Logo a seguir numa rua abaixo, a mesma desolação. Espaços devolutos deixados por demolições constantes do património da cidade que, alheia, assiste à sua própria e triste destruição.
E que tal a CML elaborar uma carta do património Entre-Séculos, proceder a uma verdadeira reabilitação e deixar de ser conivente com semanas da dita e entregas de "óscares" de reabilitações que na sua maioria são projectos que destruíram interiores, deitaram ao charco as pré-existências, invadiram e invadem zonas históricas consolidadas num esquema perverso de venda da banha-da-cobra que só agrada aos que olham e tratam a cidade com a visão egoísta e pouco esclarecida do curto-prazo?
Lisboa é hoje, em larga medida, uma cidade onde reina a miopia patrimonial e onde se engana o indígena. O que hoje acontece em Lisboa, não é fruto de uma reabilitação urbana, mas é a resposta a interesses vários cujo fruto é a promoção de um fachadismo retrógrado e imparável. |
5 comentários:
Queriam que o Salgado fizesse o quê? Que não aprovasse os projectos e os edifícios ficassem em ruína até caírem?
O Presidente Abecassis fez pior ?
Votem na nova coligação.
M.S.P.S.Lisboa mais à frente.
Foi assim em Oeiras e noutros Concelhos.
O que está em curso é uma operação de destruição de Lisboa por um conluio de intereses sinistros que controlam o mecanismo crucial do "licenciamento camarário" perante a indiferença e apatia geral de gente inculta: sigam as filiações e afinidades meta-políticas das principais personagens envolvidas e não será nada difícil perceber a natureza dos ditos interesses.
Esta infâmia deveria ser apelidada como a "violação de Lisboa", embora na extensão da destruição, na gravidade das perdas provocadas e na impunidade com que prossegue exceda claramente os danos irreparáveis que a Máfia causou a Palermo na década de 60.
Ao anónimo das 9.47,
O que está em curso, diz e bem, é a destruição da identidade de Lisboa. E isso é irreparável, sim.
Aquilo que se está a passar nesta zona é uma aberração
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