14/03/2007

Valeu a pena… Os Plátanos do Bairro Azul

Valeu a pena lutar pelos nossos plátanos! Apesar de não termos conseguido mantê-los na frente do Bairro - onde estes nossos “Amigos” nos deram, durante tantos anos, aconchego e sombra fresca em dias de Verão e protecção do ruído e poluição intensos que existem neste local - eles não foram abatidos como era seu destino há muito anunciado.

Numa operação conjunta da Câmara Municipal e do Metropolitano de Lisboa que durou vários dias, os plátanos do Bairro Azul foram podados e transplantados para a Praça de Espanha onde podem ser vistos e “visitados”.

Os contactos que mantivemos ao longo de cinco anos com as entidades (Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira, Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Metropolitano de Lisboa); as diversas campanhas de sensibilização - junto dos moradores do nosso Bairro e de todos quantos passavam no local - que tomaram a forma de um abaixo-assinado com quinhentas e trinta assinaturas; os vários cartazes explicativos com que “vestimos” as nossas árvores em ocasiões distintas; os artigos e entrevistas publicados em órgãos de informação e no site do Bairro surtiram efeito: os Plátanos do Bairro Azul, velhos de mais de 50 anos, foram salvos!

Estamos todos de parabéns! Não só os moradores, os vizinhos e as organizações que nos apoiaram - como a Quercus e o Movimento Fórum Cidadania Lx. - mas também a Junta de Freguesia de S. Sebastião da Pedreira, a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal, o Metropolitano de Lisboa e todos os Lisboetas.

Valeu a pena pelos nossos plátanos e, sobretudo, pela mensagem que ficou – a de que este exemplo pode e deve ser seguido noutras zonas da nossa cidade.

Quaisquer que sejam as obras e por mais importantes que estas sejam para o progresso da cidade, é necessário avaliar sempre as questões ambientais: abater árvores, destruir jardins, canteiros ou placas ajardinadas sem qualquer preocupação de salvaguarda, não faz, nos dias de hoje, o mínimo sentido.

O verdadeiro progresso significa a defesa do património da nossa cidade, que não é somente o edificado ou o das obras de arte públicas, mas também o património plantado, verde e vivo.

Rodeado por jardins, todos eles da autoria do Arqº Ribeiro Telles (Jardim Amália Rodrigues, Parque da Fundação Gulbenkian), e na periferia do projectado e tão desejado Corredor Verde, o Bairro Azul aguarda agora com expectativa a apresentação do projecto de requalificação paisagística para a frente do Bairro - área que vai desde a Av. António Augusto de Aguiar até ao Palacete Mendonça na Rua Marquês de Fronteira – da responsabilidade do Metropolitano de Lisboa.

Estamos certos que será um projecto de qualidade que dignificará essa empresa pública e valorizará a cidade.

Talvez, quem sabe… os nossos velhos plátanos possam ainda voltar ao Bairro!

Comissão de Moradores do Bairro Azul

1 comentário:

Anónimo disse...

Se mais "bairros" da cidade se organizassem desta maneira, as coisas mudariam rapidamente em Lisboa.....

JA