13/07/2017

Demolição perfeitamente ... regular:

16 comentários:

Anónimo disse...

Petit Palais de Dom Pato Bravo?

Anónimo disse...

Perfeitamente regular, salvo seja! Apenas a fundamentação apresentada, não terá sido a mais eficaz.

Segundo me recordo, do ponto de vista do PDM, esta demolição foi sustentada com base na alínea do PDM, que refere que o edifício a demolir não teria qualquer interesse urbanístico, tanto individualmente como para o contexto em que se insere. O que no presente caso, era manifestamente mentira. Esta foi a posição da CML, que não me parece poder ser sustentável em lugar nehum do mundo!

Para além disso destacam-se outros aspectos objectivos, na irregularidade deste licenciamento, apenas sustentado na especulação imobiliária, elevada ao mais alto nível:
-Não me parece que tenha sido comprovada a correcta inserção no contexto urbanístico (o processo deveria ter sido instruído com peças desenhadas que incluissem 5.00m para cada lado dos edifícios confinantes, em plantas e alçados);

-Não me parece ter sido comprovado o cumprimento da média da altura das fachadas, nem a média da altura das edificações (o processo deveria ter sido instruído com os dois alçados de conjunto dos dois quarteirões, onde se insere);

-Nada deve ter sido dito acerca do cumprimento do RMUEL e dos corpos balançados;

- Não está explicado porque sepermitiu o agravamento da ocupação do logradouro, com uma construção à qual foi conferida autonomia e maior número de pisos, onde existia apenas um anexo.

-O processo parece ter sido estranhamente decidido, numa reunião, sem qualquer sustentação técnica. Ou seja, a decisão não se sustenta em nenhuma informação técnica.

-Para além de todas as outras questões de natureza mais subjectiva, como sendo o evidente desenquadramento do contexto urbanístico em que se insere, do ponto de vista da morfologia urbana e da tipologia.

Este licenciamento devia ser objeto de uma análise mais aprofundada, pois as irregularidades, parecem ser mais do que evidentes, sem precisar de evocar as zonas de proteção e os aspectos mais subjetivos da análise. Há aspectos objetivos que saltam à vista e que são da exclusiva competência da CML.

Este assunto merece nova queixa, mas desta vez com outra fundamentação.

Anónimo disse...

Um verdadeiro crime urbanístico, que destroí a singularidade de um lugar.

Anónimo disse...

O apetite voraz da especulação imobiliária!

Anónimo disse...

Este licenciamento espelha bem, como funciona o urbanísmo da CML. Tudo pode ser subvertido, até o PDM.

Paulo Ferrero disse...

Pois então, 2º anónimo, faça desses caracteres queixa no MP. Cá estaremos todos para aplaudir o resultado.

Anónimo disse...

Esta operação urbanística é um acto chocante de urbanísmo. Para alcançar resultados espera-se mais do que aplaudir. Mas nem todos estão em posição de agir.

MP Carvalho disse...

Ao que parece o último comentário será do 2º anónimo que não se poderá expor, fazendo esta queixa.

Não poderia esta ser feita em nome do CIDADANIA LX .. eventualmente com a ajuda do referido cidadão "Anónimo" na argumentação/fundamentação ?

Anónimo disse...

Estou e estarei disponível para ajudar.

Anónimo disse...

Já todos tivemos ocasião de ver imagens do novo edifício. Parece ter sido bastante martelado, contudo não o suficiente para parecer mínimamente regulamentar. Tem seguramente 1 piso a mais e parece estar a rebentar pelas costuras. A moradia pombalina, exemplar quase único desta tipologia, era mil vezes mais interessante e carregada de história e de interesse urbanístico.
Toda a força a nova queixa, desta feita com nova fundamentação como é sugerido. É uma causa que merece, para que não ajam mais exemplos destes na cidade, com completa impunidade.

Anónimo disse...

Esta operação urbanística é dois em um: uma demolição irregular seguida de um licenciamento irregular! É o cúmulo da irregularidade urbanística. E tudo para servir diretamente a especulação imobiliária e os interesses dos particulares. A cidade que se aguente!

Anónimo disse...

Sustentar a demolição da moradia pombalina dizendo que não tinha qualquer espécie de interesse urbanístico e/ou arquitetónico, parece-me ter ultrapassado todos os limites. Pensarão que somos todos tolinhos? E construir ultrapassando todos os limites regulamentares? A notícia publicada no Jornal Público, sobre esta demolição tinha um título que dizia qualquer coisa como: E a casa veio abaixo: abriu-se um buraco na Rua da Lapa que é "uma dor de alma" que espelha bem do que se trata. Na notícia dizia-se também, que esta moradia pombalina era um dos edifícios mais emblemáticos da Lapa. Só e apenas isso, juntamente com o seu razoável estado de conservação, lhe valeram uma certeira demolição. Se não estivesse executada ninguém acreditaria. Resta-nos averiguar como foi isto tudo possível e em que termos! Devemos todos isso à cidade. Também causa estranheza, como não estaria este imóvel único inventariado, muito conveniente concerteza.

Anónimo disse...

É caso para perguntar: Estará o PDM eficaz?

Anónimo disse...

Um duplo crime urbanístico, que desplante!

Pedro de Souza disse...


Será que um dia a Ordem dos Arquitectos se preocupará em proteger o património da cidade? Ou apenas defende os interesses da classe sem nenhuma espécie de escrúpulo? São esses mesmos arquitectos que depois fazem exposições sobre a qualidade e beleza do seu trabalho na urbe, com o aplauso da Câmara, da imprensa e demais entidades culturais. Deveria ser outorgado um prémio anual para esses gabinetes de arquitectura da Grande Escola de Arquitectura Portuguesa.

Anónimo disse...

Bem dito!