Segundo este artigo, A Primavera chegará em força ao bairro lisboeta do Arco do Cego. Ali encontrará 104 novas árvores e dois mil arbustos, de 27 espécies, num espaço ocupado por eléctricos e autocarros durante meio século. Lá para o Outono, na estrutura industrial da antiga gare de transportes nascerá o Museu dos Transportes de Lisboa e estarão em funcionamento pleno os equipamentos de apoio ao jardim. Depois de uma caminhada fria, saberá bem encontrar aconchego quente no novo salão de chá. Quem deu a notícia aos jornais esqueceu-se de dizer que juntamente com toda esta Primavera chegará também um silo para 218 automóveis, no edfício da gare, para onde esteve pensado um espaço ao jeito de Covent Garden. Mais um daqueles silos automóveis lindos e utilíssimos como o que a CML está prestes a inaugurar na Calçada do Combro, junto à Igreja dos Paulistas: um silo com aparência de código de barras em cimento armado, uma maravilha da nossa arquitectura!
PF
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2 comentários:
"A transformação do espaço resultará de uma empreitada de 550 mil euros, suportados pela empresa que explorará o silo de estacionamento local, para 218 lugares."
.....posso estár a trocar as tintas.......mas sem silo......nao havia jardim?
JA
Havia, sim. Vamos por partes. Santana Lopes promoteu em campanha colocar o terminal rodoviário em Sete Rios, e fazer nascer ali um jardim. As consultas à população arrancaram, e chegou a propôr-se um jardim com aproveitamento da gare para centro de artes, com lojas de artesanato, etc. E também apareceu logo gente na CML a defender que o silo tinha que co-habitar com o jardim. Santana disse que não, que só seria jardim, para desanuviar aquela zona tão martirizada de fumos e barulhos. E ficámos assim. Só que Carmona Rodrigues biu de posto e voltou ao projecto com silo. Suspeito que o que está em causa são as diversas contrapartidas das nossas "leis" do mercado eleitoral...
PF
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