A ex-ministra da Cultura Gabriela Canavilhas disse hoje que o que se passa fora de Lisboa "não chega a Lisboa como devia", comentando assim uma possível falta de projeção da Capital Europeia da Juventude Braga2012.
O presidente da Fundação Bracara Augusta, Hugo Pires, corroborou a afirmação de Canavilhas, considerando que a comunicação social "tem a obrigação" de ser parceira na promoção das várias regiões.
A deputada socialista falava em Braga à margem de uma visita à Capital Europeia da Juventude (CEJ) na qualidade de presidente do grupo de trabalho da Comissão de Educação e Cultura, que acompanha Braga 2012 e ainda Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura.
"Vamos manter uma proximidade maior, que nos permita dar apoio institucional, por parte da Assembleia da República, a uma iniciativa com uma grande importância", explicou.
Questionada sobre a projeção do evento no país, Canavilhas criticou o centralismo da capital do país, afirmando que "o que se passa fora de Lisboa não chega a Lisboa como devia".
A antiga responsável pela pasta da Cultura no Governo de José Sócrates adiantou ainda que, "vivendo em Lisboa", sente "falta de um conhecimento mais aprofundado do que se passa no resto do país".
Gabriela Canavilhas explicou também que o problema não está nas "organizações descentralizadas", mas sim nas "centralizadas em Lisboa" e apontou o dedo à comunicação social.
No mesmo sentido, também Hugo Pires realçou a importância da comunicação social para a projeção dos dois eventos, considerando que o "Minho deveria ter uma projeção maior neste ano".
Mas, segundo o responsável, "isso não está a acontecer porque a comunicação social não sai da sua zona de conforto, que é Lisboa".
"Por muito que a gente faça, que a população se envolva, o que não passa na televisão não acontece", lamentou.
Por Agência Lusa, publicado em 5 Mar 2012 - 18:47 in Jornal i online
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