27/02/2010

Relvado da Torre de Belém continua sem data para reposição


In Público (27/2/2010)
Por Carlos Filipe

«Vereador José Sá Fernandes responde a críticas do CDS dizendo que será o mais depressa possível, mas defende que nesta matéria não há milagres

Foi ainda no final de Novembro de 2009 que o Governo português acolheu, numa grande tenda instalada no relvado dos jardins fronteiros à Torre de Belém, em Lisboa, os chefes de Estado e de governo para a realização do acto inaugural da cimeira ibero-americana. Três meses depois, aqueles mesmos terrenos continuam em muito mau estado após a retirada da estrutura de acolhimento, e continua a não haver data para a reposição do relvado, o que valeu reparos ao executivo camarário na última reunião municipal.

Os terrenos, que apresentam uma enorme pelada, já terão sofrido uma primeira intervenção dos funcionários dos serviços camarários, quer para a remoção do lixo, quer para o necessário arejamento da terra, mas segundo o vereador do Ambiente Urbano, José Sá Fernandes, nestas coisas não há milagres: "Os serviços estão a agir o mais rapidamente possível e temos tudo preparado para intervirmos logo que possível."

O autarca respondeu assim ao vereador do CDS, António Carlos Monteiro, que na reunião de quarta-feira do executivo fez reparos ao actual estado de manutenção daquele relvado: "Uma das principais salas de visitas de Lisboa está num estado indigno de uma capital europeia. Não é possível aquele lamaçal continuar assim."

O vereador centrista admite também que as actuais condições climatéricas têm sido muito adversas, mas não aceita que não haja uma forma de remediar a situação. "Apesar do estado climatérico, a sala de visitas por excelência da cidade não pode continuar assim. É indigno como se deixou degradar aquele espaço."

A crítica não comoveu o vereador responsável pelos Espaços Verdes, que não revelou uma data para a reposição do relvado: "Não é assim que se fazem as coisas, pois os terrenos têm que ser preparados, e há que ter boas condições para os trabalhos. Estamos atentos e a intervenção será o mais expedita possível. É que nestas coisas não há milagres."»

...

Que seja bem claro: a culpa daquilo estar assim é de quem organizou, realizou, compareceu e levou até nós aquela produção, cujo efeito prático, aliás, foi zero. Foi uma produção tipicamente lusa: a gente chega, faz o piquenique, deixa o lixo, ainda parte umas árvores e colhe umas flores. Depois, há-de haver alguém que limpa. Neste caso a CML está completamente isenta de culpas, e devia era pedir uma indemnização a quem deixou aquilo naquele lindo estado.

2 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

era uma boa enviar estas fotos para os gabinetes dos chefes de estado que cá estiveram, por mail, com cópia para a CML e para o nosso MNE.

Unknown disse...

não esquecer o Gabinete do PM, pois foram eles que iniciaram esta tra*pa toda....