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16/09/2013

Recordar é viver


Alguém ainda se lembra da moradia da Rua de Alcolena, 28 (http://www.academia.edu/257101/O_N._28_da_Rua_de_Alcolena), e das promessas e aldrabices respectivas? Pois hoje a casa não só foi ampliada por construção de 'irmã' imediatamente ao lado, como a própria moradia feita por António Varela e Almada Negreiros, foi liminarmente demolida por dentro. Foi revendida, claro, e já está habitada. Uma imensa mancha na gestão de António Costa, por sinal, mas como ele próprio disse que não percebia os protestos perante casa tão feia, pintada de preto por dentro, assunto encerrado.


Texto editado

26/06/2010

Rua de Alcolena nº 28


A nova vista da entrada da Ermida de S. Jerónimo a ganhar forma

19/04/2010

Obras deixam perder o que resta de cultura

Por Maria João Serra, Destak de 19-04-2010

PATRIMÓNIO - Obras para ampliação da casa modernista do Restelo arrancaram em Março

Cartaz que ‘tapa’ a obra que decorre na Rua de Alcolena mostra um Almada Negreiros «fora do contexto».

As obras na CASA DA RUA DE ALCOLENA, no Restelo, exemplo de umdos mais importantes períodos artísticos em Portugal – o Modernismo - já arrancaram. O Destak avançou, no mês passado, com a notícia da destruição da traça original da moradia, que encerra em
si, para além da geometria modernista, um conjunto de painéis da autoria de Almada
Negreiros, muitos deles já destruídos ou desaparecidos. As retroescavadoras que
agora se instalaram no jardim visam construir um anexo ao imóvel projectado entre 1950 e 1951, num projecto aprovado pela Câmara de Lisboa. Por terra ficaram as tentativas de transformar o espaço numa casa-museu-atelier de artes plásticas e ao processo de classificação como Imóvel de Interesse Municipal, que deixou de existir quando a autarquia lisboeta aprovou o projecto.

40 ANOS DAMORTE DE ALMADA NEGREIROS -Enquanto a obra decorre, celebram-se, este ano, os 40 anos sobre a morte de Almada Negreiros. [...]

29/03/2010

Ampliação da casa da Rua de Alcolena é como pintar uns "bigodes à Gioconda"

Historiadora de arte diz que obra licenciada pela autarquia descaracteriza a habitação que tem uns painéis de Almada Negreiros - uma "obra de arte total" que deveria ser um museu
Por Inês Boaventura, Público de 29-03-2010


A ampliação da casa conhecida por ter painéis de azulejos de Almada Negreiros, na Rua de Alcolena, em Lisboa, vai "descaracterizar e destruir" aquele que é "um dos mais belos e raros exemplos de diálogo inter-artes em Portugal no século XX". Quem o diz é a historiadora de arte Barbara Aniello, que acusa a câmara de Lisboa de ter autorizado uma obra com consequências tão devastadoras "como fazer bigodes à Gioconda".

Os trabalhos na Rua de Alcolena arrancaram no dia 19 de Março, segundo uma denúncia do Fórum Cidadania Lisboa (ver caixa), com "obras de preparação do trecho de terreno à direita da moradia número 28, para construção de um edifício geminado". A habitação original foi projectada na década de 1950 pelo arquitecto António Varela e saltou para as páginas dos jornais no início de 2009, quando a autarquia recebeu um pedido de demolição que veio a ser indeferido.

O projecto que está agora a ser desenvolvido, da autoria do atelier do arquitecto Vasco Massapina, viria a ser aprovado uns meses mais tarde, em Julho do ano passado, e inclui a construção de um segundo corpo ao lado da vivenda que se encontra em processo de classificação. Nessa altura, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, garantiu que o projecto mais recente "salvaguarda todas as questões patrimoniais e respeita integralmente o Plano Director Municipal".

Mas não é essa a opinião de Barbara Aniello, que desenvolveu, em 2009 e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, uma monografia sobre a dita habitação privada. Depois de três meses a estudar o caso para um projecto de pós-doutoramento intitulado "O diálogo inter-artes em Portugal no século XX", esta especialista afirma que ficou "desolada"quando percebeu o destino da casa.

Isto porque, explica a investigadora, o projecto de ampliação em curso "não só anula a continuidade do jardim simbólico" - em que cada árvore e elemento decorativo tinha sido escolhido a dedo pelo seu significado - "como apaga o alçado sudeste da casa, cancelando a sua perspectiva geométrica, o seu valor cúbico, a sua orientação metafórica".

Além disso, o anexo a construir "altera também o propositado jogo entre simetria e assimetria do edifício, pensado colectivamente pelo arquitecto António Varela, pelo poeta José Manuel Mota Gomes Fróis Ferrão, pelo pintor José de Almada Negreiros e pelo escultor António Paiva". Devido a esse "carácter inter-artístico", o número 28 da Rua de Alcolena é, resume a historiadora de arte, "uma verdadeira obra de arte total" que importa preservar como tal.

Por essa riqueza e também pela sua "colocação no panorama histórico e geográfico de Lisboa, a sua unicidade e unidade", a investigadora entende que a moradia que ganhou notoriedade pelos painéis de azulejos que exibe "poderia perfeitamente acolher um museu ou um centro de estudo permanente dedicado a Almada Negreiros". O trabalho desenvolvido por Barbara Aniello está disponível na Internet, em CASA DA RUA DE ALCOLENA

26/03/2010

Processo de Moradia da Rua de Alcolena, 28 (Restelo)/pedido de averiguações

Exmo. Sr. Procurador Geral da República
Doutor Fernando Pinto Monteiro,
Exmo. Sr. Provedor de Justiça
Doutor Alfredo José de Sousa


Vimos pelo presente solicitar os melhores ofícios dessas Instituições, na pessoa de Vossas Excelências, no sentido de averiguarem os procedimentos relativos à moradia sita na Rua de Alcolena, Nº 28, no Restelo, ocorridos desde Dezembro de 2008, que acabaram por conduzir, há poucos dias, ao início das obras de construção de novo edifício no jardim daquele lote.

Trata-se de um processo que nos levanta as maiores dúvidas desde o seu início, i.e., desde a venda da moradia à aprovação do projecto de ampliação agora iniciado, passando por pareceres que não foram acatados e outros que deviam ter sido formulados e não o foram, etc., etc. (resenha em anexo).

Convém referir que o imóvel se encontra abrangido pela Zona Especial de Protecção Conjunta do IGESPAR, por força da presença da Capela de São Jerónimo (MN) e integra o Inventário Municipal do Património do PDML (IMP 40.10) desde 1992, o que por si só inviabilizaria qualquer intervenção de vulto, como seja a sua demolição, ainda que parcial, ou a alteração formal e decorativa das fachadas.

Ora, a geminação do novo edifício ao antigo implicará a alteração da fachada direita deste, através do seu rasgamento e da sua ocultação, o que constitui uma alteração a nosso ver ilegal.

Colocamo-nos à inteira disposição de Vossas Excelências para o esclarecimento de toda e qualquer dúvida relativamente a este processo e ao nosso interesse sobre esta matéria, solicitando apenas que, por força da Páscoa, eventuais contactos sejam estabelecidos a partir de dia 10 de Abril.


Na expectativa subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos



Pelo Fórum Cidadania Lx

Paulo Ferrero, Cátia Mourão e Júlio Amorim

09/12/2009

Criado site sobre o nº 28 da Rua de Alcolena:


http://alcolena28.weblog.com.pt

Parabéns, Cátia Mourão. E FORÇA!