30/01/2008

«O poder local pode ser um monstro»

Quem o diz, e com razão, é o Arqº Ribeiro Teles em sábia entrevista à edição de Dezembro da «Oeiras em Revista».

Fala dos jardins da celeste que grassam por Lisboa, a começar pelo da Avenida da Liberdade, ou seja, «os canteirinhos com o relvado de escalracho, a palmeira e tal (...) nos anúncios que propagandeiam os grandes empreendimentos imobiliários, tudo quanto desenham nos espaços livres é de gargalhada. São os jardins da celeste com uma piscina e uma menina com a mão na cabeça.»

E das câmaras municipais «a retirarem áreas da reserva agrícola e da reserva ecológica (...) porque querem um efémero crescimento de um edifício que dê nas vistas, um equipamento absolutamente desligado de todo o contexto social. Quer coisa mais pavorasosa do que aquilo que se está a passar?»

3 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

mai nada!

Tiago R. disse...

Só acontece porque nós, cidadãos, o permitimos!

Enquanto não percebermos que é nossa responsabilidade fiscalizar, controlar e exigir melhor dos nossos governantes, não há democracia que nos aproveite!

Registe-se apenas se esta acusação é justíssima em relação aos 6 últimos anos da CML, não é assim tão correcta em relação a outras autarquias da Área Metropolitana, que têm práticas de planeamento sustentadas e inovadoras.

Anónimo disse...

Basta ver o desenvolvimento da AML exceptuando Lisboa...é abissal a diferença.

Depois admiram-se que habitantes e empresas saiam da capital.