15/03/2012

Uma questão de gestão responsável de recursos e de reconhecimento de urgentes prioridades… por António Sérgio Rosa de Carvalho.1/3/2012


 Enquanto o emblemático edifício do Pavilhão de Portugal continua sem utilização … e depois da “débacle” e do escândalo de despesismo e irresponsabilidade que constituiu o caso do “Novo Museu dos Coches” … num País à beira da banca-rota e que tenta convencer a Europa sobre o seu Rigor e Austeridade … o Vereador do Urbanismo, empenha-se em impor - forçar ... a aprovação …

Salgado afirma que o chumbo pode comprometer um investimento de 38 milhões de euros na construção da nova sede da EDP.
EDP investe 19 milhões em novo espaço cultural em Lisboa
E ... a Baixa continua a apodrecer ...

E quanto à  nova sede da EDP, não se trata só de oito pisos acima do solo e seis em cave; área total de construção de 46.258m2, para comércio e serviços, e 481 lugares de estacionamento público e privado.
Dizia um dos nossos visitantes :
Anónimo disse...
Parece que se esqueceram todos do principal.
O terreno é um aterro recente (séc. XIX/XX)zona de risco sismico elevado (embora tenham subvertido alguns mapas da CML), e zona de leito de cheia do próprio Rio Tejo...
Fazer uma sede, ainda por cima com caves num terreno cujo nível freático está a menos de um metro de profundidade e que recebe águas de uma das Nascentes termais que serviam os Banhos de S. Paulo, é no mínimo muito estúpido e incompetente, ou então altamente rentável (verdadeira sustentabilidade) para o promotor/construtores, pois terá obras garantidas "eternamente", bem como energia gasta e máquinas de bombagem sempre vendidas.
Quanto à encosta de Sta. Catarina que verá as suas águas subterrâneas a serem barradas pelas caves da pseudo-sede da EDP (a tal das energias renováveis e da sustentabilidade, etc.), bem como as suas vistas (Jardim Adamastor incluido) e o seu vento/arejamento a serem completamente diminuidos, é melhor começarem já a vender as casas.
É preciso também não esquecer que os terrenos da EDP, foram cedidos pela CML para fim público (serviço de energia à cidade) e não podem, nem devem virar especulação imobiliária, mascarada numa pseudo-modernidade ridicula e desnecessária, que vai custar rios de dinheiro ao erário público, algumas vidas e muito desgosto pela perda da escala humana e arejamento da encosta perdida.
Não é este tipo de cidade que os turistas procuram, não é esta a cidade que devemos querer.
Acordem!!!


E ... mesmo ao lado ... na Travessa / Rua Nova do Carvalho



1 comentário:

Anónimo disse...

Excelentes comentários! Num estado de direito verificava-se e investigava-se este vergonhoso caso. Como é que um sr. vereador que até é Arq. (não consta que seja do tipo relvas a sua licenciatura), força, mas força mesmo, (basta investigar só um poquinho...) este crime ambiental, económico e até social, pois o terreno tem origem em propriedade da CML. Será pelas ligações familiares, será por incompetência, será ... Como o caso da permuta do terreno da antiga standard eléctrica - actual orquestra Metropolitana, cujo terreno, foi permutado depois da odisseia das antigas torres do Tejo (os novos cavalos de tróia - que o siza tentou impingir também em Alcântara serviram para introduzir o chorrilho de disparates que lá está, pelo menos é óptimo para os comerciantes automóveis com a inundação sistemática daquelas caves) - esse terreno foi então permutado com o terreno das actuais torres de Lisboa em Benfica. Ou seja os então "iniciadores" dos pseudo pins - interesse em Lisboa ter um centro tipo world trade center, lançaram a moda e conseguiram uma mais valia do seu terreno ce cerca de 6.000 e tal m2, por outro com cerca de 60.000m2 (n. Indicativos, sem valores concretos). Será este o truqueque está por trás desta aberração, ou será só para além da mais valia deste próprio terreno o qual não o podiam alienar, e a mais valia da venda do que ainda resta do seu património? O que é certo é que seremos nós todos a pagar os impactos desastrosos que esta parolicee inconsciência criminosa irá provocar.