A situação que se vive em Lisboa demonstra (como se ainda fosse necessário...) que o modelo português de política e administração autárquica se esgotou. Infelizmente, teve de se abater o infortúnio sobre a nossa cidade para que o movimento de reforma administrativa voltasse a ganhar fulgor, cabendo agora a todos nós a responsabilidade pela manutenção do tema na "ordem do dia" política.
Segundo o Diário Económico de hoje, o PS quer alterar as regras das eleições nas câmaras, e deverá propor a redução do número de vereadores, o reforço das competências fiscalizadoras da Assembleia Municipal e (julgo que esta é a ideia determinante) o líder da lista vencedora passaria a escolher a totalidade do Executivo, sem ter que incluir nomes das listas vencidas.
Ora, segundo creio, esta ideia tinha já sido avançada por Manuel Maria Carrilho durante a campanha das últimas eleições autárquicas. Mas, para além desta ideia de executivos camarários monocromáticos, importava também pensar numa outra ideia de Carrilho, perfeitamente ajustada às maiores cidades portuguesas, e que pode ainda ser encontrada aqui e aqui:
A criação dos "Distritos Urbanos" (por associação das freguesias) em que a cada um estaria associado um Vereador que, para além das competências específicas, assumiria as responsabilidades por determinado "Distrito".
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