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08/03/2021

Novo alerta à CML - néons nas 2 palas da fachada edifício-sede do DN

Exmo. Sr. Vereador
Eng. Ricardo Veludo


C.C. PCML, DGPC

No seguimento do despacho de V. Exa. de 10.11.2020 e da V/Inf. N.43265/DMURB_DepAGU_DivF (Processo: 6132-EXP-2020) instruída a partir do nosso alerta de 22.09.2020, dando conta da intimação da CML ao promotor do projecto de alterações e reabilitação do antigo edifício-sede do Diário de Notícias, no sentido de aquele proceder à colocação de néons no letreiro do topo do edifício e nas fachadas e palas do mesmo, é com regozijo que constatamos a colocação de néons no letreiro cimeiro daquele Monumento de Interesse Público, bem como na fachada a tardoz.

Contudo, alertamos V. Exa. e os Serviços da CML para o facto de o mesmo não se verificar nas luzes das 2 palas da fachada principal, onde colocaram vulgares fitas de LED, conforme é documentado com fotos em anexo, tiradas durante o último fim-de-semana.

Com efeito, e ao contrário do que colocaram no letreiro cimeiro e na fachada de trás, onde os néons são reais, nas palas da fachada principal parecem reais vistos ao longe mas não são, desconhecendo se serão temporários.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Carlos Moura-Carvalho, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Rui Pedro Barbosa, Ana Alves de Sousa, Rui Pedro Martins, Maria João Pinto, Gustavo da Cunha, Eurico de Barros, Paulo Trancoso, Teresa Silva Carvalho

Fotos de Fernando Jorge

18/05/2020

Sampaio e Eanes entre cidadãos que pedem classificação urgente do arquivo do Diário de Notícias


In Público (18.5.2020)

Sampaio e Eanes entre cidadãos que pedem classificação urgente do arquivo do Diário de Notícias
Requerimento dirigido à Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas diz que o arquivo histórico do jornal está em risco devido à situação financeira da empresa proprietária. Jorge Sampaio, Ramalho Eanes e Pacheco Pereira estão entre os subscritores
[...]

...

Tem graça, nós pedimos há 4 anos o mesmo (https://www.dn.pt/media/preocupacoes-com-o-espolio-e-edificio-do-dn-nao-tem-qualquer-razao-5528344.html), fomos à AR e pedimos o mesmo à Torre do Tombo e à DGPC e ao MC. Nada. Todos nos asseguraram que o arquivo estava bem salvaguardado por "gente de bem". Deve ter acontecido alguma coisa nova... imagino que alguém tenha visto alguma peça de arquivo em algum alfarrábio ou nalguma feira de velharias, só pode. LOL

15/06/2018

Edifício-sede do DN em clara degradação - apelo à CML para intimação ao proprietário


Exmo. Sr. Vereador Manuel Salgado
CC PCML, AML, DGPC e media


Como será do conhecimento de V. Exa., o antigo edifício-sede do Diário de Notícias (Imóvel de Interesse Público e Prémio Valmor) mudou recentemente de mãos, sem que o projecto aprovado anteriormente pela CML, e anunciado há um ano (https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/media/detalhe/sede-do-diario-de-noticias-vendida-por-20-milhoes) como uma mais-valia para o edifício e para a cidade, tivesse sido sequer encetado pelo anterior proprietário, naquilo que se configura ter sido uma mera operação de especulação imobiliária bem sucedida.

Considerando que o edifício concebido por Porfírio Pardal Monteiro apresenta já vários sinais de degradação no seu exterior e interior, apelamos a V. Exa. para que dê indicações aos serviços da CML para intimarem o actual proprietário a proceder a obras urgentes de conservação pelo menos dos elementos que revestem as fachadas, bem como o restauro da pintura da empena e a salvaguarda integral dos painéis de Almada Negreiros da antiga loja.

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Júlio Amorim, Carlos Moura-Carvalho, Virgílio Marques, Rui Martins, Eurico de Barros, João Oliveira Leonardo, Ana Alves de Sousa, Fernando Silva Grade, Jozhe Fonseca, Maria João Pinto, Paulo Lopes, Fátima Castanheira, José Maria Amador, Maria do Rosário Reiche

Foto: Newsroom CBRE Portugal

07/12/2016

Intervenção no edifício Diário de Notícias deve repor "concepção original", diz DGPC


In LUSA e PÚBLICO (6.12.2016)

«A Câmara de Lisboa recebeu um pedido de informação prévia de um promitente-comprador que quer reabilitar e ampliar o edifício para criar 32 fogos de habitação e um espaço comercial. Proposta será apreciada na quarta-feira em reunião privada.

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) encontrou "inúmeras alterações ao projecto original", que considerou "indevidas", no edifício do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, Lisboa, defendendo que a futura intervenção no espaço deve repor a concepção original. "A proposta preconiza a viabilidade de alteração, incluindo a legalização de obras executadas ao longo dos anos do edifício do jornal do Diário de Notícias, dotando-o de características técnicas, funcionais e estéticas adequadas aos usos propostos: habitação (32 fogos), comércio (um espaço comercial) e estacionamento (44 lugares)", especifica o documento, assinado pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado. O documento refere que "esta operação urbanística implica também a viabilidade de alteração de fachada de um edifício distinguido com o Prémio Valmor".

Numa resposta enviada esta terça-feira à agência Lusa, a DGPC refere que tem acompanhado a proposta de alteração de uso do edifício "desde a sua fase inicial". Numa visita ao imóvel em Outubro de 2015, a DGPC deparou-se com a "existência de inúmeras alterações ao projecto original do arquitecto Pardal Monteiro, verificadas nos interiores e exteriores do imóvel classificado, materializadas em demolições/alterações e diversas ocupações/ampliações indevidas de muitas áreas exteriores originalmente em pátio, e nas coberturas/terraços". Segundo o organismo, os "trabalhos [foram] executados ao longo dos anos de forma aleatória e sem nenhuma qualidade arquitectónica". O projecto mereceu aprovação condicionada, estando a DGPC a "aguardar a revisão da proposta e a entrega do projecto de execução de arquitectura e demais especialidades, de forma a verificar a sua adequação patrimonial". "Face ao estado actual do imóvel, foram definidas em diversas reuniões com o promotor e gabinete projectista um conjunto de condicionantes para que a intervenção proposta salvaguardasse todos os elementos patrimoniais considerados estruturantes e originais do imóvel classificado", continua o esclarecimento da DGPC.

Esses elementos passam pelos "espaços de acesso público (entrada principal, vestíbulo, grande hall, sobreloja) e privado (gabinetes da administração e funcionários, salas de reunião), compartimentação interior, sistemas distributivos (corredores, escadas e elevadores), painéis decorativos (incluindo o fresco do pintor Almada Negreiros), caixilharias, carpintarias, elementos decorativos e revestimentos e, no exterior, os letreiros identificativos do jornal Diário de Notícias, assim como o painel pintado na fachada lateral do imóvel". "Paralelamente, foram igualmente definidas as áreas a demolir e a legalizar, existentes em pátios e nas coberturas, para que a futura intervenção contribuísse para a reposição da concepção original do projecto", salienta a DGPC. A Direcção-Geral do Património Cultural aponta que são "exemplos dessa preocupação a libertação total de construções de dois dos três pátios, a demolição de áreas significativas na cobertura afectas ao antigo refeitório (atuais áreas de redacção) e a recuperação da função de 'alpendrada' do terraço coberto junto à Avenida da Liberdade". [...]»

17/11/2016

Edifício-sede do DN vai para apartamentos e comércio - alerta/pedido à DGPC e à TTombo


​Exma. Senhora Directora-Geral do Património Cultural
Arq. Paula Silva,
Exmo. Senhor Director-Geral do Arquivo Nacional Torre do Tombo
Dr. Silvestre Lacerda


C.C. Gab.PM, AR/Comissão de Cultura, Gab.MC, Gab.PCML, AML e media

No seguimento do nosso alerta de 29 de Fevereiro ao Senhor Ministro e a Direcção-Geral do Património Cultural dando-lhes conta da venda, então iminente, do edifício-sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, e considerando a já anunciada intenção dos seus novos proprietários em transformarem aquele edifício (Imóvel de Interesse Público e Prémio Valmor) em apartamentos e comércio;

Voltamos a alertar não só para a possibilidade do respectivo projecto de alterações vir a implicar obras profundas no edifício que acarretem modificações na estrutura e na concepção de engenharia do mesmo, ou destruição ou remoção dos ​espaços e dos ​elementos figurativos exteriores e interiores, nomeadamente ​o átrio e ​os painéis e letreiros publicitários alusivos ao Diário de Notícias, mas também a existência evidente de risco de pe​rd​​​a do valioso espólio ainda existente naquelas instalações – em que se inclui variadíssimo mobiliário (algum dele desenhado por Daciano Costa) e um conjunto de quadros e esculturas de autores de nomeada, uma grande colecção de fotografias (muitas delas ainda em placa, e um arquivo fotográfico que vai da Monarquia até aos nossos tempos), escritos originais de escritores, dezenas de desenhos de Stuart (muitos inéditos), uma caneta de diamantes da Administração, e colecções completas de jornais e revistas (documentando 150 anos da História de Portugal);

· Solicitando à Direcção-Geral do Património Cultural que garanta a integridade física do edifício-sede do Diário de Notícias, concebido por Porfírio Pardal Monteiro e um dos maiores símbolos do Movimento Modernista na cidade de Lisboa e no próprio país, em sede de licenciamento;
· E ao Arquivo Nacional Torre do Tombo que garanta a salvaguarda do espólio do mesmo, designadamente por via da sua inventariação, arquivamento e posterior musealização em local público.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Rita Matias, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Nuno Vasco Franco, Miguel Atanásio Carvalho, Luís Rêgo, Jorge Pinto, Ana Cristina Figueiredo, Maria João Pinto, Rui Martins, Vítor Vieira, José Maria Amador, Fernando Silva Grade, Fernando Jorge, Paulo Lopes, Alexandra de Carvalho Antunes e Filipe Lopes

29/02/2016

Edifício-sede DN (Avenida Liberdade) vai ser hotel/ Espólio DN/ Apelo ao MC (DGPC/DGA/ANTT)


Exmo. Senhor Ministro da Cultura
Dr. João Soares


No seguimento das notícias recentes que dão conta da venda do edifício-sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, a um grupo hoteleiro cujo interesse será o de transformar aquele edifício em unidade hoteleira (vide http://observador.pt/2016/02/25/edificios-do-diario-noticias-da-radio-renascenca-vao-hoteis-charme);

Considerando que a eventual transformação daquele edifício num hotel irá implicar a realização de obras profundas no mesmo, acarretando, eventualmente, a destruição dos elementos interiores estruturantes de origem ainda existentes, bem como a remoção dos dispositivos publicitários exteriores alusivos ao Diário de Notícias; Considerando que estamos perante um edifício que é da autoria de Porfírio Pardal Monteiro, é Prémio Valmor (1940), é Imóvel de Interesse Público (1986) e é considerado obra fundadora do Movimento Modernista em Portugal;

Considerando que o edifício em apreço foi concebido de raiz para acolher todas as funções de um jornal, desde a fase de produção até ao momento da sua distribuição; facto que fez dele também um prodígio de engenharia, desde logo as suas fundações em forma de esfera, de modo a suportar a carga adicional das áreas técnicas que, na origem e durante largos anos, acolheram maquinaria de impressão, e a contenção do ruído associado à actividade gráfica enquanto ela ali se desenvolveu;

Considerando que o actual edifício-sede alberga nas suas instalações, designadamente nas salas da Administração e da Direcção, e no seu cofre-forte, um vastíssimo e valiosíssimo espólio, no qual se incluem variadíssimo mobiliário (algum dele desenhado por Daciano Costa) e obras de arte (quadros e esculturas de autores de nomeada), uma grande colecção de fotografias (muitas delas ainda em placa, e um arquivo fotográfico que vai da Monarquia até aos nossos tempos), escritos originais de escritores, dezenas de desenhos de Stuart (muitos inéditos), uma caneta de diamantes da Administração, colecções completas de jornais e revistas ( documentando 150 anos da História de Portugal);

Considerando que já da última passagem de testemunho entre administrações desapareceram fotografias e faqueiros, entre outros artigos do espólio do Diário de Notícias;

Considerando que, previsivelmente, o novo edifício-local-destino do Diário de Notícias não terá capacidade para albergar todo este espólio;

Apelamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro da Cultura, também enquanto titular da pasta da Comunicação Social, que previna com urgência este possível desfecho, e que a Direcção-Geral do Património Cultural, a Direcção-Geral das Artes e o Arquivo da Torre do Tombo garantam a salvaguarda do edifício, a inventariação atempada, arquivo e musealização do valioso espólio do Diário de Notícias.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, José Filipe Soares, Ana Alves de Sousa, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Maria do Rosário Reiche, Jorge Santos Silva, Alexandre Marques da Cruz, Pedro de Souza, Beatriz Empis, Miguel de Sepúlveda Velloso, Irene Santos, Pedro Henrique Aparício, Maria Ramalho, Fernando Jorge e Jorge Pinto

Cc. Media

17/11/2014

Por confirmar


Por confirmar está a venda recente do edifício-sede do DN, classificado de Interesse Público, a grupo angolano e sul-africano (?), por 20 Milhões (?), para hotel (?). Geee :-(

10/07/2014

Mega Tela no edifício Sede do DN na Avenida da Liberdade, Lisboa


Exmo. Sr. Presidente da EGEAC
Dr. Miguel Honorato


Face à resposta da DGPC à nossa exposição em epígrafe, somos a manifestar a nossa profunda decepção pela EGEAC continuar a propiciar esta ilegalidade, ano após anos. Lamentamos, por isso, que as Festas de Lisboa continuem a ser um mau exemplo em termos de gestão da da publicidade em espaço público, abusiva e desrespeitadora do património da cidade!

Anexamos fotos dos telões de de 2012, 2013 e 2014.

Melhores cumprimentos


Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho e Luís Marques da Silva

26/02/2014

Caderno de encargos para futuro DGPC

Artigo de opinião de Paulo Ferrero, Diário de Notícias de 26 Fev 2014

Declaração de interesses: o autor concorreu a diretor-geral do Património Cultural sem sucesso.

Ao futuro diretor-geral do Património Cultural, votos da maior das felicidades, no pressuposto de que quanto maior ela for mais o nosso património cultural terá a ganhar com isso, mesmo que sobre ele, o património, paire enorme incerteza do que lhe poderá valer o próximo QCA - se for nada, então corremos o sério risco de daqui por 1-2 décadas termos apenas o trivial...
Mas votos, também, para que ele leve por diante uma série de ações a curto prazo, em prol do nosso Património, que continua pelas ruas da amargura. E se do imóvel, edificado, classificado ou não, basta andar por aí para se ver como ele definha, dos bens móveis é melhor nem falar.
Desde logo, essas ações devem ter como princípio orientador o combate decidido ao binómio (já estrutural da casa que irá dirigir) que conjuga uma gritante falta de credibilidade da instituição junto do público (do cidadão comum, do promotor, das autarquias, etc.), que se vem agravando ano após ano (com demoras imensas, pareceres ridiculamente frouxos sobre licenciamento urbanístico, protocolos que convidam à "via-verde", processos de classificação inexplicáveis e inexplicavelmente morosos, etc.), com a óbvia ausência de proatividade enquanto agente interventivo e normativo de salvaguarda (não se lhe conhece uma tentativa de apresentação à tutela de propostas de alteração à lei do mecenato, ou sobre os custos-benefícios para quem possui bens classificados, ou sobre exportação de bens móveis, tão em voga recentemente e onde os procedimentos em vigor continuam caricatos, apesar das convenções).
Organicamente falando, aconselha-se uma assessoria interna capaz e a reformulação corajosa do conselho consultivo (a começar pela SPAA). Funcionalmente, está por fazer o levantamento das necessidades em cada serviço, em termos humanos e logísticos, e, claro, falta motivar os quadros ainda existentes e analisar, refletir e agir em conformidade. Em termos operacionais, eis dez ações imediatas, dez medidas para os dez primeiros meses em funções:
1. Avançar com a "Carta de Risco" do património cultural classificado, público e privado, imóvel e móvel (há algum inventário fidedigno deste?).
2. Extinguir os protocolos celebrados no âmbito do licenciamento urbanístico extraordinário, devolvendo essa tarefa aos técnicos, sob a máxima: "Um parecer bem fundamentado deve ser acatado e despachado em conformidade, doa a quem doer."
3. Avançar com a inventariação do património imóvel de reconhecido valor mas não classificado, existente em espaço urbano e/ou de temáticas esquecidas e/ou sob ameaça da pressão imobiliária, abandono declarado, incumprimento da lei: arquitetura dos séculos xix-xx (incluindo modernismo), arquitetura industrial, comércio de carácter e tradição.
4. "Muscular" a inventariação dos bens móveis objeto de protocolo com a Igreja Católica e com o projeto SOS Azulejo (a arte sacra e o azulejo são os dois elementos patrimoniais identitários nacionais, ambos sob crescente delapidação).
5. Incumbir os serviços (recorrendo a ouvidoria independente) de elaborar projetos de alterações à Lei do Mecenato, à regulação do mercado de antiguidades e à exportação de bens móveis, para posterior submissão à tutela/A.R.
6. Apoiar e preparar convenientemente duas candidaturas de Arquitetura da Água à UNESCO/Património da Humanidade, em 2014: o alargamento da classificação do Convento de Cristo ao esquecido Aqueduto de Pegões, e a classificação do Aqueduto das Águas Livres (com cisternas, casas-de-água, condutas e chafarizes).
7. Reformular/revitalizar a Rede Nacional de Museus (membros, bilhetes, etc.), fazendo justiça a três deles, autonomizando o Museu de Arte Popular; parametrizando convenientemente o que deve ser o Museu da Música; lutar pela ampliação do Museu do Chiado.
8. Averiguar do andamento do projecto EEA Grants "Rota das Judiarias", e, se for caso disso, recuperar o mesmo para a esfera da DGPC, em Lisboa, porque se trata da imagem do País, e
9. Preparar, desde já, 2017, criando as condições objetivas para que seja possível apresentar aos próximos EEA Grants uma candidatura bem estruturada a tempo e horas...
10. Reforçar a abertura do Património à guarda da DGPC à iniciativa privada, sem o prostituir ou delapidar, recorrendo à figura de "patrono", lançar campanha sistematizada de angariação de mecenas para fins específicos.
Verborreia e pesporrência? Talvez.


15/07/2013

Se era para isto mais valia terem deixado as letras garrafais de Cristino da Silva!!!


«ANTIGA LIVRARIA DIÁRIO DE NOTÍCIAS DO ROSSIO FECHOU PORTAS

In O CORVO


As letras que lhe davam a imagem, justificavam o carisma e, mais que tudo, outorgavam o nome pelo qual ela foi conhecida já tinham sido retiradas, no início do ano passado. A designação oficial da loja já nem era a mesma de sempre, desde há sete anos. Mas agora as portas fecharam mesmo. A antiga livraria Diário de Notícias, uma das mais icónicas da Praça Dom Pedro IV, ou Rossio, e também da Baixa, encerrou no final da semana passada. A livraria, pertencente ao Grupo Leya, e o seu recheio foram transferidos para a outra loja do grupo, praticamente em frente, no número 23 do Rossio, ao lado do Café Nicola, e que amanhã reabre, após obras de reabilitação. Durante o fim-de-semana, era muita a azáfama, com funcionários a fazerem a mudança do acervo e de algum mobiliário para o renovado espaço. Morria mais uma livraria, por entre o muito movimento dos turistas indiferentes.

A livraria do jornal Diário de Notícias abriu em 1938, com o projecto da fachada a ser concebido pelo arquitecto modernista Cristino da Silva. Essa fachada de azulejos amarelos encimada por um néon azul com as letras estilizadas do Diário de Notícias foi, durante décadas, um farol para muitos dos que passavam pela Baixa. A loja que em 2006 se passou a chamar Oficina do Livro, após ter sido vendida aquela editora, havia conhecido obras de remodelação no seu interior, cinco anos antes. Mas o aspecto exterior manteve-se inalterado pelo seu simbolismo patrimonial. Tanto que o mesmo está catalogado no Inventário Municipal de Património anexo ao Plano Director Municipal. Tal classificação revelou-se, porém, insuficiente para evitar que o néon com as famosas e reluzentes letras do Diário de Notícias tivesse sido retirado, em Fevereiro do ano passado. Isto depois de a fachada ter sido já adulterada com a colocação por cima do néon de uma enorme placa dizendo Livraria Oficina do Livro.

Texto e fotografia: Samuel Alemão»

01/07/2013

Mega-tela de publicidade na fachada da sede do DN (IIP), É LEGAL?


Att. IGESPAR/DRC-LVT
Cc. Media, AML


Exmos. Senhores


Vimos por este meio dar conta a esses Serviços de mais um caso gritante de falta de gosto e respeito pelo património edificado de Lisboa e, julgamos, em claro atropelo à legalidade, uma vez que este telão cobre um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público.

Trata-se do edifício sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade.

Será que teve aprovação da DRCLVT / IGESPAR?

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos


António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, António Araújo, Fernando Jorge, Júlio Amorim

(18/6/2012)


...


RESPOSTA da DGPC a 1.7.2013:

Exmos Senhores,

«Encarrega-me a Senhora Diretora do DBC, Drª Maria Catarina Coelho, de comunicar que a DGPC não foi consultada sobre a instalação da referida tela publicitária, a propósito das Festas da Cidade de Lisboa, no edifício-sede do Diário de Notícias, classificado como IIP, pelo Decreto nº 1/86, D.R.I Série, nº 2, de 3 de Janeiro.

Mas se informa que foram solicitadas à CML explicações sobre o facto de não ter havido o obrigatório procedimento de autorização junto da DGPC.

Com os melhores cumprimentos,

Salomé Pereira
Assistente Técnico»

29/02/2012

Confirmada ilegalidad​e da obra feita na fachada da antiga agência do Diário de Notícias no Rossio/E AGORA?


Exmo. Senhor Presidente
Dr. António Costa


Voltamos ao contacto de V. Exa. para lhe dar conta da efectiva ilegalidade da operação de remoção dos letreiros modernistas originais das fachadas da antiga livraria (agência) do Diário de Notícias, no Rossio, uma vez que fomos informados de que não deu entrada na DRC-LVT nenhum pedido de alteração àquela loja.

Aqui chegados, pedimos a V. Exa. que nos esclareça quanto ao procedimento a adoptar pela CML no sentido de repor a legalidade, ou seja, instar o proprietário a recolocar os letreiros naquelas fachadas, respeitando o património da cidade (a fachada de loja está inscrita na Carta do Património anexo ao PDM, e a loja está inserida na Baixa Pombalina, IIP) e o que resta do projecto original modernista do Arq. Cristino da Silva, de 1936.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Fernando Jorge, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, João Filipe Guerreiro, António Araújo, Jorge Pinto, Paulo Lopes, Nuno Caiado e Virgílio Marques

C.c. AML, Media.


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«Date: Wed, 29 Feb 2012 12:15:23 +0000
To: Fernando Jorge
From: Paula Infante
Subject: Antiga Agência do Diário de Notícias no Rossio


Exmo. Senhor Fernando Jorge

Encarrega-me a Senhora Diretora de Serviços dos Bens Culturais da Direção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, de o informar que não deu entrada neste serviço nenhum projeto de alteração para a antiga agência do Diário de Notícias, no Rossio.

Com os melhores cumprimentos


Paula Alves, Técnica Superior
Direcção de Serviços dos Bens Culturais
Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo
Avenida Infante Santo, n.º 69 - 1.º, 1350-177 Lisboa
Telf: 213 920 750 | Fax: 213 953 535
Correio electrónico: geral@drclvt.pt
Sítio oficial: www.drclvt.pt»


22/02/2012

Antiga agência do Diário de Notícias no Rossio (Arq. Luís Cristino da Silva, 1938)

Todo o lettering original, em metal e néons, foi retirado da fachada da antiga agência do Diário de Notícias na Praça D. Pedro IV, 10-11 torneja Rua do Ouro.

Esta loja foi desenhada em 1938 pelo Arq. Luís Cristino da Silva (1896-1976) sendo um dos estabelecimentos comerciais mais paradigmáticos do Movimento Moderno em Lisboa. Também era uma das poucas frentes de loja do periodo Modernista que sobreviviam na capital.

Como foi possível acontecer esta destruição, em pleno Rossio, de uma obra de um dos autores de referência da arquitectura do séc. XX?


Deu entrada na CML algum projecto de alteração deste imóvel?
Este estabelecimento faz parte da Carta Municipal do Património anexa ao PDM.


Por Fernando Jorge.

03/02/2009

Petição Em Defesa do Diário de Notícias

To: Sociedade Portuguesa
Diário de Notícias Em defesa de um património com 144 anos

A história do Diário de Notícias não pode, nem deve, ser dissociada da história do País. Nos últimos 144 anos, o jornal fundado a 29 de Dezembro de 1864, por Thomaz Quintino Antunes e Eduardo Coelho, tem estado presente nos momentos mais históricos da sociedade portuguesa.
Em 1864, por exemplo, quando a maioria dos periódicos não escondia a sua veia de combate político, o Diário de Notícias apostou na sobriedade informativa e na prioridade factual. Sempre aliada à atracção de alguns dos nomes mais importantes da cultura nacional. Nestas páginas escreveram, entre outros, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Pinheiro Chagas e José Saramago.
Ao longo dos anos, contra crises mundiais e nacionais, sobreviveu a tudo e a todos, ultrapassou o Antigo Regime, defendeu a liberdade e implantou-se como uma das maiores referências nacionais e internacionais na história do jornalismo. 144 anos a informar Portugal e a inaugurar novos géneros jornalísticos: o Editorial, a Grande Reportagem, as grandes entrevistas.
Momentos houve, porém, em que algumas forças pareceram querer aniquilar o DN, colocando em causa a sua subsistência. Com sucessivas vendas e privatizações, muitas vezes causadoras de enormes perturbações no seio de uma redacção que apenas tem procurado informar Portugal, sempre com o máximo de rigor.
Nunca, porém, a precariedade dessa sobrevivência foi tão notória como hoje, sendo tempo de todas as forças vivas da sociedade portuguesa reclamarem contra o definhamento da identidade de uma instituição centenária que sempre as representou.
Num difícil momento económico-financeiro, nacional e internacional, são cada vez mais nítidos os indícios de que o grupo Controlinveste está a usar a crise como pretexto para levar a cabo uma reestruturação, longamente pensada, e que conduzirá ao despedimento, sem qualquer tipo de critério explicável, de 122 trabalhadores, dos quais mais de 60 são jornalistas do Diário de Notícias, JN, 24 Horas e O Jogo
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[...]

Petição disponível aqui.