25/02/2010

CDS-PP contesta cedência de terreno no Alto do Lumiar para Carris

O vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa, António Carlos Monteiro, contestou hoje a proposta de cedência de um terreno municipal no Alto do Lumiar para a Carris, alegando que o espaço encontra-se destinado a uma escola.

António Carlos Monteiro afirma que a proposta envolve a transferência "de parte do parque de autocarros" da Carris para um local que "nos termos do plano de urbanização do Alto do Lumiar" encontra-se "reservado para uma escola".

A Câmara de Lisboa discute na quarta feira, em reunião pública, a aprovação de um protocolo entre o executivo camarário e a Carris, que garante a cedência de um terreno de cerca de 3750 metros quadrados no Alto do Lumiar.

"A cedência da parcela", assinala a proposta da autarquia, "será efetuada a título precário e provisório até se acordar numa solução definitiva uma vez que no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (...) está previsto para a parcela" em questão "a construção dum equipamento escolar, embora sem data de execução prevista".

O vereador do CDS-PP referiu à agência Lusa que a referida cedência "contraria" uma das prioridades do presidente António Costa (PS) para o atual mandato autárquico, a aposta na construção de novas escolas.

"Não nos parece normal que um presidente de Câmara que apresenta como grande iniciativa do seu mandato a construção de escolas básicas, venha agora propor no Lumiar, onde é necessário criar infraestruturas, que se troque parte do terreno de uma escola para colocar um parque de autocarros", referiu o vereador à agência Lusa.

O democrata-cristão contesta também o facto de o protocolo não ir à Assembleia Municipal: "São direitos de superfície, e a competência para os alterar é da Assembleia Municipal", sustenta.

O eleito do CDS-PP na Câmara de Lisboa manifesta-se também contra a responsabilidade assumida pela autarquia na realização das obras de "adaptação necessárias", como descreve a proposta a levar a reunião de Câmara, a executar nos termos do contrato com a "SGAL - Sociedade Gestora da Alta de Lisboa" e que, realça António Carlos Monteiro, custarão "quase 600 mil euros".

"Isso dá cerca de 160 euros por metro quadrado de construção para fazer um estacionamento de autocarros, o que é um valor absolutamente exorbitante", defende.

In i online

Não era pior avançar já para uma solução definitiva mas já é melhor que nada

1 comentário:

Xico disse...

Essa pessoa que acha que 160€ por M2 para guardar autocarros é um valor exorbitante, gostaria de saber que alternativa propõe? Convem exclarecer que o parque tem que ficar na zona Norte ou Oriental de Lisboa, dando-se preferencia à zona Norte uma vez que na zona Oriental já existe Cabo Ruivo e na zona Norte ocidental existe a estação da Pontinha. Se ele arranjar um terreno com o tamanho pretendido em Camarate, tudo bem, mas não tem logica nenhuma uma estação de recolha ficar fora da área de concessão da empresa e numa zona mal servida de transportes para que os funcionarios da Carris lá consigam chegar de transportes publicos a "horas maradas", mas nem eu estou a ver um terreno livre desse tamanho e conheço bem a zona, só mesmo se a CM-Loures demolir o Bº da Torre. A melhor solução é continuar na Musgueira que está lá bem.
É mais facil mudar a escola de sitio que a estação de recolha de autocarros, ou então construam em altura o parque de autocarros nos m2 de solo que a Carris já possui na Musgueira. Secalhar esta sim é a melhor solução.