19/05/2008

Bairro Alto: haxixe, coca & outros


"Na sua última edição a Time Out Lisboa dedica especial atenção ao Bairro Alto, “ uma cidade dentro da cidade”. Ao longo de doze páginas a revista desvenda o guia alternativo e “um outro olhar sobre o coração da cidade”, sem esquecer o “Lado Baixo do Bairro Alto”, porque “o bairro não é só copos, festa e gente gira”.Desse outro guia (o dos problemas) aqui ficam alguns parágrafos:

Droga
Há duas palavras mágicas no Bairro Alto: haxixe e coca. E de uma coisa Lisboa pode ter a certeza o tráfico não é bom para o turismo. (…)E nos guias turísticos o bairro não vem referenciado como o novo Casal Ventoso. Ele é apresentado como bairro histórico imperdível. Portanto, talvez o bairro tenha de se decidir: quer atrair ou espantar turistas? É que os lisboetas já se habituaram…mas e os outros?

Horários de Fecho
Fechar o Bairro Alto à meia-noite é mais ou menos a mesma coisa do que lhe espetar uma faca nas costas, torcer-lhe o pescoço e ainda lhe dar uns pontapés nas costelas.

Tags
Há um deserto do Saara entre a verdadeira street art e as chamadas tags (assinaturas) que sujam as streets do Bairro alto. Estas palavras escritas a tinta (que a maior parte das vezes são apenas assinaturas) são só poluição visual para quem lá vive e trabalha.

Lixo
São os próprios comerciantes a admitir: a culpa nem é da Câmara. Essa tem tido um trabalho “notável” fazendo circular pelas ruas do bairro um carro do lixo que não deixa uma migalha à vista.

Pilaretes
A parte de baixo do carro existe por alguma razão. É por isso que de cada vez que um pilarete a destrói alguém fica muito aborrecido. No Bairro Alto acontece muito."



Apesar de a Time Out (uma excelente revista) descrever bem o "Bairro" como "O único onde voltamos vezes sem conta sem perguntar porquê. E que acabamos sempre por escolher para comer, beber, ouvir música ou simplesmente estar com os amigos. Que nos dá uma estranha sensação de casa, a boas e más horas, com boas ou más companhias." a verdade é que é incompreensível que dia após dia, nas mesmas ruas, nas mesmas esquinas, as mesmas pessoas, perfeitamente identificáveis, do conhecimento geral de comerciantes, habitantes, frequentadores e polícia (?), trafiquem estupefacientes, descaradamente, a qualquer pessoa que passe, como se de comércio absolutamente legal se tratasse.

8 comentários:

Anónimo disse...

por mimpodem pôr a tal faca nas costas do BA
como moradore, tenho muma vida infernal, e sem alternativas, devido ao barulho, ao lixo , às drogas
fechando à meia noite o negócio pode ser outro
venha faca

Anónimo disse...

diz o desdobrável que é a zona mais cool. provincianismo e erro by default, reponho a verdade ze truth: é a zona mais cu.

nenhum zivilizado pára por lá nestes dias e claro que não vou dizer onde the thing is.

Anónimo disse...

Morei no bairro mesmo no instante em que se transfigurou para zona de bares de shots. A rua do Norte onde morava não tinha um único bar (só o luso ao fundo) mas tinha umas quantas mercearias que fecharam e a casa de chás que agora é uma espécie de discoteca. Acho que fechar o bairro à 1 ou às 2 não o iria matar. Muito pelo contrário. Muitos bares já fecham às 3:30 para evitarem a hora da confusão assaltos e porrada que se segue. Penso que podia haver limpeza diária de tags organizada pelos moradores (só não o fazem porque não querem, não?). Quanto à branca, não me incomoda e já vi muitos turistas a comprar.

Anónimo disse...

O bairro alto não é nenhuma zona de exclusividade económica! Os seus moradores têm os mesmos direitos que moradores de outras freguesias, tais como: dormir descansado; não sofrer vandalismo na sua propriedade, etc.
É preciso coragem e afrontar interesses de gente desqualificada - donos de bares sem escrúpulos e vendedores de droga - para conservar um bairro histórico e garantir qualidade no comércio existente.

Anónimo disse...

A Time Out esquece de referir que este bairro tem a merceria mais cara de Lisboa, os seus funcionários deambulam pelas ruas sem cumprir horários e fora de horas, vendem louro, oregãos, caldos Knorr, crsitais de açucar, farinha e aspegic e outros remédios, tudo isto de má qualidade e sem estarem devidamente embalados (que seriam apreendidos pela a ASAE caso pudessem controlar).
Este espaço urbano de índole gourmet não serve os turistas com a qualidade que se impõe.
E os rapazes, nem recibo verde passam, um escândalo!

Anónimo disse...

O BºAlto é um bairro absolutamente a recuperar.
A "Time Out" é uma revista absolutamente irrelevante.


20-5-08 Lobo Villa

Anónimo disse...

Os tiros ao fim de semana também irrelevantes.Ate matam...

Anónimo disse...

A polícia sabem quem são, os comerciantes também...