A Presidência da República e a CML vão assinalar a efeméride da passagem do cinquentenário desta visita que tirou Salazar do isolamento internacional que então vivia, sobretudo depois de o regime ter apoiado os alemães durante a guerra e ter permitido que os italianos explorassem no nosso País alguns minérios preciosos na altura – isso tudo, apesar da declaração de neutralidade que oficialmente fora a posição de Portugal.
Sesimbra
Soube também que os noivos (Isabel tinha 30 anos), a Rainha e o Príncipe de Edimburgo, passaram um fim-de-semana em Sesimbra, no palácio do Senhor Dom Pedro, como por ali ainda diz o Povo para se referir à Quinta do Calhariz, dos Duques de Palmela. Isso aconteceu, dizem-me, porque havia uma relação de amizade destes duques portugueses com a coroa britânica.
Para quem conhece a zona, digo-lhe que esta quinta fica a seguirà Maçã, antes de Azeitão, na estrada de acesso à Arrábida.
Melhoramentos
Duas curiosidades. A visita da Rainha trouxe a Lisboa muitos melhoramentos. Os espaços por onde ela passaria foram totalmente reabilitados (passeios, jardins, calçadas). Fez-me lembrar isso quando há dias alguém me disse que a Piscina do Oriente (onde antes até holofotes navegavam na água e a manutenção deixava muito a desejar) fora totalmente reparada e alindada para que Cavaco Silva a visitasse um dia destes…
Nada contra.
Venham rainhas e Presidentes da República visitar cada metro quadrado de Lisboa – que bem precisa.
Lá para as bandas da Beira, onde ela passou, ficou tudo num brinquinho também. Sobretudo as estradas, que eram uma miséria e aí melhoraram muito.
Anos mais tarde, com a visita de um dos Papas, o mesmo: lá na zona foram então feitas as primeiras marcações de faixas e de bermas a tinta branca, o que melhorou em muito a segurança rodoviária da época na zona…
Ementa
Uma curiosidade gira: a ementa do almoço oferecido pela Câmara Municipal de Lisboa à Rainha Isabel II no Salão Nobre dos Paços do Concelho. De acordo com um jornal da época, foi a seguinte:
Ovos em Geleia
Robalo de Sesimbra
Peito de Perdiz
Doce de Santa Clara
Laranjas de Setúbal
Vinhos:
Madeira «Sercial» 1878
Branco «Ermida» 1938
Tinto «Colares» 1937
Porto «Duque de Bragança»
Digestivo:
Aguardente velha «Avô»
Café de Timor
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1 comentário:
....ai, ai, ai, esse tintinho de Colares com 20 anitos.....deveria ser uma pomadinha de primeira.
JA
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