In Público (17/3/2010)
Por Ana Henriques
«Quantas árvores representarão 120 mil recibos de vencimento e respectivos envelopes? Muitas, certamente. É para as poupar, mais à energia envolvida na produção desta papelada toda, que o vereador da Câmara de Lisboa António Carlos Monteiro, do CDS-PP, vai propor à autarquia que passe a enviar os recibos de ordenado dos funcionários por correio electrónico, fazendo o mesmo em relação à declaração de rendimentos anual para efeitos de IRS.
Afinal, o município tem mais de dez mil trabalhadores, o que, anualmente, representará as tais 120 mil folhinhas devidamente acomodadas dentro dos sobrescritos. António Carlos Monteiro faz notar que os ganhos com esta medida não são apenas ambientais: a eficiência dos serviços aumenta também, por via da redução burocrática. Pelo menos se o sistema de correio electrónico da autarquia funcionar em condições, o que nem sempre acontece.
"Estranhamente o programa Simplis da Câmara de Lisboa não contém esta medida de carácter tão simples de aplicar", observa o vereador do CDS-PP, que entende que a vereadora da Modernização Administrativa deverá promover o alargamento da atribuição de e-mail a todos os funcionários do município, de forma a reduzir progressivamente o número de recibos de vencimento e respectivos envelopes até ao final deste ano.»
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3 comentários:
Haja uma alma caridosa que diga a este senhor que os 10 mil trabalhadores da Câmara não são todos assessores dos vereadores, nem técnicos, nem administrativos. Estes podem receber toda a informação por mail.
Mas há cantoneiros de limpeza, motoristas, mecânicos, carpinteiros, electricistas, auxiliares de educação, coveiros, limpa-colectores, bombeiros, polícias, etc...etc...Seguramente mais de 6.000 pessoas que não só não têm endereço de e-mail, como não têm acesso a computadores.
Quantos contribuintes são precisos para alimentar os 10.000 funcionários da CML?
Tendo em conta que a câmara tem defice e cada vez são menos contribuintes...
Todas as câmaras fazem os possiveis para ganhar novos habitantes; Lisboa continua alegremente a perdê-los. A CML na gestão António Bosta já fez alguma coisa para inverter a tendência? Pois tambem me parece que não!
O Santana ainda lançou o condominio de Entrecampos que parece uma prisão, para jovens ricos, e os condominios da Zona J de Chelas, Casalinho da Ajuda, Ameixoeira e Galinheiras para jovens com um poder de compra normal em Portugal, isto é: conseguirem ver aprovado pelo banco um emprestimo a amortizar em 75 anos.
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