09/05/2011

Mobilidade Ideia da Circular das Colinas de Lisboa vai ser recuperada

(Por Carlos Filipe in Publico)
Um novo túnel rodoviário em Lisboa sob a colina da Penha de França ligará a Avenida Mouzinho de Albuquerque à Rua de Angola, no topo do Bairro das Novas Nações, já nos Anjos. O túnel terá uma extensão aproximada de 1100 metros.

Por agora, a infra-estrutura é um anteprojecto que retoma a antiga ideia da Circular das Colinas, incluída no Plano de Urbanização do Vale de Santo António e já vertida para a proposta de revisão do Plano Director Municipal de Lisboa, que está em discussão. O custo estimado é de 15 milhões de euros e demonstra que deixou de ser tabu falar de novos túneis em Lisboa.

O vereador da mobilidade na Câmara de Lisboa, Fernando Nunes da Silva, confirma em declarações ao PÚBLICO que há vontade do executivo em realizar aquela obra, que considera “essencial”. “O túnel da Penha de França representa a maior obra física a realizar, pois tudo o resto já existe. Só na zona do Rato são necessárias alterações e em ruas adjacentes. Ao longo do percurso basta abolir algumas zonas de estacionamento e proceder a nova sinalização. Será preciso acabar com o estacionamento em segunda fila na Infante Santo, alterar sentidos de tráfego na Estrela, desviar algum trânsito do Rato para a D. João V [na direcção das Amoreiras] e reordenar a Rua de São Bento [só bus no sentido descendente].” O ano de conclusão seria 2014, uma mera estimativa.
A ideia de uma nova circular automóvel na capital remonta à década de 1960, e o próprio projecto do túnel – que será micro, com uma via de circulação em cada sentido e interdito a veículos pesados, tendo sido concebido como uma das peças fundamentais daquela circular – seria o primeiro anel rodoviário da cidade. A ideia foi apresentada pela câmara, em Julho de 2004, pelo então vereador do trânsito, António Carlos Monteiro, do CDS.

Era uma ideia ainda mais ambiciosa, pois pressupunha a construção, não de um, mas de dois túneis: o de Mouzinho de Albuquerque, que poderia terminar na Rua de Angola, ou, em alternativa, na Praça Olegário Mariano, sob o prédio que remata o impasse daquele largo, no fim da Pascoal de Melo; e o segundo no Jardim da Estrela, entre as avenidas Pedro Álvares Cabral e Infante Santo.

Esta última hipótese foi abandonada, por questões de protecção patrimonial – a saída na Infante Santo ficaria próxima da Basílica da Estrela.

9 comentários:

Anónimo disse...

E o dinheiro para fazer isso cai do céu ou nasce da terra?

Anónimo disse...

o dinheiro é explicado na noticia. leia com mais atenção

Carlos disse...

“essencial” porque razão? Nas cidades civilizadas as circulares vão-se afastando do centro, nós por aqui, fazemos circulares cada vez mais perto do centro. Seria interessante comparar, por exemplo, o insucesso do túnel do Marques e o sucesso da Av. infante dom Henrique . Qual delas resolveu o trafico? Qual delas é foi barata? Qual delas, enfim, é mais eficaz ?
Talvez quando estivermos à beira do colapso à custa da brincadeira de tentar resolver o irresolvível consigamos perceber a estupidez dessas medidas. E será que alguém vai ser culpabilizado por isso?

Paulo Ferrero disse...

Mas o técnico da TIS que se fez representar no recente seminário da CML sobre o PDM não disse claramente "nem mais um túnel em Lisboa"? Humm.

Xico205 disse...

E é esta câmara que deve dinheiro a meio mundo com o argumento que não tem maneira de pagar as dividas!!!

Eu se não pagasse as minhas contas, tambem tinha muuuuuuuuito dinheiro para megalomanias.

Realmente o Mundo está bom é para os vigaristas e caloteiros, quem é correcto nunca passa da cepa torta.

Anónimo disse...

Está tudo explicado: ao fazer o túnel esperam encontrar petróleo, pelo que as obras se pagarão a si próprias.

Simplex!

Anónimo disse...

Volta Santana , estas perdoado

Anónimo disse...

nao era o costa que dizia se quer um tunel vá de metro?
hummmmmmm

Anónimo disse...

O Túnel do Rego(desde o Gemini até ao Hospital Curry Cabral) é de uma inutilidade gritante!!!!