14/12/2012

Funcionários da EPUL acusam António Costa.



Funcionários da EPUL acusam António Costa
Empresa foi objecto de uma "tentativa de estrangulamento", através de "pagamentos a conta-gotas", diz o comunicado
in Público
Os trabalhadores da EPUL acusaram ontem o presidente da Câmara de Lisboa de ter decidido a extinção daquela empresa pública "de forma secreta" e sem discutir a decisão com os outros partidos com representação na assembleia municipal e com a administração da empresa.
Num comunicado citado pela Lusa, os trabalhadores da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa defendem que "António Costa avançou para o processo de extinção da EPUL ainda antes da própria votação em sessão de câmara e da indispensável votação na Assembleia Municipal de Lisboa, num processo democraticamente questionável". O autarca anunciou no final de Novembro a intenção de extinguir a empresa, assegurando a integração da sua actividade na autarquia, para "preservar património" e "direitos dos trabalhadores". A extinção foi entretanto aprovada em reunião de câmara no passado dia 5, com os votos favoráveis da maioria socialista, do PSD e do CDS-PP e com o voto contra do PCP.
Os trabalhadores acusam António Costa de ter tomado a decisão "de forma secreta, sem conhecimento antecipado das forças políticas representadas na assembleia municipal ou da administração da EPUL".
"Acompanhando essa iniciativa com a tentativa de estrangulamento financeiro da EPUL através do pagamento a conta-gotas de dívidas da CML à empresa, algumas com dez anos e apropriando-se do rico e extenso património da empresa, recentemente avaliado em cerca de 350 milhões o que, face a um break-even de cerca de seis milhões, garantiria a sua operação pelo menos por mais 50 anos", acrescentam.
Para os trabalhadores, trata-se de "um processo de liquidação insuficientemente fundamentado, de forma surpreendentemente rápida por comparação com a sistemática demora e recusa na aprovação de projectos da empresa para a cidade de Lisboa". A extinção tem agora de ser debatida e votada na assembleia, mas António Costa está confiante de que irá ser aprovada, uma vez que apenas o PCP votou contra a proposta.

Sem comentários: