31/01/2011

O "Glória", Lisboa, no New York Times

CHEAP. That’s the label usually slapped across the forehead of the Portuguese capital. Around the Continent, the waterside city is mostly seen as the charmingly faded seat of a centuries-gone trade empire where you can plunk down some coins to ride an old yellow cable car, visit Baroque churches and squares, fill up on cut-rate seafood meals, sip 2-euro glasses of Portuguese red and retire to your budget hotel. But Lisbon is getting fancier every month. By day, ambitious upstart museums and renovated industrial districts offer an infusion of contemporary art and design. By night, a fledgling wave of neo-Portuguese restaurants, stylish night spots and innovatively designed hotels provide happening places to play. The best part? The city remains a terrific bargain.

Artigo completo:


Foto: o Elevador da Glória foi destacado pelo jornal NEW YORK TIMES neste artigo de meia página "36 hours in: Lisbon". A fotografia do Elevador da Glória, publicada no jornal, mostra o icónico monumento lisboeta totalmente vandalizado com graffiti. É urgente que a CARRIS, CML e ATL pensem numa solução para manter os elevadores históricos livres de graffiti. Como verificamos pela crescente atenção dada pelos media, os elevadores e eléctricos clássicos são estratégicos tanto para o desenvolvimento da Mobilidade em geral como para o Turismo de Lisboa em particular.

Moradores pedem novo acesso a Santa Apolónia


In Jornal de Notícias (31/1/2011)
Cristiano Pereira
foto JOão Girão/global Imagens


«Passeio demasiado estreito a norte da estação ameaça transeuntes

Peões são obrigados a caminhar por um passeio estreito ao longo da rua


Os acessos à Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, estão a ser contestados por um grupo de cidadãos que pedem uma nova porta lateral de maneira a evitar um percurso perigoso. A solução, dizem, "é simples". A Junta de Freguesia apoia. A Refer não responde.

Em causa está a zona norte da estação que é "propícia a acidentes" por obrigar os utentes a percorrerem 150 metros de uma rua com passeios de largura inferior a 50 centímetros o que é manifestamente insuficiente para garantir quaisquer condições de segurança para os peões.

A acusação é de Basílio Vieira, utente diário da gare, que lançou uma petição para solucionar o problema. A solução, diz, "é bastante simples". Os signatários da petição defendem que deve ser criada uma entrada norte "através do corte do muro da estação, abrindo assim uma entrada directamente para o Cais 1, um local adequado aos passageiros, com acesso facilitado à passagem subterrânea que permite aceder às restantes linhas".

"É simples: é só cortar"

"Não estamos a pedir nada de especial nem difícil de implementar como uma passagem aérea", apontou o cidadão, frisando que "estamos só a dizer que há um muro de um quilómetro e pedimos apenas uma porta nesse muro: é simples, é só cortar".

O lado norte da estação é partilhado pela Rua dos Caminhos de Ferro e pela Rua da Bica do Sapato, sendo que a entrada mais próxima se situa junto à fachada principal da gare.»

29/01/2011

O papel retórico, confirmador e aglutinador da imagem histórica, do sec. XIX, nas cidades Europeias ... por António Sérgio Rosa de Carvalho


Sem dúvida, todos aqueles que tiveram o privilégio de visitar Roma, e de descobrir a sua monumentalidade conseguida através dos séculos, numa fantástica sucessão urbana acumulativa de grandes gestos arquitectónicos e escultóricos ... não terão esquecido o impressionante, arrebatador e profundamente emotivo momento da descoberta do Pantheon, repentinamente revelado, na pequena Piazza della Rotonda ... e da imagem da sua perfeita cúpola, cósmicamente, aberta ao firmamento ...
No entanto, muitos não se apercebem que esta fantástica sucessão acumulativa da Antiguidade, da Renascença, do Barroco, do Neoclassicismo, e respectiva erudição estonteante é, permanente acentuada, confirmada e fortalecida, pela linguagem intercalada ou sucessiva da tipologia do edificado do Sec.XIX , fortemente presente em quantidade e escala na cidade.
Isto deve-se ao facto de que a linguagem e discurso revivalista das tipologias do Sec.XIX no edificado residencial ,desenvolve variações e temas à volta do paradigma cultural da Renascença e arquétipo-símbolo para o Romantismo da época de Ouro Italiana : O “Palazzo” Renascentista ... este caracterizado, ao nivel da fachada, pelo discurso tripartido entre um basamento fortemente “rusticado”, um ritmo pedimentado nas janelas e uma forte presença da cornija.

O "Grand Boulevard" e Eixo do Sec.XIX ... a Via del Corso ... Vista a partir do Alto do Monumento a Victor Emmanuel II


A Tipologia do edifício-tipo do Sec XIX ... "este caracterizado, ao nivel da fachada, pelo discurso tripartido entre um basamento fortemente “rusticado”, um ritmo pedimentado nas janelas e uma forte presença da cornija."






A presença dos edifícios do Sec.XIX em Roma é permanente - e fortemente determinante para a consolidação e confirmação da unidade da sua imagem histórica - intercalada com “erudições” de outras épocas, ou em Bairros inteiramente do Sec. XIX como este à volta da estação Termini




Também em Paris, a sucessão monumental e omnipresente das tipologias desenvolvidas por Haussmann estendendo-se por enormes áreas, é fortemente determinante para a consolidação e confirmação da unidade da imagem histórica desta cidade.


Infelizmente, em Portugal os nossos "Boulevards"traçados urbanisticamente por Ressano Garcia, não foram preenchidos arquitectónicamente de forma coerente, com um grande projecto massivo de escala e erudição comparável, e foram incapazes desta forma de ofereçer resistência a um processo de penetração e destruição sistemática ... liderado por Arquitectos insensiveis ao seu Património e permitido por Vereadores eleitos politicamente - incompetentes e mal preparados - para resistir às pressões de interesses estabelecidos ...


Este processo continua ... e ... apesar de um clamor e uma indignação crescente, pareçe imparável


Se todos os nossos "Boulevards" tivessem sido preenchidos,ou por uma tipologia Neo Manuelina desenvolvida pelo Romantismo Português, ou pela escala e tipologia destes derivados afrancesados ( II Empire - Haussmann ) ... tal como José Luis Monteiro nos ilustra no seu duplo projecto Estação - Hotel no Rossio ... a sua capacidade de resistência à penetração e destruição teria sido, sem dúvida, superior.




Além de demolições integrais ou parciais (interiores) .... estes “acrescentos” inqualificáveis continuam a fazerem-se e a serem propostos ...







Estes dois exemplos isolados na Alexandre Herculano e Braamcamp, de conjuntos em "ambiente" Ventura Terra, ainda lá estão, lembrando-nos dolorosamente os crimes que se cometeram ...




E que ... apesar desta envolvente à esquina do largo do Rato ... se pretendem CONTINUAR a cometer ...



É IMPERATIVO CONTINUAR A RESISTIR ... E CONTINUAR A CLAMAR ... SALVEM O LARGO DO RATO ! ...




TEATRO NACIONAL: Janeiro 2011


Como a CML destruiu a vista de um Miradouro na Costa do Castelo

Publicamos estas fotos a propósito das consequências negativas para as vistas do Miradouro na RUA COSTA DO CASTELO (vai em maiúsculas para que não pensem que estamos a falar do terraço-miradouro do antigo mercado!). Como é possível terem todos os responsáveis pela gestão dos bens públicos da cidade (CML & IGESPAR) aprovado um estrangulamento tão grande da vista de um miradouro público? O facto de o futuro terraço do restaurante ser de acesso público é argumento suficiente para destruir a vista de um miradouro anterior ao próprio mercado dos anos 50 do séc. passado? Esta destruição é completamente desnecessária pois bastava terem colocado o elevador dentro do volume original do mercado.

Concurso para restaurante no Terreiro do Paço ficou vazio

In Público (29/1/2011)
Por Carlos Filipe


«Sociedade Frente Tejo não recebeu qualquer proposta para a concessão e exploração comercial do espaço no torreão da ala poente da praça

O primeiro concurso público para atribuição de concessão e exploração no torreão poente do Terreiro do Paço, em Lisboa, de estabelecimento de restauração e bar terminou na quinta-feira, sem qualquer proposta concorrente.

Um novo concurso deverá ser lançado pela Frente Tejo, entidade que detém a gestão do espaço daquele imóvel no domínio público, que até há pouco tempo esteve ocupado pelo Exército. Do outro lado, no quarteirão nascente, sob a jurisdição do Ministério das Finanças, que igualmente terá que desalojar serviços, também o torreão e pisos térreos serão objecto de semelhante concurso para alteração dos seus actuais usos, com vista à instalação de actividades culturais, comerciais e de serviços, como está previsto no documento estratégico daquela sociedade, aprovado por resolução de Conselho de Ministros em 15 de Maio de 2008.

Não terá sido a excelência do espaço que deixou de aguçar o apetite dos industriais de holetaria, uma vez integrado em conjunto classificado como monumento nacional, pejado de turistas quase todo o ano. Em suma, o bilhete postal de Lisboa e onde todos os empresários da restauração gostariam de prestar serviços. Considerada uma área de exploração de 1825 m2 e após 78 dias de concurso, iniciado em 10 de Outubro de 2010, a ausência de propostas estará ligada ao valor da contrapartida financeira, a que também deveriam concorrer o prazo da validade da concessão, fixado em 15 anos e a quantidade de trabalhos de adaptação do imóvel aos novos usos.

A proposta economicamente mais vantajosa para a Frente Tejo valorizava em 60 por cento o critério de adjudicação assim descrito no anúncio do concurso publicado em Diário da República, pois, no que respeita à proposta técnica, o segundo item mais valorizado atribuía dez por cento aos horários de abertura ao público e sete por cento ao prazo de execução de obras.

Aquele valor da contrapartida financeira, de acordo com determinação do Governo, seria depois repartido entre a Frente Tejo, após a amortização dos seus investimentos no imóvel, e o Ministério da Defesa Nacional, que se viu privado do espaço que tinha utilização militar. Segundo informação fornecida pelo Exército, foi a Direcção dos Serviços de Pessoal o último departamento militar a ocupar o torreão poente, que o entregou em Maio de 2010 à Câmara Municipal de Lisboa, remontando a 1955 a primeira ocupação do imóvel.»

CCDR preocupada com logradouros de Lisboa

In Público (29/1/2011)


«A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo considera que a proposta de Plano Director Municipal da capital não assegura na totalidade os objectivos de salvaguarda dos logradouros e sugere que a autarquia clarifique algumas situações.

A CCDR aponta sobretudo as excepções previstas na proposta de Plano Director Municipal (PDM), que permitem a "ocupação significativa" dos logradouros, considerando que, em certa medida, "contradizem os princípios de salvaguarda das áreas permeáveis" e "interferem com a concretização da Estrutura Ecológica Municipal". O parecer final da comissão de acompanhamento da revisão do PDM de Lisboa, da qual fazem parte mais de 30 entidades, entre elas a CCDR, foi elaborado na semana passada. O parecer foi globalmente favorável, condicionado a um conjunto de correcções e rectificações, tendo a comissão de acompanhamento recomendado à câmara que realize "reuniões de concertação com as entidades que formularam objecções".

Uma dessas entidades foi a CCDR, que alertou para o facto de a proposta de PDM permitir "novas intervenções" ao nível dos logradouros, sublinhando que não é evidente "se se encontram ou não permitidas novas construções, ampliação das existentes ou novas impermeabilizações". "Considera-se ser de dissuadir qualquer aumento de impermeabilização dos logradouros, em particular quando coincidente com a área identificada na planta da Estrutura Ecológica Municipal, devendo a regulamentação ser clara quanto a estes aspectos e não ficar-se por uma mera menção à sua salvaguarda", refere o parecer.

Chama-se ainda a atenção para a necessidade de garantir a salvaguarda dos logradouros "nos espaços consolidados e a consolidar", realçando que "a respectiva regulamentação nada refere quanto à sua salvaguarda e requalificação". Outra das matérias destacadas pela CCDR é o Regulamento Geral do Ruído, dizendo-se que o PDM deverá contemplar "disposições relativas a condicionamentos à construção de edifícios habitacionais e de alguns equipamentos em zonas de conflito". Lusa»

28/01/2011

PUBLI-CIDADE: Rua de São João da Praça

Passado mais de um ano do nosso primeiro alerta (Fórum Cidadania Lx, Dez. 2009), verificamos que os autocolantes de publicidade a cervejas, refrigerantes, etc. aumentou nesta rua de Lisboa, porta de acesso a Alfama. Ou seja, a desqualificação do espaço público e do ambiente histórico da Freguesia da Sé piorou. Os autocolantes são postos nas fachadas dos edifícios antigos, em cima de cantarias, e até de azulejos, sem consideração pelo património. É preciso aconselhar os proprietários a porem estes autocolantes apenas no interior dos seus estabelecimentos. Pedimos ao executivo da junta de freguesia da Sé, que conhece bem a população, para sensibilizarem os proprietários dos estabelecimentos comerciais para esta questão. Outra forma de tentar resolver este problema é apelar ao bom senso das marcas que oferecem os autocolantes e outros dispositivos publicitários. Os Bairros Históricos de Lisboa merecem mais respeito!

Autarquias criticam medidas incipientes para transportes na Área Metropolitana

In Público (28/1/2011)
Por Inês Boaventura

«Representantes dos municípios consideram que a proposta de revisão do plano regional de ordenamento não diz como se pagarão os projectos para melhorar a mobilidade

Tribunal de Contas recomenda fusão das empresas Transtejo e Soflusa
Falta visão regional

Uma oportunidade perdida para apostar nos transportes públicos e mitigar os problemas de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa. É assim que a Assembleia Metropolitana de Lisboa e a Câmara de Loures olham para o Programa Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROT-AML), cuja proposta de alteração está em discussão pública até segunda-feira.

Num parecer técnico aprovado por unanimidade, diz-se que as propostas no domínio dos transportes públicos "são demasiado incipientes e deixam demasiadas dúvidas quanto ao seu financiamento e à sua concretização física". Por exemplo, a proposta de revisão sugere aos municípios que criem os chamados "transportes públicos em sítio próprio" - algo que se traduziria como metros de superfície.

Os autarcas consideram que, ao nívelrodoviário, a proposta em discussão pública "é omissa quanto a uma série de projectos há muito considerados inadiáveis por diversos municípios".

E as críticas estendem-se à Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, que é acusada de "inoperância". A solução, dizem as autarquias, passa por "reformular" essa entidade, dando-lhe competências e meios e "libertando-a da tentação/necessidade" de medidas que conduzam "a uma municipalização dos transportes".

Ontem, reuniu-se a Junta Metropolitana de Lisboa, que manifestou "algumas reservas" em relação à proposta de alteração do PROT, apesar de reiterar a sua importância "enquanto instrumento estratégico relevante para o desenvolvimento sustentável do território metropolitano". Na votação desta deliberação, abstiveram-se os representantes de Oeiras e Vila Franca de Xira. Loures e Sintra votaram contra. [...]»

Lisboa interessada em vender terrenos ao Qatar

In Público (28/1/2011)

«Não é só o Governo que está interessado no Qatar como parceiro de negócios. Também a Câmara de Lisboa já olha para aquele país como uma eventual fonte de receitas. O vereador de Urbanismo da maior autarquia do país admitiu, em declarações divulgadas ontem pela rádio Antena 1, que Lisboa contactou uma empresa estatal qatarense e que esta demonstrou interesse em "investimentos emblemáticos na zona ribeirinha de Lisboa".

A iniciativa da autarquia, disse Manuel Salgado, obteve "receptividade positiva" por parte dos responsáveis da referida empresa, cuja identidade não foi revelada. Em causa, acrescentou, estão "alguns terrenos pequenos, em Benfica, outros junto a Entrecampos", sem entrar em detalhes. "São várias parcelas de terreno, umas maiores e outras mais pequenas, que totalizam uma área significativa."

Segundo a mesma emissora, se os negócios se concretizarem, os parceiros do Qatar poderão integrar o fundo imobiliário que a Câmara de Lisboa pretende constituir e que, de acordo com o plano e orçamento para 2011, é uma das ferramentas propostas pela gestão liderada por António Costa (PS) para gerar receitas que permitam aliviar o serviço da dívida.

Salgado adiantou ainda àquela rádio que o Qatar não é o único alvo dos contactos internacionais em curso ou que a câmara pretende realizar. No naipe incluir-se-ão outros países europeus e não só. O PÚBLICO tentou contactar Manuel Salgado, mas, apesar dos recados enviados, não obteve resposta. Victor Ferreira»

27/01/2011

CABOS & CABOS: Calçada Nova de S. Francisco

Quando é que as empresas (tv Cabo & Co. Lda) passarão a ser responsabilizadas por estas "montagens" de cabos?! Mais: quando é que Lisboa passará a ter todos estes cabos em canais próprios no subsolo?! Lisboa cada vez se parece mais com as cidades do terceiro mundo...

Ainda o ex-miradouro do cimo das Escadinhas do Chão do Loureiro:




Ainda sobre a calçada portuguesa

In Revista da CML (Janeiro 2011)


Dona do Cabaret Maxime acredita que pode reabrir o "Moulin Rouge de Lisboa"

In Público (27/1/2011)
Por Cláudia Sobral

«Depois de anunciada a derradeira festa do Cabaret Maxime, que até deu origem a uma petição para tentar travar o fim do "Moulin Rouge de Lisboa", a empresa Joing, responsável pela exploração do espaço, sustenta, numa nota de enviada ao PÚBLICO, que o facto de a actual gerência se afastar do Maxime não significa que o cabaret vá encerrar.

"Eles [a actual gerência] não são o Maxime" e o cabaré "é uma coisa muito mais ampla do que eles", lê-se na nota.

"O Maxime é um espaço emblemático da cidade de Lisboa, pelo que a Joing vai fazer todos os esforços para o reabrir no mais curto espaço de tempo possível", declara. "Houve Maxime antes deles, haverá Maxime depois deles", considera a Joing, aludindo à gerência do espaço que, até aqui, estava a cargo da produtora de Manuel João Vieira. Na mesma nota de esclarecimento, a Joing garante também que "os actuais gerentes partiram para a decisão de encerramento porque têm muitos milhares de euros de mensalidades em dívida" para com a Joing, com a qual têm um contrato de locação de estabelecimento (cessão de exploração), estando em curso um processo judicial entre a gerência e a Joing para resolver estes problemas. "Eles preferem sair pelo próprio pé a serem empurrados", alega a Joing.

Os responsáveis pela exploração do Maxime insistem porém na explicação avançada quando anunciaram o encerramento. "Também consideramos que nos devem tanto ou mais do que eles dizem que nós lhes devemos. Nós fechámos porque não há condições para trabalhar: os prazos para renovação do alvará foram largamente ultrapassados pela Joing", explicou Bo Backstrom. "Se continuarmos abertos, a Câmara de Lisboa terá de encerrar compulsivamente. E nós queremos evitar isso porque achamos que não é digno", acrescenta.

A Joing diz que o problema das obras é entre a empresa, o Grupo Bernardino Ribeiro, proprietário do edifício, e a câmara: "O explorador não tem nada a ver com as obras da casa."»

Santana finta hierarquia "laranja" e propõe o seu mapa para Lisboa

In Público (27/1/2011)
Por Inês Boaventura


«Vereador Victor Gonçalves e deputado António Prôa falam em "desrespeito" pelo partido. "Não usamos adesivo na câmara", reage Santana Lopes


Governo pede novo parecer para câmaras na Baixa

Santana Lopes e outros quatro vereadores eleitos pelo PSD apresentaram ontem uma nova proposta para a reorganização administrativa de Lisboa, na qual prevêem 26 freguesias. Esta iniciativa, no dia em que o executivo iria votar o mapa com 24 freguesias, caiu mal dentro do partido "laranja", já que ignorava o entendimento selado pelo presidente da distrital social-democrata com o PS e que prevê uma solução substancialmente diferente.

A revelação de que não concordava com o mapa de Lisboa resultante desse acordo foi feita por Santana Lopes em plena reunião da Câmara de Lisboa e apanhou de surpresa o vereador Victor Gonçalves, que representou o PSD nas negociações mantidas nos últimos meses com o presidente da câmara, eleito pelo PS. Aliás, também António Costa desconhecia que ia ser apresentada uma proposta alternativa.

Aquilo que Santana Lopes propõe é que Lisboa passe a ter mais duas freguesias que as 24 previstas no acordo PS-PSD. Por vontade do ex-primeiro-ministro e vereador "laranja" em Lisboa, seriam então 26, incluindo duas novas: Oriente (que integraria uma área hoje pertencente ao município de Loures) e Telheiras. Em declarações aos jornalistas, o vereador disse que não podia deixar de defender a criação desses duas freguesias, porque a isso se comprometeu com os eleitores dessas zonas da cidade.

Mas as diferenças em relação à proposta com o carimbo da distrital de Lisboa do PSD são mais do que muitas. Por exemplo, Santana Lopes quer separar em várias freguesias aquilo que no mapa PS-PSD aparece junto: Sacramento, Mártires, São Nicolau e Madalena numa freguesia, Castelo, Santiago e Sé noutra, Santo Estevão e São Miguel (juntamente com São Vicente de Fora) numa outra e finalmente Santa Justa, Socorro e São Cristóvão e São Lourenço numa última. Na prática isto significaria que continuariam as disparidades populacionais que hoje existem, já que num extremo ficaria Santa Maria dos Olivais (com mais de 46 mil residentes) e noutro a freguesia resultante da união do Castelo, Santiago e Sé (com pouco mais de 2500 pessoas).

Santana Lopes também não se inibiu de separar em duas partes as freguesias do Lumiar (para dar origem à de Telheiras), Marvila, Beato e Santa Justa. Uma solução que tinha sido rejeitada por António Costa e pelos representantes designados pelo PSD para negociar com o socialista, para preservarem "a dimensão histórica e a identidade" dos locais.

Depois de negociações feitas em plena reunião camarária, Santana Lopes acabou por votar favoravelmente a proposta PS-PSD, que passou com o voto contra do PCP e a abstenção do CDS. Ainda assim, Santana Lopes quer que a sua ideia seja tida em conta, quando a reforma administrativa for objecto de discussão pública.

Tanto Victor Gonçalves como António Prôa, líder do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, criticaram Santana Lopes, acusando-o de "desrespeito" para com o partido e de ter apresentado a sua proposta fora de tempo e num local inadequado.

"Não usamos adesivo na câmara. Eu escolho o momento político que considero oportuno", reagiu Santana Lopes. O vereador também enviou um recado a António Costa por ter negociado com outros interlocutores do PSD: "O presidente é que quis ir para outras paragens e quando escolhemos uma viagem temos de pagar o bilhete."»

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Só uma pergunta: por que foi o PSD escolher PSL para a CML?

Centro social abandonado pela autarquia em Campo de Ourique foi alagado pela chuva

In Público (27/1/2011)
Por José António Cerejo


«Prédio construído pela câmara para centro social foi primeiro vandalizado. Agora, a chuva estragou muito do que restava


Edifício custou mais de um milhão de euros

Os andares superiores do edifício construído pela Câmara de Lisboa para acolher um centro social na Rua de Ferreira Borges foram gravemente danificados pelo entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais. Os segundo, terceiro e quarto andares do prédio - que nunca teve qualquer utilização e está abandonado há quatro anos - apresentam vastas áreas dos tectos falsos caídas no chão, com os pavimentos inundados, molduras de portas e rodapés rebentadas e musgo a subir pelas paredes.

Estes danos foram descobertos na sexta-feira, dia em que a autarquia deveria ter procedido à recepção definitiva da obra, que lhe tinha sido entregue em Janeiro de 2010 pelo empreiteiro, sem qualquer problema desse tipo. Até então, o prédio tinha estado sob a responsabilidade do empreiteiro, a empresa Sobagogue, que tinha deixado os trabalhos praticamente concluídos em 2006, mas manteve um contencioso com o município até Dezembro de 2009, devido às dívidas da autarquia (ver outro texto).

Nos últimos meses, o imóvel esteve entregue aos serviços camarários, que o deixaram ao abandono e agora constataram os prejuízos causados pelas chuvas. Anteontem, o local, em Campo de Ourique, foi visitado por técnicos do município e do empreiteiro. Ao que tudo indica, as inundações ficaram a dever-se ao entupimento dos sumidoiros do terraço que cobre o edifício e dos canos de drenagem que correm entre a laje e o tecto falso do último piso.

Este foi o mais afectado, com os pavimentos cobertos pelos restos das placas de pladur do tecto desfeitas pela água e as tubagens ainda a escorrer para o chão.

O edifício foi vandalizado no mês passado (PÚBLICO, 4 de Janeiro) com a quebra das montras, o roubo de extintores e parte das instalações eléctricas arrancada. Dois anos antes, porém, a lavandaria e a cozinha industriais, situadas na cave e completamente equipadas, já tinham sido alvo de roubo e vandalismo.

Hoje, os vidros das janelas e da porta (que dão para o saguão) cobrem o solo e os equipamentos que nunca foram usados, nem roubados devido à sua grande dimensão, estão parcialmente cobertos de ferrugem.

26/01/2011

Que se planeia por detrás do Camões?


Passada que foi a sindicância à CML, terá caído o primeiro projecto, suponho. O que é isto? Vem aí uma Quinta do Mineiro II para as traseiras do Liceu Camões?

E, ainda ... quando é que o tanque deita água?