06/03/2014

Zona ribeirinha Praça do Comércio/Santa Apolónia, zona de vergonha, até quando?


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. António Costa


A zona ribeirinha entre a Praça do Comércio e a Estação de Santa Apolónia é talvez das zonas de Lisboa que mais nos deve envergonhar de momento.

É precisamente nos locais mais visitados de Lisboa, onde chegam milhares de turistas em cruzeiros, que nos deparamos com uma Avenida Marginal que é uma auto-estrada, uma rua interior (Campo das Cebolas – Cais de Santarém) perfeita para todo-o-terreno, e espaço “praça/estacionamento" em cimento (foto), a fazer de parque de estacionamento mesmo ao lado do Terreiro do Paço e com uma estação fluvial abandonada.

Ainda que o início da construção do Terminal de Cruzeiros possa ser uma "luz ao fundo do túnel", e enquanto a requalificação de todo o eixo não se inicia (pelo que se percebe poderá demorar vários anos), cremos, Senhor Presidente, que poderiam ser tomadas desde já algumas medidas imediatas e transitórias para se minimizar o aspecto vergonhoso desta zona de Lisboa.

Desde logo:

· Melhorar o piso, os passeios e disciplinar o estacionamento, nas ruas paralelas à Avenida Infante D. Henrique, junto a Alfama;
· Proibir o estacionamento na praça fronteira à estação fluvial Sul e Sueste e no Campo das Cebolas (enquanto não vem a requalificação) e desviar o estacionamento para o Parque do Município, Praça da Figueira, Chão do Loureiro ou Martim Moniz;
· Na medida do possível (enquanto não vem a requalificação) colocação de bancos e plantas (para que servem os diversos viveiros da CML?) naquelas duas praças, criando zonas de estadia;
· Proibir o estacionamento de autocarros de turistas nas ruas paralelas à Avenida Infante D. Henrique e transferir para os parques de estacionamento junto ao rio, onde já estacionam para a chegada de turistas nos cruzeiros, facilitando o muito intenso tráfego automóvel naquelas ruas.

São estas medidas mínimas aceitáveis, reforçamos, que esperamos a Câmara Municipal as venha a implementar, tão breve quanto possível, na zona mais visitada da cidade.


Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Guilherme Figueiredo, Paulo Lopes, Luís Marques da Silva, Virgílio Marques, Júlio Amorim, António Branco Almeida, José Filipe Toga Soares, Nuno Franco, Nuno Caiado, Jorge Lopes, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno de Castro Paiva e Beatriz Empis

CC: AML, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior e Media

4 comentários:

Anónimo disse...

Neste momento o Dr. Costa não pode atender. Está a fazer campanha política no estrangeiro, já a pensar em voos mais altos, e a adjudicar a construção de mais uma das imensas ciclovias que vão apodrecer novas, em Lisboa. Deixe mensagem que, se nos lembrarmos e não tivermos absolutamente mais nada para fazer, talvez pensemos em dar-lhe o recado.

Anónimo disse...

Aquela zona é uma calamidade,como já por várias vezes aqui comentei.

E os monstruosos engarrafamentos que ocorrem são anedóticos.

Não há muito, num dia em que 4 paquetes estavam atracados, presenciei o "cartão de visita" que esta pobre capital apresentou aos turistas,e que foi ficarem larguíssimos minutos encafuados nos autocarros até conseguirem passar o Terreiro do Paço, tormento a que os outros utentes da via naturalmente também estiveram sujeitos.

E há poucos dias, tive a "sorte" de passar de automóvel por lá, com horário apertado, numa altura em que havia uma manif frente ao Ministério das Finanças. As voltas em que me meti, por pisos inacreditáves e percursos labirínticos, até conseguir desenvencilhar-me, com enorme transtorno, reforçam a minha convicção de que quem concebeu aquele esquema de circulação (e que se mantém ao fim de tempos infinitos com marcações a amarelo indicando provisoriedade) é, para ser delicado, totalmente incompetente.

Anónimo disse...

Curioso... agora preocupam-se com o conforto e com a imagem que Lisboa dá aos turistas? Depois de os acusarem de serem uns pés de chinelo que forçam a descaracterização da cidade?

Anónimo disse...

Curioso que haja ceguinhos que confundam os turistas que chegam a Lisboa em paquetes de cruzeiro com pés de chinelo.