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18/08/2013

Campo Pequeno faz hoje 121 anos

São de 1741 as primeiras referências à realização de corridas de touros na zona do Campo Pequeno. Aqui foi inicialmente construída uma praça de Madeira, mas como tinha pouca capacidade começaram também a aparecer outras praças em diferentes pontos da cidade. A praça do Campo de Santana, mandada construir pelo Rei D. Miguel, e que funcionou de 1831 a 1891, seria a mais importante, mas foi interditada em 1888, devido à falta de condições.

No ano seguinte começou a construção da actual Praça de Touros no Campo Pequeno.

A Inauguração deu-se a 18 de Agosto de 1892, com uma festiva corrida à Antiga Portuguesa, presidida pelo infante D. Afonso, em representação do Rei D. Carlos e Rainha D. Amélia. Esta corrida atraiu milhares de pessoas à praça, com destaque nos camarotes para as principais autoridades civis e militares. O 1º touro a pisar a arena era de Emílio Infante da Câmara e a sua lide coube ao cavaleiro Alfredo Tinoco.

Este notável edifício foi concebido em estilo neo-árabe pelo arquitecto António José Dias da Silva, com uma estrutura circular toda em tijolo maciço de face à vista, com 4 cúpulas bolbosas de inspiração turca. O redondel tem 38m de diâmetro e a lotação de 7000 pessoas.

No ano 2000, face à crescente degradação do edifício, a praça encerrou para obras de reabilitação profundas durante  6 anos, mantendo-se a sua traça original.

A praça ficou com o seu primeiro anel alterado estruturalmente, passando a ser de betão armado, em detrimento dos arcos de tijolo existentes inicialmente. O anel exterior manteve-se inalterado a nível estrutural, tendo sido executadas reparações e reforços. 

Foram criados, um parque de estacionamento e uma galeria comercial no subsolo, o Centro Comercial do Campo Pequeno, e alguns espaços comerciais no piso térreo. A alteração mais significativa terá sido a cobertura amovível que torna a praça num espaço mais versátil, podendo ser utilizado durante todo o ano e para qualquer fim. Tem uma capacidade de 7277 lugares.

121 anos depois da sua inauguração a Praça de Touros do Campo Pequeno continua a ser ex-libris de Lisboa e será um dos principais símbolos da Nova Freguesia das Avenidas Novas. 

25/04/2013

Almada Negreiros e a Igreja de Nossa Senhora de Fátima


Aquando das comemorações dos 50 anos da inauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o então Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, disse: "Depois desta, outras igrejas se edificaram no Patriarcado de Lisboa, algumas de inegável valor artístico. Mas nenhuma a iguala no conjunto de obras de arte, assinadas por mestres de indiscutível qualidade"

Um desses mestres foi Almada Negreiros, de quem se comemoram este mês 120 anos do seu nascimento, e sobre quem até ao final do ano irá decorrer um programa de iniciativas comemorativas do seu nascimento.

Nesta Igreja, obra do Arquitecto Pardal Monteiro e inaugurada a 13 de Outubro de 1938, são da autoria de Almada Negreiros o portão do Baptistério, mosaicos, os frescos da cúpula da àbside e os magníficos vitrais, que são a parte mais visível e conhecida dos trabalhos de Almada Negreiros nesta Igreja.

Só por si estes vitrais seriam merecedores de serem incluídos no programa destas comemorações promovidas pela CML, numa altura em que decorre uma exposição sobre o "significativo espólio documental assim como alfaias litúrgicas, esculturas, mobiliário e paramentaria, num total de 80 objectos", integrados nos 75 anos da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.

Espero que no ano em que se comemoram 75 anos desta Igreja, 120 anos do nascimento de Almada Negreiros e 100 anos do inicio da sua obra artística, alguém se lembre desta que é sem dúvida nenhuma, uma das maiores obras de Almada Negreiros, a promova e traga à Igreja de Nossa senhora de Fátima, visitantes e turistas, numa zona da cidade com enormes potencialidades turísticas e onde são cada vez mais os hotéis.

Esta é uma das áreas que tem sido ao longos dos anos esquecida pela Junta de Freguesia local, e que no futuro espero que venha a ter a atenção necessária, nomeadamente através de  parcerias locais, que promovam os monumentos e património artístico da nova Freguesia das Avenidas Novas.

03/11/2012

Jardim do Arco Cego - Do sucesso à falta de civismo


Ninguém pode, hoje, negar que este Jardim é um enorme sucesso. No entanto é também visível por todos, que o mesmo não está preparado para a utilização intensiva a que tem estado sujeito.

As recentes alterações introduzidas na sua manutenção pela CML - aumento de contentores para depositar o lixo, arranjo do relvado junto aos bancos a alargamento do horário dos responsáveis pela sua limpeza e manutenção, apenas resolvem uma parte dos problemas.

A falta de civismo de muito dos seus utilizadores, com destaque para muitos alunos do IST, que não são capazes de colocar o lixo nos contentores e os donos dos cães que lamentavelmente continuam a utilizar o relvado como casa de banho dos mesmos, impedem que este se mantenha limpo.

Espero que a acção de sensibilização da CML, que está a decorrer junto dos comerciantes locais e dos utilizadores do Jardim, com especial enfoque nos alunos do IST e que conta com o apoio e colaboração da Associação de Moradores das Avenidas Novas, Associação de Estudantes do IST e Juntas de Freguesias de Nossa Senhora de Fátima e de São João de Deus, produza resultados positivos.

Esta campanha só foi possível devido à iniciativa da Associação de Moradores das Avenidas Novas junto da CML, no sentido de resolver o problema da poluição orgânica e inorgânica do Jardim do Arco do Cego, que tem afastado muitos frequentadores, principalmente moradores da zona, desse espaço verde que deveria ser de eleição.

No entanto, julgo serem necessárias algumas medidas repressivas junto daqueles que julgam que o Jardim é só deles, que podem fazer o que muito bem lhes apetece, assim como  intensificar as medidas de manutenção de forma a evitar o natural desgaste provocado pela intensa utilização, que provoca desde peladas no relvado a buracos juntos à zona dos bancos. 

23/09/2012

"A vida das Avenidas Novas não cabe nos mapas que apresentam"

DN 21-9-2012

"A vida das Avenidas Novas não cabe nos mapas que apresentam"

Esta frase, dita por José Sardica no debate promovido pela Câmara de Lisboa na passada quinta-feira no Palácio Galveias, sintetiza o sentimento dos moradores e comerciantes das Avenidas Novas, que mais uma vez manifestaram a sua oposição às principais propostas que a Câmara quer introduzir nas Avenidas Novas.


13/09/2012

Casa da Moeda - Classificação



Presidência do Conselho de Ministros - Direção-Geral do Património Cultural
Projeto de decisão relativo à classificação como monumento de interesse público (MIP) da Casa da Moeda e Valores Selados, sita na avenida António José de Almeida, avenida João Crisóstomo, avenida Defensores de Chaves e rua D. Filipa de Vilhena, freguesia de Nossa Senhora de Fátima, cidade, concelho e distrito de Lisboa, e à fixação da respetiva zona especial de proteção (ZEP)



21/08/2012

Reunião descentralizada da CML - 5 de Setembro


A Câmara Municipal de Lisboa, promove no próximo dia 5 de Setembro, mais uma das suas reuniões descentralizadas, para as Freguesias de Nossa Senhora de Fátima, São Sebastião da Pedreira e Campolide.

Se bem que continuo com muitas dúvidas sobre a utilidade destas reuniões e principalmente com o modelo proposto, esta não deixa de ser uma das poucas oportunidades que os cidadãos têm para poderem colocar à Câmara Municipal, as suas questões, dúvidas e reclamações.

A reunião deste ano para as 3 freguesias referidas, vai decorrer no Auditório da Junta de Freguesia de Campolide e as inscrições para se poder intervir (limitadas a 20), podem ser feitas até ao dia 24 de Agosto para o telefone 21 322 72 89, ou para o e-mail sg.daosm.dacm@cm-lisboa.pt, ou nas Juntas de Freguesias:
- de Campolide no dia 23 de Agosto das 10h às 12h;
- de Nossa Senhora de Fátima no dia 23 de Agosto das 15h às 17h
- de São Sebastião da Pedreira no dia 24 de Agosto das 10h às 12h

18/07/2012

Reclamação pela utilização abusiva do espaço pedonal público na Av. Duque d'Ávila



Exmos Senhor Vereador do Espaço Público
Dr. José Sá Fernandes

C.c. PCML, AML JF e Media




Vimos alertar V. Exa. para uma situação que se começou a observar nas últimas semanas na Av. Duque D'Ávila e que põe em causa o usufruto confortável e seguro da mesma pelos peões.

Trata-se das esplanadas ali existentes, que, dia após dia, parecem ir crescendo à medida que o Verão acontece, ultrapassando de forma abusiva, cremos, os limites que a CML terá imposto às mesmas. Assistimos, pois, a um abuso cuja única preocupação será o de maximizar o número de clientes.

Onde antes havia um corredor pedonal de cerca de 3m, por onde os peões podiam descontraidamente passar e sentar-se nos bancos aí instalados, entre as esplanadas e a ciclovia; há agora um corredor com apenas 1m de largura, repleto de obstáculos vários (bancos, estacionamento para bicicletas, etc). Até mesmo alguns dos bancos públicos deixaram de poder ser usados pois passaram a ter mesas de esplanada a poucos centímetros de distância! (ver fotos)

Sendo que o corredor entre as esplanadas e a fachada dos prédios não é confortável nem razoável enquanto corredor pedonal face ao corropio de empregados de mesa indo e vindo do balcão para as esplanadas, e vice versa, a alternativa lógica é o peão usar a ciclovia, com todos os problemas que daí advirão para peões e ciclistas.

Solicitamos a V.Exa, portanto, que nos esclareça e intervenha junto destes estabelecimentos no sentido de assegurarem não só o cumprimento da Lei, como o bem estar e a segurança dos peões e dos ciclistas que querem usufruir da Avenida Duque d'Ávila, livremente e sem perigo.

Com os melhores cumprimentos


João Pedro Barreto, Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, Virgílio Marques, António Sérgio Rosa de Carvalho, Paulo Lopes, Pedro Fonseca, José Morais Arnaud, Gonçalo Maggessi, Nuno Caiado, José Soares, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto e Fernando Jorge





Antes:

22/04/2012

"A solução não é tirar os carros da cidade, mas sim procurar alternativas para a mobilidade"


Com a aproximação de mais um aniversário da inauguração do Túnel do Marquês, as vozes críticas que então se ouviram, começam a desaparecer ou a desvanecerem-se, tal é a importância indiscutível do túnel para a cidade de Lisboa.

Em declarações, hoje divulgadas pelo Sol, o Presidente do ACP, Carlos Barbosa afirma que "Foi uma obra importantíssima para Lisboa, que passou a ter um escape para entrada e saída", e que o presidente e o vice-presidente da câmara, António Costa e Manuel Salgado "odeiam carros". No entanto, "a solução não é tirar os carros da cidade, mas sim procurar alternativas para a mobilidade".

Esta afirmação é, não só, válida para o Túnel do Marquês, mas para todas as zonas da cidade, onde a Câmara Municipal de Lisboa e em particular o Vereador Nunes da Silva, teimam em afrontar os moradores, retirando-lhes a possibilidade de usufruírem como até agora das suas viaturas.

Não é retirando centenas de lugares de estacionamento, como é o caso da actual ideia para Av. Defensores de Chaves, criando em alternativa parques de estacionamento pagos, por vezes a larguíssimas centenas de metros das suas residências e com custos que se desconhecem, mas que ascenderão de certeza a largas centenas, ou mesmo até milhares de euros anuais, que a CML pode querer resolver os problemas de mobilidade e ambientais da Cidade. Quando compraram as suas casas ou instalaram os seus negócios, os moradores e comerciantes, fizeram-no sabendo das condições de estacionamento e circulação existentes. Não pode agora a Câmara, com atitudes meramente propagandísticas, que só visam prejudicar quem cá está há muito tempo, alterar essas condições.

Será justo obrigar estes moradores e comerciantes a pagarem ainda mais para estacionarem as suas viaturas, do que aquilo que já hoje pagam à EMEL?

Os moradores das Avenidas Novas não podem ser impedidos de usarem e estacionarem as suas viaturas, como até agora o fizeram, apenas porque um iluminado se lembrou de repente, que para apresentar obra e beneficiar alguns, que nem vivem nesta zona da cidade, pode prejudicar aqueles que aqui vivem e trabalham há várias dezenas de anos.

É importante que os autarcas daquela que é a principal Freguesia afectada por estas ideias, ouçam a população e tomem uma posição clara sobre esta matéria, que reflicta a posição da maioria daqueles que aqui vivem e trabalham e que são aqueles que ajudam a dar vida e a manterem vivas as Avenidas Novas.

Clique na imagem para ampliar

04/12/2011

Sem abrigo - Av Elias Garcia

Av. Elias Garcia 76, 2 de Dezembro 2011 pelas 12.45h, à porta do stand da Renault.

21/10/2011

24 horas depois a lixeira mantém-se

Clique na imagem para ampliar
UMA VERGONHA!

Parecem as mesmas fotos que ontem aqui publiquei, mas não são! Estas foram tiradas, hoje às 18.30h, 24 horas depois das que aqui "postei" ontem.

Esta situação é inexplicável em qualquer zona da cidade, mais ainda quando estamos frente ao Ministério da Saúde e onde nas imediações existem hotéis, restaurantes e outros equipamentos, que atraem a esta zona da cidade turistas e visitantes, aos quais a Câmara e o nosso amigo Zé, que há muito deixou de fazer falta a Lisboa (se é que alguma vez fez!!) oferecem este lindo espectáculo, digno do 3º mundo.

João Crisóstomo X Defensores de Chaves

Este é o estado cada vez mais usual, das papeleiras que estão junto do cruzamento da Av. Defensores de Chaves com a Av. João Crisóstomo.(fotos tiradas esta tarde pelas 19.00h)

Regularmente as 5 papeleiras apresentam-se totalmente cheias, às vezes 2 dias seguidos, espalhando-se o lixo pelo chão.


A limpeza desta zona tem vindo a degradar-se nos últimos tempos. Primeiro no quarteirão da Av. João Crisóstomo, entre a  Av. Defensores de Chaves e a R. D. Filipa de Vilhena, que actualmente raramente é limpo e onde o lixo se vai acumulando.

 

29/09/2011

Moradores das Avenidas Novas criticam alterações de trânsito e exigem explicações

In Público, 29 Setembro de 2011
Por Inês Boaventura

As obras para que a Avenida João Crisóstomo e a Rua D. Filipa de Vilhena passem a ter dois sentidos já estão em marcha em Lisboa.

Um grupo de moradores da Avenida João Crisóstomo e da Rua Dona Filipa de Vilhena está contra as alterações de trânsito que a Câmara de Lisboa quer introduzir nestas artérias.

Esta noite os críticos do projecto vão levar os seus protestos às assembleias de freguesia de Nossa Senhora de Fátima e de São João de Deus.

A mais criticada dessas alterações é o reperfilamento de ambas as ruas, para que em vez de um sentido de circulação passem a ter dois. As obras já começaram e, segundo afirma o vereador da Mobilidade numa explicação enviada às juntas de freguesia, "inserem-se no novo esquema de circulação a implementar entre Campolide e a Alameda D. Afonso Henriques, no seguimento das alterações introduzidas no Bairro Azul e na Avenida Duque de Ávila".

Nesse documento, o vereador Fernando Nunes da Silva elenca os objectivos da intervenção: retirar o tráfego de atravessamento das ruas, qualificar o espaço público, aumentar a segurança da circulação e aumentar a oferta de estacionamento.

"Temos a certeza que, no final, os residentes e os utilizadores da zona saberão dar o devido valor às mudanças que estão em curso", conclui o autarca.

Mas, pelo menos até agora, as explicações da Câmara de Lisboa não convenceram os residentes da área afectada. "Se nos for bem explicado que esta é uma solução necessária e correcta os moradores aceitarão. O problema é que nós não sabemos nada e o comunicado do vereador esconde mais do que diz", afirma Paulo Lopes, um dos promotores do protesto, denunciando a existência de várias "contradições" neste processo.

Este ex-morador da Av. João Crisóstomo não percebe por exemplo como é que a introdução de dois sentidos de trânsito e o desvio para esta artéria dos autocarros que hoje circulam nas ruas vizinhas é compatível com os objectivos enunciados por Nunes da Silva. Até porque, diz Paulo Lopes, os autocarros não só terão de circular "aos esses", como em pelo menos um trecho da avenida será impossível que se cruzem dois veículos.

Os críticos também estão preocupados com o futuro das árvores existentes, com uma eventual diminuição dos lugares de estacionamento, com a forma como será feita a circulação de veículos pesados, bem como com um possível aumento do ruído e das emissões poluentes.

Não são só os moradores que não estão convencidos dos benefícios desta intervenção nas Avenidas Novas. Há duas semanas o CDS apresentou, na assembleia municipal, uma recomendação exigindo à câmara que apresente os estudos técnicos que fundamentam estas alterações viárias e apelando à suspensão das obras. A recomendação teve o voto favorável de todos os partidos e a abstenção de quatro deputados dos Cidadãos por Lisboa, movimento ao qual pertence o vereador da Mobilidade.  

27/09/2011

Moradores da R. D. Filipa de Vilhena e Av. João Crisóstomo indignados com alterações viárias impostas pela CML



Os moradores da Rua D. Filipa de Vilhena foram surpreendidos no início de Agosto do corrente ano com obras em toda a extensão da sua rua, obras essas que, segundo conseguimos apurar em reuniões com o Exmo. Sr. Vereador da Mobilidade da CML, Prof. Nunes da Silva e que eram do conhecimento da Exma. Sra. Presidente do Executivo da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, se destinam a colocar esta artéria com dois sentidos de circulação.

Também os moradores da Av. João Crisóstomo viram na mesma altura os seus piores receios transformados em certeza: a introdução de circulação nos dois sentidos, reservada principalmente para transportes públicos, leia-se autocarros.

Os moradores tomaram conhecimento destas alterações de trânsito, através de um comunicado do Sr. Vereador Nunes da Silva, que apesar do tamanho, muito deixa por dizer além de estar cheio de contradições, levantar muitas dúvidas aos moradores e ser omisso em muitas matérias.

No entanto este comunicado, nunca foi distribuído a todos os moradores, tendo a Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima se remetido a colocá-lo nas suas vitrinas. Houve uma tentativa clara de não informar devidamente todos os moradores, como teria sido desejável e correcto, pois tudo tem sido feito nas costas dos mesmos.

Segundo o comunicado "O sistema de vias principais de distribuição local é composto pela Av. João Crisóstomo (que passará a ter dois sentidos de circulação), (...) e por um conjunto de perpendiculares formado pela Av. 5 de Outubro, Av. dos Defensores de Chaves e o eixo formado pelas ruas D. Estefânia/D. Filipa de Vilhena/Arco do Cego, as quais assegurarão sempre os dois sentidos de circulação (...). Será também nestes eixos que se concentrará a oferta de transportes colectivos."

Mas o documento afirma ainda que entre outras, esta alteração "liberta o interior desta zona da cidade do tráfego de atravessamento, como se espera diminuir a intensidade de tráfego e a velocidade de circulação nas ruas com maior número de actividades no rés-do-chão dos edifícios e maior densidade residencial, como são os casos da Av. João Crisóstomo, a Av. dos Defensores de Chaves e a R. D, Filipa de Vilhena. Por outro lado, (...) permitirá ainda aumentar e disciplinar o estacionamento na via pública em todas estas ruas de carácter mais local, ao mesmo tempo que se assegura uma melhor continuidade dos percursos pedonais e o reforço da sua arborização.

Há aqui algo mal explicado ou propositadamente ocultado. Como é que se liberta a Av. João Crisóstomo e a R. D. Filipa de Vilhena do tráfego de atravessamento e se diminui a intensidade de tráfego e ao mesmo tempo se passam estas artérias a vias de dois sentidos, em que além do trânsito ligeiro ainda se vão sobrecarregar com autocarros e outros transportes públicos?

O Vereador Nunes da Silva refere ainda o cuidado que é dado à protecção das árvores e do espaço verde em geral: "reintrodução das alamedas arborizadas, que foram, durante décadas, uma das marcas características das “Avenidas Novas”, "reforço da…arborização". E relativamente à intervenção na Rua Filipa de Vilhena é mesmo afirmado que "de modo a não se ter de cortar as árvores (...), encarecendo a obra (...) para além dos inconvenientes que o abate de árvores sempre acarretam."

Mas sobre as árvores hoje existentes na Av. João Crisóstomo, nem uma palavra é dito. Nada!!!

Mais, é afirmado que a Av. João Crisóstomo "vai ficar com mais 100 lugares de estacionamento, será uma via local, vai ter um separador ao meio que possibilite o estacionamento alternado conforme na Elias Garcia..."

Havendo alternativas válidas, não é nunca explicado pelo Sr. Vereador Nunes da Silva a razão para colocar autocarros nos sentidos da Avenida João Crisóstomo, uma artéria que começa numas escadas e acaba num muro, fazendo com que os autocarros tenham que andar aos “SSS”.

Vemos também que na Avenida António José de Almeida já foram subtraídos diversos lugares de estacionamento, quer no cruzamento com a Rua D. Filipa de Vilhena, quer em frente à entrada da INCM por imposição da transferência da paragem da Carris para essa artéria, sendo que os cerca de dez lugares de estacionamento não foram adicionados em mais lado nenhum.

Por outro lado, falta esclarecer qual é a forma que a CML irá determinar para o término da Rua D. Filipa de Vilhena, na confluência com as ruas do Arco do Cego e Visconde de Valmor, uma vez que, clara e inequivocamente, está em causa a segurança de quem circulará nessa confluência, peões e automobilistas. Se analisarmos bem este cruzamento de ruas verificamos que o mesmo, neste momento, não é mais que uma “chicane” que irá estrangular quem queira, vindo da Rua D. Filipa de Vilhena, virar à direita para a Rua do Arco do Cego ou em direcção ao Agrupamento de Escolas D. Filipa de Lencastre. O mesmo se coloca para quem circula da Rua do Arco do Cego em direcção à Filipa de Vilhena que nesta altura, apenas com um sentido de trânsito, já se verificam estrangulamentos, principalmente quando transitam veículos pesados de mercadorias e de passageiros.

Outra questão por esclarecer diz respeito ao trânsito de viaturas pesadas de mercadorias na Filipa de Vilhena e a forma como as mesmas poderão aceder às descargas para as superfícies comerciais aí existentes. Actualmente, e como a rua apenas possuí um sentido, as viaturas estacionam junto aos supermercados e descarregam tranquilamente. Saliento que os três supermercados aí existentes situam-se no lado nascente da rua o que, com a abertura do segundo sentido de circulação, e a manterem-se as condições actuais, irá causar estrangulamentos de trânsito enormes numa das faixas de rodagem, e o mesmo se passará com os acessos a garagens particulares e comerciais, que apenas existem do mesmo lado nascente da rua.

Tudo isto merece uma melhor explicação da CML, até para que não se lancem dúvidas e boatos sobre o que realmente vai acontecer nestas artérias. E se como parece e é dito "as pessoas irão apreciar a melhoria do ambiente urbano e da segurança que estas obras, e as que se seguirão, irão proporcionar", então explique-se ao pormenor tudo, mas realmente tudo, o que têm em mente para estas artérias e mostrem de forma aberta e transparente os projectos das obras e não apenas simples esquemas viários, com os quais há mais de um ano, andam a enganar os moradores.

Uma coisa parece certa: na Avenida João Crisóstomo, não se vê como é que se colocam 2 sentidos de trânsito, incluindo autocarros, se aumenta o estacionamento, se coloca um separador central com estacionamento, se reforça a arborização e aparentemente não se reduzem os passeios e não se abatem árvores nesta avenida. Na Rua D. Filipa de Vilhena iremos assistir diariamente ao caos de trânsito provocado pelos obstáculos que irão surgir nos dois sentidos de circulação pondo em causa a segurança de pessoas e bens. Tudo isto ao mesmo tempo, não é possível de certeza!

Quanto à saúde dos fregueses gostaríamos de saber se a Câmara e as Juntas de Freguesia tem noção do aumento de carga de emissões de CO2, de ruído e vibrações que estas alterações de trânsito vão trazer junto dos moradores? Numa altura em que se fala cada vez mais na desertificação dos grandes centros urbanos, uma alteração deste calibre numa zona que é considerada residencial por excelência vai com certeza provocar uma drástica diminuição da qualidade de vida dos residentes nas artérias que estão a ser redesenhadas e, por conseguinte, poderá levar a uma diminuição dos residentes nessas mesmas artérias.

Os moradores, mas também os comerciantes e todos aqueles que trabalham nestas artérias, estão naturalmente preocupados com a sua segurança e com a sua saúde e aproveitando as Assembleias de Freguesia de São João de Deus e de Nossa Senhora de Fátima, que se realizam esta quinta-feira dia 29 de Setembro, pedem aos Autarcas dessas Freguesias (Juntas e Assembleias de Freguesias), para os ouvirem e representa-los junto da CML nestas suas preocupações.

Todos aqueles que se identificam com estas preocupações, podem e devem participar nas referidas Assembleias de Freguesia, que nos termos da Lei são públicas, intervindo e manifestando a sua revolta.

19/09/2011

A pedalar para salvar a comida do lixo e matar a fome envergonhada

In Público 19-09-2011
Por Marisa Soares

O projecto Re-Food nasceu numa das zonas nobres de Lisboa, onde a carência alimentar se esconde atrás das aparências. Cerca de 50 voluntários estão a lutar contra o desperdício e querem chegar a toda a cidade.

No "centro de operações" chamam-lhe Maria Clandestina. É como um código. O seu nome verdadeiro está escrito no post-it amarelo colado ao saco cheio de embalagens com comida. São quase 21h. Hunter Halder pega no saco e vai a pé até ao prédio onde ela mora. Já lá está o alguidar, com o saco de embalagens vazias, do dia anterior. A troca dos sacos é feita discretamente, num local escondido, em poucos segundos. A mulher, com os seus 80 anos, vai buscar a "encomenda" mais tarde. O ritual, que parece uma operação secreta, repete-se todas as noites.

A cena até poderia passar-se num bairro pobre de Lisboa, mas não. Maria Clandestina mora na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, nas Avenidas Novas, uma das zonas nobres da capital. O salário que recebe como porteira não chega para pôr o jantar na mesa todos os dias, mas a vergonha da pobreza é quase maior do que a fome. "Disse-me que precisava de ajuda, mas não queria que os vizinhos soubessem. Preferia morrer", conta Hunter.

"Aqui há muita fome envergonhada", lamenta o consultor norte-americano de 60 anos, a viver há 20 em Lisboa. Inspirado pela campanha do piloto António Costa Pereira, que há um ano lançou uma petição contra o desperdício alimentar, Hunter pôs mãos à obra e montou, com a ajuda do filho Christopher Halder, uma "operação de resgate de comida", assente em duas evidências: todos os restaurantes têm sobras, comida boa que normalmente vai para o lixo, e há cada vez mais pessoas carenciadas, a quem o desemprego bateu à porta ou cujo salário não chega para comer. "Só é preciso que alguém faça a ponte entre as duas realidades."

Desde Março que Hunter está a construir essa ponte, através da Re-Food 4 Good, a associação que criou para pôr no terreno o projecto Re-Food (diminutivo para rescuing good food, ou seja, salvar comida boa). Hoje, o projecto é "alimentado" por cerca de 50 voluntários. Todos trabalham por uma causa: combater o desperdício alimentar e matar a "fome urbana". Estão a fazê-lo, para já, numa zona piloto com sete quarteirões na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, onde identificaram perto de 70 pessoas carenciadas. Em seis meses distribuíram - de bicicleta sempre que possível -mais de seis mil refeições doadas por 31 restaurantes, cafés, cafetarias e pastelarias daquela área.

O objectivo é alargar o projecto a outras zonas da cidade e transformar Lisboa na "primeira cidade sem desperdício alimentar". Os 21 mil euros que receberam do Prémio Voluntariado Jovem Montepio (eram 25 mil, mas distribuíram 1000 por cada um dos outros quatro finalistas), atribuído pela Fundação Montepio e a Lusitania - Companhia de Seguros, vão ajudar no plano de expansão.

Pesadelo da sopa entornada
José Viegas, de 54 anos, é quase sempre o primeiro voluntário a chegar à antiga loja que serve de sede ao Re-Food - antes ficava na cantina da Igreja de Nossa Senhora de Fátima e agora está temporariamente instalada na Av. Conde de Valbom. A porta abre pouco antes de começar a primeira recolha de comida nos estabelecimentos, das 19h às 20h, e só fecha lá para a meia-noite, depois da distribuição e de outra ronda pelos restaurantes, das 22h às 23h. José fica até ao fim, enérgico como se estivesse a começar o dia. Mas o trabalho dele começou cedo, ao almoço, no quiosque ao lado da igreja. "Faço comida para os sem-abrigo. Costumam ser uns 30, mas hoje apareceram 50. Só aqui na freguesia, há 100."

No pequeno espaço da sede as prateleiras estão repletas de sacos e embalagens de plástico, vazias ou cheias de sopa, bem tapadas. "Sopa entornada é o nosso pior pesadelo", diz Hunter, lembrando as vezes que entornou sopa na bicicleta que usa para fazer a recolha nos restaurantes mais afastados. A bicicleta é mesmo a imagem de marca do Re-Food. Tem um cesto forrado a plástico amarelo instalado à frente e outro atrás. No início, foi a pedalar que Hunter promoveu a ideia. "As pessoas ficavam curiosas ao ver um homem com um chapéu de palha na cabeça, a conduzir uma bicicleta com dois cestos cheios de sacos", conta, a rir. Alguns curiosos tornaram-se voluntários, como o senhor Lemos, de 74 anos, que empresta o carro para a distribuição nos bairros mais distantes.A recolha começa a pé. Hunter vai até ao primeiro restaurante. Entra pela porta dos fundos que vai dar à cozinha e logo uma das funcionárias, Maria de Jesus, pega nas caixas que já pôs de lado. Três embalagens de sopa, quatro com arroz, peixe e carne, salada. "Para nós é um alívio. Deitávamos muita coisa fora, porque a crise toca a todos e já tivemos mais freguesia", lamenta. O desabafo vai-se repetindo durante a recolha, à qual se junta Catarina, outra voluntária, de 16 anos. São precisas quatro mãos, há comida para levar em todos os estabelecimentos.

A tarefa seguinte é encher os sacos, verdadeiros cabazes alimentares adaptados a cada família, com sopa, prato principal, fruta e pão ou bolos. José já nem olha para a tabela onde estão escritas as preferências de cada "cliente". Sabe-as de cor. "A Ana Paula não gosta de bacalhau, fica com borbulhas na cara. Outra é diabética. Outra não quer fritos."

O carro do senhor Lemos, que arranca com a mala cheia por volta das 20h15, vai até ao Bairro de Santos. No caminho, o rádio debita o jogo entre o Manchester United e o Benfica, clube pelo qual torce Catarina. Não preferia estar a ver o jogo? "É mais importante levar comida a estas pessoas que não têm nada. Ainda não veio aqui, pois não? Já vai perceber." O carro pára ao pé da Escola Primária n.º 44, onde espera meia dúzia de mulheres com crianças pela mão. Aproximam-se, fazem fila, algumas queixam-se do jantar da véspera. "Vocês não têm culpa, mas é só para avisar", diz uma delas - cabelo apanhado, bem vestida, cigarro na mão - falando da sopa que chegou azeda. Fábio, o filho de Ana Paula, de sete anos, já jantou, mas ela não. Depois de uns minutos de conversa, vai para casa com o saco cheio e um "até amanhã".

São 21h. No Bairro do Rego está um casal de idosos que ainda não jantou. Os voluntários sobem ao primeiro andar do prédio sem luz nas escadas - os interruptores foram arrancados das paredes sujas. A mulher abre a porta e Hunter deixa o saco da comida na cozinha. A visita é rápida, ainda há mais uma paragem a fazer.

À espera está um casal com três crianças que antes bebiam água com açúcar ao jantar.

14/09/2011

Assembleia Municipal de Lisboa aprova recomendação para suspender as obras da R. Vilipa de Vilhena e Av. João Crisóstomo


A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem por larga maioria, com os votos a favor de todos os partidos políticos e apenas com 4 abstenções, uma recomendação, que visa obrigar a CML a apresentar publicamente os estudos técnicos que sustentam as alterações viárias que estão já a ser implementadas na R. Dona Filipa de Vilhena e que se irão prolongar pela Av. João Crisóstomo, bem como suspender as referidas obras até que seja encontrada uma solução viável  e credível, para a circulação naquela zona.

A aprovação desta recomendação é um marco importante na contestação que tem sido manifestada pelos moradores ao reordenamento que a CML e o Vereador Nunes da Silva* querem impor, à força, na Av. João Crisóstomo e R. D. Filipa de Vilhena e que vêem agora do seu lado todos os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.

Apesar deste estrondoso apoio ontem conseguido, não deixa de ser estranho que sendo conhecidas com antecedência, pelos partidos, pelos eleitos e pelos Presidentes de Junta,  as propostas que vão ser discutidas e votadas na A. M., a Srª Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, principal freguesia negativamente afectada com este projecto, não tenha estado presente, nem se tenha feito representar, nem no momento da apreciação nem da votação desta recomendação.

Na apresentação da referida recomendação, foi dado conhecimento de que a Junta de Freguesia de São João de Deus (a outra freguesia abrangida pelo projecto), promoveu uma reunião pública, com a participação do vereador Nunes da Silva e em que estiveram presentes numerosos moradores, que criticaram o projecto e a quem o vereador não consegui de forma alguma convencer da bondade da sua solução 

E então qual é o papel da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, que como já referi é a freguesia mais negativamente afectada por este projecto desconcertado da CML? Aparentemente o de simples caixa de ressonância do Vereador Nunes da Silva, pois se consultarmos o site da Junta de Freguesia e as as suas vitrinas, a única coisa que vemos é o comunicado do vereador Nunes da Silva, sem a mínima apreciação critica ou análise da Junta de Freguesia.

Apenas ontem, com a publicação on-line do número de Agosto da revista da Junta, foi possível  tomarmos conhecimento de algumas dúvidas da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima sobre esta questão. No entanto não deixa de ser curioso que, num artigo de uma página, em que cerca de cerca de 70% do mesmo é preenchido com citações do comunicado do vereador Nunes da Silva, as dúvidas da Junta de Freguesia ocupem apenas 2 parágrafos (além de não serem de sua autoria!!!), sem que no entanto seja manifestada qualquer posição crítica e frontal do executivo da Junta a esta loucura.


O silêncio da Junta durante todo este processo, que já dura, pelo menos há mais de um ano e esta falta de opinião própria, significará uma concordância da Junta de Freguesia e do seu executivo a este projecto? Quem cala consente!

* Este reordenamento passa essencialmente por transformar a Av. João Crisóstomo e a R. D. Filipa de Vilhena, em vias com 2 sentidos de transito, contra a vontade já por diversas vezes expressa dos moradores e sem ser conhecido um verdadeiro projecto e os respectivos estudos técnicos. Basicamente o que se conhece é um comunicado do vereador Nunes da Silva, do principio de Agosto, onde no meio de algumas confusões e várias incongruências, tenta justificar o injustificável, conforme escrevi no meu blog.    

20/08/2011

Boca de incêndio camuflada

R. Sousa Lopes (Bairro Santos)

Nova forma de arte urbana, nascimento de um novo espaço verde ou pura e simplesmente desleixo e falta de fiscalização do espaço público, por parte de todas as entidades que têm, ou deveriam ter, responsabilidades nesta matéria e nesta zona da cidade?

18/08/2011

Av. João Crisóstomo vai ter 2 sentidos de trânsito e autocarros


Apesar dos protestos dos residentes, a ideia da CML e dos vereadores Sá Fernandes e Nunes da Silva, parece que vai mesmo avançar, ou melhor já estará em andamento.
 
Segundo documento deste mês, assinado pelo Vereador Nunes da Silva, "O sistema de vias principais de distribuição local é composto pela Av. João Crisóstomo (que passará a ter dois sentidos de circulação), na direcção nascente/poente, e por um conjunto de perpendiculares formado pela Av. 5 de Outubro, Av. dos Defensores de Chaves e o eixo formado pelas ruas D. Estefânia/D. Filipa de Vilhena/Arco do Cego, as quais assegurarão sempre os dois sentidos de circulação e, sempre que possível, todas as viragens em cada cruzamento. Será também nestes eixos que se concentrará a oferta de transportes colectivos."
 
Ou seja, vamos mesmo ter dois sentidos de trânsito, incluindo autocarros, na Av. João Crisóstomo
 
Já agora, como é que a Av. João Crisóstomo passará a ter dois sentidos de circulação, na direcção nascente/poente? Alguma gralha ou algo mal explicado??
 
Mas o documento afirma ainda que entre outras, esta alteração "liberta o interior desta zona da cidade do tráfego de atravessamento, como se espera diminuir a intensidade de tráfego e a velocidade de circulação nas ruas com maior número de actividades no rés-do-chão dos edifícios e maior densidade residencial, como são os casos da Av. João Crisóstomo, a Av. dos Defensores de Chaves e a R. D, Filipa de Vilhena. Por outro lado, este novo esquema de circulação permitirá ainda aumentar e disciplinar o estacionamento na via pública em todas estas ruas de carácter mais local, ao mesmo tempo que se assegura uma melhor continuidade dos percursos pedonais e o reforço da sua arborização."
 
Há aqui algo mal explicado ou escondido. Como é que se liberta a Av. João Crisóstomo do tráfego de atravessamento e se diminui a intensidade de tráfego e ao mesmo tempo se passa esta artéria a uma via de dois sentidos, em que além do trânsito ligeiro ainda se vai sobrecarregar com autocarros e outros transportes públicos?
 
Se lermos atentamente o texto do Vereador Nunes da Silva, reparamos que são feitas várias referências ao cuidado que é dado à protecção das árvores e do espaço verde em geral: "reintrodução das alamedas arborizadas, que foram, durante décadas, uma das marcas características das “Avenidas Novas”, "reforço da ... arborização". Relativamente à intervenção na Rua Filipa de Vilhena é afirmado que "de modo a não se ter de cortar as árvores (...), encarecendo a obra e tornando mais demorada a sua conclusão, para além dos inconvenientes que o abate de árvores sempre acarretam."
 
Mas sobre as árvores hoje existentes na Av. João Crisóstomo, nem uma palavra é dito. Nada!!!
 
Por outro lado, num "texto" aqui publicado ontem e exactamente com o mesmo titulo do texto do Vereador Nunes da Silva, é afirmado que a Av. João Crisóstomo "vai ficar com mais 100 lugares de estacionamento, será uma via local, vai ter um separador ao meio que possibilite o estacionamento alternado conforme na Elias Garcia..."
 
Tudo isto merece uma melhor explicação da CML e do vereador Nunes da Silva, até para que não se lancem dúvidas e boatos sobre o que realmente vai acontecer na João Crisóstomo. E se como parece e é dito "as pessoas irão apreciar a melhoria do ambiente urbano e da segurança que estas obras, e as que se seguirão, irão proporcionar", então explique-se ao pormenor tudo, mas realmente tudo, o que têm em mente para esta avenida e mostrem de forma aberta e transparente os projectos da obra e não apenas simples esquemas viários, com os quais há mais de um ano, andam a enganar as pessoas.
 
Uma coisa parece certa: não se vê como é que se colocam 2 sentidos de trânsito, incluindo autocarros, se aumenta o estacionamento, se coloca um separador central com estacionamento, se reforça a arborização e aparentemente não se reduzem os passeios e não se abatem árvores nesta avenida. Tudo isto ao mesmo tempo, não é possível de certeza!