Fiquei a conhecer este bairro há 5 anos, por altura da polémica à volta de uma possível transferência dos seus moradores daquele (e de outro bairro ilegal, na mesma freguesia) para local que não era do agrado dos moradores. Uns quantos foram, mas a maioria haveria de ficar. Há 4 anos todos os candidatos à CML foram visitar o bairro, prometendo mundos e fundos. São pouco mais de 200 pessoas, cujos votos até poderão ser importantes, se nos lembrarmos dos últimos resultados em Lisboa. Por isso fico contente em finalmente se fazer justiça para quem nunca viveu em barracas antes de para ali ser votado ao abandono, na sequência da descolonização de 74-75.
Contudo, a coisa muda radicalmente de tom se pensarmos que os terrenos onde este bairro se encontra, na chamada Quinta do Carrapato, são terrenos muito apetecíveis pois estão paredes meias com a 2ª Circular, bem juntinho ao ainda Aeroporto de Lisboa. E ainda muda mais de tom quando vemos que a CML, afinal, se prepara para mais uma vez mudar ajeitar o PDM à vontade e à ocasião do momento, ao querer transformar uma zona verde de Alvalade - a Mata de Alvalade - numa zona de construção, com tudo de mau que advirá disso.
Não haverá por acaso outras zonas para instalar as famílias do Bairro de São de Brito? É que, de repente, estou a lembrar-me de uma zona, bem junto à actual Junta de Freguesia de São João de Brito (por detrás dela, aliás), onde podiam construir perfeitamente as casas para as 120 famílias, que ficariam bem instaladas, perto da zona onde actualmente estão e com fácil acesso aos transportes públicos. E assim se evitava mudar o PDM e, sobretudo, dar cabo de uma das poucas zonas verdes de Alvalade.
PF
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