18/05/2016

Há normas, não há é quem as ponha em prática

Caldeira cimentada de uma tipuana na rua Rosa Araújo

Esta jovem tipuana (?) morrerá. Tudo lhe foi metido em cima.

Em vez de protegidos, os troncos servem para encostar todo o tipo de materiais de construção.

Caldeira destruída.

Nesta obra que rebentou com dois magníficos prédios na Rosa Araújo, o promotor e o executante, acharam que as normas que regem a instalação do estaleiro na via pública são coisas para ficar no papel. A protecção dada às árvores em zona de obras, noutras paragens é diametralmente oposta à do nacional pato-bravo desenrascado e muito seguro, primeiro colocam-se tutores e protecções no arvoredo, a seguir  constrói-se o estaleiro.

Estas árvores são quatro grandes tipuanas que, porventura, não irão sobreviver aos maus-tratos,  à escorrência das águas inquinadas, à betumização das caldeiras, aos golpes nos troncos, às podas feitas "só para dar um jeito e a máquina poder operar melhor".

Há normas claras que impedem este tipo de atitudes, não há é quem se preocupe em praticá-las ou quem fiscalize para que se cumpram.

As árvores em Lisboa não têm tido uma vida fácil.

4 comentários:

Julio Amorim disse...

Uma cambada de brutinhos à solta. Ainda há pouco li num caderno de encargos aqui em Göteborg que danificar árvore na zona de trabalho dava coima de 50 000 euros (por árvore). Adivinhem se o empreiteiro teve cuidado com essas....

Anónimo disse...

"Esta jovem tipuana (?) morrerá. Tudo lhe foi metido em cima."

E se não morrer, pedem desculpa?

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

ao 9.29 da manha


quer deixar escrito qual é o profundo interesse do seu comentário?

Anónimo disse...

Aqui vai por escrito: assinam sentenças de morte não só a árvores mas ao futuro em geral. Se a desgraça que preconizam não acontecer, têm a coragem de vir aqui assumir o erro, ou está escrito na pedra?