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05/07/2019

Cinema São Jorge - copos de plástico e fumo


À EGEAC
A/C da Dra. Marina Uva


C.C. PCML, AML, Vereadora da Cultura, DGPC

Exmos Senhores,


Revisitando recentemente o Cinema São Jorge constatámos que no bar do lado direito da entrada as bebidas são servidas em copos de plástico descartáveis, que foram proibidos nas festas de Lisboa pela CML e que depois vão parar ao lixo comum juntamente com o lixo orgânico, como se constata na imagem que anexamos.

Sendo que o edifício é propriedade da CML, gerido pela EGEAC, e que a partir de 1 de Janeiro de 2020 a venda de plásticos descartáveis no espaço público vai ser proibida pela CML gostaríamos de saber que medidas, concretas, é que vão ser adoptadas nos equipamentos públicos sob gerência dessa empresa municipal, nomeadamente no cinema São Jorge, para promover a reciclagem e banir o uso do plástico?

Paralelamente, constatámos que a entrada se transformou numa sala de fumo, face à ausência de sinalética de proibição de fumo no hall de entrada do Cinema São Jorge (edifício público e Monumento de Interesse Público), que é abrangido pela lei que protege os cidadãos do fumo involuntário, sendo que para além de adultos é frequentado por jovens e deveria ser uma referência de boas práticas, pelo que sugerimos a afixaçāo da sinalética apropriada e a sensibilização dos funcionários, nomeadamente àqueles a quem compete zelar pelo bem estar e segurança das pessoas e do edifício.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bruno Palma, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Odete Pinto, António Araújo, Eurico de Barros, Fernando Silva Grade, Irina Gomes, Rui Martins, Maria do Rosário Reiche, Maria Teresa Goulão, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Beatriz Empis, Pedro Formozinho Sanchez, Irene Hipólito

...

Resposta da EGEAC (5.7.2019):

«Ex.mos senhores

Na prossecução do objetivo de vivermos numa cidade mais sustentável e responsável, que terá como ponto alto a iniciativa Lisboa Capital Verde 2020, a EGEAC continuará a tomar medidas e a sensibilizar os parceiros e concessionários com quem trabalha nos seus espaços e equipamentos.

Nesse sentido, foi já levada a cabo uma iniciativa interna que passou pela distribuição generalizada de recipientes de vidro para consumo de água a todos os funcionários da empresa, eliminando assim a utilização sistemática do plástico. No caso específico do cinema, destacamos também o trabalho que está a ser feito ao nível da substituição integral dos equipamentos de iluminação, que a breve trecho funcionarão na totalidade com a tecnologia LED.

Em relação ao bar concessionado no Piso 0 do Cinema São Jorge, já está neste momento em prática a separação de lixo plástico do restante lixo orgânico, após recomendação nesse sentido por parte da direção do cinema, com o horizonte de eliminação total desse recurso a partir de 1 de janeiro de 2020.

Em relação ao fumo, o Cinema São Jorge cumpre integralmente a lei do tabaco de 2017, estando proibido o consumo de qualquer produto dessa natureza no interior do edifício, sem exceção. A título de exemplo, é regularmente feita uma promoção dos cuidados de saúde preventiva e das boas práticas de bem estar junto das equipas, através do serviço de Medicina no Trabalho disponibilizado pela EGEAC. No caso em apreço, trata-se de uma zona exterior do cinema, de acesso livre, e sem esse tipo de limitação.

com os melhores cumprimentos.

Marina Uva»

21/07/2017

Att. Senhor Primeiro-Ministro/ Pedido de introdução de taxa sobre copos de plástico


Exmo. Senhor Primeiro-Ministro
Dr. António Costa


Cc. AR, PCML, AML e media

​Vimos pela presente sugerir a V. Excelência e ao Governo que lidera, para que estude a criação de uma taxa para a utilização de "copos de plástico" (bem como pratos e talheres), semelhante aquela que já existe e se aplica a sacos de plástico.

Esta taxa seria cobrada pelo Estado/autarquias (por quem já cobra a taxa relativa aos sacos de plástico) e permitiria financiar o esforço público de limpeza urbana, reforçar a intensidade do mesmo nos locais onde se regista grande produção e abandono de copos de plástico na via pública, aumentar a fiscalização sobre ​os ​prevaricadores e aumentar a reciclagem de plástico por forma a alcançar as metas de reciclagem a que Portugal se obrigou a já ​para​ 2020 (50%​, contra as a​c​tuais de 29%).

​Esta taxa sobre os sacos de plástico mostrou-se muito eficaz na redução d​o​ consumos ​dos mesmos, em Portugal e noutros países europeus (p.ex. na Irlanda​ passou-se de uma média de 328 sacos/pessoa/ano para apenas 14)​, pelo que a introdução da taxa sobre os copos de plástico, permitiria contribuir para o fim​, por exemplo,​ do ​"​espectáculo​"​ diário de jardins ​e espaços públicos repletos ​com copos de plástico.

​Com efeito, estes copos descartáveis de plástico​,​ distribuídos a título gratuito pelas várias cervejeiras aos estabelecimentos comerciais​,​ fazem multiplicar a quantidade de resíduos urbanos​, pelo que uma taxa sobre os mesmos criar​á​ condições para o regresso aos copos de vidro de plástico mais duradouro e com depósito/desconto em devolução.

Um sistema deste tipo está em vigor há alguns anos na Austrália com um apreciável grau de sucesso. Uma taxa semelhante (aplicável a garrafas e copos de plástico) está também a ser avaliada no Reino Unido e já foi aplicada na Escócia como forma de ​se ​reduzir a deposição de plásticos nos sistemas de resíduos urbanos e a sua entrada no Oceano (onde levam entre 50 a 80 anos a decomporem-se!) ​.

A introdução desta taxa poderia ser acompanhada pela proibição, inclusive, da entrega destes copos em locais (espaço público) e junto a locais considerados sensíveis e facilmente sujeitos a excesso de carga, como sejam miradouros e quiosques, por exemplo; e, eventualmente, pela imposição ou discriminação positiva de copos reutilizáveis, à imagem do que já se faz nos festivais de música.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Martins, Fernando Jorge, Luís Mascarenhas Gaivão, Mariana Carvalho, José Filipe Soares, Inês Beleza Barreiros, Virgílio Marques, Cristiana Rodrigues, José João Leiria, Jorge Lima, Jorge Pinto, João Oliveira Leonardo, Bernardo Silveira Godinho, Pedro Henrique Aparício, Irene Santos, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Amador, Beatriz Empis, Alexandra Maia Mendonça, Maria do Rosário Reiche, Maria Helena Barreiros, Fátima Castanheira e Filipe e Bárbara Lopes

Foto em TaraRecuperavel.org