19/02/2007

In Diário de Notícias (19/2/2007)
Luís Delgado

«Em teoria, que neste caso se transporta para a realidade de uma forma irrebatível, a CML, na sua actual composição, e perante a sucessão - ainda inicial - de danos irreparáveis e incontroláveis (por razões fáceis de explicar), está condenada a terminar o seu mandato num tempo relativamente curto, e sem glória. Basta olhar para cinco factores:

1. A suspensão de mandato de dois vereadores, sendo um deles o vice-presidente, ocorre no pior momento político para o executivo camarário, que ainda nada tem para mostrar, nem um caminho muito certo na sua estratégia, estando reduzido a um controlo de danos diários, sem efeito nem consequências. Por muito que o PSD ainda ache que Carmona e os seus vereadores se devem manter a funcionar, a verdade é que esse desejo não coincide com a realidade, e a tendência não é para que tudo se resolva rapidamente, ou que estes assuntos "morram" por aqui, mesmo que no final tudo fique esclarecido e sem problemas para ninguém. A política não tem o prazo da justiça, e esse andamento desfasado acabará por ditar a inoperância funcional e a impossibilidade de se governar a maior autarquia do País. Pensar o contrário, embora legítimo, já não favorece ninguém, em especial os lisboetas, que tenderão a castigar fortemente o PSD, em futuras eleições, se este persistir, para além do razoável, nesta linha de resistência. Muitas vezes, para se ganhar, é preciso recuar
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