21/11/2005

A estátua de D.José I, segundo Raúl Proença

A propósito de um post aqui colocado sobre as visitas/viagens que a CML está a organizar, com boa adesão, em torno da estátua de D.José I (a que não tenho conseguido ir mas hei-de ir...)coloco aqui a descrição (resumida)de que dela faz o inimitável guia de Raúl Proença:

"A estátua de D.José I, no Terreiro do Paço - conhecido pelos ingleses como Black Horse Square -, é do cinzel do grande escultor Machado de Castro, e foi fundida no Arsenal do Exército, a um só jacto, em 15 de Outubro de 1774, sob a direcção do Tenente-General Bartolomeu da Costa (que viria a ter problemas em assistir à inauguração), tendo sido, inclusive, a primeira estátua a ser fundida em bronze em Portugal.

Só a operação de montagem da estátua demorou cerca de 15 dias, contando com 3 dias e meio só para o seu transporte desde o Arsenal para o Terreiro do Paço (a 22 de Maio de 1775, em carro puxado por mais de 1.000 pessoas, entre as quais muitas das colunáveis de então), tendo sido colocada no pedestal no dia 2 de Junto de 1775, e inaugurada oficialmente no dia 6 de Junho de 1775.

A estátua de D.José I pesa 29.731 Kg resultantes de 38.564 Kg de bronze fundido (derretido em 28h), que demoraram 8 minutos a preencher o respectivo molde. A estátua mede 6,93 metros de altura.

O monumento mede 14 metros de altura no seu todo. O pedestal é feito em pedra de lioz, de Pero Pinheiro, e é composto de dois grupos alegóricos, o Triunfo e a Fama. A frente do pedestal tem as armas de D.José I, e sob estas um medalhão com efíge do Marquês de Pombal, em bronze, com uma inscrição em latim (Cenáculo), tendo o mesmo sido retirado em 1777 por ordem de Dona Maria, depois da «queda» do Marquês; e reposto no seu lugar em 1823. A Norte tem uma alegoria em baixo-relevo sobre a "Generosidade Régia", que fez reerguer Lisboa das cinzas e das ruínas
."

Aguarda-se que, depois deste pacote de viagens, alguém decida restaurar aquela que é a melhor estátua de Lisboa, e uma das mais belas estátuas equestres da Europa. E que o cavalo de D. José volte a ser da cor de ébano.

PF

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