Mostrar mensagens com a etiqueta néons. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta néons. Mostrar todas as mensagens

08/03/2021

Novo alerta à CML - néons nas 2 palas da fachada edifício-sede do DN

Exmo. Sr. Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. PCML, DGPC

No seguimento do despacho de V. Exa. de 10.11.2020 e da V/Inf. N.43265/DMURB_DepAGU_DivF (Processo: 6132-EXP-2020) instruída a partir do nosso alerta de 22.09.2020, dando conta da intimação da CML ao promotor do projecto de alterações e reabilitação do antigo edifício-sede do Diário de Notícias, no sentido de aquele proceder à colocação de néons no letreiro do topo do edifício e nas fachadas e palas do mesmo, é com regozijo que constatamos a colocação de néons no letreiro cimeiro daquele Monumento de Interesse Público, bem como na fachada a tardoz.

Contudo, alertamos V. Exa. e os Serviços da CML para o facto de o mesmo não se verificar nas luzes das 2 palas da fachada principal, onde colocaram vulgares fitas de LED, conforme é documentado com fotos em anexo, tiradas durante o último fim-de-semana.

Com efeito, e ao contrário do que colocaram no letreiro cimeiro e na fachada de trás, onde os néons são reais, nas palas da fachada principal parecem reais vistos ao longe mas não são, desconhecendo se serão temporários.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Carlos Moura-Carvalho, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Ana Alves de Sousa, Rui Pedro Martins, Maria João Pinto, Gustavo da Cunha, Eurico de Barros, Paulo Trancoso, Teresa Silva Carvalho

Fotos de Fernando Jorge

21/09/2020

Painéis e letreiros publicitários - pedido de protecção em Regulamento Municipal

Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exma. Senhora Vereadora
Dra. Catarina Vaz Pinto,
Exmo. Senhor Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. AML e media

No seguimento do desaparecimento sucessivo de placards publicitários e letreiros de antanho, grande parte deles com neóns, que em muito embelezavam os edifícios onde se encontravam afixados, tornando assim mais pobres os nossos bairros e, por conseguinte, a nossa cidade; de que são exemplo recente os casos do belíssimo letreiro dos anos 50, pintado sobre vidro, da antiga mercearia Alzirita (Av. Óscar Monteiro Torres) e do emblemático painel do snack-bar Zé Carioca (Rua da Escola Politécnica);

Considerando que estes painéis publicitários apenas dispõem de uma protecção ténue no caso de as fachadas onde se encontram aplicados serem de edifícios elencados na Carta Municipal do Património ou edifícios de Interesse Público ou Concelhio, ou serem de lojas classificadas pelo programa Lojas com História;

Considerando que o desaparecimento destes painéis não ocorre só por roubo ou por actos de vandalismo, mas também por ignorância ou gula dos seus proprietários, que os vendem ao desbarato;

Apelamos à Câmara Municipal de Lisboa que, no contexto do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa, proceda a uma alteração do seu articulado no sentido de garantir a preservação destes placards, in situ, seja no caso de haver projectos de alterações exteriores dos edifícios, seja no caso de mudança de ramo das lojas respectivas.

Apelamos a que, à semelhança do fundo existente na CML de apoio financeiro a obras nas lojas abrangidas pelo programa Lojas com História, seja criado um mecanismo semelhante para o apoio aos proprietários que necessitem de tal para a manutenção periódica dos referidos painéis.

E que esta alteração ao texto do Regulamento seja devidamente complementada por acções de fiscalização da Polícia Municipal.

Por fim, sugerimos, que a CML promova acções de divulgação destes painéis, elencando-os em itinerários online e outros instrumentos de divulgação turística.

Desta forma a autarquia garantirá o não desaparecimento de uma componente essencial da História da Cidade, da vivência e da identidade dos nossos bairros, preservando uma riqueza patrimonial de Lisboa, que é sistematicamente negligenciada e esquecida.

Colocando-nos à disposição dos serviços da CML para ajudarmos à identificação e mapeação destes painéis, apresentamos os melhores cumprimentos.

Paulo Ferrero, Rui Pedro Martins, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Júlio Amorim, Eurico de Barros, Helena Espvall, Irina Gomes, Pedro Formozinho Sanchez, Miguel Atanásio Carvalho, Virgílio Marques, Carlos Boavida, Paulo Lopes, Carlos Moura-Carvalho, Vítor Vieira, Jorge D. Lopes, Pedro Jordão, Guilherme Pereira, Maria do Rosário Reiche, Pedro Ribeiro, Sofia Casimiro

10/10/2017

Os últimos dias do Néon....

foto: Juan Segal

Mas o fenómeno é global....

29/11/2016

Lisboa com legendas – reclames que não são de deitar for


In Público (27.11.2016)
Por Joana Amaral Cardoso

« Cidade Gráfica. Letreiros e reclames de Lisboa no século XX está fora das portas do Mude, mas ainda no centro da cidade, para mostrar décadas de néon, publicidade e fachadas

A antiga loja de penhores tem a garantia no nome: A Lealdade Lda., fundada em 1916. E a exposição que este letreiro integra, Cidade Gráfica. Letreiros e reclames de Lisboa no século XX, inaugurada este sábado, tem um ligeiro alívio logo na casa de partida – foi guardada uma pequena parte do património de néon, das letras em metal, das portas de vidro de letras serifadas, com arrebiques e elegância, que são nomes de lojas, reclames e marcas, mas sobretudo uma espécie de legendas da paisagem urbana.

No antigo Convento da Trindade, em pleno Chiado, a segunda exposição do Mude Fora de Portas (os meses em que a sede do Museu do Design e da Moda está em obras e a programação sai para novas moradas) é tipografia e uma cidade a mudar, a sua relação com a publicidade e com a vida económica. O Rossio quando tinha néons nos telhados a toda a volta e a livraria do Diário de Notícias e o seu tipo de letra gótico inconfundível na esquina. A Estefânia quando até há meses tinha uma Tarantela cor de mel a servir bolos, o Rei das Fardas de coroa amarela acesa ou as portas guarda-vento de uma alfaiataria da Baixa pintadas com esmero.

Rita Múrias e Paulo Barata são designers gráficos, um casal e fundadores do seu Projecto Letreiro Galeria, que nasceu em 2014 quando começaram “a fazer um registo fotográfico de fachadas". "Percebemos que de uma semana para outra os letreiros já não estavam lá”, lembram. É esse projecto que serve de base à exposição que comissariam e que contém 75 peças de várias épocas: filmes (RTP), plantas e documentos dos arquivos da Câmara de Lisboa, bem como algumas reproduções ou fotografias do que já foi e já não é, como a fachada do Cinema Império, que já não é cinema, mas que na geografia oral da cidade será sempre o que as suas letras diziam. [...]»