela Administração da Casa Real ao Ministério da Guerra, em 14 de Dezembro de 1885. Era ao tempo limitado o espaço, a Norte pela Rua da Junqueira, a Sul pela antiga Rua Marginal do Tejo a Este pela Praça D. Fernando e a Leste pelo Largo da Alfândega Velha.
Com o aterro do Tejo (1890-95) foram aumentados os espaços e erguidos vários edifícios de uma interessante arquitectura industrial [ala Sul] onde se realça um, em estrutura de ferro com uma área bastante vasta coberta [Arqueologia Subaquática].
Nesse local estiveram ainda instalados o Depósito de Forragens, o Picadeiro do Regimento de Cavalaria N.º 4 e o Quartel da 3ª Companhia de Administração Militar, o que lhe dá também um relevo Histórico e Militar.
O P.A.M. (Parque Automóvel Militar) surge no início do século XX, contemporâneo dos primeiros veículos Automóveis e tinha por finalidade proceder à reparação de Hipomóveis e Automóveis do Exército. Nascido administrativamente em 9 de Fevereiro de 1918, pela Portaria Nº 1.223. O seu Brasão em 1920 era composto por uma viatura automóvel de capota amovível, com uma chave de parafusos cruzada com um martelo.
No entanto por ordem do Ministério da Guerra, o P.A.M. é extinto em 31 de Julho de 1928, com base em razões de ordem financeira.
Surgem então as Oficinas Gerais de Material de Engenharia, (O.G.M.E.) conhecidas militar e popularmente como as Oficinas Gerais de Belém por Decreto Nº 16.629 de 19 de Março de 1929 com a seguinte missão:
• Reparar material automóvel
• Executar trabalhos de construção civil.
• Instruir em assuntos especiais, teórica e praticamente, para habilitar Sargentos e Cabos artífices de engenharia e mecânica automóvel

Em 7 de Maio de 1930, através do decreto Nº 18.297 é aprovado e posto em execução o Regulamento das Oficinas Gerais de Material de Engenharia, como Estabelecimento Fabril Militar, que define:
• A Missão.
• A Organização.
• A constituição dos Organismos.
• Os quadros de Pessoal.

O seu brasão era composto por uma roda dentada, apoiada num sem-fim horizontal cortada no topo a 1/5, onde surgia uma imagem de castelo, tendo mantido no interior da roda dentada o martelo e a chave de parafusos traçadas.
Com uma área total de 16.540 m2 e uma área coberta de 12.111 m2 e cerca de 280 trabalhadores as instalações foram cedidas em 7 de Dezembro de 1994 por protocolo do Ministério da Defesa Nacional (M.D.N.) à Secretaria de Estado da Cultura. São então instaladas nas Terras do Desembargador, antigas instalações do Grupo Armazéns de Belém, dependência do Depósito Geral de Material de Guerra, terrenos de Picadeiro do antigo Quartel de Cavalaria Nº7 e terrenos da Policia Militar hoje designada de Regimento de Lanceiros Nº2.
[Desde 1996 que as antigas instalações das OGME, sob a Tutela do recém-criado Ministério da Cultura, foram sendo ocupadas por diversos dos seus organismos (IPPAR, IA, IGAC, TN, etc), sendo que a maior parte da área se encontrou até 2007 ocupada pelo Instituto Português de Arqueologia que efectuou obras mais ou menos profundas em diversos edifícios. Com a criação do IGESPAR, em 2007, este organismo ocupa cerca de 75% das instalações.]

Fonte: Portal do Exército Português

CML vê chumbados projectos para alienar cinco palácios

A Comissão Municipal de Habitação chumbou os projectos da Câmara de Lisboa para alienar cinco palácios que serão transformados em hotéis de charme, disse hoje à Lusa fonte daquela estrutura.
Segundo o presidente da Comissão, Pedro Portugal, o parecer negativo foi dado por unanimidade, numa reunião onde estiveram presentes os representantes de todos os partidos.
«A Comissão duvida se de facto não pode ser dado outro fim para aquele valioso património, algum do qual já alvo de recuperação custeada pela autarquia, como por exemplo a cedência a instituições, mas mantendo a câmara a propriedade», afirmou.
A Comissão considerou ainda que «no projecto apresentado não é vedado por completo a utilização daquele património para outro fim que não os hotéis de charme».
De acordo com Pedro Portugal, os elementos da Comissão Municipal de Habitação têm igualmente dúvidas sobre se a conjuntura económica é de facto favorável para a alienação de património, uma situação «irreversível para a autarquia».
Por uma base de licitação que atinge um total de 12,7 milhões de euros, o projecto da autarquia abrange a alienação de seis edifícios: o Palácio do Machadinho, o Palácio Braamcamp, o Palácio do Benagazil, o Palácio Pancas Palha (também conhecido por Van Zeller), o Palácio do Visconde do Rio Seco e o edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça.
Na especialidade, o parecer da Comissão alerta ainda para o facto de, no caso do Palácio Pancas Palha (o de maior área), a autarquia começou a reabilitá-lo em 1992, um processo que passou por vários executivos municipais.
«Parece ter havido uma linha estratégica de reabilitação deste palácio durante 10 a 12 anos, um processo que abrangeu vários executivos camarários e agora decide-se alienar?», questionou Pedro Portugal, acrescentando que o projecto também não tem qualquer informação sobre quanto a autarquia já investiu na reabilitação deste palácio.
No caso do Palácio do Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto, «a autarquia adquiriu-o há menos de 10 anos, mas não sabemos com que fim nem a que preço, porque não vem o histórico no projecto do executivo», acrescentou.
Pedro Portugal apontou ainda o exemplo do edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, na freguesia do Socorro, sublinhando que «encaixa num conjunto histórico de homenagem a S. João de Brito».
«Houve uma recomendação da Assembleia Municipal aprovada em 2005 a defender a reabilitação de toda aquela zona, que poderia ser usada, eventualmente, para actividade museológica», sublinhou.
Apesar de reconhecer que o parecer da Comissão «não é vinculativo» e que o plenário da Assembleia Municipal é soberano na posição que poderá tomar na reunião de terça-feira, Pedro Portugal lembrou que o chumbo mereceu a concordância dos representantes de todos os partidos e que foi unânime a posição de que a autarquia deveria «rever o projecto e reformulá-lo».
Diário Digital / Lusa

Esquadra da 1.ª Divisão da PSP mete água

In Diário de Notícias (26/1/2009)
ISALTINA PADRÃO

«Lisboa. Instalações são provisórias há três anos

Comando diz que o edifício vai mudar de lugar. Mas não se sabe quando

A 1.ª divisão da esquadra da PSP está literalmente a meter água. Vai para três anos que, quem trabalha no 92 da Rua Gomes Freire, em Lisboa, acumula duas funções nos dias de chuva: além de desempenharem a sua profissão, funcionários e polícias transportam baldes de água dos vários departamentos onde, ao que o DN apurou, "chove como na rua". O caso já foi denunciado ao Comando Metropolitano da PSP de Lisboa (Cometlis), mas até agora nada foi feito. [...]»

25/01/2009

Património SOS

Para visualizar o video da reportagem da SIC sobre o roubo de património nacional: azulejos (Quinta da N Sra da Paz, Igreja de S Loureno, moradias), estatutária, etc. , aceder ao

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LINK SIC

Moradores de Alcântara dizem que o park é tudo menos fun-PUBLICO-25.01.2009, Ana Espada

Licença de ruído não foi emitida,
o horário de funcionamento não ficou estabelecido, a polícia não pode actuar e a vizinhança queixa-se

O projecto Fun Park, um parque de diversões situado em Alcântara, tem gerado protestos por parte dos moradores da freguesia, que se queixam do excessivo barulho proveninente do recinto, mas muito mais pelo facto de a polícia não intervir. A verdade é que o parque de diversões está devidamente licenciado pela Câmara Municipal de Lisboa, mas aparentemente por omissão não ficou estabelecido o horário de funcionamento nem foi passada a licença especial de ruído. Os comerciantes do parque também estão insatisfeitos com a direcção do projecto, mas o responsável pela sua organização, dizem, está em parte incerta.
Os moradores da freguesia de Alcântara há muito que se revelaram insatisfeitos com a colocação do Fun Park no terreno da antiga Fábrica do Açúcar, propriedade do grupo SIL. José das Neves Godinho, presidente daquela junta de freguesia, diz que recebeu o director do Fun Park há uns meses, que identificou como sendo António de Araújo, um dos feirantes indemnizados pela CML devido ao encerramento da Feira Popular em Entrecampos. Segundo o autarca, foi-lhe pedida "ajuda" para conseguir a licença do espaço", ajuda esta que lhe foi negada, visto ser um assunto da exclusiva competência da CML.
Obtida a licença junto dos serviços camarários, o parque iniciou a sua actividade e automaticamente começaram a surgir queixas dos moradores devido ao barulho proveniente dos equipamentos de diversão. "Comecei a receber várias queixas, escritas e por correio electrónico, e denunciei a situação à CML através de um ofício", disse ao PÚBLICO José Godinho, precisando que no ofício em questão é feita uma descrição precisa do barulho proveniente do recinto: "(...) uma esganiçada e estridente voz feminina alternando com música incomodativa (...)"; "um insuportável som que não incomoda somente os moradores da zona envolvente, mas que chega também a incomodar os habitantes da Calçada da Tapada e do Alto de Santo Amaro".
Inês Silva, moradora na Rua Luís de Camões, em Alcântara, também se queixou à junta, precisando que "o barulho do parque era ensurdecedor, especialmente se tivesse a janela aberta". Acrescentou, porém, que nos últimos dias, e tendo em conta que parte dos feirantes já abandonaram o recinto , "o barulho não é muito, dura até à meia-noite e há dias em que não ouvimos nada", referiu.

Licença de ruído
Perante esta situação
, a PSP e a Polícia Municipal nada podem fazer, visto que o recinto está licenciado pela CML e só esta pode "cassar" a licença. Carla Duarte, subcomissária do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, disse não reunir as condições para disponibilizar informação sobre as "possíveis" ocorrências por reclamações de ruído proveniente do Fun Park.
Adiantou, todavia, que nos casos em que haja denúncia feita por um cidadão a reclamar do excesso de ruído e este se confirme "é levantado um auto de contra-ordenação remetido à CML, responsável pela emissão da Licença Especial de Ruído".
Só que esta não foi emitida. De acordo com a Divisão de Gestão de Feiras, Venda Ambulante e Comércio Não Sedentário, a licença emitida para o projecto Fun Park é "uma licença de recinto improvisado, onde só ficou estabelecido a data para o início e fim da actividade [de 29 de Novembro a 1 de Fevereiro]". Ora, aquela divisão camarária não emitiu a licença especial de ruído, pelo que, consequentemente, não existe um horário condicionado, e em última instância não existe violação da Lei do Ruído.
A CML adverte que, apesar de não ter sido emitida tal licença, foram feitas recomendações quanto ao horário de funcionamento por parte da Divisão do Controlo Ambiental. Quando contactado pelo PÚBLICO, João Neto, daquele departamento, sublinhou que "apenas foi emitida uma licença de recinto improvisado", não referindo a licença especial de ruído nem recomendações quanto ao horário.
Costa quer qualidade urbanística para o Bairro da Liberdade-PUBLICO-25.01.2009

Presidente da câmara foi ver as demolições na encosta de Campolide, onde ainda há quem não queira sair da sua casa sem a devida compensação

A Câmara Municipal de Lisboa deu ontem início à conclusão das demolições no Bairro da Liberdade, criando assim condições para "arrancar com o projecto de loteamento com qualidade urbanística e em segurança", afirmou o presidente da câmara, António Costa, que presenciou os trabalhos, citado pela agência Lusa.
"São demolições que foram feitas, grande parte, já em 2005 e ficaram incompletas. Finalmente, estamos a concluir as demolições e já com o projecto de loteamento de forma a que possa ser construída com segurança e com qualidade urbanística", disse Costa aos jornalistas.
"Nesta primeira fase vamos concluir as demolições iniciadas em 2005, que ficaram paradas desde então, e poderemos ter condições para arrancar com o projecto de loteamento", acrescentou o autarca, que, relativamente ao arranque do projecto de construção, explicou que nem todos os lotes são propriedade municipal, pelo que caberá aos proprietários dos restantes lotes promoverem ali construção.
Entretanto "vão seguir-se também intervenções noutras duas áreas", adiantou António Costa, especificando que numa delas, junto à escarpa - zona assinalada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil como zona de risco -, "estão a decorrer as notificações das pessoas e teremos que proceder a realojamentos".
Todavia, há quem resista a deixar a sua casa. É o caso de João Santos, que diz não desistir de receber uma indemnização "justa" pela casa onde sempre viveu. "Eu não sou ninguém para travar o desenvolvimento e o progresso, só pretendo que seja negociada uma indemnização", disse à Lusa João Santos, o único morador que resiste em abandonar a casa na Rua Pardelha Sanches.
Na semana passada, o morador recebeu uma carta da câmara a dar-lhe um prazo de 48 horas para abandonar a casa que foi comprada pelo seu avô em 1927 e onde mora desde 1962.
Para travar a demolição, interpôs uma providência cautelar: "Pela primeira vez foi-me apresentado um documento para eu sair, porque, até aqui, não havia nada escrito, era tudo verbal. Eu não tenho condições de ir seja para onde for. A propriedade é minha e estou a defender aquilo que é meu", afirmou com convicção.
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil detectou "níveis críticos de deslizamento" na encosta do Bairro da Liberdade, em 2002, e a autarquia optou por realojar ou indemnizar os moradores. Em Agosto último, porém, por questões de segurança, higiene e saúde pública, a autarquia lisboeta retomou o processo de demolições com a destruição de uma série de edifícios devolutos no bairro. A autarquia precisou ontem que gasta anualmente 1,2 milhões de euros para alojar os moradores do Bairro da Liberdade.

Artigo de opinião PUBLICO

Uma fartura de loucuras em Lisboa-PUBLICO -25.01.2009
opinião de António Sérgio Rosa de Carvalho

Recente e repentinamente fomos surpreendidos por uma súplica ansiosa exprimida pela vereadora da Cultura na CML, Rosalia Vargas, onde pedia ideias, mesmo que fossem loucas. Creio que, no balanço do ano, a vereadora terá largas razões para alívio e contentamento... A total ausência de visão, sensibilidade estratégica e perspectiva cultural na cidade de Lisboa, e a abundância de ideias loucas dominaram.

1. Real Praça do Comércio. Depois de campanhas de "animação" que demonstraram um talento inimitável em conseguir o impossível, ou seja, a transformação de uma das grandes Places Royales da Europa no Campo das Cebolas, seguiram-se as campanhas de iluminação de Natal, que já fizeram correr rios de tinta. Com efeito, a grande axialidade das iluminações apresentou grandes imagens culturais, competindo entre o tema "Barbarela" da Praça do Comércio e do Marquês, e o tema "Barbie-Bela Adormecida" do Rossio. Foram momentos inesquecíveis, só superados pelo momento culminante das ideias loucas, que foi inaugurar o tão esperado retorno do Cais das Colunas, para imediatamente anunciar para Janeiro a transformação da praça num novo estaleiro de obras, depois de anos de obras e milhões de euros que têm que ser devolvidos à UE por incompetência e mau planeamento.
Definitivamente e concluindo, António Costa não sabe o que é uma praça real, não sabe utilizar o potencial de dignidade do seu espaço público nem a imponência da sua arquitectura e demonstra-o todos os dias aos turistas europeus, que teimam em nos visitar.

2. Com o alargamento das responsabilidades dos pelouros, o vereador Manuel Salgado ficou agora com a responsabilidade do licenciamento na área do urbanismo comercial. Responsabilidade não é um termo desajustado, pois é nesta importantíssima área que muito da imagem de qualidade na vivência de um centro histórico reside.
Fazendo a comparação entre a curva ascendente da vivência e da qualidade do comércio no Chiado e a acentuada e progressiva decadência na Baixa, teremos que reconhecer que os mesmos turistas que nos visitam sabem encontrar a loja da Catarina Portas na Rua Anchieta, reconhecem de imediato o atractivo do Largo do Teatro de São Carlos, descobrem o Café no Chiado, etc... Enquanto na Baixa, estabelecimentos com verdadeira qualidade, como a Confeitaria Nacional, tornaram-se "ilhas"
cercadas por comércio híbrido e descaracterizado, bem ilustrado pela ofensiva em massa do fenómeno "Chíndia".
Ao apercebermo-nos que mesmo o eixo fundamentalmente estratégico, que se inicia na Rua da Conceição, passa pela Sé até ao Largo das Portas do Sol, seguindo o percurso do eléctrico 28, zona anteriormente consolidada com comércio de qualidade e antiquários, começa a tornar-se zona de expansão estratégica do híbrido, representado pela "tralha" e quinquilharia pseudoturística "Chíndia", temos que perguntar directamente ao vereador Manuel Salgado o que é que anda a fazer...
Provavelmente ele irá dizer-
-nos que a sua total ausência de estratégia na área do urbanismo comercial, encerra uma atitude subtil de resposta ao tal apelo de ideias loucas da vereadora.

3. Entretanto, a exposição sobre a Baixa Pombalina encerrou, como marco da total inactividade na área fundamental da reabilitação urbana. Vem o vereador Manuel Salgado anunciar a suspensão do PDM, para desenvolver não mais do que obras dispersas e empíricas, sem uma concentração pedagógica e estimulante numa zona. Além disso, por aquilo que conseguimos adivinhar nas imagens relâmpago e sem qualquer explicação que tentámos descodificar nas vídeo montagens dos projectos para o espaço público e intervenções em monumentos nacionais na Baixa, ficámos sem saber qual o grau de rigor das intervenções na perspectiva patrimonial.
Assim, sabemos que no Largo de Trindade Coelho pretende-se retirar o gradeamento na entrada da Igreja de São Roque, com o pretexto de fazer retornar a praça a uma situação original e pura... quando a Carta de Veneza nos diz claramente que o património posterior (gradeamento do século XIX) acumula as memórias de vivência do local.
Poderemos então perguntar... Seguem-se os gradeamentos das igrejas de São Nicolau e de São Julião? No caso da Igreja de São Julião e no plano conjunto com o Banco de Portugal parece que sim, além de que a depuração minimalista nos interiores pretende criar uma abertura envidraçada (!) no canto direito da fachada da Igreja de São Julião.
Definitivamente, desistiu-se totalmente da candidatura da Baixa a Património Mundial e do master plan rigoroso na perspectiva patrimonial, ao nível da imagem histórica, tipologias e materiais que tal candidatura exigia e implicava.
Resta-nos a consolação da promessa de mais ideias loucas na gestão de uma cidade com um potencial histórico, patrimonial e cultural único entregue a eleitos sem capacidade para o reconhecer, valorizar e aproveitar.
Historiador de Arquitectura

Demolir um erro para dar lugar a outro


Faz algum sentido demolir um bairro, de génese ilegal, no Parque Florestal de Monsanto e na zona de protecção do Aqueduto das Águas Livres (MN) para depois construir no mesmo local dezenas de feios blocos de habitação? Não faria mais sentido investir os milhões de euros que esta operação vai custar num projecto mais elaborado para alojar as pessoas nas centenas de imóveis abandonados que a CML possui espalhados por toda a cidade? Demolir um erro urbanístico para depois erguer outro erro urbanístico, com apenas a diferença de que o segundo é de iniciativa camarária, parece ser um absurdo que vai ficar para a história. E vai ser um problema que os nossos netos vão ter de resolver. Talvez lá para o ano de 2050, quando for unânime que o loteamento municipal de 2009 foi um erro, os nossos netos já andarão a preparar um grande projecto de expansão do Parque Florestal de Monsanto, demolindo o «Novo Bairro da Liberdade» de 2009, e enterrando o esparguete rodoviário e ferroviário que impede que Lisboa e Monsanto se toquem. Por esse ano também o governo português estará a preparar uma segunda candidatura do Aqueduto a Património Mundial da Humanidade porque a primeira, entregue em 2015, foi jumbada pela UNESCO por causa da «destruição do contexto do monumento provocada pelo Novo Bairro da Liberdade de iniciativa municipal» (como se pode ler nas actas da assembleia geral da Unesco em Osaka). Mas isso será talvez em 2050. Até lá vivemos em 2009, ou talvez ainda em 1979.

Novo Bairro da Liberdade vai criar 230 habitações

Quatro anos depois de travada pela falta de verbas, a conclusão da demolição do Bairro da Liberdade, em Lisboa, arrancou ontem, dando início ao plano de reconversão da área, que permitirá a construção de 230 novas casas.

Terminada a limpeza, que incide na Rua Pardelha Sanches, uma zona de declive, cuja instabilidade foi assinalada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em 2004, o projecto de loteamento poderá finalmente avançar. Seguem-se acções semelhantes nas vizinhas vilas Ferro e Amendoeira. Localizadas junto ao Aqueduto das Águas Livres e a Monsanto, as três áreas partilham más edificações, em áreas propícias à ocorrência de deslizamentos de terras.

Para o presidente da Câmara, António Costa, "há finalmente capacidade para concretizar tais demolições ao longo deste semestre". "Estas que estão a ser feitas, grande parte em 2005 ficaram incompletas. Poderemos ter condições para arrancar com o projecto de loteamento previsto para esta rua", esclareceu, ontem, durante uma deslocação ao local.

O plano de consolidação da área pouco tem de novo. Já em 1998 um estudo de pormenor apontava a necessidade da sua restruturação. O projecto prevê a edificação de 230 fogos, mantendo alguns edifícios cujos proprietários assumem a sua requalificação, depois de terem interposto providências cautelares contra a demolição.

A reconversão obrigará ao desalojamento de 62 famílias. A vereadora da Acção Social, Ana Sara Brito salientou que o processo será faseado, de modo a que todos os agregados não deixem simultaneamente os fogos - o que obrigaria a uma grande acção de realojamento do município - e a evitar episódios menos claros, como o pagamento de rendas de luxo aos realojados em 2004, noticiado pelo JN em Setembro de 2008. "A Câmara vai avançar nas suas parcelas e sempre que as obras estejam realizadas as famílias regressam. É também uma forma de incentivar os proprietários a desencalharem as suas situações", admitiu.

Desde 2004, a Câmara pagou dois milhões de euros anuais por casas de luxo para alojar 187 famílias que saíram após o relatório do LNEC. Com o regresso de alguns moradores ao bairro e o encaminhamento de outros para bairros sociais, os custos cifram-se agora em 20 mil euros mensais.

24/01/2009

LISBOA: FEIA, PORCA E MÁ - 1


Avenida de Berna. Ou melhor, o que se consegue ver dela. É este o resultado desastroso da exploração comercial das fachadas de imóveis em arruamentos com grande visibilidade. A arquitectura da cidade é negada aos cidadãos por pura ganância de algumas marcas e puro desleixo e desinteresse da CML. A última vez que vi telões desta dimensão foi em Bangkok. No resto da europa comunitária já há muito que não é possível obter licença para este tipo de publicidade. As fachadas são a parte pública dos imóveis -pertencem a todos, pertencem à cidade. O imóvel de gaveto com a Avenida da República foi mesmo seleccionado para a Carta Municipal do Património / PDM! E no gaveto oposto existe um palacete classificado de Imóvel de Interesse Público! Até quando estes sinais embaraçantes de terceiro-mundismo? Lisboa: Feia, Porca e Má.

LISBOA É...

...um grande buraco no interior de uma paragem da CARRIS na Avenida da República (junto da antiga Feira Popular, esse outro grande "buraco" da capital!). Com o espaço público destinado aos peões nestas condições deploráveis, não é pois de admirar que a maioria dos lisboetas prefira o conforto egoísta da sua viatura privada. Apenas por acaso, não haviam carros estacionados em cima dos passeios na envolvência desta paragem - assim, pelo menos os utentes da CARRIS puderam esperar fora da paragem. Felizmente também o tempo não estava de chuva. A imagem foi tirada hoje ao final da tarde. CML e CARRIS já foram alertadas.

23/01/2009

NLC reabre Cinema Alvalade 25 anos após este ter encerrado

O Cinema Alvalade, em Lisboa, abriu hoje portas quase 25 anos depois de ter encerrado, num novo edifício, no mesmo local e com o painel que o caracterizava, uma alegoria à sétima arte da autoria da pintora Estrela Faria.

A reabertura de um cinema de rua é, para a empresa que explora as quatro salas, uma aposta ganha.

O Cinema City Classic Alvalade vai apostar na programação independente e alternativa dos cinemas de rua, afirmou Ana de Brito, directora de marketing da New Lineo Cinemas (NLC).

As quatro salas de cinema, que fazem parte do empreendimento de luxo Hollywood Residence, na Avenida de Roma, vão oferecer 'uma programação constituída, maioritariamente, na linha do cinema mais independente/alternativo, não descurando uma programação comercial obedecendo a critérios específicos'.

O edifício tem também um bar, aberto ao público das 07:30 às 24:00, encerrando às 03:00 às sextas-feiras e sábados.

A NLC, segundo adiantou Ana de Brito, conta ainda inaugurar um restaurante no mesmo espaço durante este ano.

De forma a rentabilizar as salas, a empresa irá organizar conferências, workshops, lançamentos de produtos, seminários e festas de empresas e particulares, entre outras iniciativas.

O cinema Classic Alvalade é o quinto da NLC, que detém também os cinemas City Beloura, (Sintra), City Leiria (Leiria), City Campo Pequeno (Lisboa) e o mais recente, City Alegro (Alfragide).

In Diário Digital

A abertura de mais cinemas de rua é uma possibilidade, sempre que 'desafios deste tipo se coloquem e a análise da sua viabilidade corresponda às exigências da empresa'.

'Acreditamos que os cinemas de rua são uma alternativa a quem procura fugir aos centros comerciais', referiu Ana de Brito.

Projectado pelo arquitecto Lima Franco, em 1945, o Cinema Alvalade foi inaugurado em 1953, tendo encerrado em 1985. O edifício foi demolido em 2003.

Numa das paredes principais do interior do cinema Alvalade estava um painel - uma alegoria à Sétima Arte - da pintora Estrela da Liberdade Alves de Faria, datado de 1953, que pode hoje voltar a ser apreciado no mesmo local.

In DN
Presidentes de juntas "alarmados" com efeitos do desvio de trânsito da Baixa-PUBLICO- 23.01.2009

A maior parte dos presidentes de juntas de freguesia abrangidas pelo plano da Câmara de Lisboa para desviar o trânsito da Baixa estão "alarmados" com as consequências desta medida, revelou a vereadora social-
-democrata Margarida Saavedra, que diz que a Câmara de Lisboa "esqueceu-se de explicar por onde vai passar o trânsito" que vai deixar aquela zona da cidade.
"Os autarcas não se tinham apercebido das consequências que esta medida iria ter para as suas freguesias em termos de desvios de trânsito e todos eles se mostraram profundamente preocupados e alarmados", disse Margarida Saavedra, depois de uma reunião com presidentes de junta das freguesias afectadas.
"O plano da retirada de trânsito foi muito publicitado, mas foram pouco publicitadas as consequências do desvio do trânsito pela cidade. Foi tudo de forma subtil", afirmou a vereadora, sublinhando que o plano prevê, por exemplo, "mais mil carros por dia na Avenida Fontes Pereira de Melo e 48 carros/hora na Álvares Cabral". "Alguns consideraram que estas alterações vão tornar inabitáveis as freguesias onde estão", explicou Margarida Saavedra, acrescentando que cada autarca vai elaborar um documento com a sua posição para posteriormente ser proposto um debate público desta situação.
Apesar de reconhecer que "aparentemente" o plano melhorará o trânsito no Terreiro do Paço, Margarida Saavedra afirmou que "não irá melhorar no caso da Baixa". "Até os comerciantes receiam perder clientes. Toda a cidade vai pagar por isto porque não se pode desviar o trânsito sem criar infra-estruturas suplentes", afirmou.
O plano da Câmara de Lisboa estabelece um corte na ligação da Baixa à frente ribeirinha para o tráfego automóvel, à excepção dos transportes públicos. Prevê igualmente que os automóveis particulares só possam ir na direcção Santa Apolónia/Cais do Sodré/Alcântara, e vice-versa, pela Ribeira das Naus, e que o estacionamento na zona fique reservado a moradores e comerciantes. Lusa
A vereadora do PSD dá conta do alerme das freguesias, lamentando que a CML não tenha explicado o seu plano

Visite as OGME que o Governo quer destruir por causa do Novo Museu dos Coches



Exemplar de Arquitectura Industrial (séc.XIX-Séc.XX), já raro em Lisboa (uma vez que Alcântara foi dizimada pela própria CML no que toca ao património arqueológico industrial) as antigas instalações das Oficinas Gerais de Material de Engenharia são hoje ocupadas por serviços do Instituto Português de Arqueologia, contando não só com um valiosíssimo espólio de peças adquirido pelo Estado (em vias de ser 'distribuído' por várias unidades museológicas do país), como uma vasta biblioteca sem destino traçado.

A pressa em demolir estes pavilhões do princípio do séc.XX é tanta que os atropelos são muitos. Por exemplo, esquece-se o Governo, esquece-se a CML das recomendações ao tempo do protocolo celebrado entre o Ministério da Defesa e a Sec. Estado da Cultura, em 1997, quando se pretendia levar os coches para as OGME (e não se falava de demolição!), recomendações essas em prol da conservação dos pavilhões pela sua valia em termos de arqueologia industrial.

Esquecem-se do equilíbrio urbanístico que o edifício projectado para o novo museu dos coches implicará na zona, em termos estéticos, volumétricos e tráfego. Em termos de violação do perímetro de protecção do Palácio de Belém. Esquecem-se que a Casa de Bragança muito dificilmente abdicará da sua colecção de coches em Vila Viçosa. Esquecem-se que há inúmeros pareceres técnicos que inviabilizam a instalação do picadeiro real no espaço do actual Museu dos Coches e que, portanto, este belíssimo e histórico local se arrisca a servir de salão de festas e banquetes oficiais. Esquecem-se que, no presente momento, em São Petersburgo se está a colocar a colecção de coches no antigo picadeiro real e em Lisboa quer-se fazer exactamente o contrário: colocar coches em salões brancos, esterilizados, mais próprios de Brasília do que de uma zona como Belém.

Vem aí o Novo Museu dos Coches. Exprima-se! Não fique quedo e mudo quando lhe destroem o pouco património existente! Visite as OGME:

http://www.youtube.com/watch?v=ahSS9Vt2qU0