27/03/2018

Jardim de Santos, quem te viu e quem te vê!


O Jardim de Santos, jardim romântico com o seu fontanário

A estátua de Ramalho Ortigão
O Jardim de Santos, também conhecido por Jardim Nuno Álvares, com uma área de 0,4 hectares, criado em 1873, foi, durante muito tempo, um pequeno mas luxuriante jardim romântico, envolvido por densa vegetação. Era um pequeno oásis de verdura nascido no meio de edifícios, ruas e avenidas, que os citadinos procuravam para retemperar as forças e maravilhar-se com a música dos pássaros e a frescura acolhedora do ambiente.

Hoje, e após ter estado cerca de 10 meses fechado, finalmente o Jardim de Santos reabriu ao público, apresentando o aspecto que as fotos seguintes procuram ilustrar, tendo perdido quase tudo e ganho mobiliário urbano e relva, perdeu contudo a sua identidade , deixando de ser um jardim romântico para ser mais um espaço incaracterístico dentro da cidade de Lisboa.

O Jardim de Santos na actualidade

Estado actual do fontanário

Cepos das palmeiras, vítimas da praga do Escaravelho vermelho, por arrancar

Eliminação de todos os arbustos , elementos fundamentais para um jardim equilibrado. Optou-se pela sua substituição por um tapete verde, que o Verão que se aproxima se encarregará de pôr um fim, se não for abundantemente regado

Continua a Freguesia da Estrela em insistir na poda drástica das árvores e arbustos, mesmo dentro de jardins o que, para além de deformarem as árvores, não encontro uma razão justificativa.

Esperemos que não seja esta a versão final do nosso querido jardim de Santos e que os Homens consigam encontrar uma solução equilibrada, sem podas, e onde pelo menos se descubra a presença de uma flor.

João Pinto Soares

4 comentários:

Anónimo disse...

As juntas de freguesia pura e simplesmente não têm qualquer competência para gerir os espaços verdes da cidade. Não se pode descentralizar tudo, por vezes a perda de escala e massa crítica é fatal.

Anónimo disse...


O obscurantismo domina o gosto desta gente que se apossou dos cargos políticos, são ferozmente contra a cultura e o conhecimento.
Um oásis naquele local, um espaço de beleza e relaxamento, ficou muito pobre.
NÃO e NÃO !

Anónimo disse...

O estado decrépito das árvores..

Rosa Casimiro disse...

O presidente da junta da Estrela vive na ilusão de saber o que é um jardim. Infelizmente as únicas provas que nos tem dado é que é muito bom a dar cabo deles. Até quando é que a CML vai continuar a permitir a destruição de património pelas juntas de freguesia? A transferência de competências na gestão dos espaços verdes tem sido um verdadeiro desastre.