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31/01/2014

A Casa dos Animais


In Site da CML:

«Adote um amigo!

Estes três simpáticos cachorrinhos foram encontrados na zona da Ameixoeira, abandonados na via pública em conjunto com a sua mãe. Têm cerca de cinco semanas, são de porte médio e estão disponíveis para adoção na Casa dos Animais de Lisboa, onde pode visitá-los. As suas referências são os números 106, 107 e 108.

Siga este link e saiba mais:

http://www.cm-lisboa.pt/viver/animais-de-companhia/adota-animais»

14/08/2013

Provedora dos animais de Lisboa bate com a porta e critica direcção do canil/gatil


In público Online (14/8/2013)
Por Marisa Soares

«Marta Rebelo sai menos de dois meses após ter assumido funções. Denuncia situações de "promiscuidade" e falta de condições no canil da capital.

A provedora dos animais da Câmara de Lisboa, Marta Rebelo, apresentou a demissão menos de dois meses após ter assumido o cargo. Numa longa carta publicada na sua página do Facebook, a jurista tece duras críticas à câmara bem como à direcção do canil/gatil, acusando-a de "paternalismo".

Marta Rebelo foi nomeada a 18 de Junho pelo presidente da autarquia, António Costa, para o cargo recém-criado. Tinha como funções fazer recomendações, receber e tratar as queixas sobre a Casa dos Animais (nova designação do canil/gatil). No entanto, menos de dois meses depois bateu com a porta devido “às dificuldades, às inverdades, à ausência de emergência, à inexistência de urgência que circunda a Casa dos Animais de Lisboa”.

Na carta em que explica os motivos pelos quais apresentou a demissão, Marta Rebelo critica o “afastamento” de António Costa das questões relacionadas com o canil e reprova a organização camarária, que considera “insustentável, disfuncional e auto-proclamatório de nadas”. Denuncia também o “paternalismo demonstrado pela direcção” da Casa dos Animais, que considera "completamente ausente". O PÚBLICO tentou contactar a direcção, liderada por Veríssimo Pires, sem sucesso até ao momento.

Em declarações à Lusa, o vereador do Ambiente Urbano (responsável pelo canil/gatil), José Sá Fernandes, disse estar surpreendido com a demissão de Marta Rebelo, a qual lamenta. Indicou ainda que não será apresentado outro provedor e que aguarda as propostas do grupo de trabalho criado para ouvir associações e munícipes sobre o funcionamento do canil/gatil e apresentar sugestões, até ao final do mês. [...] Marta Rebelo denuncia o mau funcionamento do canil/gatil, onde as salas de quarentena são feitas de “fumos de palco” e as bactérias e vírus “se espalham gatil afora, e outras canil adentro”. E aponta casos concretos. Fala, por exemplo, do Corujinha, um cão que provavelmente estaria morto há mais de um mês sem a ajuda da Polícia Municipal e de “um dado encarregado da Casa dos Animais”. O cão contraiu uma doença enquanto estava no canil, “provavelmente uma parvovirose”. O uso do advérbio é propositado: “Porque análises de sangue é coisa que não vi ali sucederem. Nunca.”

“Não confio nas condições da ala do gatil” para receber os animais, continua Marta Rebelo. E dá outro exemplo, que pesou na sua demissão: o de quatro gatos que foram adoptados e, por terem uma doença não detectada no gatil, contagiaram mais 13 animais das famílias adoptivas. Morreram os 17. “Mas afinal, terá sido só panleucopenia”, afirma, criticando novamente a ausência de análises aos animais.

A ex-provedora, que é também jurista e foi deputada pelo PS na Assembleia da República e na Assembleia Municipal de Lisboa, sublinha que apesar de tudo encontrou no canil/gatil “pessoas dedicadas, amantes dos animais, que ali se encontram desamparadas na fama formada sem proveito de serem reais bestas”.

“Não abandono animais. Mas abandono pessoas e projectos que não são genuínos”, remata. Nesta quarta-feira, em declarações à Lusa, Marta Rebelo acrescentou que apresentou a demissão no domingo mas só a tornou pública na terça-feira, na página do Facebook dedicada ao provedor. E disse que“a emergência que está ali é de tal sorte, que não se compadece com grandes elaborações e compassos de espera, nem com umas obras que já pararam muitas vezes (por razões alheias à vontade municipal, na maior parte dos casos), mas que implicam agora um grande esforço e uma grande concentração de esforço de obra, para que as coisas mudem”.

“Infelizmente, não é só o tijolo que tem de mudar. E esse conjunto de coisas inviabilizou a forma como eu encaro, ou encarei, o exercício daquela missão”, referiu.»

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LOL

27/06/2011

Tribunal proíbe canil/gatil de receber animais

In Jornal de Notícias (27/6/2011)


«O canil/gatil, de Lisboa, em Monsanto, está proibido de aceitar animais, com algumas excepções, e tem 15 dias para reestruturar os serviços de forma a cumprir as condições exigidas por lei, decidiu o Tribunal Administrativo e de Círculo de Lisboa.

Em resposta a uma providência cautelar do Grupo de Lisboa da Campanha de Esterilização de Animais Abandonados (CEAA), o tribunal obriga o canil municipal a criar, num prazo de oito dias, uma área de quarentena para os animais, dá 15 dias para que seja nomeado um técnico responsável pelo centro e elaborado um programa com vista ao bem estar dos animais capturados e recebidos. A providência cautelar tinha sido interposta por Margarida Garrido, que integra o Grupo de Lisboa da CEAA, que pretende sensibilizar os municípios para o bem estar animal e para procederem à esterilização de animais abandonados e o seu controlo. Contactada pela Lusa, afirmou-se satisfeita com a decisão, revelando que o grupo exige igualmente o afastamento da actual direcção do canil/gatil. "Temos 30 dias para que as indicações agora dadas pelo tribunal não caduquem. As prometidas obras parece que já avançaram, mas isso não chega. Queremos que seja afastada a actual gestão do canil, responsável principal pela situação que ali se vive", afirmou. Na sentença, o tribunal considera que o centro de recolha "não tem as condições exigidas pela lei em vigor e aplicável, bem como não adoptou os procedimentos igualmente impostos pela lei".

Após uma fiscalização ao canil/gatil, os técnicos concluíram que o espaço não reúne condições para impedir a proliferação de doenças, "cuja transmissão é potenciada pela falta de quarentena dos animais". »

26/05/2011

Obras no canil e gatil de Monsanto prontas até Fevereiro de 2012

In Público (26/5/2011)
Marisa Soares

«Empreitada vai custar 700 mil euros, quase o dobro do previsto. A capacidade de acolhimento mantém-se, mas vão melhorar as condições


Os cerca de 210 animais do canil e gatil municipal de Lisboa vão ter, dentro de nove meses, mais espaço e melhores condições de higiene. As obras de ampliação e requalificação do espaço que fica no Parque Florestal de Monsanto começaram esta semana.

O projecto foi o mais votado do orçamento participativo de 2009, com 754 votos, e tinha um custo estimado de 375 mil euros. No entanto, vai ser investido quase o dobro. O restante sai do orçamento municipal. "Surgiram novas exigências em termos de construção e decidimos melhorar o projecto inicial", esclarece o vereador do Espaço Público, José Sá Fernandes.

O canil interior, de onde ecoam os latidos estridentes dos animais em boxes exíguas - onde dormem, comem e fazem as necessidades, acorrentados - vai sofrer obras que permitirão ampliar o espaço disponível. "Vamos pôr boxes novas, com uma zona para os cães estarem e outra para dormirem, sem corrente", garante Luísa Costa Gomes, chefe da Divisão de Higiene e Controlo Sanitário. Os cães terão mais espaço, mas a capacidade de acolhimento não vai aumentar.

Um "serviço público"

As 25 boxes exteriores, cada uma com um ou dois cães, vão manter-se. O edifício ao lado, actualmente vazio, porque "não reúne condições", vai ser requalificado e acolher novas boxes de cães. A centena de felinos será instalada em jaulas maiores, num outro bloco com acesso para uma zona exterior coberta por rede, onde terão liberdade para se movimentar, ao contrário do que acontece agora.

A actual zona do gatil vai dar lugar à sala de isolamento, até aqui inexistente, para evitar contaminações entre os animais doentes. O edifício onde funcionam os serviços administrativos também vai ser requalificado e está prevista a construção de um balneário feminino e de um refeitório para os trabalhadores.

O vereador José Sá Fernandes diz que a câmara está a cumprir um "serviço público" e apela às pessoas para não abandonarem os animais.

Luísa Costa Gomes adianta que a taxa de adopção tem aumentado, tendo chegado aos 40 por cento em Março, mas são muitos os casos de pessoas que levam para casa um animal e o abandonam no mesmo dia. Se não forem adoptados, os cães e gatos estão ali "o máximo de tempo possível" até serem abatidos, dependendo da "pressão de entrada" de novos animais, diz a responsável municipal.

Maioria das propostas para o espaço público

O orçamento participativo da Câmara de Lisboa para 2011 recebeu 808 propostas dos munícipes, a maioria (252) relativa ao espaço público e aos espaços verdes. A verba disponível é de cinco milhões de euros, mas cada projecto não pode custar mais de um milhão de euros. Entre outras coisas, pede-se a construção de equipamentos desportivos, hortas, mercados, lares e centros de dia e até o renascimento da Feira Popular. As propostas estão em análise e serão votadas em Setembro. M.S.

A partir de Setembro

Trabalhadores preocupados com fim de contratos a prazo

Os trabalhadores do canil e gatil de Lisboa temem que o serviço prestado neste equipamento municipal fique comprometido a partir de Setembro. Em causa está o fim dos contratos a prazo de nove dos 15 tratadores-apanhadores. "Restam os seis trabalhadores que estão no quadro, o que é insuficiente para garantir as tarefas do canil", diz Nuno Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa.

Os funcionários manifestaram-se ontem de manhã em frente aos Paços do Concelho e entregaram uma moção no gabinete do presidente da câmara, António Costa, no Largo do Intendente. O problema, segundo o representante sindical, é que a autarquia ainda não abriu concursos públicos para preencher os lugares ocupados por aqueles funcionários. O PÚBLICO tentou, durante a tarde de ontem, confirmar esta informação, mas não obteve resposta da autarquia.

Segundo Nuno Almeida, oito dos 15 trabalhadores têm contratos a termo certo até Setembro e um outro funcionário tem um contrato do mesmo género até Janeiro do próximo ano. Em causa, garante, podem ficar todas as tarefas executadas por aqueles profissionais, desde o tratamento dos animais e limpeza do canil até à remoção de cadáveres e a recolha de animais ao domicílio.

"Esta situação já é há muito tempo motivo de preocupação. Há cerca de quatro anos registou-se uma situação semelhante", recorda. "Se ficarmos sem os nove trabalhadores, o serviço do canil fica comprometido e os trabalhadores que restam não terão direito a folgas", garante o sindicalista. "Já com 15 pessoas há situações em que um trabalhador tem de fazer quatro fins-de-semana seguidos, sem folgas", critica. Os tratadores-apanhadores estão disponíveis 24 horas por dia, em regime de turnos.

Em caso de greve, por exemplo, não será possível cumprir os serviços mínimos, que têm de ser garantidos por seis pessoas. Questionado sobre as obras que começaram esta semana no canil e gatil, Nuno Almeida reconhece que "vão resolver alguns problemas relacionados com a higiene e saúde dos trabalhadores". No entanto, a manutenção dos balneários masculinos no espaço que ocupa actualmente é motivo de preocupação. "Por baixo passam os esgotos dos cães. Já houve casos em que as tampas levantaram e a porcaria entrou nos balneários", recorda. M.S. »

24/01/2011

Tratados abaixo de cão.

Canil de Lisboa continua sem condições. Animais estão acorrentados perto das fezes.


As boxes são exíguas e a comida e a água são servidas a poucos centímetros dos excrementos, que se acumulam pelos corredores. No Canil Municipal de Lisboa (CML), falta luz solar e quaisquer outras condições de salubridade. Mas o que mais impressiona são os latidos estridentes no limite das correntes curtíssimas. E o cheiro: um cheiro intenso, nauseabundo, que se torna insuportável e onde é difícil imaginar a adopção de um cão.
«Quando fui ao canil, porque o meu cão, um labrador, tinha morrido, nem queria acreditar. O cenário era miserável, com os cães acorrentados em cima da sua própria caca... horrível» - revolta-se Manuela Carmo Costa.
Já há três anos, o SOL tinha estado no Canil/Gatil Municipal de Lisboa e comprovou as condições precárias em que estão os animais. Desde então, quem ali se dirije para adoptar um animal verifica que pouco ou nada mudou.
No exterior, as condições são um pouco melhores. Os animais estão acomodados em grupos de dois ou de três, «para não se sentirem sozinhos», como explica a técnica que faz a visita.
«A construção das boxes de ar livre melhorou muito o bem-estar dos animais», acredita Carlos Ferreira, director do Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos da Câmara de Lisboa, que tutela o canil. «A higiene das instalações sempre foi assegurada de acordo com as regras de boas práticas em uso», assevera. O director reconhece, no entanto, o facto de «no canil 1 (zona interior) ser difícil a manutenção dessas regras».
Quanto às obras que permitirão mudar esta situação e que estão previstas há anos - como foi publicado na reportagem Mundo Cão, na revista Tabu, em Outubro de 2007 -, apenas agora poderão começar a avançar. «O concurso público para efectivação das obras está neste momento a decorrer, terminando o prazo de entrega de propostas em 12 de Fevereiro», adianta Carlos Ferreira.
Mais animais acolhidos
Houve um ligeiro aumento do número de animais acolhidos nas instalações do canil, instalado na zona do Parque Florestal de Monsanto.
Segundo dados do Departamento de Higiene Urbana, em 2009, foram recolhidos 749 cães vivos. E entregues pelos próprios donos 951 - daí o aumento do número registado face a anos anteriores.
«Às vezes, os animais são entregues por se encontrarem em fase de doença terminal ou porque não querem manter o animal por mais tempo», refere Carlos Ferreira.
Além destes, vivem no canil os animais abandonados na via pública e recolhidos pelos serviços da Câmara ou a pedido de autoridades policiais ou de munícipes.
Já quanto aos animais restituídos aos donos ou adoptados, o número é significativamente inferior. Apesar de ainda não estarem reunidos os dados de 2010, sabe-se, no entanto, que a taxa de adopções aumentou bastante neste último ano. Se no ano anterior foi de 38%, em Dezembro de 2010 chegou aos 70%.
Em 2009, foram restituídos 145 cães e adoptados por novas famílias 512. Uma realidade que mostra a fragilidade do sistema e significa que os animais podem chegar a ficar anos no canil.
«A legislação diz que os animais recolhidos devem permanecer no Canil por um período não inferior a 8 dias, para que possam ser reclamados pelos seus detentores. No entanto, os animais permanecem por períodos muito mais longos», admite Carlos Ferreira.
Segundo a técnica que guiou a visita do SOL, há pelo menos três cães no canil de Monsanto que lá vivem há mais de dois anos.
«Os veterinários municipais só efectuam eutanásias em situações extremas e de acordo com as normas em vigor emanadas da Direcção Geral de Veterinária», esclarece Carlos Ferreira.
«No dia em que lá fui, até sangue havia nas paredes, porque eles eutanasiam os animais ali mesmo, nas boxes», testemunha Maria Carmo Costa.
No que a raças diz respeito os rafeiros continuam a ser os campeões no canil. Mas não são o total, neste mundo cão. Há de todas as raças.
Por Sónia Balasteiro-Sol