29/06/2009

Silo automóvel das Portas do Sol deu à EMEL 150 mil euros de prejuízo no ano de 2007

In Público (29/6/2009)

«Empresa diz que está a tomar medidas para ter mais clientes no parque e para acabar com a degradação do terraço onde estava previsto um restaurante

O silo automóvel das Portas do Sol, em Alfama, é o mais moderno do país e também o que teve até hoje o pior resultado financeiro para a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL). Só em 2007 o prejuízo rondou os 150.000 euros.

Segundo dados da empresa, citados pela agência Lusa, cada lugar de estacionamento neste silo rendeu em 2007 menos de 50 euros por mês, custando a manutenção do parque cerca de 20.000 euros por mês.
Apostada em reduzir o valor dos custos de manutenção, a EMEL está a renegociar o contrato com a empresa responsável pelo serviço. Contudo, de acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, já antes havia sido proposto que a EMEL passasse a recorrer a mão-de-obra própria para assegurar a manutenção do espaço. O silo custou cinco milhões de euros e abriu em 2005 com um sistema de estacionamento automático que apenas exige ao condutor que coloque o carro num elevador e o deixe fechado. Um moderno sistema automático instalado nos três pisos do silo encarrega-se de estacionar o veículo e de o ir buscar quando chega o proprietário.
Apesar de ser igualmente um espaço de estacionamento mais seguro do que os clássicos parques de rua, porque não permite a entrada de pessoas, o silo não tem merecido a confiança dos lisboetas.
"Percebemos que as pessoas não tinham muita confiança em deixar aqui o carro, porque o perdiam de vista. Não sabiam o que lhe acontecia", disse à Lusa Diogo Homem, da direcção comercial da EMEL.
Para minorar esse sentimento de desconfiança foi instalado um painel junto aos dois elevadores onde se pode ver todo o percurso do veículo até chegar ao seu lugar. A redução das assinaturas mensais para cerca de metade (até ao final do ano) foi outra das medidas lançadas este mês pela empresa, passando os passes mensais do público (horário diurno) para 99 euros (custavam mais de 200), os dos comerciantes para 74 e dos residentes para 37 euros.
A instalação de painéis de divulgação do silo, assim como a distribuição pela zona de folhetos a explicar as vantagens de estacionar nas Portas do Sol foram outras das iniciativas da campanha lançada no início de Junho. Também o amplo terraço do silo poderá em breve ser dinamizado, uma vez que, segundo Diogo Homem, a empresa "está a fazer alguns contactos" para encontrar uma empresa que o queira explorar, eventualmente com um restaurante, tal como estava previsto desde a inauguração do silo.
A EMEL tem a seu cargo 50 mil lugares de estacionamento em Lisboa, 3000 dos quais em 16 parques espalhados pela cidade.
De acordo com documentos da anterior administração a que a Lusa teve acesso, há um ano havia 22 mil lugares de estacionamento em toda a cidade que não davam qualquer rendimento à empresa, por estarem desactivados e/ou por explorar. »

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A verdade é que este silo nunca serviu para nada a não ser para quem o projectou e construiu. Está sempre às moscas porque as pessoas estacionam cá fora sem pagar e onde querem. E como "intervenção urbanística" tem mais de MAU que de bom.


Texto editado

3 comentários:

Anónimo disse...

É o preço do progresso!Parolos!

Anónimo disse...

Em cima do passeio é mais barato:
http://lisboasos.blogspot.com/2008/10/largo-das-portas-do-sol-uma-histria-de.html

Anónimo disse...

nao é por não vermos o carro que nao estacionamos lá!! é pelo preço!!!
por meio dia paguei 25 euros!