17/03/2009

Localização da Estação Central de Lisboa

In «Transportes em Revista Online»


«Localização da Estação Central de Lisboa
Reflexão sobre a comparação de diferentes alternativas

As maiorias das grandes cidades europeias, como por exemplo, aquelas com áreas metropolitanas com mais de metade da população de Lisboa, são servidas por estações e infra-estruturas ferroviárias no centro das cidades e com boas ligações a outros meios de transporte urbanos e suburbanos (metro, autocarros, comboios suburbanos, táxis, etc).

A CENTRALIDADE DAS ESTAÇÕES e a qualidade das ligações a outros meios de transporte permitem minorar os tempos de percurso até aos destinos finais, pois o comboio não permite a ligação porta a porta. São assim um factor relevante de competitividade económica das cidades e regiões que servem, pois influenciam fortemente e cada vez mais a acessibilidade e a mobilidade. Além disto as melhores ligações à cidade e à região de Lisboa por via ferroviária têm também vantagens ambientais, pois estimularão o uso do transporte ferroviário nas ligações ao Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) e à Estação Central.
Neste contexto a escolha da Gare do Oriente não é uma escolha adequada para a cidade de Lisboa e quase todos os concelhos suburbanos, pois é excêntrica em relação à cidade de Lisboa e, à excepção da linha da Azambuja, não permite ligações directas à generalidade dos comboios das restantes linhas de suburbanos. Note-se que esta escolha se baseou em estudos realizados há mais de cinco anos, com base no pressuposto de que o NAL seria na Ota e que por isso a linha de AV Porto -Lisboa teria de entrar em Lisboa pelo norte do Tejo para passar no NAL. Como esse constrangimento já não existe, os resultados desses estudos estão desactualizados e por isso não fundamentam a decisão governamental de escolher a Gare do Oriente. [...]

41 comentários:

Anónimo disse...

Es el l'hobby de españa hombre!

A escolha é devida à pressão dos nossos "amigos" espanhois, são os únicos que beneficiam com esta infraestrutura (estação e TGV).
E nós pategos embarcamos nisto!

E se alguem tiver duvidas, é verificar o numero de empresas espanholas e estrangeiras com direcção em Madrid, até as construtoras são espanholas!

Cogno!

Anónimo disse...

Era só o que faltava, construíram a Gare do Oriente encontrando-se esta até hoje subaproveitada, e agora ainda querem construir mais um mamarracho para o TGV !

Anónimo disse...

s gsre do oriente é a estaçao tgv

Anónimo disse...

Em minha opinião Lisboa não precisa de estação central nenhuma. Mas se fizessem uma estação central só se fosse em Entrecampos. Mas não estou a ver aproveitarem os terrenos da Feira Popular para terminal rodoviário.

Mania de imitar os outros países. Cada cidade tem a sua organização e a nossa já está feita, não tem que mudar!

Está prevista a Gare do Oriente aumentar os cais dos comboios. Pelo que já vi em desenhos, o tabuleiro vai ocupar a parte superior de todo o terminal rodoviário. Prevê-se que seja para o TGV, Fertagus e Linha de Cascais.

Ou seja os autocarros vão passar a estar sob tecto. Uma especie de nova Casal Ribeiro, mas felizmente aqui não há paredes.

Anónimo disse...

A estação não está subaproveitada de modo algum, antes pelo contrário já que não é raro o dia em que não há congestionamentos (devido também à escolha da posição da via quádrupla e à escolha das linhas percorridas pelos diferentes tipos de comboios que sofrem um cruzamento a nível).

Para solução de desenrasque, até mais uns dez anos enquanto o serviço AV se encontrar a crescer em Portugal, a estação do Oriente serve bem. É claro que a escolha não é a melhor (longe do Centro da cidade e da área metropolitana), mas serve como desenrasque.

Anónimo disse...

Mas também já ouvi falar duma nova estação do TGV no Vale de Chelas! Não me parece um sitio bom para a construção duma estação. Acho que o Vale deve ficar sem construções para uma melhor circulação do ar e desafogamento da cidade. As torres do Feira Nova e aquele prédio de varandas azuis que fizeram no parque da Bela Vista já lá estão a mais.
Até porque é o Vale de Chelas que divide a parte central da oriental de Lisboa.

Anónimo disse...

a Estação de Alta velocidade será na Gare do Oriente.

è suficientemente central e suficientemente afastada do centro da cidade, mas servida de metro e autocarros e estacionamento.

Não se pode fazer estações de comboios comos e fazia no século XIX, no meio das cidades, pois hoje é preciso estacionamento, interfaces com transportes públicos e etc.

por outro lado, a gare do Oriente juntará não só a rede convencional com a rede de alta velocidade, sendo que, á semlehança de outros países, a alta velocidade exige estruturas enormes, que precisam de espaço.

Em lisboa por falta de espaço, só mesmo em Chelas, mas dado o traçado das linhas, não era viável.

A Gare do Oriente já tem estruturas, já tem interfaces de transportes, fica no enfiamento das linhas de comboios da nova ponte e em ligação ao novo aeroporto e apenas exige uma extensão para comportar a alta velocidade.

Não vai ser necessário fazer uma estação de raiz nem coupar outro espaço com construção.

por outro lado, a zona permite a construção de diversos parques de estacionamento subterrâneos e a ligação aos comboios de sinta, cascais (pela linha de cintura) e ao comboio da margem sul, e daí ao metro da margem sul, ao metro de lisboa, á linha do norte e a nova linha que atravessará o tejo e até ao aeroporto.

Não me parece uma má solução.

Miguel Carvalho disse...

Como não me canso de dizer, atravessei a Europa de lés a lés várias vezes de comboio. São raríssimas as cidades que têm a estação central fora da malha urbana central como Lisboa, (e também Coimbra, Porto, Santarém, etc.). Lembro-me de Lublin, Ferrara, Cáceres, Torun, e pouco mais entre as 200 que devo conhecer.

O caso de Lisboa é aberrante. Só quem nunca usou o comboio é que pode argumentar que basta ter um autocarro ou metro até lá. É mais uma ligação, mais uma espera, mais um bilhete, mais um horário a conciliar, mais um incómodo. O suficiente para afastar muita gente. Como digo sempre, passem na estação de Santarém e na de Aveiro. As cidades têm tamanhos semelhantes, mas a primeira tem a estação vazia e a segunda cheia. Uma é completamente fora, a outra no centro.



Como o xico205 diz, Entrecampos parece-me uma boa ideia. Também se falou em tempos no Rego onde há um espaço enorme bem central. Mais grave foi a opção de Sacavém que também circulou. Sem quem nunca usou o comboio é que pode achar que isso é solução razoável.

Miguel Carvalho disse...

Façam um exercício introspectivo:
quantas vezes já disseram "de Metro não dá muito jeito, porque tenho que mudar de linha" ou "se fosse uma linha directa, eu até ia de Metro"?

Duvido que haja alguém que nunca o tenha feito.

Anónimo disse...

Quem quiser ir de comboio até ao centro continua viagem até Santa Apolónia ou Roma-Areeiro, Entrecampos, Sete Rios, Campolide, Rossio ou Alcântara-Terra.

Nada mais simples.

Miguel Carvalho disse...

Não sabia que o alfa e o IC parava nessas cidades, da próxima vez que vier do Porto vou poupar meia-hora!
Obrigado!

Anónimo disse...

Mas qual aberração da Europa? Quem quiser uma estação central sai no terminal, a estação de Santa Apolonia!

Mais central é complicado.

Miguel Carvalho disse...

Por "Estação Central" entenda-se a estação principal. Em Santa Apolónia deve haver 20% dos comboios que há no Oriente.

Miguel Carvalho disse...

Quanto à "aberração", diga-me UMA cidade grande europeia onde o estação principal esteja fora do tecido urbano central da cidade.

Anónimo disse...

Todos os comboios de longo curso com destino a Lisboa vindos do norte, beiras alta e baixa e internacionais vão para Santa Apolónia.

Os IC e AP com destino ao Alentejo e Algarve param em Entrecampos, vindos do Oriente no caminho para a ponte 25 de Abril.

Nada como consultar o site da CP para se saber as informações!!!

Miguel Carvalho disse...

Ora caro xico205,
muito obrigado pela ajuda! Provou exactamente o que eu queria dizer. E repito o que escreveu:
"Os IC e AP com destino ao Alentejo e Algarve param em Entrecampos, vindos do Oriente no caminho para a ponte 25 de Abril"... Mas Entrecampos não em Sta Apolónia. (e eu não preciso de ir à página, porque utilizo muito o comboio e para destinos diferentes)

Já percebeu o meu ponto?

Falta ainda dizer que não referiu os comboios da linha de Alcântara Terra, os comboios da linha de Sintra (que atravessam o centro norte de Lisboa), os comboios da linha do Oeste, os comboios da linha de Setúbal. Todos esses não para em Santa Apolónia.

Anónimo disse...

Os comboios internacionais passam em Santa Apolónia, e Santa Apolónia está mais do que inserida no tecido urbano!


Além das rotas internacionais, os IC e AP que se dirigem a norte (os mais utilizados) também acabam o seu percurso em Santa Apolónia, apenas aqueles que vão para sul não a utilizam, o que até poderá vir a ser mudado com a nova ponte Chelas-Barreiro, desde que alguém use a cabecinha o que por cá nem sempre é fácil.

Os comboios da linha de Sintra, ou Setúbal, são comboios suburbanos, não há nenhuma necessidade destes passarem na Estação Central visto que quem os usa diariamente tem outras necessidades.

Miguel Carvalho disse...

Caro anónimo, obrigado também pela ajuda!

É exactamente isso que está em causa. os comboios suburbanos não estarem articulados com os restantes! É as redes locais e nacionais estarem separadas. Foi isso a primeira coisa que disse, que só existe em Lisboa.

E só por curiosidade, os IC para o Alentejo.. chamam-se ICs porque são intercidades. Os ICs para o Algarve chamam-se ICs porque são intercidades. Os alfas, a linha do Oeste, etc.

Anónimo disse...

Os comboios suburbanos param no Oriente, Campolide, Sete Rios, Entrecampos e nalguma destas estações estão articulados com os restantes. Na Linha de Sintra à comboios para a Linha da azambuja via linha de Cintura, logo fazem ligações directas aos comboios de longo curso. De Vila Franca de xira há comboios para Alcantara-Terra via linha de cintura mais uma vez. Os do Oeste não sei bem para onde vão. Já foram para o Rossio, ja terminaram em Campolide, também já terminaram em Alcântara-Terra e no Oriente, actualmente não sei para onde vão, mas essa linha actualmente não tem qualquer expressão. Não sofreu actualização enquanto era tempo e está degradada. Foi quase totalmente substituida por carreiras de autocarro rápidas a Lisboa e Rede de Expressos.

Miguel Carvalho disse...

Não vale a pena estarmos a discutir detalhes.
Mantenho o meu ponto central: Lisboa é uma aberração em termos europeus, por ter a estação com mais comboios fora da malha urbana.

Terei todo o gosto em mudar de opinião, se me derem um exemplo em contrário

Anónimo disse...

Berlim é exactamente igual mas pronto! Em Portugal é bonito dizer-se mal da Pátria.

Anónimo disse...

Acrescento ainda que em Berlim não encontrei ninguem nas bilheteiras que falasse inglês e na rua com muita dificuldade se encontra, entre os adultos e idosos!

Depois os portugueses é que são os atrasadinhos da Europa! Odeio essa conversa de falar mal de Portugal. Estão mal mudem-se,não fazem cá falta pessoas sempre a falar mal do país!

Miguel Carvalho disse...

xico205,

"Depois os portugueses é que são os atrasadinhos da Europa! Odeio essa conversa de falar mal de Portugal."

Não imagina como concordo consigo.Vai encontrar comentários meus a dizer isso neste blog. Ainda anteontem um amigo dizia que eu deveria receber um subsídio do Estado por estar sempre com esses discurso.

Contudo isso não me impede de ter que reconhecer que Lisboa (e Portugal) são casos bizarros em termos de mobilidade. Dois exemplos conhecidos: Lisboa é a região europeia com maior densidade de auto-estradas, a uma distância impressionante da segunda. Todas as capitais da UE15 (não sei as outras) tem zonas 30. Quando se fala niss, ouve-se "só neste país".

Berlim??? Você está a falar de que estação? Zoologischer Garten, que foi durante muito tempo a principal, é dentro da malha urbana. A principal zona comercial ocidental é mesmo ao lado. A recente Hauptbahnhof, a nova estação principal, é a uns minutos a pé do Parlamento e do Brandenburger Tor. Mais central era difícil.

Fico à espera...

Anónimo disse...

Mas afinal Santa Apolónia é ou não no centro?

Miguel Carvalho disse...

Caro anónimo,
está a gozar comigo?
Santa Apolónia é no centro, tal como o café A Brasileira é. Mas nem um nem outro são a gare principal de Lisboa.

Anónimo disse...

Então se a estação princial não é aquela da qual partem os comboios internacionais, diga-me o senhor qual é!

Miguel Carvalho disse...

Está mesmo a gozar comigo, já percebi. Mas eu não desisto, e repito:

Lisboa é uma aberração em termos europeus, por ter a estação com mais comboios fora da malha urbana.

Anónimo disse...

A estação de Santa Apolónia é a estação de onde saem mais comboios de longo curso.

Estar a dizer que não é essa a estação "com mais comboios" é falar de alhos e bugalhos, misturar comboios que vão para a Europa com os que passam no Cacém, os comboios de longo curso têm o seu objectivo, e os suburbanos também, nomeadamente o de serem úteis a todos aqueles milhares que realizam movimentos pendulares periferia-Lisboa.

Miguel Carvalho disse...

sabe quantos comboios internacionais saem de lisboa? dois por dia.
sabe quantos ICs não saem de Santa Apolónia? muitos mais.

Anónimo disse...

Além disso há comboios de longo curso a passar no Cacém. Todos os que de Lisboa partem para a linha do Oeste!


Miguel Carvalho, assim de repente não me lembro das estações de Berlim onde os comboios de logo curso param, mas não era em todas as estações. Mas digo-lhe que o comboio internacional que apanhei de Berlim para Praga com partida ás 4:47 não parava no Zoologisher Garten. Alias essa estação até estava encerrada de madrugada! Só havia duas estações abertas durante a madrugada, já não me lembro como se chamavam mas se tiver grande interesse em saber quais eram, posso ir ver aos meus apontamentos e fotografias de viagem. Essas estações não eram centrais. Ou melhor, Berlim é uma cidade enorme secalhar até eram centrais mas muito distantes do sitio onde eu estava que ainda era central, embora ficasse a nove estações de metro de Zoologisher Garten, creio que na linha U9! Durante a madrugada os transportes publicos de Berlim são apenas autocarros. Idêntico à rede da madrugada de Lisboa, embora com intervalos de 45 minutos entre chapas. Em Lisboa andam com intervalos de 30min aos fins de semana e vesperas de feriado e uma hora aos dias uteis.

Miguel Carvalho disse...

xico205,
você leu o que eu escrevi? Essa era a estação principal antigamente.

Segundo o bahn.de há dois comboios de madrugada para Praga (no dia em que tentei). Um de Berlin Ostbahnhof e outro da Hauptbahnhof (a estação principal actual que eu mencionei).

De qualquer modo trata-se de um exemplo de um comboio apenas, e num horário fora do normal... não me parece que prove muito.


Repito: Lisboa é uma aberração em termos de mobilidade ferroviária.

Anónimo disse...

Não me parece que seja um horário fora do normal. É um horário regular não é extraordinário. Utilizado por muita gente que viaja em trabalho. Seja a que horas for, a empresa Deutshe Bahn tem que tratar todos os clientes da mesma forma.

Uma estação central pode não ser util. A maioria dos passageiros provavelmente nem se destina ao centro. Cada vez mais as pessoas vivem e trabalham na periferia. Cada vez é maior a deslocação de empresas de Lisboa para a periferia. O grande polo tecnologico em Portugal actualmente localiza-se nos concelhosda Amadora, Oeiras e Sintra. Em Lisboa apenas conheço o pólo tecnológico do Paço do Lumiar que nem sequer está no centro de Lisboa. Lisboa não tem sequer capacidade de construir uma estação central. A forma como os transportes em Lisboa estão organizados está boa.

Era preferível requalificarem o terminal da TST na Praça de Espanha e o terminal do Areeiro da TST e RL. Era mais util que uma estação ferroviária central.

Se o objectivo dessa central é diminuir a dificuldade aos estrangeiros que vêm a Lisboa, digo desde já que achei a organização dos transportes de Berlim muitissimo mais confusa com muito pouca informação e eu lá me desenrasquei, logo os estrangeiros em Lisboa também têm capacidade de desenrasque, até porque em Lisboa o Metro e a Carris têm tudo muito bem explicado. A CP também não é muito má.

Anónimo disse...

Em Berlim o que há mais é linhas de metro encerradas para obras e substituidas por autocarros, mas sem informação nehuma ao passageiro! Quem não fala alemão também não consegue comunicar com quase ninguém. Pelo que percebi só os alemães com escolaridade superior é que falam outras linguas. Eu na Alemanha quase que só conseguia comunicar com imigrantes. Felizmente esses têm uma capacidade de desenrasque enorme e sabem falar milhentas linguas.

Os alemães têm a fama de serem os melhores em tudo mas a capacidade de desenrasque deles perante imprevistos é nula. Comprovei-o em imensas situações que não interessam para aqui. Os portugueses são dos povos mais desenrascados do mundo o que é o uma grande mais valia quando se fala em crise embora a mesma não seja mundial como dizem!

João Branco (JORB) disse...

Chamar à estação de Santa Apolónia "estação central" é quase cómico.

Eu moro ao lado da de Santa Apolónia e trabalho ao lado da do Oriente. A do Oriente terá, assim a olho, 5 ou 6 vezes mais tráfego ferroviário.

Uma curiosidade:

É impossível fazer Faro-Braga no mesmo comboio. Porquê? Os comboios para Braga saem de Santa Apolónia passando no Oriente. Os que vêm de Faro só passam no Oriente.

Se calhar fazia sentido reformar Santa Apolónia como estação interurbana/internacional e tornar Entrecampos definitivamente a estação central (Eu por mim preferiria o Rossio, mas pronto)

Anónimo disse...

Lisboa Santa Apolónia
Principal estação da cidade de Lisboa, não sendo a que mais passageiros move (é, sem dúvida, Entrecampos) nem a que mais comboios tem. A nível do Longo e Médio Curso, é a que se encontra no Centro da Capital e a que permite ligações para as partes Central e Ocidental de Lisboa e para os concelhos do Barreiro, Seixal, Almada, Oeiras e Cascais de forma rápida. Aqui chegam comboios de Longo e Médio Curso do Norte e do Centro do país.

Entrecampos e Entrecampos P
A estação (considero ambas juntas) que mais comboios tem em Portugal. Passam aqui todos os IC e AP com origem e destino no Sul do país, metade dos comboios da linha de Sintra, dois terços dos Urbanos da linha do Norte (destino Alverca e Castanheira R/Alcântara Terra), todos os Urbanos da Fertagus e ainda os comboios InterRegionais com destino às Caldas da Rainha e Coimbra. Aqui descem os passageiros dos IC do Sul que se destinam à cidade de Lisboa em si.
A propósito xico205, só pode dizer que a linha do Oeste tem uma importância residual porque se calhar não a conhece assim tão bem. A linha do Oeste é extremamente importante para as comunidades onde transcorre, passando mesmo no centro das principais vilas e cidades do Oeste. A prova está até nos recentes IR para Coimbra que estão a ter um sucesso enorme apesar de serem só dois por dia (e a partir das Caldas, pois a partir de Torres ou do Bombarral é só um por dia e sentido).

Sete Rios
Quase o mesmo número de comboios de Entrecampos tirando os AP Faro-Porto-Faro. Aqui descem os passageiros dos IC do Sul que se destinam à cidade de Lisboa em si (e alguns outros destinos como linhas de Sintra e Cascais).

Braço de Prata
Hoje serve só mesmo a Matinha, Poço do Bispo e o bairro do Vale Formoso de Cima, mas em tempos não muito longíquos fora o grande centro de transbordo entre os passageiros provenientes da linha de Cintura com destino aos Regionais da linha do Norte e Beira Baixa.

Oriente
Importante estação de ligação entre comboios, absorvendo as funções que Braço de Prata teve. Ainda congrega autocarros e metropolitano que, sublinho, são úteis para quem mora no concelho de Loures (Moscavide, Sacavém, P Velho) ou ainda nas freguesias dos Olivais, Marvila e Alto do Pina e que pretende apanhar o comboio.
Vir do centro de Lisboa apanhar de propósito um comboio a esta estação é um puro suicídio, só justificável por questões de tarifário. Todos os comboios de Longo Curso que saem de Santa Apolónia param aqui e quase todos os Regionais que saem de Santa Apolónia também param aqui. Não é, nem pretende ser, nenhuma estação principal da cidade, mas sim uma estação onde o passageiro possa desembarcar de um comboio e entrar noutro que o leve ao seu destino, nomeadamente nas linhas de Cintura e Sintra.
Mais a mais, os IC do Algarve e Alentejo terminam no Oriente por essa mesma razão: assegurar transbordo para comboios com destino ao Norte e às Beiras, pois o grosso dos passageiros do Sul sai em Sete Rios e Entrecampos, o que é perfeitamente compreensível pois ficam numa zona com bastantes serviços e rapidamente acessível desde outros pontos da cidade.
AP (Oriente) - mais quatro que Lisboa Santa Apolónia pois são os Faro-Porto-Faro.
IC (Oriente) - mais 16 que Lisboa Santa Apolónia pois são os Lisboa-Alentejo-Lisboa (10 por dia) e os Lisboa-Algarve-Lisboa (6 por dia).
Resumindo, quem sai no Oriente é porque vai mudar de transporte com destino aos concelhos limítrofes ou então é porque vai para alguma zona relativamente perto da estação.
IC (Santa Apolónia)- 26 (Norte e Beiras)
AP (Santa Apolónia) - 18 (Porto e Braga)
IN (Santa Apolónia) - 4 (Irún e Madrid)

Campolide
Não se encontra numa zona que, por si, gere muito tráfego mas é uma estação importante a nível de transbordos envolvendo a CP, Fertagus e Carris. O percurso Sintra-Coina ou Alcântara-Queluz faz-se com recurso a esta estação.
Um pouco à semelhança do Oriente, mas tecnicamente mais bem conseguida pela ausência de cruzamentos a nível.

Lisboa Rossio
A estação Central por excelência e mérito próprio. Apenas tem Urbanos de e para Sintra estabelecendo ligações a outros comboios em Campolide e Cacém.

Volto a referir que, como solução de desenrasque, o Oriente é uma boa opção. Veremos é como vai ser feita a gestão do tráfego que, actualmente com a infraestrutura existente (má), é algo ruinosa pelas opções que se tomaram aquando da quadruplicação da linha do Norte. Imaginem que, por causa disso, um comboio que faz 600 e tal quilómetros e chega sempre adiantado às suas paragens, incluindo Oriente, vai chegar a Lisboa Santa Apolónia com 3 minutos de atraso devido a um congestionamento na saída Sul da estação Oriente!

Para daqui a dez anos acho uma estação bastante pequena para dar passagem a quase todos os comboios de Longo e Médio Curso do país com destino a Lisboa.
Serão 3 vias de Alta Velocidade e 6 ou 7 vias para comboios convencionais. Terá de ser, obrigatoriamente, uma estação de passagem e os comboios que nela pararem não convém ficar parados mais do que 5 minutos. Com o novo feixe de vias de resguardo, o comboio AV Oriente-Atocha saírá desse feixe, entrará na gare para entrada de passageiros durante 5 minutos, o maquinista dirige-se para a outra cabina, fecha as portas e segue para a ponte para daí a 2h45 chegar ao CENTRO da cidade de Madrid, numa estação onde efectuam paragem todos os comboios Suburbanos da rede de Cercanías e onde se pode chegar a qualquer província de Espanha com um simples transbordo.

Onde é que eu faria a nova estação central da cidade? Aproveitava todo o complexo de Lisboa Santa Apolónia, actualmente ocupado pelas oficinas e tipografia, e fazia um mega interface envolvendo barcos, eléctricos, autocarros, metropolitano, comboios convencionais e de Alta Velocidade. Mantendo a estação do Oriente como aquela onde se faria o transbordo para Cascais, Sintra, Setúbal, Montijo, etc, a hipótese de Santa Apolónia seria para quem quisesse vir mesmo para o centro da cidade. Relembro que, a pé, são 15 minutos desde a linha 7 de Lisboa Santa Apolónia até ao Arco da Rua Augusta.

Saudações a todos!

Anónimo disse...

Quando falei da linha do Oeste referia-me a não ter importância na ligação a Lisboa. Claro que a nivel local e a ligação a Coimbra tem importância.

Quanto ao que o Filipe sugere para Santa Apolónia, em minha opinião envolve um custo altíssimo e não compensa. Acho que para já mais vale deixar tudo como está.

Volto a repetir as ligações ferroviárias actuais estão boas. Só acho que deveriam aumentar a frequencia a Alcântara-Terra aos fins de semana e feriados. Preferia isso a ter comboios da linha de Cascais a vir para a Linha de Cintura pelos custos altíssimos que envolve.

Em nenhuma ligação actual é necessário mais que um transbordo.

Anónimo disse...

xico205, os custos da construção da ligação da linha de Cascais à linha de Cintura são perfeitamente ínfimos em relação aos benefícios sociais, energéticos e ambientais que vai trazer. Ao aproximar a linha de Cascais da zona alta da cidade, o número de automóveis que transitam pela A5 (e posteriormente pelas Avenidas Fontes Pereira de Mello e República) cairá fortemente, para além de poder ligar rápida e frequentemente a zona de Belém à zona de Entrecampos, Areeiro, Alvalade e Marvila e estabelecer um contínuo entre a linha de Cascais a zona suburbana da linha do Norte, tal como hoje existem comboios de MS Meleças a Alverca.

Em última análise, permite que se faça uma viagem de Cascais ao Porto, ou Madrid, mudando unicamente uma vez, com a poupança de dinheiro que isso acarreta.

Claro que agora o fundamental seria aumentar a frequência dos Urbanos para Alcântara.

Anónimo disse...

xico205, estamos unânimes num ponto: para já não compensa a construção de uma nova estação.

O Oriente, nos primeiros anos, poderá responder à procura. Agora, sim, deverão ser criadas condições para os passageiros que actualmente esta estação não tem. Aliás, são poucas as estações Lisboetas que realmente se encontram em boas condições de receber um passageiro e de o orientar como deve ser. Assim por alto relembro-me do Cais do Sodré, Lisboa Rossio, Lisboa Santa Apolónia, Campolide e Benfica. As restantes são confusas e desconfortáveis.

Anónimo disse...

Não acho Entre Campos e Sete Rios, desconfortáveis nem confusas.

Anónimo disse...

Essas são das piores. Onde é que existe uma sala de espera nessas estações? Onde é que está uma sinalética e informações funcionais nessas estações? São autênticos labirintos cheios de curvas apertadas e espaços escondidos.
As bilheteiras do Longo Curso em Sete Rios estão escondidas, em Entrecampos agora tem lá uma barraca que gera confusão nas filas!
Para além do aspecto escuro e porco que têm...parecem estruturas provisórias a pedirem para ser desmanteladas, com o oleado cheio de bolhas de ar.
E já reparou como é que o Alfa Pendular se encontra relativamente às plataformas? Para gente de mais idade, é muito difícil sair do comboio.

A do Areeiro pode não ser um bom exemplo, mas é bem melhor que estas duas que poderiam ser apelidadas de "não-lugares" ou "fast suburban-stations". Ainda nem se está dentro da estação, já se quer que o comboio apareça o mais rápido possível!

Anónimo disse...

Eu só usei Sete Rios e Entrecampos para comboios urbanos, de facto não sei como é o alfa pendular nessas estações. Tenho que ir espreitar.