18/12/2009

Lisboa quer expandir "big bang" da Expo-98 à envolvente da gare

In Público (18/12/2009)
Por Inês Boaventura


«Plano de Urbanização propõe acabar com o feudo dos automóveis na Avenida Infante D. Henrique e prevê intervenção na Quinta das Laranjeiras


A intervenção na zona oriental de Lisboa, a pretexto da Expo-98, foi "um big bang" com efeitos semelhantes aos de "um cataclismo". E o Plano de Urbanização da Área Envolvente à Estação do Orienteambiciona expandir os efeitos do "big bang" a novos terrenos.

Joan Busquets, autor do referido plano de urbanização, explicou ontem, naquela que foi a última conferência de um ciclo de divulgação de alguns planos de pormenor e de urbanização de Lisboa, que o seu projecto abrange uma área "quase tão grande" como o vizinho Parque das Nações. Fora isso, sublinhou o arquitecto que coordenou o urbanismo de Barcelona, são duas áreas "completamente diferentes".

A localização na Gare do Oriente da estação de alta velocidade é a "oportunidade" na génese deste plano de urbanização, que segundo Joan Busquets vai "tentar pôr em prática" duas realidades: por um lado, dar "mais carácter" à zona de construção mais recente e, por outro, investir em espaços "pendentes de requalificação", como o bairro camarário da Quinta das Laranjeiras. Também a Avenida Infante D. Henrique, que constitui o eixo central da área em causa, vai ser alvo de uma intervenção, com o objectivo de impedir que continue a ser um feudo de automóveis.

A directora municipal de Planeamento Urbano de Lisboa defende que a localização da estação da alta velocidade nesta zona de Lisboa vai representar uma"grande capacidade de fixação de empresas e actividades". Aliás, é isso mesmo que diversos estudos verificaram em situações semelhantes noutros países. Teresa Almeida adiantou que a proposta preliminar do Plano de Urbanização da Envolvente à Estação do Oriente está aprovada e a proposta final será apresentada em Março de 2010, para discussão na câmara e posterior envio à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.»

5 comentários:

Anónimo disse...

Este projecto de colocar a Estaçao do TGV na gare do Oriente, e com isto promover uma nova cidade e um grande erro. Descentralizar Lisboa, e esvaziar das suas funçoes sera um erro que a cidade vai pagar muito caro.
Estamos a pagar um preço elevado da deslocalizaçao para a zona da parque expo de uma forma artificial, os prejuizos foram grandes e para acertar as contas, toca de desenvolver uma falsa cidade.
E como somos uns parolos, vem o Juan Busquets (a padrinhado por Nuno Portas) falar que aquilo e fantastico e nos pimba, comemos.
Somos uns parolos, nao merecemos outra coisa.

Anónimo disse...

concordo plenamente!! tem de ser incestir e requalificar também a zona entre expo-chelas, e expo-santa apólonia. Não se percebe a quantidade de kilometros sem fruição de ninguém, a decedência, o abandono de zonas actulamente "centrais" e que futuramente irâo constituir uma das zonas de mais progresso em lisboa.

Anónimo disse...

SIM, QUANDO LI ESTA noticia pensei que o plano de requalifacação era na zona de Sta. Apolónia.

Realmente não se percebe...entre a Baixa e o Parque das Nações não há ni ninguém, so fábricas abandonadas...pareçe que não ha continuidade na cidade..

HOMOSAPIENS disse...

Caro anónimo das 11:27AM, já existe um plano para as zonas que você ditou. Projectos bem bons e de qualidade da autoria do ateliê português RISCO e do reconhecido arquitecto italiano RENZO PIANO, mas como é habitude da CML e até do nosso país demora séculos até começarem a construír( se começarem).

Março de 2010?!?!?! Já deviam mas é terem começado as obras( aquela zona atrás da Gare do Oriente está ao abandono a demasiado tempo.

Cumpts.

Xico205 disse...

Ao abandono total já não está. A Gebalis demoliu um lote na Quinta das Laranjeiras e fez obras nos restantes.

Ao nivel da rua tambem foram feitas intervenções na Quinta das Laranjeiras e Casal dos Machados.