23/05/2008

Lisboa é para carros não para pessoas - prova #203

Rua Marquês Sá da Bandeira, Lisboa, junto ao jardim da Gulbenkian.

60 cm é quanto sobra entre o muro e as bases dos vários candeeiros que existem ao longo do passeio. Ali não passam duas pessoas lado a lado a conversar, não passa uma cadeira de rodas, não passa um carrinho de bebé, e só com alguma dificuldade passa um peão de bengala ou com compras.

A rua não é estreita, o trânsito é pouco intenso não fazendo qualquer sentido atribuir-lhe 6 faixas (4 de rodagem e duas de estacionamento), logo resolver o problema é mais que fácil. Quantas mais décadas vão passar até que isto também se torne óbvio na cabeça dos responsáveis da Junta de Freguesia e da Câmara?

7 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Por esta lógica, Lisboa é para os barcos. Estes têm uma passagem de 16Km!! quando passam pelo estuário do Tejo.

Os barcos esses sim são os culpados pelas extensas filas de pessoas que ficam à espera, porque querem teimosamente passar ao mesmo tempo pelo passeio na zona do candeeiro.

Anónimo disse...

Bem observado M.C.

JA

Manuel João Ramos disse...

e, claro, o departamento de tráfego da CML até reconhece que a rua e passeio precisam ser reconfigurados (em resposta a requerimento que eu fiz), e a direcção municipal também reconhece a necessidade de rever a situação. A resposta já tem um ano e meio, e nada aconteceu, nem irá acontecer nos anos mais ou menos próximos.

FJorge disse...

No Campo Pequeno existe uma situação ainda mais absurda do que esta. Em breve será aqui divulgada.

E que dizer da Rua Morais Soares? O melhor é mudar o nome para Via-rápida ou Auto-estrada Morais Soares.

Anónimo disse...

É mesmo típico de Lisboa, de Portugal. Provavelmente os passeios foram cortados na década de 80 para permitir estacionamento. Depois, quando se construiu o parque subterrâneo no final da década de 90 (a meia dúzia de metros deste local!) não pensaram que estava na altura de devolver os passeios às pessoas.

Anónimo disse...

Detesto passar nessa rua a pé. Prefiro dar uma volta maior pelos jardins da Gulbenkian, se abertos, a passar por aí. Especialmente quando vou acompanhado, porque é mais que irritante estar a reduzir a marcha para aquele funil.

Eu bem sei o que fazia àquilo.

Anónimo disse...

O petróleo a 200 dólares o barril vai-nos devolver a cidade a pessoas.... há esperança...pena ter que ser a mal....