«Lisboa, 05 Mai (Lusa) - O Oceanário de Lisboa vai ganhar em 2011 um novo
edifício com auditório e sala de exposições, um investimento de 4,7
milhões de euros que visa fixar o número anual de visitantes em 1,1 milhões.
Hoje, na cerimónia de apresentação do projecto, o administrador daquele que
é um dos maiores aquários da Europa, João Falcato, explicou que a expansão
surgiu da necessidade de tornar o equipamento mais "flexível" a nível de
actividades, uma vez que se prevê que o actual milhão de visitantes por ano
caia para 930 mil a partir de 2014.
"O edifício actual tem pouca flexibilidade para acolher, por exemplo, novas
exposições. É muito difícil criar novidades, se nada for feito a nossa
missão pode estar em causa", afirmou o responsável.
O segundo edifício, que será contíguo ao existente, terá três pisos
térreos e dois subterrâneos, uma área de 600 metros quadros para novas
exposições temáticas - a renovar de dois em dois anos e que representarão,
em cada biénio, um investimento operacional de um milhão de euros -, um
espaço de descanso, um restaurante com área infantil e um anfiteatro que
permitirá reforçar o programa educativo do Oceanário, actualmente com um
crescimento anual de dez por cento.
A estrutura desenhada pelo arquitecto Pedro Campos Costa, que deverá abrir ao
público no primeiro trimestre de 2011, será também amiga do ambiente: a
fachada será eficaz a nível térmico por ser duplamente ventilada e o prédio
terá painéis fotovoltaicos ou térmicos que permitirão minimizar o consumo de
energia.
Apesar da actual conjuntura de crise, a Parque Expo, gestora do Oceanário,
acredita que o projecto tem já uma rentabilidade garantida, com uma
valorização entre 3,5 e 11 milhões de euros.
"Este projecto corresponde a um tipo de investimento público absolutamente
desejável para nós", disse o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, rejeitando
a ideia de que os grandes investimentos devem ser evitados em "tempo de crise".
"É um projecto que tem capacidade para se suportar a si próprio", acrescentou.
O Oceanário de Lisboa foi inaugurado durante a Expo 98 e desde então recebeu
13 milhões de visitantes.
Fonte: Agência LUSA»
Ena, nem o Oceanário escapa à fúria construtiva em ano de eleições (temo pelo enquadramento cénico do edifício actual, um dos poucos que ainda estava imune a mais construção, no pós-Expo. Quem paga?
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17 comentários:
O que vai ter, de certeza certezinha, é uma enormíssima derrapagem nas obras. Isto quando passarem de anúncios à fase de concretização, claro...
Mas não vai haver problema: o contribuinte pagará.
Gosto destas obras que se pagam a si próprias.
São, afinal de contas, como as do «Jamé».
Gosto mesmo mais delas que de Pastéis de Belém. Juro!
Concurso público: Houve????
Concurso público? Se não era preciso para as obras da Liscont ia ser preciso para uma ninharia como esta?
A maqueta consta hoje do DN e o edifício é lindíssimo e nada exagerado e bem integrado.
Eleições?!
Oh meus senhores! Uma empresa já não pode investir?
Vão mas é ler a lei e vejam as situações em que é permitido ajuste directo.
O concurso público não é regra nem nunca foi nem pode ser.
E mesmo o ajuste directo está sujeito a regras de transparênciá, publicidade e controlo financeiro.
Não é nenhum expediente ilegal e obscuro e está sujeito a muitos constrangumentos e condicionalismos.
Muito gosta o pessoal de falar sobre o que não sabe.
Pois claro, quando lá estavam os outros era preciso concurso público.
Estando lá o Zé, já não.
Mais claro é impossível.
As empresas de capitais pblicos podem investir o dinheiro delas? Não com o dinheiro do contribuinte. A obra é desnecessária.
Com tantas obras necessárias, gostavamos de ver a parque expo a gastar onde é necessário.
4,7 milhoes de euros fazem falta a Lisboa, na integração e melhorias de zonas limitrofes à expo.
ó sr anónimo
o oceanário não é tutelado pela CML de lisboa
a gestão pertence a entidade autónoma, sendo que a CML não intervém em nada na sua gestão.
intervem na mesma medida que intervém na PT, caso sejam necessárias licenças, seja para o que for, ao abrigo do regime da urbanização e edificação.
nao confundir.
e a entidade gestora investe, obviamente no ocenário e não em estradas ou outra coisa qualquer.
é o mesmoq ue pedir oa metro para investir na carris ou no tetro D. Maria ou na ponte vascop da gama
tenham noção.
até parece que o dinheiro´público vem todo do mesmo saco.
nem tudo bem do orçamento de estado e há regras de contabilidade da mesmoa forma que há para as empresas privadas.
isto não é só transferir de uma lado para o outro.
isto é muito giro mandar bocas para o ar sem saber,
o que sei é que os mesmos senhores da expo, antes desta, era ve-los em apartamento em siena, pago imoralmente pelo erário público, para se «inspirarem», diziam eles. aviões, festanças. ai, que bom. a luta continua.
Tem toda a razão o post das 12.57 PM. Apoiado!
Quando não se sabe do assunto está-se calado.
O mais giro é o anónimo tratar o outro anónimo por anónimo!!!
deveria ser o quê, já agora?
Esta aqui o site do arquitecto:
www.camposcosta.com
Digam o que pensam.
Está-se mesmo a adivinhar...
4,7M€ para ser abaixo do mínimo que obriga a concurso público.
No fim irão verificar que houve derrapagem para além do mínimo que exige concurso público.
Tanta preocupação com os procedimentos adjudicatórios (concurso público ou ajuste directo) até parece que não sabem que existem concursos públicos em que os documentos (caderno de encargos e programa de procedimento) são preparados por um dos concorrentes, com armadilhas aqui e ali para minar a concorrência ...
A transparência também pode existir num ajustre directo que aliás também prevê o convite a várias entidades.
Luís Rêgo
este pessoal manda bocas sem conhecer sequer a legislação da contratação pública.
falam como se o concurso público fosse a panaceia para todos os males.
o ajuste directo e o concurso público estão sujeitos aos mesmos condicionalismos legais de transparência e legalidade.
a lei prevê as situações em que um e outro são usados e não se medem apenas em critério quantitativos (acima ou baixo de um determinado montante).
o ajuste directo existe porque deve existir e porque é justificado que exista.
só quem não conhece é que pode achar que o ajuste directo é marosca.
Marosca, meus amigos, faz-se em qualquer coisa e por qualquer um.
agora isso não justifica duvidar-se de tudo e de todos.
Cá temos os tribunais judiciais e o tribunal de contas para controlar e punir.
Nada foi feito ao acaso.
informem-se antes de mandar bocas.
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