Já agora, em minha opinião, das 4 linhas, a que mais facilmente seria exequível seria a da Segunda Circular, uma vez que é já uma via segregada da cidade. Com este mesmo argumento, poder-se-ia aproveitar outras vias rápidas existentes na cidade para a colocação deste tipo de linhas, como o Eixo Norte-Sul ou a Avenida Lusíada...
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21 comentários:
O Zé mudou de ideias e essas vias foram substituídas por ciclovias, que por mero acaso também não há.
O Zé fazia lá muita falta..
Não percebo a ideia da segunda circular. Ainda anteontem passei 30 minutos a fazer um percurso pequeno na segunda circular.
Como é que querem um eléctrico rápido ali?? Só se fecharem completamente a 2a circular aos carros.
Por mais que eu seja pela mobilidade em transportes públicos, não me parece que isso seja viável.
Ninguem está interessado em por electricos rápidos. É um investimento muito caro tanto a instalação da rede como a manutenção e o Estado quer por a Carris rapidamente a dar lucro para ser privatizada. O Estado já acha que na actualidade gasta de mais com o sector dos transportes logo não vai tomar medidas que aumentem a despesa.
E electricos rapidos no eixo-norte sul serviam para quê? Alguém tem como destino o Eixo-Norte Sul?
O eixo norte-sul é um itinerário principal de acordo com a legislação europeia não pode ter paragens de passageiros, além disso digam-me quem tem como destino o eixo Norte-Sul!!!
Por uma vez por todas os moderadores do blog parem de brincar/gozar com o sector dos transportes, isto se querem ter um blog com credibilidade!
Mais do que "eléctricos rápidos", criar vias reservadas a transportes públicos nos referidos eixos, ou, em último caso, criar novas vias e corredores completamente reservados a estes para atravessar a cidade, permitia ganhos significativos de tempo à rede actual de autocarros e criar novas carreiras expresso, aproveitando as vias rápidas já existentes.
Tudo isto com custos relativamente baixos.
Existe um excelente exemplo aqui mesmo em Lisboa, na Calçada de Carriche/Av. Padre Cruz... o autocarro consegue ser bem mais rápido que as restantes opções a chegar ao Campo Grande, e ainda podia ser mais, caso a faixa BUS fosse totalmente segregada, evitando a sua utilização por veículos privados..
Xico205: «O eixo norte-sul é um itinerário principal de acordo com a legislação europeia»
Esse é o problema. faz sentido uma cidade ser atravessada por uma via rápida? Lembro que o Eixo está implantado dentro da malha urbana...
Quanto ao "destino" Eixo N-S, só por uma questão de credibilidade, relembro-lhe a carreira 750 da Carris que faz parte da 2.ª circular...
Anónimo das 6:08:
Julgo que a ideia do Sá Fernandes quanto à Segunda Circular dependia da prévia conclusão da CRIL.
Bus Driver:
Será que uma solução de faixa BUS dedicada, por exemplo na Segunda Circular no trajecto do 750, seria uma boa ideia?
Respondendo ás questões: Nuno o eixo norte-sul é o IP7. A Segunda Circular é uma avenida, logo a Avenida Norton de Matos pode ter paragens de autocarro e alias tem prédios junto a ela que dependem dessas paragens.
Sim a Avenida General Norton de Matos poderia ter uma faixa bus para aumentar a velocidade comercial da carreira 750. O que duvido é que não estivesse constantemente ocupada por carros!
...mas a Segunda circular tem muitas entradas e saidas constantes e a faixa bus ia ser muitas vezes transposta e à boa maneira portuguesa espera-se na fila mesmo que se esteja a impedir a passagem na intersecção de faixas!
Ainda à uns tempos em conversa com um motorista da Carris ele referiu que com a renovação da frota de autocarros agora mais redondinhos e bonitos as pessoas perderam o algum respeito que ainda tinham por estes veiculos. Antigamente ouviam o barulho do autocarro e afastavam-se logo, agora mandam-se para a frente de qualquer maneira e ainda refilam. Deixam carros a obstruir a passagem e põe-se a dar palpites "oh chefe isso passa" quando não há espaço para o autocarro curvar nem espaço para a traseira varrer! No caso do 750 convem relembrar que é um autocarro articulado.
Nuno: Sim, e não.
Ou melhor, sim... mas, tinha de ser pensada uma forma de a separar completamente das restantes vias, o que com a infraestrutura presente é algo difícil.
Sou um grande fan dos eléctricos rápidos e julgo fazerem grande falta a Lisboa, mas não com o desenho projectado no artigo pois parece-me que aqueles percursos não servem a generalidade das necessidades de mobilidade das pessoas.
Eléctricos rápidos em vias-rápidas julgo também não fazerem sentido – cada macaco no seu galho.
No entanto porque não eléctricos rápidos Av. Roma - Almirante Reis - Rossio, ou Restauradores - Av. Liberdade - Av. Fontes Pereira de Melo - Av. Republica - Alameda Linha de Torres, ou Campo Pequeno – Praça de Espanha – Sete Rios (e porque não a partir daqui Estrada de Benfica ou Estrada da Luz), por norma estas avenidas são de grandes dimensões e a implementação de vias exclusivas a eléctricos rápidos não teria grandes impedimentos.
Por muito bonitos que sejam os últimos modelos de autocarros uma coisa é certa, continuam a poluir e a fazer barulho, já os eléctricos rápidos poupavam-nos a essa poluição do ar e sonoro, isto além de serem claramente mais cómodos que os autocarros.
Anónimo já há tanta perturbação no serviço de autocarros e estes têm uma maior flexibilidade de se desviarem dos obstáculos que imagina-se como é com os electricos. Aliaz não é preciso imaginar, basta ver o que se passa com a ainda existente rede de electricos. Carros estacionados em cima da linha, acidentes em cima da linha, depois não se entendem e chamam a PSP-Transito, estes demoram mais de duas horas a chegar e o resultado é todos os electricos em fila presos no mesmo obstáculo. Acontece tantas vezes em todas as linhas de electrico.
Depois, ao longo dos anos alcatroaram por cima das linhas de electrico e retiraram as catenárias. Montar tudo de novo saia caríssimo e ninguem parece querer investir nesse sector actualmente. Depois é preciso pensar que quando faltar a energia Lisboa ficaria sem transportes publicos! É muito caro e pouco prático. O custo de exploração da rede com autocarros é mais baixo e mesmo assim já são mais que muitas as despesas e os atrasos com ruas bloqueadas devido a transito, manifs, acidentes, carros mal estacionados, etc...
Antigamente os custos eram mais baixos, pois a maioria dos electricos eram construidos nas oficinas da Carris por carpinteiros e serralheiros que actualmente já não existem na empresa. As oficinas tinham muito mais pessoal, pois a mão de obra era muito mais barata do que hoje.
A Carris actualmente está a reduzir os custos a todo o gás porque o Estado está desejoso de a privatizar.
Estes tópicos estão muito semelhantes ao post da ampliação do metro.
O Zé, o tal que fazia falta, rabiscou isso em cima do joelho, e chamam-lhe projecto ?!
Defendia portagens à entrada de Lisboa, agora, tal como o partido que o apoiou, é a favor da 3ª Ponte,TGV, Nova Gare Oriente, Gare Alfama, Cais de Contentores, demolições generalizadas como as que foram aprovadas para Santos, Av da República ou Duque de Loulé.
Este "projecto" só serve para nos distrair do que realmente de muito grave se está a passar em Lisboa.
Xico não tenho números mas duvido que a manutenção de eléctricos rápidos fique mais cara do que uma frota de autocarros, diz que os eléctricos não seriam produzidos em Portugal “como os antigos”, mas eu não tenho noticias dos autocarros da carris serem por cá fabricados… E no dia em que faltar a electricidade o mundo pára, não seriam apenas os transportes dependentes de electricidade. No entanto o mais importante seria – do meu ponto de vista – a melhoria da qualidade do transporte, a diminuição da poluição sonora e do ar, penso ser esse o caminho que a cidade deve seguir pois hoje em dia Lisboa é demasiado dependente dos autocarros (rede de Metro e Comboio insuficientes), sendo assim porque não mais uma – boa – alternativa? Nem necessitava de estar directamente ligada à carris..
Quanto aos problemas que surgiriam devido a carros mal estacionados, entre outros, refiro-lhe por exemplo Belém – onde há eléctricos de maiores dimensões embora não muito rápidos – e não têm dificuldades de circulação, há até muito respeito dos automobilistas por estes “monstros” da estrada, note que eu estou a falar de eléctricos de grandes dimensões onde fosse possível transportar um grande numero de indivíduos e não aqueles eléctricos para inglês ver, que infelizmente também vão sendo poucos, matando-se assim a pouco e pouco a nossa identidade lisboeta, enfim, talvez no futuro sejamos conhecidos pela cidade dos tags e não dos eléctricos das colinas, ou então pela cidade dos autocarros que “comeram tudo e não deixaram nada”, nunca se sabe.
Anónimo da 1:51AM
Portugal tem muitas fabricas de autocarros: Camo, Irmaos Mota, Marcopolo, Caetanobus, Alfredo & Caetano, de momento não me lembro de mais nenhuma. A Utic faliu à uns anos. Em Portugal constroem-se autocarros para exportar para todo o Mundo. Já vi autocarros portugueses em Hong Kong, Inglaterra, Marrocos, Espanha, diversos paises de África, médio oriente,Grécia, Belgica, etc... Actualmente a Caetano Bus recebeu uma encomenda de 110 autocarros para o Dubai daí a encomenda de 60 autocarros para a Carris estar atrasada.
Os electricos rapidos da Carris não sei se ainda foram feitos na Sorefame na Amadora ou se já vieram da Adtrans da Alemanha. Todos os autocarros da Carris foram carroçados em Portugal à excepção dos Mercedes Citaro serie 4111-4149 e Mercedes Citaro G 4601-4620 fabricados pela própria Mercedes-Benz (foram mais caros que os outros).
A maioria dos electricos da Carris (classicos) foram construídos nas oficinas da Carris por funcionários da empresa. A exploração de autocarros fica mais barata porque há uma maior facilidade de arranjar peças. Como quase não há electricos em Portugal, as peças têm que vir da Siemens a um custo mais caro. Os autocarros têm uma mecanica mais simples e há uma maior facilidade de adaptar peças do que nos electricos.
Quando falei em faltar a electricidade não falei em ela acabar para sempre, apenas me referia a falhas de energia que de vez enquando acontecem. Alias desde que a carris resolveu encurtar o 46 ao Marquês de Pombal, quando a linha azul falha, não há ligação do troço Baixa-Marquês às zonas da Praça de Espanha, Sete Rios e Benfica que é o eixo que mais gente movimenta em Lisboa.
A exploração da rede por electricos tal como a do metro fica interrompida cada vez que um veiculo avaria, uma vez que os seguintes não o podem ultrapassar.
Em Belém há respeito pelos electricos quanto ao estacionamento, mas é muito comum haver acidentes no Calvário ou no cruzamento da Av. 24 de Julho em Alcantara e lá fica a linha impedida porque os automobilistas resolvem chamar a PSP e não tirar os carros do local do acidente até que as autoridades resolvam chegar.
Conclusão: a exploração da rede por autocarros é muito mais simples, apesar de eu tambem preferir electricos.
Não vou poder continuar a conversa porque me vou ausentar da net 4 dias.
Se quiser saber mais sobre transportes recomendo o forum www.transportes-xxi.net frequentado por muitos entusiastas e profissionais do sector. Estou lá registado com o nick Condutor.
Embora actualmente a minha unica ocupação profissional seja a de estudante universitario.
Cumprimentos e Boa Pascoa.
Desde que vi o grande embargador a defender o projecto da Liscont, sem concurso público, com um túnel naquela zona para os comboios e tudo o mais, que a única coisa que posso desejar é que lhe arranjem outro tacho, de preferência no estrangeiro.
É pedir assim tanto umas coisas destas por Lisboa?
http://www.youtube.com/watch?v=pKnkIFEt60M&NR=1
Os eléctricos rápidos são uma alternativa ao metro e não ao autocarro.
A tendência em cidades modernas e que buscam melhoria de qualidade de vida, é substituir o mais possível os autocarros por de transportes menos poluentes, com menos ruído, mais rápidos, e mais confortáveis (quantas pessoas é que conseguem ler num autocarro sem enjoar... e há pessoas que passam muitas horas por semana em autocarros).
As infraestruturas dos eléctricos rápidos são mais baratas e mais rápidas de construir que as do metro. Daí esta opção. As linhas do Sá Fernandes devem ser vistas como uma primeira abordagem de uma ideia que faz todo o sentido: A linhas de metro a fazerem as radiais e as dos eléctricos as circulares das cidades. Como esta malha a utilização do autocarro reduziria sustancialmente e ainda bem.
Infelizmente acho que é bonito demais para se conseguir realizar na nossa cidade, onde há mais gente a destruir o que ela tem de bom do que interessada em melhorar a sua qualidade de vida.
Pedir o metro de superficie de Estrasburgo em Lisboa claro que é utopico. A não ser no eixo Terreiro do Paço - Matinha. De resto não há espaço para um canal proprio para esse tipo de transporte.
Quem for a Almada percebe que a Grande Lisboa não consegue comportar esse meio de transporte. Não há ruas largas. A Av. Central de Almada ficou reduzida a uma faixa para cada lado e sem espaço sequer para descargas. Quando há um acidente ou um carro avaria (que é frequente com autocarros da TST) é cá um 31! Tudo a fazer marcha atraz e Almada mergulhada no caos! Quando o metro ainda não funcionava os carros galgavam o passeio e iam pela linha do metro mas agora não dá!
O problema de Portugal é esse mesmo, gostam muito de importar medidas que deram resultado no estrangeiro e ninguem pensa se é exequível em Portugal tendo em conta a nossa realidade!
Ainda não me esqueci das escolas pré-fabricadas de madeira com armários para os skis e estores em ripas de madeira, que com as ventanias de Portugal voaram e partiram-se todas!
Xico205, apesar de todas essas considerações, que são financeiramente correctas, um eléctrico que seguindo da Praça do Comércio para Moscavide pelo Parque das Nações tinha, logo à partida, como efeito benéfico a equidade entre as duas partes simétricas marginais da cidade de Lisboa. Não é à toa que outras cidades do Mundo estão a investir cada vez mais em sistemas ferroviários ligeiros no interior das cidades em vez do autocarro, especialmente por problemas de capacidade e de energia. A construção de um eléctrico/metropolitano de superfície, é 10 vezes mais barata que a de um metropolitano pesado.
Experimente ir para a paragem do 28em Alcântara durante a tarde e conte aqueles em que nao pode entrar porque já vao demasiado cheios. E às Sextas feiras, bem pior, com as pessoas que vão para o comboio em Santa Apolónia.
Para quem não sabe, o 28 disponibiliza na hora de ponta cerca de 1000 lugares por hora (um autocarro a cada 9-10 minutos com 150 lugares). Às vezes nem são 150 lugares, porque a Carris apesar de ter recebido 20 articulados novos, brinda os passageiros do 28 com carros convencionais de 80 e poucos lugares logo às 18h.
Com amigos destes...
A estrutura de transportes públicos de uma cidade com a dimensão de Lisboa tem de incluir, por definição, redes de metro «convencional» (para ligações de maior distância com obstáculos físicos à superfície, mutuamente complementada com rede de eléctricos, «rápidos» e «históricos», conforme a exigência da malha urbana que cubram, e autocarros, para a malha urbana menos estrutural. Um modo não é substituível por outro: cada um tem o seu espaço próprio, insusceptível de ocupar espaço «alheio» sem com isso acarretar um funcionamento gravemente defeituoso e instisfatório do sistema; autocarros, «amigos» ou «inimigos» do ambiente, não substituem eléctricos, como é notório em Lisboa. Enquanto esta verdade elementar não for reconhecida e não for rectificado o monumental disparate da supressão de eléctricos levado a cabo desde os anos 90, os «dias europeus sem carros» – ¿porque não sem autocarros? – ou as campanhas do tipo «menos um carro em Lisboa» não ultrapassarão a inconsequência folclórica com sabor a humor… ¡Negro! Que diga quem tiver a desventura de ter de viajar um dia num autocarro da carreira 767 da Carris, por exemplo…
Quanto aos custos, há algumas objecções que só para rir: ¿muito mais caro que o metro subterrâneo? só se fosse pelo betão a menos que a Mota-Engil iria vender... Quem já apreciou «in loco» os sistemas de transportes públicos de cidades de dimensão maior ou idêntica a Lisboa em países civilizados, como Berlim, Viena e Praga, ou de menor dimensão, como Berna, Basileia, Genebra ou Zurique, para falar só das que conheci, percebe do falo... E só em Espanha, há um universo por descobrir. Em ortugal, é claro, a coisa há-de atrasar até que... ¡Sei lá!
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