In Diário de Notícias (7/2/2007)
Susana Leitão
Tiago Lourenço (imagem)
«Se a situação na Câmara de Lisboa (CML) era grave, o discurso de Carmona Rodrigues, ontem na reunião extraordinária da Assembleia Municipal (AML), não ajudou a melhorá-la. Pelo contrário. A oposição acusa-o de ter sido "desleal" e de ter um discurso "infeliz", limitando-se a "disparar" em todos os sentidos "sem defender absolutamente nada". Todos os vereadores com assento no círculo da autarquia dizem que "o presidente faltou à verdade" nas suas palavras.
Ontem Carmona Rodrigues acusou a oposição de tentar "minar a estratégia da câmara", utilizando "truques palacianos e antidemocráticos". Num discurso aceso, o presidente acusou tudo e todos, da direita à esquerda. Criticou a saída de Manuel Maria Carrilho (PS), falou da "confusão" na liderança da bancada socialista na autarquia, ironizou com o facto de o Bloco de Esquerda (BE) nunca ter ganhado uma batalha contra a maioria e implicou o PCP no caso Bragaparques. No que toca ao CDS/PP, admitiu nunca ter percebido que "raio de coligação" era a que tinha com os democratas-cristãos, já que "só se estendia à autarquia e não à AML". (...)
A mesma opinião tem Nuno Gaioso Ribeiro, o agora número um do partido socialista na autarquia. "O relógio está a contar", frisa, adiantando que "quando se fala hoje numa crise na autarquia fala-se essencialmente na atitude do professor Carmona. Não há mudanças". Sobre a legitimidade de Gaioso Ribeiro como sucessor de Carrilho (a que Carmona aludiu em tom irónico), o vereador socialista responde: "Foi muito pouco simpática a forma como o presidente se dirigiu à minha legitimidade. Mas digo-lhe que tenho a mesma legitimidade no PS que o presidente tem na autarquia." (...)»
07/02/2007
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