Estive recentemente no
Miradouro "Adamastor", em Santa Catarina, visitando com o grupo Lisboa
(In)acessível esta obra, procurando confirmar algumas questões de
acessibilidade que nos tinham sido reportadas.
Da nossa visita observei que:
1. o material usado
(mármore) pode ser problemático em condições de elevada pluviosidade
potenciando a pequenos acidentes os quais, tendo em conta a profusão de
esquinas de pedra aguçadas podem tornar-se graves...
2. aparentemente o objectivo de instalar estas dezenas de blocos
de mármore (com um custo muito substancial...) teria como intenção criar
bancos... mas esta opção criou barreiras de mobilidade dispensáveis.
3. existe já hoje uma profusão de garrafas e copos abandonados no local,
o que prenuncia um problema que com o fim das obras do miradouro só
tenderá a agravar-se, assim como os "tags" que já estão na estátua.
4. o pavimento junto ao termo do miradouro está desnivelado. Uma
análise imediata parece fazer crer que se tratou de um erro de projeto,
onde o piso foi concebido para uma dada cota, havendo um erros de alguns
cm e uma "correção" apressada feita pelo construtor junto à barreira
metálica do miradouro.
5. A barreira do miradouro tem uma altura segura? parece demasiado baixo, especialmente com aquele imprevisto "degrau".
6.
Nos telhados à frente, observam-se algumas antenas, que desfeam a vista
do miradouro. Esta antenas (como muitas em Lisboa) estão desativadas. A
CML poderia providenciar pela sua remoção juntos dos proprietários e
condóminos, por forma a maximizar a rentabilidade desta intervenção.
Rui Martins
(as fotografias são do grupo "Lisboa (in)acessível":
http://lisboainacessivel.wordpress.com