In Público (9/6/2010)
Por Ana Rita Faria
«A estação do Rossio, em Lisboa, ganha a partir de hoje um pouco mais de vida com a abertura da nova loja da Starbucks. Foram precisos quase dois anos para a maior cadeia de cafés obter o licenciamento por parte da Câmara de Lisboa, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e da Rede Ferroviária Nacional.
O espaço de 260 metros quadrados torna-se, assim, no sexto café da Starbucks em Portugal e o quinto a nível mundial a ter a marca de "loja verde", por cumprir um conjunto de requisitos sustentáveis em termos ambientais. Até ao final do ano estão previstas mais duas aberturas em Lisboa - uma loja de rua e outra num centro comercial.
Desde que, há um ano e oito meses, a Starbucks veio para Portugal pelo mão do grupo espanhol VIPS, havia a ideia de abrir uma loja no Rossio, revela Luís Rocha e Mello, director de operações na Starbucks. Mas, para fazer aprovar o projecto, foi preciso adaptar a loja à estação, mantendo intactas as paredes, o chão e a fachada.
Além disso, a loja do Rossio é a primeira loja verde em Portugal e vai candidatar-se à Liderança em Energia e Design Ambiental, uma certificação para edifícios sustentáveis da organização não-governamental norte-americana U.S. Green Building Council.
Além de metade da energia consumida na loja ter origem em fontes renováveis, as lâmpadas LED permitem poupar 40 por cento de electricidade. Ao nível do consumo de água, as poupanças são de 30 por cento, graças à instalação de dispositivos de controlo nas sanitas e lavatórios. Os armários, cadeiras e sofás foram feitos através da reutilização de materiais. O próprio café vendido é, à semelhança do que acontece nas outras lojas europeias, exclusivamente proveniente do comércio justo.
Empregando pouco mais de 90 pessoas, a Starbucks Portugal tem excedido as expectativas do grupo, que não divulga valores. "O negócio português está a correr melhor do que pensávamos quando começámos", admite Álvaro Salafranca, director-geral para Portugal e Espanha.
Para atrair o público português, a empresa rompeu com a oferta tradicional e passou a ter o típico pastel de nata e de feijão, os croissants mistos e com doce de ovo, sem esquecer a bica. Em vez de ser servido nos copos de papel da Starbucks, o expresso à portuguesa ganhou estatuto para merecer uma chávena. E, apesar do preço (90 cêntimos), é o produto mais vendido pela rede de cafés norte-americana em Portugal.»
...
A verdade é que, pese embora alguma da frequência remanescente das velhas práticas da Estação do Rossio, ainda por lá permaneça, a verdade, dizia, é que os cafés e restaurantes do piso térreo da velha estação têm sido um sucesso. Pena que os carrinhos não sejam devidamente multados quando estacionam em cima do passeio, sobretudo ao fim de semana. Parabéns à Refer e à CML de há 2 mandatos que foram quem começou este processo de requalificação daquela zona, com a remodelação do largo.
09/06/2010
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4 comentários:
visualmente está muito bom o caf.
Tambem o ambiente do café está muito bom, nada a ver com os starbucks dos centros comerciais.
Pena ser o Starbucks a tomar conta daquele espaço. Mais uma invasão de uma cadeia estrangeira num sítio com uma grande história a nível Nacional.
Antes um Jeronymo naquele espaço.
"Foram precisos quase dois anos para a maior cadeia de cafés obter o licenciamento por parte da Câmara de Lisboa, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e da Rede Ferroviária Nacional."
Tudo muito bem, mas todo este tempo não afasta os investidores???
A policia não multa porque não quer, não se quer maçar: está ali a meia dúzia de metros, essa agora!!!
Infelizmente, não partilho uma opinião tão positiva relativamente à instalação do dito café.
Ao ocupar cerca de 1/3 do átrio, destruindo a sensação de espaço que existia, comprometeu de forma séria o acesso nivelado à estação, tão importante para quem se movimenta em cadeiras de rodas, com carrinhos de bébé e idosos.
Assim, o acesso nivelado, à cota baixa, deixou de existir. O acesso pelo que agora chamam largo da estação, embora nivelado, para além de obrigar a um percurso mais longo, torna-se impossível a chegada ao edifício da estação dada a densidade de cadeiras e mesas que servem o estabelecimentos aí existentes. E contra estes não tenho nada contra, pelo contrário.
Sobra o acesso pela cota superior, que está longe de ser acessível dada a inclinação. Mas se por ventura alguém em cadeira de rodas se quiser aventurar, vai encontrar no fim do passeio um pilarete colocado mesmo ao meio!
E agora, como se resolve?
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