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06/07/2022

Quartel (Convento) da Graça continua em degradação e abandono - pedido de esclarecimentos ao grupo SANA

À Aziriver, Lda., Património Crescente, SA, Azilis, SA e Sesimbrotel, SA (Grupo SANA)

CC. DGTF, Revive, CML, AML e DGPC, e media

Exmos. Senhores


Decorridos que estão 31 meses sobre a data de assinatura do contrato de concessão do Quartel da Graça (Convento da Graça), concessão feita ao abrigo do Programa Revive, e uma vez que a data prevista para o início da exploração daquele conjunto monumental (Monumento Nacional, Decreto n.º 29 604, DG, 1.ª série, n.º 112 de 16 maio 1939) como unidade hoteleira termina no final do presente ano, não se vislumbrando quaisquer obras em curso, apesar da publicidade em contrário;

E considerando que esta Associação tem como objecto a defesa do património edificado do distrito de Lisboa (artigo 2º dos nossos estatutos), desenvolvendo para tal as actividades que se considerem necessárias e convenientes para assegurar a sua prossecução (artigo 3º);

Solicitamos a V. Exas. que nos informem sobre quais as razões para que os pressupostos da concessão referida não tenham sido ainda materializados em obra.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Pedro Formozinho Sanchez, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Rui Martins, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Filipe de Portugal, Helena Espvall, Maria Teresa Goulão, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Irene Santos

Foto: Programa Revive

25/05/2022

Antigo edifício dos Correios do Monte Estoril - pedido de esclarecimentos à SCML

Exmo. Senhor
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Dr. Edmundo Martinho


CC. CMC, AMC, Hotel Estoril Eden e Agência Lusa

Considerando os rumores que dão como adquirida a aquisição do edifício déco-modernista dos antigos Correios do Monte Estoril, sito na Avenida de Sabóia e propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), pelo vizinho “Hotel Estoril Eden”, no pressuposto de uma demolição de ambos para futura construção de edifício único;

E tendo a Fórum Cidadania Lx – Associação como objecto a defesa do património edificado na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa (in artigo 2º dos nossos estatutos);

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre a situação de facto do antigo edifício histórico dos Correios do Monte Estoril, que se encontra abandonado e cujos efeitos do inevitável vandalismo se têm vindo a agravar durante a última década e meia, isto é, o que pretende a SCML fazer com este edifício?

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Irene Santos, Maria do Rosário Reiche, Maria Ramalho

24/12/2021

"Fórum Cidadania Lx avança com providência contra o Estado pela degradação do Palácio Burnay"

https://www.publico.pt/2021/12/24/local/noticia/forum-cidadania-lx-avanca-providencia-estado-degradacao-palacio-burnay-1989641?ref=local&cx=page__content

11/06/2021

Lagos/Fontes no Miradouro de S. Pedro de Alcântara

Porque não conseguimos ter os nossos lagos e fontes historicas a funcionar?!

Que miséria de capital...

Está quase tudo sem água, abandonado, sujo... no Rossio, o das Necessidades, em S. Pedro de Alcântara... até os novos lagos como o do S. Carlos!


Fernando Jorge

03/02/2021

S.O.S. Convento de São José de Ribamar (Algés) - Oeiras Capital Europeia da Cultura 2027

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Isaltino Morais


CC.AMO, DGPC, SOS Azulejo e media

Como é do conhecimento de V. Exa. o antigo Convento de São José de Ribamar, em Algés, também conhecido por Palácio Foz, é seguramente um dos edifícios históricos mais antigos do concelho de Oeiras, datando a sua reconstrução do século XVII, apesar da sua fundação ser anterior e nos remeter ao ano de 1559, pertença inicial dos frades Franciscanos Arrábidos!

Como também é do conhecimento de V. Exa., a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) aprovou em Novembro de 2009 um projecto de alterações com ampliação, projecto polémico da autoria do arq. Gonçalo Byrne, tendo como promotor o grupo RAR, e que previa a reconversão de todo o complexo em condomínio, maioritariamente construído com traço contemporâneo no terreno outrora agrícola anexo aos edifícios, mais estacionamento subterrâneo com vários pisos, transformação então anunciada como sendo uma mais-valia para o concelho e a única forma encontrada para se reabilitar aquele conjunto monumental, uma vez que, segundo declarações de V. Exa., a CMO não possuiria na altura verba capaz para a sua aquisição e recuperação.

Contudo, passados 11 anos sobre essa aprovação, verifica-se que todo o conjunto continua abandonado e entregue às intempéries e aos “amigos do alheio”, em especial a sua fabulosa colecção de azulejos. Trata-se, portanto, de um caso em que houve má-fé de quem se comprometeu a levar por diante esse projecto e não o fez, tudo não passando de mais um caso de especulação imobiliária, que em nada dignifica o concelho nem todos quantos se interessam pelo Património deste país.

Acresce que estamos perante um notável complexo arquitectónico-histórico (https://www.youtube.com/watch?v=iuttS0-FM9Y) que, já por si, merecia há muito ser classificado de Interesse Público, o que demonstra a total incapacidade e incultura das entidades oficiais. Por outro lado, verifica-se que neste caso o Regulamento do Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras, de 2004, é "letra morta".

Assim, e no seguimento do anúncio feito recentemente pela CMO de que pretende ser Capital Europeia da Cultura em 2027, e de que terá já uma estratégia montada para o efeito e 400 milhões de euros disponíveis para o programa respectivo, e constituindo “Oeiras, Capital das Heranças Culturais” e a reabilitação de Património uma das prioridades do ambicioso programa da CMO,

Apelamos a V. Exa. e ao Executivo da CMO para desenvolverem, quanto antes, em vez de privilegiarem mais construção nova de equipamentos culturais e científicos (centros culturais, hubs criativos, etc.) como anunciaram, os procedimentos necessários à expropriação do antigo Convento de São José de Ribamar, seguida da urgente recuperação do conjunto de edifícios históricos, bem como da antiga área agrícola, para os desígnios culturais e científicos anunciados pela CMO, e, mais importante, garantindo o usufruto público desse património, incluindo o usufruto das vistas deslumbrantes que se alcançam desde os seus mirantes.

Na certeza de que tal expropriação constituirá uma mais-valia significativa para o Concelho e para as gerações vindouras, e terá um forte impacto positivo na candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura 2027, enquanto reforço assinalável do propositura em termos recuperação de Património de relevância (factor vital nesse tipo de candidaturas), e manifestando o nosso total empenho em contribuir, dentro do que nos é possível, para o sucesso desse desiderato, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Ana Celeste Glória, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria Ramalho, Rui Pedro Barbosa, Pedro Jorão, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Jorge Pinto, Beatriz Empis, Cátia Mourão, José Amador, Pedro de Souza, António Araújo, Nuno Caiado, Maria João Pinto, Eurico de Barros, Inês Beleza Barreiros, Paulo Trancoso, Gustavo da Cunha, Rui Martins, Nuno Vasco Franco, Pedro Henrique Aparício, Fátima Castanheira, Marta Saraiva

Fotos: GG Photography, in Facebook

19/01/2021

Edifício Rua Pascoal de Melo, n 84 - Pedido à firma proprietária

À Administração da Seblima, Construção e Obras Públicas, Lda.

CC. PCML, AML, JF Arroios, Vereador do Urbanismo e media

Exmos. Senhores

Como é do conhecimento de V. Exas., o imóvel sito na Rua de Pascoal de Melo, nº 84, vossa propriedade, foi construído em 1882 e é um edifício bem exemplificativo de uma “Lisboa Entre-Séculos” que importa salvaguardar, sob pena de, daqui por década e meia, nada restar em Lisboa dessa época construtiva.

Em nosso entender, este edifício, cuja fachada se encontra integralmente revestida de azulejos da Fábrica Viúva Lamego, igualmente produzidos no século XIX, devia estar em perfeito estado de conservação e salvaguardado integralmente, enquanto exemplar característico do Bairro da Estefânia, outrora rico em património de finais do século XIX, início do XX, e habitado na sua totalidade.

Daí não compreendermos as intenções de V. Exas. em o terem querido demolir integralmente aquando do vosso projecto de 2018, oportunamente chumbado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Nesse sentido, e até por uma questão da conjuntura económica em que vivemos e que não irá mudar nos próximos anos, apelamos a V. Exas. no sentido de repensarem a vossa estratégia para este edifício, e submeterem aos serviços da CML, tão breve quanto possível, um projecto de recuperação integral do prédio, a nível do seu exterior e do seu interior, em toda a extensão, relocando-o no mercado de habitação.

Lisboa só terá a agradecer a empresas que procurem, acima de tudo, reabilitar sem destruir, devolvendo à cidade edifícios recuperados e de que todos nos possamos orgulhar.

Podem V. Exas. contar com o Fórum Cidadania Lx para disso fazermos eco.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Martins, Nuno Caiado, Gustavo da Cunha, Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Guilherm Figueiredo, Pedro de Souza, Virgílio Marques, Eurico de Barros, Júlio Amorim, Maria Ramalho, Helena Espvall, Jorge Pinto, Pedro Ribeiro, Maria do Rosário Reiche, Maria Maia, Pedro Machado, Miguel Atanásio Carvalho, António Araújo, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Irene Santos e Alexandre Marques da Cruz

06/01/2021

Torre da Péla em estado deplorável - protesto à CML

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


CC. AML, Vereadora da Cultura, ATL, DGPC e media

Vimos pelo presente apresentar o nosso protesto pela inércia da Câmara Municipal de Lisboa em relação à Torre da Péla, rara torre da cerca medieval de Lisboa, que se encontra abandonada e em avançado estado de degradação há décadas.

Inclusive, perguntamo-nos como é possível que esta situação se mantenha ano após ano, vereação após vereação, sem que haja nenhuma notícia acerca do seu restauro, sobretudo agora que a CML anuncia, e bem, um concurso de ideias para o Martim Moniz, e tendo em conta que aquando da urbanização da EPUL se perdeu, manifestamente, a oportunidade de o fazer?

Junto anexamos algumas fotografias sobre o actual estado de coisas na Torre da Péla, parte integrante da “Muralha Fernandina”, que apesar de não estar classificada individualmente como Monumento Nacional nem por isso desculpa o seu abandono. Atente-se no pormenor de a parte superior da Torre ter sido vandalizada com graffiti.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Gustavo da Cunha, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, Helena Espvall, Pedro Fonseca, Pedro de Souza, José Morais Arnaud, Pedro Jordão, Nuno Caiado, Paulo Guilherme Figueiredo, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Ana Alves de Sousa, Miguel de Sepúlveda Velloso, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, João Oliveira Leonardo, Pedro Ribeiro, Maria João Pinto, Miguel Atanásio Carvalho, Odete Pinto, Virgílio Marques, Irene Santos, Henrique Chaves, Filipe e Bárbara Lopes

Fotos: Fernando Jorge

15/12/2020

Rampa das Necessidades, 14-28 - Pedido de intervenção ao MAI e à CML

Exmo. Senhor Ministro da Administração Interna
Dr. Eduardo Cabrita
Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina


C.C. GPM, AML e media

Constatado o abandono e a degradação do estado de conservação de 90% do conjunto edificado da Rampa das Necessidades, nº 14 a 28, em Lisboa, edifícios que são propriedade do Ministério da Administração Interna (GNR);

Considerando que se trata de um valioso e intacto conjunto de edifícios pré-pombalinos do século XVIII;

E considerando o imenso potencial destes edifícios uma vez reabilitados, em termos de mercado de arrendamento (seriam facilmente adaptadas a tipologias T1 e T2 para jovens arrendatários, por exemplo) ou enquanto residências para estudantes universitárias (o Instituto Superior de Agronomia, por exemplo, encontra-se do lado oposto do vale de Alcântara);

Solicitamos a V. Exas. que envidem todos os esforços para que, por via de protocolo entre o Ministério da Administração Interna e a Câmara Municipal de Lisboa, seja possível a salvaguarda, recuperação (sem ampliação) e colocação destes edifícios da Rampa das Necessidades no mercado de arrendamento, preferencialmente no âmbito do Programa Renda Acessível, ou como residências para estudantes.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Miguel Atanásio Carvalho, Fátima Castanheira, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Ana Alves de Sousa, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Pedro de Souza, Rui Pedro Martins, Helena Espvall, Jorge Pinto, João Pinto Soares, Pedro Henrique Aparício, Guilherme Pereira, Nuno Vasco Franco

Foto: Fernando Jorge

20/09/2019

Quiosque abandonado Largo da Graça pedido de resgate à ATL


Exmo. Senhor Director Executivo
Dr. Vítor Costa


C.C. JF, PCML, AML e media

Serve o presente para sugerir à Associação de Turismo de Lisboa que desenvolva os melhores esforços no sentido de resgatar para a cidade o quiosque do Largo da Graça, que se encontra de novo abandonado e sem destino anunciado, apesar de sob a alçada da Junta de Freguesia de São Vicente.

Com efeito, este quiosque foi anunciado em 2013 como sendo o futuro “posto turístico da Graça” (ver foto1), mas, surpreendentemente e em contradição com o fim de utilidade pública então anunciado, acabaria por ser concessionado a uma firma de cervejas (foto2), que agora o desocupou.

Custa-nos assistir a mais este abandono de um quiosque histórico, pelo que apelamos aos V/bons serviços no sentido de o colocar ao serviço do Turismo de Lisboa, servindo efectivamente de posto de turismo naquela zona da cidade que, cada vez mais, é destino privilegiado de quem nos visita e quer saber o que de bom a Graça tem para mostrar.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Pedro Henrique Aparício, António Araújo, Virgílio Marques, Fátima Castanheira, Helena Espvall, Ana Alves de Sousa, Beatriz Empis, Irina Gomes, Carlos Moura-Carvalho, Alexandra Maia Mendonça, Luís Mascarenhas Gaivão, Rui Pedro Martins, Pedro Jordão, Jorge Pinto, Maria Maia, Pedro Machado e Bruno Palma

16/07/2019

Torre do Galo e Largo respectivo/pedido de esclarecimentos à DGPC


Exma. Senhora
Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva


C.C. Ministra da Cultura, PCML, AML, JF Ajuda e media

Considerando a necessidade urgente em se requalificar paisagisticamente o largo da Torre Sineira da Real Capela da Ajuda, vulgo “Torre do Galo”, transformado que está, há tempo demasiado e de forma completamente inglória, em parque de estacionamento automóvel, como se se tratasse de uma zona afecta a alguma grande superfície comercial;

Considerando as notícias que dão conta de uma operação de limpeza da “Torre do Galo” por parte da Junta de Freguesia da Ajuda, em cuja página online, aliás, se refere ser este o “primeiro passa que visa reactivar este monumento emblemático da Ajuda”, “equipamento da responsabilidade do Ministério das Finanças”;

E considerando que as chaves da porta de acesso à “Torre do Galo” sempre estiveram à guarda da Direcção-Geral do Património Cultural;

Serve o presente para solicitarmos a V. Exa., que nos esclareça sobre:

* Qual a tutela exacta da Torre Sineira da Real Capela da Ajuda?

* Quais os termos desta eventual cedência da “Torre do Galo” à Junta de Freguesia, quais os planos exactos previstos para a "reativação" da Torre, se a mesma prevê a recuperação do mecanismo do seu relógio histórico e dos sinos, e se a Direcção-Geral do Património Cultural irá acompanhar/fiscalizar a implementação da mesma?e se a anunciada “reactivação” da mesma prevê a recuperação do mecanismo do seu relógio histórico e dos sinos?

* Quais os eventuais planos da Direcção-Geral do Património Cultural para uma requalificação paisagística do Largo da Torre, por via do ordenamento da circulação automóvel, plantação de árvores, acessos dignos ao Palácio Nacional da Ajuda e, obrigatoriamente, da criação de uma área desafogada em redor da Torre (contextualizando-a, por exemplo, refazendo no pavimento de uma área devidamente ajardinada a planta da antiga igreja - Patriarcal da Ajuda - conforme os desenhos resultantes da escavação arqueológica ali efectuada em 1994-95, sob orientação da arqueóloga Maria Ramalho), que permita a interligação coerente e harmoniosa com o Largo da Ajuda.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Bruno Palma, Luís Mascarenhas Gaivão, Júlio Amorim, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Ana Alves de Sousa, Helena Espvall, João Oliveira Leonardo, Rui Pedro Martins, Maria do Rosário Reiche, Pedro de Souza, Pedro Jordão, Fátima Castanheira, António Araújo, Rui Pedro Barbosa, Jozhe Fonseca, Jorge Pinto, Pedro Henrique Aparício

18/01/2019

Promessas há muitas, mas a Casa da Pesca continua ao abandono


Depois de tentativas de assinaturas de protocolos falhadas em 2007 e 2016, este poderá ser o ano em que a Casa da Pesca ganha uma nova vida. Ministério da Agricultura e câmara de Oeiras garantem que elaboração do documento que efectiva a cedência do espaço se encontra "em fase final de execução". Município quer reabilitar o espaço.

Sebastião Almeida (Texto) e Daniel Rocha (fotos), in Público 18.1.2018

«Na parte norte da Quinta do Marquês de Pombal, em Oeiras, a vegetação cobre o tanque frontal da Casa da Pesca. O conjunto arquitectónico pombalino, datado do século XVIII, integra os vastos terrenos da quinta mas continua ao abandono, apesar de a classificação de monumento nacional obtida em 1940. O Ministério da Agricultura, proprietário do espaço, diz que há um protocolo de cooperação com a câmara de Oeiras, que está “em fase final de elaboração”. Contudo, a autarquia reitera que cabe ao ministério “ultimar os detalhes do referido protocolo” para que as obras de reabilitação avancem.

O receio do grupo de cidadãos que, em 2018, lançou a petição Salvar a Casa da Pesca é que tudo fique na mesma, apesar das garantias dadas pelo Ministério: já em 2016 tinham sido iniciados trabalhos para a criação de um protocolo que definiria “os termos de cooperação e co-gestão” do património, protocolo esse que previa “a reabilitação do conjunto monumental” e para cuja data de definição dos termos ficara "estabelecido o mês de Junho”, lê-se numa troca de correspondência entre o Fórum Cidadania Lx e o gabinete do Ministério da Agricultura, datada de 14 de Junho de 2016.

O Ministério da Agricultura, contudo, nega que “teria sido estabelecido o mês de Junho de 2016 como data limite para a definição de um protocolo para a recuperação da Casa da Pesca”. Para o ministério, essas informações “não correspondem à verdade”. No entanto, o documento a que o PÚBLICO teve acesso, diz o contrário.

Quando questionado sobre quais os motivos para que em 2016 o protocolo não tenha avançado, o Ministério da Agricultura não responde e sublinha apenas que “o protocolo com vista à recuperação do espaço está em fase final de elaboração”.

Mas a história do abandono já vai longa. Em 2012, o PÚBLICO escrevia que o projecto de reabilitação da Casa da Pesca, da Cascata do Taveira e do tanque frontal seria levado a cabo através de um protocolo entre o Ministério da Agricultura e a câmara de Oeiras, que transformaria os terrenos num parque temático agro-pastoril.

O projecto acabou por não sair do papel devido a divergências entre o executivo da câmara de Oeiras e o Ministério da Agricultura, argumentou à época o presidente da câmara, Isaltino Morais. Os termos do acordo passavam pela cedência da quinta ao município, que, em contrapartida, pagaria 15 milhões de euros para a construção de um laboratório de Medicina Veterinária. Na recuperação da quinta teriam ainda de gastar outros 25 milhões de euros.

A câmara de Oeiras chegou a acordo para pagar metade do valor exigido, pedindo em troca a cedência do espaço por 90 anos, mas o ministério não aceitou. No final de contas, a Casa da Pesca continuou ao abandono, até hoje.

A Casa da Pesca, uma propriedade de recreio para o repouso das elites, que dava também apoio às actividades de pesca que ali se desenrolavam no tanque fronteiro, pertenceu a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, antes de ser adquirida, já no século XX, pelo jornalista e empresário Artur Brandão. O senhorio vendeu posteriormente a quinta, repartindo-a por vários proprietários.

Para o grupo de cidadãos que lança agora a petição, o interesse histórico e artístico do local deveria sobrepor-se a qualquer entrave burocrático. Os autores do documento chamam à atenção para os estuques que retratam cenas marítimas, no interior da Casa da Pesca, “e cuja autoria tem vindo a ser associada a Giovanni Grossi, famoso estucador da época”. Os azulejos presentes na escadaria do jardim e espaços circundantes apresentam-se com fissuras, devido à falta de manutenção.

A última intervenção conhecida remonta a 1961, ano em que terão sido efectuadas obras ao telhado da casa e uma limpeza aos terrenos circundantes, a cargo da então designada Direcção Geral de Monumentos Nacionais.

Numa nota publicada na página da missiva, reitera-se o “processo acelerado de ruína” a que todo o conjunto está sujeito. Perante o “cenário dramático”, lê-se no documento, “é inaceitável que o Ministério da Agricultura continue a protelar as indispensáveis obras e que a Direcção-Geral do Património Cultural continue sem impor o cumprimento das obrigações inerentes à salvaguarda de um bem classificado".

A autarquia, questionada sobre o estado das negociações com o Ministério da Agricultura, expressou a “boa-fé” que tem demonstrado no desenrolar do processo e que “está disponível para receber o importante património arquitectónico, recuperá-lo, mantê-lo e colocá-lo disponível ao público”.

Além da Casa da Pesca, também o Paço Real de Caxias, pertencente ao Ministério da Defesa, e a Quinta da Cartuxa, propriedade do Ministério das finanças, estão ao abandono. A autarquia de Oeiras diz ter “projectos de reabilitação em estudo” para todos os edifícios, desde que o Governo decida “transferir as competências para o município”, sublinha.

No caso específico da casa pombalina, a câmara de Oeiras assegura que têm sido realizadas negociações para a cedência do complexo, “a pedido da autarquia”, sublinha.

O Ministério da Agricultura, em resposta às questões endereçadas pelo PÚBLICO, esclarece que, o grupo de trabalho constituído em 2018 para dar resposta à situação de abandono e de reabilitação do espaço elaborou um protocolo de cooperação com a câmara de Oeiras, que se encontra em “fase final de execução”.

Esse protocolo define “os termos em que, em parceria com a autarquia de Oeiras, se processará o modelo de gestão do património histórico de forma a promover a reabilitação de um importante complexo edificado”.

Em respostas enviadas por email, fonte do Ministério da Agricultura detalha que o novo protocolo irá abranger todo o complexo, “designadamente a Abegoaria (ou Casal da Manteiga), a Casa dos Bichos da Seda, a Casa do Fresco, a Pombal, a Mina, a Cascata do Taveira, a Cascata da Fonte do Ouro, o lago e jardins adjacentes, o aqueduto e a rede pedonal de caminhos pombalinos envolventes”. Resta, contudo, esperar que seja devolvida à Casa da Pesca uma nova vida.

O PÚBLICO questionou a Direcção Geral do Património Cultural sobre quais as diligências que têm sido empreendidas no sentido de avançar com as obras de reabilitação, mas não obteve resposta até à data da publicação do artigo.»

26/12/2018

Palácios de Lisboa - Pedido de actuação da CML e da DGPC


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina,
Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva


É com espanto crescente que, mais uma vez, nos dirigimos à CML e à DGPC para tentarmos saber qual o destino de vários palácios icónicos da cidade:

- Palácio do Patriarcado
- Palácio Silva Amado
- Palácio das Açafatas
- Palácio Almada-Carvalhais
- Palácio Pombal
- Palácio da Quinta das Águias
- Palácio Ribeira-Grande
- Palácio do Machadinho
- Palácio da Rosa
- Palácio Marim-Olhão

No sua maior parte imóveis sob alguma figura de protecção e alguns ao abandono há longas décadas, e sobre eles já se ouviu de tudo, promessas mil: hotéis, condomínios, permutas.
A triste realidade é que muitos deles se encontram completamente vandalizados, com janelas partidas, portas escancaradas, grafitados de alto a baixo, com azulejos roubados.
Um rol que nos deveria cobrir de vergonha, a todos.
Aos que, sob a capa do anonimato de "fundos", deixam em ruínas o que a cidade tem de melhor, sem que por isso cheguem a pagar o respectivo preço; aos que aceitam, permitem e até incentivam a que esta situação se perpetue, cujo resultado é sabido: a derrocada final destas magníficas casas, e com ela ser mais fácil a aprovação de projectos intrusivos, demolidores do resto, mesmo.

Assim, exortamos a que V. Exas. nos informem sobre os projectos existentes de facto para cada um deles, quais as medidas de protecção e salvaguarda do património existente previstas que impeçam o galopar da sua degradação, quais os actuais proprietários e que sanções sofrerão, ou, certamente, já sofrem, pelo incumprimento da Lei.

Com os melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Ana Celeste Glória, Beatriz Empis, Inês Beleza Barreiros, Rui Martins, Virgílio Marques, Jorge Pinto, Nuno Caiado, Helena Espvall, Maria do Rosário Reiche, Nuno Vasco Franco, António Araújo, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira

Foto: Quinta das Águias

13.11.2018

...

Resposta da CML:

13/12/2018

E a antiga Escola Froebel (Jardim da Estrela), pá?


Afinal, quem é que manda no destino da antiga Escola Froebel/Creche do Jardim da Estrela/Lactário-Creche n.º 3, que para ali está no meio do Jardim da Estrela desde 1882, concebido por José Luís Monteiro (e posteriormente "quitado"), e que permanece num estado lastimável? CML? JF? SCML? O rilhas?

Façam qualquer coisa de útil daquilo, caramba! Pérolas a porcos!

(fotos de 2001, 1ª, 2002, 2ª, 1999, 3ª)

29/11/2018

Enquanto isso, na Ajuda:


Enquanto isso - os milhões no "radiador da Ajuda" - um dos torreões do Palácio Nacional da Ajuda (do palácio que conta), continua assim, até ao dia em que por lá entre D. Maria Pia, quem sabe :-)

20/09/2018

Antigo Convento do Sagrado Coração de Jesus (Basílica da Estrela) - Pedido de informação à DGTF


Exma. Senhora Directora-Geral do Tesouro e Finanças
Dra. Maria João Araújo


Considerando o estado de abandono generalizado do antigo Convento do Sagrado Coração de Jesus, complexo da Basílica da Estrela e antiga sede do Instituto Geográfico e Cadastral, conforme é documentado nas fotos que anexamos (autor: Carlos Barahona Possollo);

Serve o presente para solicitarmos a V. Exa. que nos informe quanto à entidade proprietária do imóvel, por forma a reclamarmos quanto ao mesmo.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Pedro Cassiano Neves, Ana Celeste Glória, Virgílio Marques, Helena Espvall, Eurico de Barros, Maria do Rosário Reiche, Alexandra de Carvalho Antunes, Pedro Henrique Aparício, Nuno Caiado, Miguel Jorge, Luís Mascarenhas Gaivão, Beatriz Empis, Paulo Lopes, Fernando Jorge, Fátima Castanheira