In Público (17/3/2010)
Por Ana Henriques
«Quantas árvores representarão 120 mil recibos de vencimento e respectivos envelopes? Muitas, certamente. É para as poupar, mais à energia envolvida na produção desta papelada toda, que o vereador da Câmara de Lisboa António Carlos Monteiro, do CDS-PP, vai propor à autarquia que passe a enviar os recibos de ordenado dos funcionários por correio electrónico, fazendo o mesmo em relação à declaração de rendimentos anual para efeitos de IRS.
Afinal, o município tem mais de dez mil trabalhadores, o que, anualmente, representará as tais 120 mil folhinhas devidamente acomodadas dentro dos sobrescritos. António Carlos Monteiro faz notar que os ganhos com esta medida não são apenas ambientais: a eficiência dos serviços aumenta também, por via da redução burocrática. Pelo menos se o sistema de correio electrónico da autarquia funcionar em condições, o que nem sempre acontece.
"Estranhamente o programa Simplis da Câmara de Lisboa não contém esta medida de carácter tão simples de aplicar", observa o vereador do CDS-PP, que entende que a vereadora da Modernização Administrativa deverá promover o alargamento da atribuição de e-mail a todos os funcionários do município, de forma a reduzir progressivamente o número de recibos de vencimento e respectivos envelopes até ao final deste ano.»
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18/10/2009
Primeiro portal de queixas da Câmara de Lisboa com deficiências de funcionamento
In Público (18/10/2009)
Por Ana Henriques
«Às dificuldades de navegação sentidas por parte dos utilizadores junta-se a necessidade de instalação de software. Sistema inspirou-se em projecto inglês de sucesso
Lançado há semana e meia, o primeiro portal da Câmara de Lisboa destinado a receber queixas sobre problemas recorrentes da cidade, como buracos nas ruas ou falta de iluminação, tem deficiências de funcionamento que dificultam a sua utilização.
Inspirado num projecto inglês de sucesso, o Fix My Street (ver caixa), o sistema lisboeta sofre de problemas que poderão, pelo menos em parte, ter origem na sua incompatibilidade com algunsbrowsers, como o Internet Explorer 6 - uma questão com que os serviços camarários se depararam logo de início e que julgavam já ter resolvido.
O peso da aplicação e a demora na ligação às bases de dados fazem com que, nalguns casos, navegar em Na Minha Rua (http://naminharua.cm-lisboa.pt/) se torne de uma lentidão exasperante. Existem também casos de utilizadores que, depois de acederem ao sistema - que tem como base um mapa da cidade -, não conseguem escrever nos campos reservados à queixa e à identificação do queixoso. E há ainda quem tenha registado a sua reclamação sem qualquer espécie de problema.
Em qualquer dos casos, usar o Na Minha Rua obriga a ter ou a instalar um programa informático, o Microsoft Silverlight 3, o que resulta em mais uma barreira a ultrapassar. A versão portuguesa do Fix My Street acaba por revelar-se bem mais complicada que o sistema original inglês, neste momento já acessível também a partir dos telemóveis.
Pins de várias cores
O director municipal responsável pelo ambiente urbano da cidade, Ângelo Mesquita, diz que ignorava que o sistema continuava com problemas, uma vez que não recebeu quaisquer reclamações nesse sentido. E apresenta como prova do seu bom funcionamento as 161 queixas registadas nos primeiros dez dias. "Vamos estar atentos e procurar melhorar" as deficiências, promete de qualquer forma.
De acordo com os dados recolhidos pelos serviços camarários, no topo das ocorrências reportadas no Na Minha Rua surgem,ex aequo, os pedidos de reparação de passeios e lancis e de faixas de rodagem. Imediatamente a seguir aparecem as questões relacionadas com a limpeza da via pública. A iluminação pública, os contentores e o mobiliário urbano - como os bancos de jardim, por exemplo - são outros motivos de queixa. Cada vez que alguém consegue registar uma ocorrência há um alfinete colorido que passa a assinalar no mapa o local onde se regista o problema. Opin é vermelho, amarelo ou verde consoante o problema está "em análise", "em resolução" ou foi já "resolvido".
"Um dos problemas que tínhamos até aqui era saber o que se estava a passar na cidade em tempo real. Com este sistema já é possível", observa o director municipal. O Na Minha Rua entrou em funcionamento a 7 de Outubro e insere-se no Simplis, o programa de simplificação administrativa em curso na Câmara de Lisboa.»
Por Ana Henriques
«Às dificuldades de navegação sentidas por parte dos utilizadores junta-se a necessidade de instalação de software. Sistema inspirou-se em projecto inglês de sucesso
Lançado há semana e meia, o primeiro portal da Câmara de Lisboa destinado a receber queixas sobre problemas recorrentes da cidade, como buracos nas ruas ou falta de iluminação, tem deficiências de funcionamento que dificultam a sua utilização.
Inspirado num projecto inglês de sucesso, o Fix My Street (ver caixa), o sistema lisboeta sofre de problemas que poderão, pelo menos em parte, ter origem na sua incompatibilidade com algunsbrowsers, como o Internet Explorer 6 - uma questão com que os serviços camarários se depararam logo de início e que julgavam já ter resolvido.
O peso da aplicação e a demora na ligação às bases de dados fazem com que, nalguns casos, navegar em Na Minha Rua (http://naminharua.cm-lisboa.pt/) se torne de uma lentidão exasperante. Existem também casos de utilizadores que, depois de acederem ao sistema - que tem como base um mapa da cidade -, não conseguem escrever nos campos reservados à queixa e à identificação do queixoso. E há ainda quem tenha registado a sua reclamação sem qualquer espécie de problema.
Em qualquer dos casos, usar o Na Minha Rua obriga a ter ou a instalar um programa informático, o Microsoft Silverlight 3, o que resulta em mais uma barreira a ultrapassar. A versão portuguesa do Fix My Street acaba por revelar-se bem mais complicada que o sistema original inglês, neste momento já acessível também a partir dos telemóveis.
Pins de várias cores
O director municipal responsável pelo ambiente urbano da cidade, Ângelo Mesquita, diz que ignorava que o sistema continuava com problemas, uma vez que não recebeu quaisquer reclamações nesse sentido. E apresenta como prova do seu bom funcionamento as 161 queixas registadas nos primeiros dez dias. "Vamos estar atentos e procurar melhorar" as deficiências, promete de qualquer forma.
De acordo com os dados recolhidos pelos serviços camarários, no topo das ocorrências reportadas no Na Minha Rua surgem,ex aequo, os pedidos de reparação de passeios e lancis e de faixas de rodagem. Imediatamente a seguir aparecem as questões relacionadas com a limpeza da via pública. A iluminação pública, os contentores e o mobiliário urbano - como os bancos de jardim, por exemplo - são outros motivos de queixa. Cada vez que alguém consegue registar uma ocorrência há um alfinete colorido que passa a assinalar no mapa o local onde se regista o problema. Opin é vermelho, amarelo ou verde consoante o problema está "em análise", "em resolução" ou foi já "resolvido".
"Um dos problemas que tínhamos até aqui era saber o que se estava a passar na cidade em tempo real. Com este sistema já é possível", observa o director municipal. O Na Minha Rua entrou em funcionamento a 7 de Outubro e insere-se no Simplis, o programa de simplificação administrativa em curso na Câmara de Lisboa.»
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