11/07/2006

Transcrição da Reunião Pública da CML, de 28 de Junho

Desta reunião, interessantíssima sob o ponto de vista filológico, saltam à vista 5 curiosidades:

1. Carmona Rodrigues afirma que o que tem sido falado e mostrado pelo Comissariado da Baixa-Chiado aos jornalistas e demais audiência, "pode ser apresentado à Comunicação Social uma coisa que parece que é a posição da Câmara, que não é! Efectivamente que não é!"

2. Relativamente ao Porto de Lisboa, a Ver. Gabriela Seara representou a CML em reunião recente com a APL, onde foi informada, segundo CR, "da pretensão do Porto de Lisboa de fazer um aterro para aumentar a capacidade de armazenamento de contentores de 350 mil TEUS, actual para 1 milhão de TEUS mais 350 mil em Santos, bom, e portanto avançando com a plataforma do aterro do Cais de Alcântara em direcção a Santos, fica ali em frente a Santos, uma coisa agradável, que é um aterro com uns contentores em cima".

Ficámos tb a saber uma história segundo a qual, "quando o então Primeiro Ministro Durão Barroso, uma vez me perguntou, “Sr. Ministro, diga-me porque é que eu tenho um conhecido no Brasil, que exporta melão para Lisboa, e o melão que vem para Lisboa, vai para o Porto de Roterdão, é descarregado em Roterdão, e depois vem de camião TIR para Lisboa, e assim é mais barato do que descarregar em Lisboa”, bom, e portanto vamos lá ver, há um problema, ou não, nos portos Portugueses, em termos da sua competitividade? Para o País? Para a cidade? Há, ou não? Há! Quantos papéis é que se têm que preencher para descarregar um produto no Porto de Lisboa? Mais de 40! Qual é o tempo médio de permanência de um contentor em Lisboa? É mais de cinco dias! É o triplo dos portos Ibéricos! Portanto, há ou não uma falta de competitividade? É realizando mais plataformas, mais aterros para estender os contentores, que vamos ganhar competitividade? Eu diria que o mesmo espaço que existe hoje em Alcântara, houvesse uma agilização dos procedimentos, tinha o triplo da capacidade!"

3. Pelo Ver. Sá Fernandes ficámos a saber que em visita à Quinta Nossa Senhora da Paz, no Paço do Lumiar, "onde caricatamente o gabinete da CML não tinha as chaves (...) todas as portas do Palácio estavam abertas, todas as janelas partidas, o Palácio está todo vandalizado, mas ainda sobram alguns azulejos, aliás eu trouxe-lhe 2, para lhe dar aqui, que os apanhei do chão, está completamente vandalizado, pedi às pessoas do seu gabinete, e estão aqui, vou devolvê-los, vou-lhos devolver, ó Sr. Vereador não brinque com coisas sérias, mas eu vou-lhe revelar uma coisa, ainda existem vários painéis de azulejos em bom estado, em bom estado, neste sítio, existe uma central de computadores que deve custar centenas de contos, ainda existe lá, e portanto, o que eu lhe peço Sr. Vereador é que ponha trancas à porta! Percebe? (...)Foram roubados! Foram, foram, o gato, do aqui há gato, que tivemos o, aqui há gato, ó Sr. Vereador, (...) Tirei estes 2 que estavam no chão, não os arranquei da parede, mas estão aqui para lhes dar, há paredes com isto ainda! Isto não é muito valioso mas o conjunto é bom! Isto está vandalizado todos os dias, Sr. Vereador, não é, todos os dias alguém vai lá tirar isto! E atenção, está lá uma central de computadores que custa centenas de contos. Que é da Câmara!"

4. Pelo Ver.Ruben de Carvalho, ficámos a saber que a Ver.Nogueira Pinto e o Comissariado fizeram "uma reunião informal com os vereadores todos, para uma informação do que era um projecto de trabalho do, que o Comissariado estaria a desenvolver, nessa reunião aliás foi até pedido enfim, reserva sobre os elementos divulgados, eles não foram entregues, enfim, a documentação não foi entregue (...) Ora constitui assim para nós uma grande surpresa que realizada esta reunião os jornais se encham, não é? De informação sobre aquilo que nos tinha sido pedido reserva e confidencialidade, bom, esta é a primeira questão insólita(...) "

5. Por último, e outra vez pelo Ver. Sá Fernandes, ficámos a saber que no inenarrável processo que envolve(u) a construção do condomínio na Av.Infante Santo, "não consta nos dados informáticos da Câmara Municipal de Lisboa, qualquer taxa de construção como tendo sido paga pelo construtor".

PF

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