07/07/2008

KunstlerCast

A crise do subprime está intimamente ligada ao urbanismo, e ao colapso do suburbio. Em Portugal estas praticas continuam a ser desenvolvidas com a, destruição sistematica dos centros historicos (na alienação do edificado, populações e comercio), nos diversos programas polis, na construção de mais centros comerciais, em office park, mega infraestruras que desertificam as cidades, e que tornam o uso do automovel indispensável.

O movimento Novo Urbanismo (New Urbanism) que emergiu nos anos 90 tem demonstrado que estas praticas urbanas (Nova e Velha Carta de Atenas) encontram desajustadas com a realidade devido ao aumento do consumo de energias e à degradação do ambiente das cidades e da paisagem.

Conhecem James Howard Kunstler? I believe a lot of people share my feelings about the tragic landscape of highway strips, parking lots, housing tracts, mega-malls, junked cities, and ravaged countryside that makes up the everyday environment where most Americans live and work.- James Howard Kunstler, from The Geography of Nowhere

Excelente leitura e também para ouvir. http://kunstlercast.com/

21 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Neste blog continua-se a ter a visão redutora de Lisboa, como se os seus limites ainda fossem os mesmos que aqueles que foram definidos no século XIX.

Lisboa cresceu para fora desses limites, e para sul do Tejo. É um complexo de mais de 2,5 milhões de pessoas que vivem, trabalham e deslocam-se num raio de 40Km à sua volta.

Por aqui enterra-se a cabeça na areia. Quer-se congelar a historia, as pessoas nas suas casas, a economia da capital, e congelar a mente humana. Queixam-se dos modos de vida contemporâneos, chamam tudo de mau gosto. Pobres reaccionários que ficam para trás.

Anónimo disse...

Estás desfazado no tempo... Pobres reacionários, são aqueles que vivem agarrados a um efémera modernidade progressista, actualmente já sem sentido, comezinha e rasca, que só leva á destruição dos valores civilizacionais que provocam frustrações aos invejosos; são aqueles que ainda vivem num antigamente que já foi moderno mas que, como tudo, está ultrapassado.
A história repete-se e estamos num novo tempo, em que começa a ser necessário ser progressista de outra forma: Recuperar os valores que uma elite pseudo-intelectual, não porque o seja de facto, mas porque se auto-intitula, destruiu. É preciso que esta "nata" da intelectualidade, que democráticamente, chama reacionário a tudo e a todos os que não partilham das suas ideias progressistas, seja definitivamente desmascarada e destruído o mito.
Eu sei que para isso ainda serão necessários vários anos de uma boa educação, feita sem facilitismos estatiísticos e com base naquilo que são os valores da tolerância, do respeito e de uma verdadeira democracia dos cidadãos, mas entendo que vale a pena, mais não seja para dar a opurtunidade aos vindouros de viverem dignamente nas suas cidades e não suburbanisticamente como hoje acontece.
Também sei que para os FMS, é muito melhor haver suburbanismo e mesmo analfabetismo porque é aí que conseguem lançar sementes e colhê-las; Como na Igreja Universal do Reino de Deus, quanto maior o desespero maior a crença na seita...

Arq. Luís Marques da silva disse...

O presente comentário substitui o anterior:
Estás desfazado no tempo... Pobres reacionários, são aqueles que vivem agarrados a um efémera modernidade progressista, actualmente já sem sentido, comezinha e rasca, que só leva á destruição dos valores civilizacionais que provocam frustrações aos invejosos; são aqueles que ainda vivem num antigamente que já foi moderno mas que, como tudo, está ultrapassado.
A história repete-se e estamos num novo tempo, em que começa a ser necessário ser progressista de outra forma: Recuperar os valores que uma elite pseudo-intelectual, não porque o seja de facto, mas porque se auto-intitula, destruiu e recolocá-los no nosso tempo, adaptados a uma forma mais humanista e social e sobretudo fundamentados num pensamento de sustentabilidade, até como forma de preservação da nossa espécie Humana.
É preciso que esta "nata" da intelectualidade, que democráticamente, chama reacionário a tudo e a todos os que não partilham das suas ideias progressistas, seja definitivamente desmascarada e destruído o mito.
Eu sei que para isso ainda serão necessários vários anos de uma boa educação, feita sem facilitismos estatiísticos e com base naquilo que são os valores da tolerância, do respeito e de uma verdadeira democracia dos cidadãos, mas entendo que vale a pena, mais não seja para dar a opurtunidade aos vindouros de viverem dignamente nas suas cidades e não suburbanisticamente como hoje acontece.
Também sei que para os FMS, é muito melhor haver suburbanismo e mesmo analfabetismo porque é aí que conseguem lançar sementes e colhê-las; Como na Igreja Universal do Reino de Deus, quanto maior o desespero maior a crença na seita...

Anónimo disse...

O FMS acredita em crescimento constante - sem crescimento demográfico e económico o modelo económico da globalização e redução de barreiras ao comércio internacional não vale um caracol...
No entanto esse modelo encontra várias barreiras que estão cada vez mais à vista de todos - o aumento dos custos energéticos e de transporte, a poluição e degradação crescente do meio ambiente e da qualidade de vida "real", a falta de espaço para alojar pessoas, indústrias e os resíduos e sub-produtos da actividade humana.
Se calhar todos gostaríamos de viver num mundo de abundância para todo o sempre, em que pudessemos alojar triliões de seres humanos, em que pudessemos consumir desmesuradamente, em que não houvesse escassez.´
Mas dou uma novidade aos discípulos de Friedman como o FMS - esse mundo não existe, a escassez é real e a tecnologia e o mercago globalizado têm limites - desde logo quando não houver mais mercados para descobrir nem meios energéticos que permitam aumentar a produção e consumo.
A tecnologia não dá resposta para tudo e em alturas de escassez temos que equecer o crescimento constante e contentarmo-nos com a procura de equilíbrios sustentáveis... O regresso a economias mais locais e com menor consumo de recursos energéticos só é uma má escolha para mentes imbecis e sem visão do que é verdadeira qualidade de vida....

Filipe Melo Sousa disse...

triliões de seres humanos? deveriam olhar mais para as estatísticas de natalidade. Eu bem digo que esta gente vive no século XIX

Filipe Melo Sousa disse...

"O regresso a economias mais locais e com menor consumo"

Que bacorada, eh eh, é que o aumento da energia é consequência de uma maior mobilidade. isto é que é ver o mundo ao contrário. Mas você vive em Marte? O que é grave é que o homem acredita mesmo nisto.

Anónimo disse...

Esta notícia, ("noticiação"),parte de um pré-conceito totalmente errado (americano,sub-prime),que nada tem a ver conosco,com as nossas cidades e periferias.
Diz-se que tem a ver com o "urbanismo e com o colapso do suburbio" e depois com a "destruição sistemática dos centros históricos, com os shopping-centres etc". Um contra-senso pegado.
Dá a idéia do colapso das periferias(com shoppings) em simultâneo com os centros históricos(sem shoppings...).
Para nós,a única cidade abrangida por este contra-senso é Lisboa,mas felizmente q Lisboa não é o país.
Porque Lisboa está falida,não só no centro( e porque tb tem shoppings no centro),e a sua periferia está irreversívelmente mais viva do que centro.Portanto Lisboa já não tem centro há muito,e ainda não tem periferia há muito.Pretender reduzir esta anormalidade Lisboeta á questão energética ou a "New Urbanism" é puro intelectualismo.


7-708 Lobo villa

Anónimo disse...

Caro Lobo Villa

Passo a explicar:
Os bancos avalizaram o "american dream", moradia isolada no suburbio das cidades, mas como as novas gerações querem voltar para a cidade o suburbio é abandonado, preferem as cidades pois gastam menos energia, e preferem "ir a pé para os seus empregos", as ditas, "walkable cities". Por um lado quando chegam as cidades elas estao desertas, porque os shoppings desertificaram, e assim por diante.
Temos um exemplo bem perto. Em Oeiras virou dormitorio e uma malha urbana desconexa que torna dificil o transporte publico, os parques comercias, quintas da fonte e Tagus Park, integrados na cidade, tornavam Oeiras o concelho mais importante na regiao de Lisboa. Mas quer outro exemplo: Em Lisboa,o novo Campus de Justica, irá esvaziar a cidade e desertificar o centro tornando-o mais inseguro e mais abandonado, só beneficia a parque expo de forma a pagar as dividas.
Outro exemplo, quando a 3ª Travessia for contruiada, o centro historico do Barreiro fica definitivamente destruído, pois uma ponte a 47 metros de altura com 4 faixas ferroviarias e outras tantas rodoviarias ira tornar este centro insuportavel emn termos de ruido, e senão acreditar vá às docas verificar e imagine que vive ali, e aquela ponte esta a 100 metros.
É o preço a pagar pelas ilusões do progresso que nos fora vendendo.
James Howard Kunstler não é arquitecto mas tem se apercebido da grave crise que esta afectar as praticas de um urbanismo decadente na alienacão das cidades, dos mais pobres e mais desfavorecidos.

Anónimo disse...

"Mas você vive em Marte?"
Eu não eu vivo em Lisboa e quando saio do centro histórico encontro um panorama de lataria ambulante, edifícios horrorosos (melhor dizendo caixotes), arruamentos ziguezaguentes por todo o lado, pessoas com ar de não lerem um bom livro desde que deixaram a escola mas com ar de verem umas 5 horas de tv diárias e lerem a tv-guia todas as semanas....
Se isto é progresso eu quero regressar ao passado.
Se a linha de Sintra e Cascais são progresso e os subúrbios nojentos que cercam Lisboa eu prefiro atraso...
Porque é que países como a Suécia e a Suíça são desenvolvidos e não têm tantos automóveis nem centros comerciais nem o urbanismo abjecto promovido por arquitectos incompetentes e técnicos camarários corruptos e promotores imbecis ávidos de dinheiro fácil??
Se calhar eles é que são os atrasados e nós os desenvolvidos??
O automóvel e a energia barata promoveram uma degradação da qualidade de vida, pelo menos avaliada por padrões de bom gosto e intelectualmente elevados.
Para quem gosta da Tv-Guia, do Colombo e da Floribella talvez não mas podes ficar com os teus gostos para ti mesmo, sentado no teu sofá com uma cerveja na mão, o telecomando da tv na outra e as chaves da lata na mesa da entrada....

Anónimo disse...

"Lisboa cresceu para fora desses limites, e para sul do Tejo. " diz FMS. Ainda bem para sí. Aliás penso que deve manter-se nessa sua Lisboa a sul do Tejo. Parabéns pela escolha.

Filipe Melo Sousa disse...

o mal disto tudo é terem inventado o americano para as pessoas poderem sair do seu bairro. depois disso, lisboa nunca mais foi a mesma.

Anónimo disse...

Parece-me que o problema fulcral de Lisboa foi mesmo, terem-te inventado a ti!

Anónimo disse...

Não foi preciso o americano para sair do bairro. Há um livro que estuda as mobilidades setencistas, oitocentistas. Além de sege, tipóia, carruagem,carroça, e claro a cavalo, burro, mula, etc. andava-se imenso a pé.

Filipe Melo Sousa disse...

"andava-se imenso a pé"

andar a pé produz um maior número de emissões de efeito de estufa, por km

no meu caso, impedir-me-ia também de ir trabalhar

Filipe Melo Sousa disse...

anonimo, com os teus problemas posso eu bem

Anónimo disse...

"no meu caso, impedir-me-ia também de ir trabalhar"
Ah ah ah essa é boa. És como uma maioria dos tugas - para andar a pé não senhor que é uma maçada, mas depois pagam para ir andar em cima de uma passadeira ao estilo hamster...E parece-me que a tua parecença com um hamster não é só neste aspecto...

Filipe Melo Sousa disse...

desafio o sr anonimo a fazer um percurso de 30km a pe, incluindo 3km a nado

Anónimo disse...

Objectivo do Melro: tentar destruir as conversas deste blog.
Por isso não lhe dêm mais trela.

Filipe Melo Sousa disse...

Esse é o melhor argumento quando não se tem resposta? Qual o meio de transporte maravilha que preconiza afinal?

Anónimo disse...

"desafio o sr anonimo a fazer um percurso de 30km a pe, incluindo 3km a nado"
Vais a pé até ao transporte público mais próximo e desse até ao teu trabalho.
Ah e sais cedinho que não faz mal nehum e perdes mais algum tempo ao fim do dia a ir para casa. Mesmo que demores 3 horas a mais é menos tempo que passas colado à tv que só te faz mal.
Assim já não precisas de ir ao ginásio, e se quiseres andar mais depressa com os recursos que Deus te deu compras uma bicicleta dobrável e poupas tempo.
Experimenta que vais ver que é óptimo...

Filipe Melo Sousa disse...

ah sim? propoe-me portanto ficar com menos 4h de tempo livre por dia para andar a chuva e ao vento a espera de transportes que funcionam mal, basicamente porque um visionario qualquer acha que isso é que é vida?