A propósito da passagem dos 150 anos do nascimento de Cesário Verde, e do recente lançamento do "livro objecto" de João Vieira, criado para assinalar a efeméride, vimos renovar o nosso apelo à CML para que, de uma vez por todas, defina e aplique um plano de pormenor para o Paço do Lumiar!!
Esse plano, cujas linhas mestras já apresentámos oportunamente à CML (e que voltamos a apresentar aqui), terá que contemplar não só a defesa, recuperação e reutilização do que resta das quintas senhoriais e do imenso património daquela zona, como deverá sobretudo devolver qualidade de vida àquele que é um dos poucos locais de Lisboa onde ainda é possível olhar-se para o alto e não se ver betão.
Esse desígnio terá que passar por uma forte aposta não só no efectivo reforço da componente habitação (jovem e não jovem) e na criação de circuitos pedonais (como sugerimos no link referido), como na criação de um efectivo percurso cultural de pendor turístico, que, assente na dinâmica própria dos belíssimos museus, nas igrejas e quintas ali existentes, poderá ter como ponto importante a casa onde Cesário viveu e morreu.
Como? Avançando a CML, por sua iniciativa e sem estar à espera de «sobras» do IPPAR, com a classificação daquela como de interesse concelhio, adquirindo-a (porque aqui ainda não há especulador imobiliário!) e nela instalando uma casa-museu que contemple várias valências, designadamente encontros e debates sobre poesia.
Deste modo, também, será dado pela CML passo significativo no que toca a dignificar a memória dos vultos da nossa literatura e das artes, para que não mais ocorram episódios grotescos como o da casa de Garrett.
Lisboa merece!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo
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