28/11/2007

Clubes históricos de Lisboa sem fé no próprio futuro

In Notícias da Manhã (28/11/2007)
Fernando Carvalho

«No Auditório do Montepio Geral, onde decorreu a conferência, estiveram presentes como prelectores Domingos Estanislau, presidente do Clube Futebol Benfica (popular Fofó), Carlos Perdiz, presidente do Clube Operário Futebol de Lisboa, e, em representação do Clube Oriental de Lisboa (COL), o associado Raul Moita.
Domingos Estanislau focou o percurso histórico do carismático clube de Benfica e dos primórdios do desporto como fonte agregadora das gentes. “Conversar sobre desporto e a vida dos nossos clubes é um acto sublime de cultura”, afirmou, sustentando que a cultura “é um conjunto complexo de vivências e conhecimentos da lei, da ética, da moral, dos costumes e dos hábitos continuados e adquiridos”, pois é isso que os “nossos clubes fazem”. Estanislau citou ainda o professor Olímpio Bento no último «Congresso de Desporto»: “Não dar ao desporto a devida importância é viver fora do nosso tempo”, acrescentando que “não estar atento ao movimento associativo é colocar de fora cerca de duzentos mil voluntários desportivos recreativos e sociais”.
O presidente do Fofó alertou para as “benesses” concedidas aos clubes chamados «grandes», não compreendendo como num estado de vivência democrática os clubes ditos «pequenos» são simplesmente “ostracizados”, quando contam no seu seio campeões nacionais, europeus e mundiais. Finalizou contando alguns episódios que foram e ainda são marcos históricos da vida do popular Fofó, palavra “depreciativa” num primeiro momento da vida do clube, mas que se tornou “carinhosa” na actualidade.(...)»

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